O SANTO
num
canto
o
santo
olha
atento
tanto
faz riso ou lamento
ele
espera
seu
momento
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MANACÁ
Você
está no manacá da serra
Entre
nevoeiros densos de puro algodão
Na
fina chuva que banha a terra
Atento
olhar de um cormorão
Tua
pele fina que desafia a seda
Leve
e alva onde dedilham meus dedos
Por
onde mais que eu vá ou seja
Percorres
meus caminhos e segredos
Lábios
com gosto de nozes e casca de maçã
Toda
delícia de sua elegância
Vento
suave na dança de Iansã
Rutilância
que só você sabe provocar
Bela
estrela cadente
Com
perfume ardente
No
canto da parede cresceu uma samambaia
Delicada
renda portuguesa
Que
balouça com a brisa
E
de forma precisa me leva até você
Flor
Cor
Estrela
Aroma
Pensamento
Que
cresceu ali
Se
fosse manacá iria derrubar a parede
Que
se mantém entre nós.