A Ed. Costelas Felinas e o Clube de Poetas do Litoral em parceria realizam o concurso Cardápio Poético.
O concurso é aberto a todos os interessados do Brasil ou do exterior (desde que escritos em língua portuguesa).
NÃO HÁ TAXA DE INSCRIÇÃO -
INSCREVA SEU POEMA PARA O MÊS DE DEZEMBRO
INSCREVA SEU POEMA PARA O MÊS DE DEZEMBRO
maiores informações: cacbvv@gmail.com
COMO FUNCIONA:
O concurso inicia em novembro de 2013 e termina em novembro de 2014 -
SELEÇÃO:
Serão escolhidos 02 poemas por mês - O poeta selecionado poderá participar quantas vezes quiser durante o ano.
Ao todo serão selecionados 24 poemas (02 por mês) - o júri será composto pelos integrantes do Clube de Poetas do Litoral (CPL).
PREMIAÇÃO:
No fim do ano de 2014, já com todos os poetas participantes selecionados, a ed. Costelas Felinas editará a ANTOLOGIA CARDÁPIO POÉTICO e cada poeta selecionado receberá sem custo nenhum 05 exemplares da antologia.
COMO PARTICIPAR:
TEMA E ESTILO: LIVRES
- cada poeta poderá participar até com 05 poemas
- o poema deverá ter no máximo 15 linhas/versos - caso contrário será desclassificado.
- NÃO USAR PSEUDÔNIMO - (somente nome verdadeiro ou literário)
- deixe seu poema como comentário logo abaixo - inscrição até dia 22/12/2013.
ATENÇÃO: - seu poema só será postado depois de aprovado. Confira sua participação olhando mais tarde seu poema no comentário.
CONFIRA O RESULTADO NO ÚLTIMO COMENTÁRIO POSTADO.
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Comentários
O CRISTO DO ASFALTO
Mendigo, esfarrapado,
Ele pede-me um abraço;
mas fujo, apressado,
com medo de assalto.
Edweine Loureiro
(Saitama – Japão).
2 - O por do sol está em ti
Como a alma te sustenta
Ele aquece teu espírito
E teus sonhos acalenta
Deixa livre teu sorriso
Olha que linda essa luz
Não há tesouro maior
Do que este sol que reluz
E com o brilho de teu ser
O sol se completa e espera
Por um novo amanhecer
Prenúncio de nova era.
Meu amigo dileto
anda pirando a caçoleta,
pôs a biruta de lada
e tortura matemáticas
pela circunferência dos ventos.
Mas entre o amigo dileto
e a diletância do amigo,
fui salvo pelo delete...
virei pedra na vidraça,
blackbloc na avenida,
molotov de peão...
E ainda pego a vida pelo rabo
nem que seja dando milho
aos pombos da minha praça.
SEM DESTINO
MARIA DA GLÓRIA JESUS DE OLIVEIRA
Não sei andar
Desgarrada da tua boca
Tenho fome de teus beijos
Fantasio-me de louca.
Saio à procura de sonhos
E somente encontro pesadelos.
Minha armadura rota
Meus pés atrofiados
Meus andrajos esquecidos
Rasgados pela existência
Penduram-me pelos fios
Da linha do horizonte
Poesia:
moldura de sentimento
na parede do momento.
(Geraldo Trombin)
ME ARRANCOU DAS ENTRANHAS DO VENTRE,
DEPOIS ME ARRANCOU O CHORO À PALMADAS,
ARRANCOU-ME O UMBIGO,
MAIS A FRENTE ME ARRANCOU OS DENTES!
A VIDA ARRANCA, PUXA COMO RAIZ.
ME ARRANCOU O PAI, A MÃE, A AVÓ, GATOS...
TODO MÊS ARRANCA MEU SANGUE!
A VIDA ARRANCA
PELE,
PELOS,
FILHOS,
AMORES...
SÓ NÃO ME ARRANCA AS DORES!
(Giselle Maria)
Perdoai meus pensamentos impuros,
Esses que cheio de orgia
Leva-me para longe de qualquer Deus!
Perdoai-me por ser um anjo decaído
Nessa terra que tu mesmo criaste
E deixaste que eu pudesse aqui habitar
Com meu corpo sujo, minha asa imunda,
Meus desejos fétidos,
Cheirando a uísque barato
Saborosamente amargo na língua!
Perdoa Senhor
Por ser depravada, louca,
Mas essa foi a alma que me deste
E eu não visto outra!
Ave! Maria das putas, das obscenas
Vagas por aí só,
Dorme com essas e outras
Sorri, já tomaste a dose
Agora chora, já passou da hora!
