“AS
VOZES DO SILÊNCIO”
Murmura o silêncio em noites frias,
desvirginando as entranhas da
madrugada,
o apelo eloquente e insano faz zoada,
tentando convencer-me com propostas
arredias.
Contemplo o céu através de minha
janela,
as estrelas cochicham entre si e se
calam,
as nebulosas plúmbeas nem se abalam,
porém, uma ou outra cadente me
interpela.
Não me incomodo nada tenho a temer,
minhas entranhas reagem com louvor,
pois o amor é puramente o ato de
viver.
Em sendo o viver sublime ato de amor
na morte não há fim, então, é inútil
morrer,
pois a morte não compensa a dor do
renascer.
“Santos Sempre Santos”
Bendigo de Martins “as
férteis” fontes
Vertentes transbordantes de
poesias
Benedito Calixto nos traz o ontem
Vicente de Carvalho as
“ardentias”
Espargindo sua luz por áureos
montes
Dos Andradas bravura e
fidalguias.
Em seu seio tem a vila mais
famosa
Honrou-nos com o mágico Pelé
Por Brás Cubas se fez tão
majestosa
Mont Serrat acalenta a nossa
fé
Na rua quinze a história se
renova
Simbolizando as glórias do
café.
Seu belo outeiro e orla
ajardinada
Embalada ao som d’alvas marés
O porto aberto ao mundo
respeitada
Com o oceano prostrado aos
vossos pés
São eternas tantas glórias
desfraldadas
Envolta em áureo manto sempre
é.
De outrora vem o bonde
centenário
Recontando de novo a sua
história
Rico museu do mar e belo
aquário
Seu passado remonta a tantas
glórias
Salve Santos de um povo
solidário
Celeiro de mil sonhos e
vitórias.