É absolutamente incrível como o modo de se cantar uma canção pode nos influenciar em sua interpretação, é como se o cantor pudesse imprimir sua alma no canto. O som da voz humana dotado de harmonia, já foi acreditado como criador de universos, os deuses criadores, são descritos como de bela voz, ou virtuoses em seus instrumentos musicais. Tupã é o grande som primordial, Shiva com seu tambor e sua dança alucinada, e assim todas as culturas de uma certa forma tem no mito criador, o som. Outro dia na Biblioteca Cecília Meireles, no encerramento do Projeto Literatura Viva em Mauá, ouvi o grupo musical Canto Livro, que interpretou diversas canções cujo eixo norteador era a literatura e principalmente a poesia. A primeira canção interpretada pela cantora Joana Garfunkel foi uma música que há muito tempo já a tinha ouvido, mas esquecido completamente, e o modo com que a cantora deu sua cor, despertou-me curiosidade, de querer saber mais sobre aquela melodia, e em especial pela letra