Perdoa,
Perdoa porque sou gente,
Porque moro nesse país,
Perdoa porque morro pela carne
Vivo pelo desejo
E não sinto culpa por ser assim!
(Giselle Maria)
TRÊS ALIMENTOS SÃO ESSENCIAIS
PARA NÃO SE TER ANEMIA:
MÚSICA,
AMOR &
POESIA.
(Giselle Maria)
ESCRITOS NA PAUTA DO MEU CORPO.
E SE MOLHA OS OLHOS, SE ACENDE A PAIXÃO
QUE O OLHAR LEVE DE LEVE
UM POUCO DE VOZ DA MINHA CANÇÃO!
(Giselle Maria)
Na hora em que poções se iluminam, Ancestrais crescem nas auroras,
Pássaros encantados entoam melodias Andinas,
Peixes brilham em cardumes
No momento em que as salamandras se alinham,
A lua tomada de líquido pulsa no corpo com um belo sorriso,
No segundo da roda Xamânica,
Do Palo Santo, do Mantra,
No instante da evocação do animal de poder,
Em meio a gatos, fogo, incenso, corujas;
Eu me desperto para o Ritual:
O feminino que há em meu ser.
(Giselle Maria)
Vamos pular o muro
Das terríveis contradições
Buscar mil direções
Com este amor que te asseguro.
Vamos trilhar o inverno
Deitar na neve
Romper o fraterno;
Pois...
O que o amor escreve
Logo o arco-íris desenha no céu;
Rostos de anjos, lábios de mel...
Então,
Para quê deixarmos o amor pra depois
Se, temos tempo agora e esse amor por nós dois?
Pensei em ter encontrado um grande amor
Virei o meu coração de ponta cabeça
Entreguei minha alma aberta
Como pãozinho fresquinho de padaria
Pronto para passar a manteiga e ela derreter
Tentei de todas as maneiras acreditar
Que tudo aquilo que eu vivia
Poderia ser somente alegria e deixar de ser cheio de dor
Sua vida andava sempre em círculos
Repetindo o mesmo caminhar
Nada de novidades e um cesto cheio de promessas
Repetidamente com a mesma fala: Tudo vai mudar
Fui para lá, voltei para cá
Mergulhei fundo e depois flutuei
Só sei que me entreguei
E nada de você mudar
Chegou a hora do desacreditar
E a este momento eu chamo de adeus
A hora de nunca mais voltar
Silvia Crusco
o caminho do cão solitário
sol espalhado pelo pasto vazio
cercas verde e amarelas
no arame farpado pousa um pássaro
protestos fecham estradas e quebram aeroportos
o líder morto idolatrado na vitrine do museu
acena para o povo explorado pelas mentiras
contrario a letra da canção
e digo adeus
perdendo a esperança
morrendo nas mãos do inimigo.
Flávio Machado
(para Renato)
Todos os sintomas,
tudo batia:
os hematomas,
coração que gemia...
em última instância
descobriram:
morrera de distância.
Michelle Hernandes
http://gentedepalavra.com.br/wp-content/uploads/2013/03/Revista-Gente-de-Palavra-11.pdf
Tilintam toques
Enlevo entre
Dedos desenham
Brincos, beijos belos
Colo, corpo, cabelos...
Alcança afinação
Intensa, imediata
Pauta plena
Mansa, mútua
Ecoa, enfim,
Suave silêncio...
De liras
( Cris Dakinis )
O manto da Índia
com fios vistosos,
tecido na Índia,
veste outros povos.
Franjas cor opala
com contas do mala,
perfeito o bordado,
laranja, perfumado,
aroma de Rama
do lótus da lama,
e o mantra proclama
que o manto é da dama
vaidosa e sorridente
do ocidente.
( Cris Dakinis )
versam de pranto, riso,
fato e fantasia
delatam dúvida, certeza,
paz e agonia.
Linhas que vão longe:
ponto de partida sem meta
As linhas de minha mão...
registram sonhos de poeta.
( Cris Dakinis )
Delicadamente ponho
os retratos na estante —
fundem-se poeira e sonho
nas relíquias do viajante.
Demoradamente ponho
os retratos na estante —
fundem-se poeira e sonho
nas marcas do elefante.
Desgraçadamente ponho
os maus-tratos na estante —
fundem-se poeira e sonho
nos retratos do aspirante.
(André Foltran)
Os homens estão sentados,
a alma fugiu dos homens.
Calados estão, calados...
(Por dentro sussurram nomes.)
Os homens estão cansados,
o corpo venceu os homens.
Parados estão, parados
enquanto urubus os comem...
Os homens estão deitados,
a noite cobriu os homens.
(Os olhos se tornam fado
fadado aos lobisomens...)
