Com abertura na terça-feira, dia 04 de novembro às 19h30, a Unisanta apresenta a mostra do artista Roberto Ortiz.
Ortiz é artista santista autodidata e explora os recursos de diferentes técnicas e materiais para expressar respostas às suas inquietações.
Roberto esteve no Japão e foi durante sua permanência no país que se familiarizou com essa cultura milenar, da qual absorveu referências, as quais utiliza formal e conceitualmente nas obras. Intuitivo, a composição de seu repertório visual possui notadamente influência do desenho.
Ortiz me convidou para escrever o texto de sua exposição. E foi com muita honra que escrevi o seguinte texto:
Uma das origens da palavra “arte” – mais especificamente aquela oriunda do inglês arcaico – está ligada à segunda pessoa do singular doverbo “ser”. “Thee art” (“tu és”) viraria “you are” (“você é”) nas andanças da língua inglesa através dos tempos, submetida dia a dia aos processos da fala, da escrita, ressignificando-se a cada uso.
Um artista é também um andarilho de seus processos, submetendo dia após dia as suas percepções sensíveis aos processos do labor, do estudo, da técnica. Caminha por vezes a passos lentos, por vezes a passos largos; em ritmo ou em rito, para em determinado ponto e analisa, absorve, observa, sente, medita, enlouquece, transpira... E continua o caminho interessado em caminhar, em ser, em interagir com outros seres para além dos limites do tempo, do espaço, de si mesmo.
É inevitável refletir sobre tudo isso quando se entra em contato com a Arte de Ortiz. No estudo das culturas passadas, ditas “primitivas”, Roberto depara-se com o concerto do erro e não se intimida – pelo contrário, apropria-se dele na busca pela melodia das formas, distorcidas, simplificadas... Amplificadas! A harmonia soa plena na noite da Intuição e traz à luz uma escrita visual rica em simbolismo e poesia.
Técnicas afinam-se em conversa mútua: materiais consagrados na arte passam pelo estudo do artista-aprendiz-artesão, saem de seu pedestal para um dueto com novos materiais, como o concreto celular; geram novas possibilidades técnicas, a fim de acordar com a contemporaneidade da linguagem da arte.
Assim podemos sentir a arte de Roberto Ortiz: uma força intuitiva que conversa com o nosso “eu” mais profundo, o âmago primitivo e indizível dos nossos sentidos em uma de suas possíveis materializações. Todo artista é um louco quando se lança ao caminho rumo ao desconhecido, em busca da linguagem do mundo. E todo artista é um mago quando, ao apreender uma porção dessa linguagem, manipula signos, códigos e sintaxes e nos encanta para além da compreensão.
O artista está continuamente fadado a percorrer os caminhos do Ser.”
Ortiz utiliza-se de várias técnicas, tais como óleo, pastel, aquarela, gravura, etc.. Possui um currículo com diversas mostra, incluindo duas cidades do Japão: Gunma-Ken e Shizuoka-Ken.
A mostra abre dia 03/11 às 19h30 e permanece aberta ao público até 27/11, de segunda a sexta-feira das 19h às 21h30.
Ortiz é artista santista autodidata e explora os recursos de diferentes técnicas e materiais para expressar respostas às suas inquietações.
Roberto esteve no Japão e foi durante sua permanência no país que se familiarizou com essa cultura milenar, da qual absorveu referências, as quais utiliza formal e conceitualmente nas obras. Intuitivo, a composição de seu repertório visual possui notadamente influência do desenho.
Ortiz me convidou para escrever o texto de sua exposição. E foi com muita honra que escrevi o seguinte texto:
Uma das origens da palavra “arte” – mais especificamente aquela oriunda do inglês arcaico – está ligada à segunda pessoa do singular doverbo “ser”. “Thee art” (“tu és”) viraria “you are” (“você é”) nas andanças da língua inglesa através dos tempos, submetida dia a dia aos processos da fala, da escrita, ressignificando-se a cada uso.
Um artista é também um andarilho de seus processos, submetendo dia após dia as suas percepções sensíveis aos processos do labor, do estudo, da técnica. Caminha por vezes a passos lentos, por vezes a passos largos; em ritmo ou em rito, para em determinado ponto e analisa, absorve, observa, sente, medita, enlouquece, transpira... E continua o caminho interessado em caminhar, em ser, em interagir com outros seres para além dos limites do tempo, do espaço, de si mesmo.
É inevitável refletir sobre tudo isso quando se entra em contato com a Arte de Ortiz. No estudo das culturas passadas, ditas “primitivas”, Roberto depara-se com o concerto do erro e não se intimida – pelo contrário, apropria-se dele na busca pela melodia das formas, distorcidas, simplificadas... Amplificadas! A harmonia soa plena na noite da Intuição e traz à luz uma escrita visual rica em simbolismo e poesia.
Técnicas afinam-se em conversa mútua: materiais consagrados na arte passam pelo estudo do artista-aprendiz-artesão, saem de seu pedestal para um dueto com novos materiais, como o concreto celular; geram novas possibilidades técnicas, a fim de acordar com a contemporaneidade da linguagem da arte.
Assim podemos sentir a arte de Roberto Ortiz: uma força intuitiva que conversa com o nosso “eu” mais profundo, o âmago primitivo e indizível dos nossos sentidos em uma de suas possíveis materializações. Todo artista é um louco quando se lança ao caminho rumo ao desconhecido, em busca da linguagem do mundo. E todo artista é um mago quando, ao apreender uma porção dessa linguagem, manipula signos, códigos e sintaxes e nos encanta para além da compreensão.
O artista está continuamente fadado a percorrer os caminhos do Ser.”
Ortiz utiliza-se de várias técnicas, tais como óleo, pastel, aquarela, gravura, etc.. Possui um currículo com diversas mostra, incluindo duas cidades do Japão: Gunma-Ken e Shizuoka-Ken.
A mostra abre dia 03/11 às 19h30 e permanece aberta ao público até 27/11, de segunda a sexta-feira das 19h às 21h30.
Serviço:
Onde: Galeria da Universidade Santa Cecília - UNISANTA
Rua Oswaldo Cruz, 277 - Bloco M
Santos/SP
Abertura: 04/11 - 19h
Contato do artista: ortiz.artis@yahoo.com
- enviada por Madeleine Alves