(André Foltran)
a flor não quer raiz
flor aprendiz
desprendida flor
ergue-se além
no vaivém
do vento
balança
ao sol se lança
quer mais ar
mais luz
quer voar
ao pássaro seduz
leva-a o pássaro
pelo céu claro
momento raro
flor ícaro
voa leve
vai livre
flor voadora
pássaro flor
flor pássaro
leva a flor
por onde for
flor de asas
asas de amor
amor que invade
metade flor
metade pássaro
flor liberdade
Helenice Priedols
Lapidando em devaneios
molduras sem receio
entre toques deslizantes
a silhueta dos amantes.
Curvas de imprevistos
indecentes ao extremo
bocas famintas, tempero.
Desmedido, provocante
audácia plena no semblante
alto teor, mágico...exuberante.
Intensos,sem fôlego
amor...estonteante.
Pego um trem...
Chego a Katmandu...
Serei eterno?
Acho que não quero...
Só quero por um terno
Quando for posar para uma 3x4
No lambe-lambe da praça.
Lambida é bom e baba,
Baba, só é boa a de moça.
Moça...
São todas boas!
Gostaria de voar...
“Deu-me vontade de correr o mundo.
Fugir das pessoas chatas,
dos barulhos das cidades grandes.
Do submundo,
das buzinas
dos carros,
das merdas pela rua,
dos escarros.
Daquele beco imundo,
dos túneis esfumaçados,
das madrugadas infinitas.
E eu, embriagado...
Pensando naquela vagabunda!”
... e tão sutil...parecia
o ponto fraco daquela menina
o toque... vontade de satisfazer
o beijo prendia... o corpo retorcia
balanço que ela... queria ter
de um jeito vagaroso, pegando fogo
aos poucos... êxtase, sugando a saliva
embalo profundo...
na entrega da alma, arredia, se fazia... desejada
cintura... provocante
delírios insinuantes... doce magia
mistura de... perfume, malicia
ponto fraco, mistério
calor... instinto puro, ousadia à minha!
Veja como é a vida, coisas vistas
dignas, experiencias vividas
Depois de velho, não podemos mudar
Juventude, só basta esperar
Mesmo que haja duras penas à
nós, nunca trabalharemos à sós
a intenção disso tudo é passar
a idéia de que haja um bom lugar
Para nossos filhos lá criar, para
no passado olhar, e dos nossos atos
nos orgulhar, das nossas marcas na cara
pois somos honrados, sim, é fato
creme antirrugas, a vida é uma corrida.
A dieta de 2 dias, o shake que te deixa sarada
a moda que imita a novela, a vida é uma piada!
Um milionário infeliz, uma criança sem companhia,
um gari que canta e dança, a vida é uma ironia.
É preciso fazer o bem e sorrir todos os dias
pois se você não colorir sua vida, alguém a manchará de tinta
Não seja apenas um observador, se vire nos trinta!
Apesar de ser uma mentira disfarçada de fantasia
e unhas postiças, vida é vida! Portanto deve ser vivida!
Erica Capelo
Poetas são dramáticos, saboreiam a dor
se alimentam de drama, veneram o amor
Vivem a alegria, amam a luz do dia
buscam viver a vida mas com certa melancolia
Poetas sofrem
Vêm a beleza onde ela não existe, sentem o silêncio, se inspiram na solidão
Tentam explicar os sentimentos enquanto que estes não têm explicação
Poetas são sonhadores, amantes daquilo que não se tem nas mãos
Poetas são livres, amam e choram, se prendem aos detalhes, enxergam com o coração....
Erica Capelo
Com o coração mais cheio e o sinto mais largo
Achei o trabalho menos chato, achei o café menos amargo
Me libertei de histórias antigas, pensamentos arcaicos
de gente pequena e mesquinha que não vê que o amor é um simples mosaico
montado peça por peça no coração de quem ata verdadeiros laços
Mudei de ideia, virei o rosto como quem não olha pra agulha tirando sangue da veia,
me senti fraca, sem vida, um índio sozinho sem aldeia
Eu sei que hoje vai ventar, vai chover, vai esfriar
Mas dias quentes virão o Sol virá me esquentar
Entre surtos de coragem e fraqueza renovo ideias com clareza
Espero sua visita em meus sonhos queridos e que possamos viver felizes
talvez em outra Lua cheia
Erica Capelo
Termina a noite. Surge o alvorecer...
Os pássaros entoam suas canções...
E Dourados acorda para ver
os seres em suas diárias atuações.
O sol surge, lentamente, pra ver
as pequenas e grandes mutações
dos douradenses em seu grã viver,
recarregando fé nos corações.
Terra abençoada, desde o seu começo,
na agricultura... sem erro ou tropeço,
plantando bem, colhendo com farturas.
Alvorecer em cada ser vivente,
traz alegrias e já mostra evidente
o crescimento em todas suas culturas.
Ruth Hellmann
Eu
que não tenho compromisso
com a religião das coisas
amanhã de manhã
ou depois
posso me desdizer
sempre que necessite
contrariar verdades
ao semear variedades
Na cidade que é você
Escalo prédios concretos,
Crânios oferto pras deusas,
Mas caio sem ter porquês
Na cidade que é você
Corroem mágoas molduras,
De espanto tecem figuras
Oxidadas de ver
De mistérios fazem torres
Que com bocas esvaziam,
Na cidade que é você
Curvas alagam qual rios
Sobem altos casarios,
Seus sorrisos são metais
Que aos meus dons extraviam
A cidade que é você
Embalam tremores morros,
Pontes descambam de vez,
Caindo em mar sem socorro
Pra cidade que é você
Pra cidade que é você,
Sei, meus sonhos são pequenos,
E o tempo é curto, cobrindo
Com seu jeito de tecer
Ao procurares dentro de ti um ser
− Um algo que te possa explicar,
Encontras o que buscas não achar
E achas o que o julgas não conter.
E assim mergulhas ainda mais
No infinito mistério do teu ser
E descartas o que achas jamais ser
Pertencer ao que buscas ser jamais.
Terminas por não achares o que és
Já que o que em ti achaste, não o queres
E o teu eu custa-te a aceitar
E assim já não sabes o que és
Pois sabes que a isso não preferes
E voltas ao teu eu a procurar.
É na estante que repousa o meu tesouro
O meu mistério, meu mundo, minha paz;
É lá somente que o nada se faz capaz
De tomar vida, romper-se e valer ouro.
São nada mais que pedaços de madeira,
Que transformadas em páginas escritas,
Guardam segredos; porém só ganham vidas
Ao serem lidas com ânsia verdadeira.
E o que era velho e vão então novo se torna
– Mesmo passando o tempo o livro não envelhece –
Num mundo distante apenas ele adormece.
Lá dentro é que a voz do autor mantém-se morna
Pois se uma vez morto, é vivo novamente:
O livro é lar em que a vida vive sempre.
A Ronaldo Araújo
É nos teus braços, amor, que eu vou morrer;
É lá que me repouso e desfaleço;
E lá da felicidade o endereço;
É lá que viverei sem fenecer.
Se o mundo se foi, que se vá tarde,
Pois a paz plena e justa eu tenho em ti,
Que é a única razão d’eu existir
E a paixão que em meu corpo ainda arde.
Durmo o sono dos justos, pois a paz
Traz-se leve, sereno, quase um anjo;
Faz da loucura minha a paciência.
Nessa vida de hoje eu sou capaz
De enfrentar todo mundo sem espanto;
És da minha vida hoje toda essência.
Para Laurenice, minha mãe
Foi de todas a melhor e mais perfeita
– Mãe, mulher, esposa e boa amiga.
Aprendeu, mas ensinou em sua vida
Que amar é a razão da vida inteira.
Aos filhos mais que exemplo ela deu;
Ao marido ensinou-lhe a companhia;
Aos amigos a bondade ela exercia;
Aos seus pais o amor lhes converteu.
Se da vida foi-se ela muito cedo,
É porque Deus a quis ao lado Seu,
No intuito de suas dores abrandar.
Hoje canto em seu leito derradeiro
Para cantar o amor que ela me deu
Pois resumiu-se sua vida em amar.
Voando....
O vento vai e vem
Traz música e segredos
E chega aos nossos ouvidos
Como o canto das aves.
- melodia -
Canto de cores e origens
De uivos e trinados.
Sem decifrar significados
Vamos distante.
- fugidia -
Tão longe, que alçamos voos
E nós perdemos como pássaros.
Eunice Tomé
conquisto
mundos
com
soldados
de
chumbo
do
céu
da
poesia,
chovem
aldravias
Com um furor de imagens
Nas lascas do lápis,
Com anseio torto,
Borrei-me no Tempo.
Urgia a ressurreição dos
Pincéis para os cabelos brancos,
Após assumir o cheiro
De mudanças constantes.
Mas por estar sempre mudando,
Por vezes, deixo avós,
E danço o espaço.
A sós.
NATANAEL GOMES DE ALENCAR
ENVIADO POR E-MAIL
POETAS SELECIONADOS:
GISELLE MARIA (A VIDA ARRANCA)
E MICHELLE HERNANDES (CAUSA MORTIS)
Grata!!!
Beijos Musicais!!!