Para compreender o NATAL -
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
Natal é a festa cristã que comemora o nascimento de Jesus, foi instituída oficialmente no Ocidente em 353. A escolha do dia 25 de Dezembro foi determinada pela preocupação de cristianizar a festa pagã do solstício do Inverno, Natalis Solis invicti, ou seja celebração do Sol invicto, que, desde o século III, adquirira grande importância, já que o Sol se havia tornado, naquela data, a divindade tutelar do Império.
"Nasceu-vos hoje um Salvador, que é Cristo Senhor" (Lc2.11). Assim as vozes angélicas anunciaram este acontecimento único: Deus irrompe na História e se faz um de nós. O verbo "se faz carne e habitou entre nós" (Jo 1,14), como nota João no magnífico prólogo do seu Evangelho. Natal é, por isso, o ponto culminante e central da História humana. Natal é uma mensagem de fraternidade, porque Jesus veio para nos dizer que somos todos irmãos. Ele é o primeiro desta Família de irmãos. Celebrar o Natal é comprometer-se com a construção de uma sociedade justa, em que todos se sintam solidários e irmãos"
Paz na Terra aos Homens de boa Vontade e Glória a DEUS nas alturas
O primeiro Natal começou a ser celebrado nas vésperas do nascimento de Jesus, quando, segundo a Bíblia, os anjos anunciaram a Sua chegada.
Nessa altura o imperador Augusto, determinou o recenseamento de toda a população do Império Romano por causa dos impostos, tendo cada pessoa, para o efeito de se registrar na sua localidade.
O Novo Testamento refere que José partiu de Nazaré para Belém, para se recensear, e, levou com ele a esperava um Filho. Ao longo da viagem, chegou a hora de Maria dar à luz e como a cidade estava com os albergues completamente cheios, tiveram de pernoitar numa gruta. Foi nessa região da Judeia e no tempo do rei Herodes que Jesus nasceu.
Diz a Bíblia que um Anjo desceu sobre os pastores que guardavam os seus rebanhos durante a noite e disse-lhes: “deixai o que estais a fazer e vinde adorar o menino, que se encontra em Belém e é o vosso Redentor". Os pastores foram apressados, procurando o lugar indicado pelo Anjo, e lá encontraram Maria, José e o menino. Ao vê-lo, espalharam a boa nova.
Os Evangelhos, de S. Marcos e S. Mateus relatam a história do nascimento de Jesus e ao contrário do que julgávamos, Jesus não teria nascido no inverno, mas sim na Primavera ou no Verão. Os pastores não guardariam os rebanhos nos montes com o rigor do Inverno.
Em relação à data do nascimento de Jesus, existem também algumas dúvidas. A estrela que guiou os Três reis Magos até à gruta de Belém deu lugar a várias explicações. Alguns cientistas afirmam que deverá ter sido um cometa. No entanto nessa altura não há registo que algum cometa tivesse sido visto. Outros dizem que no ano 6 ou 7 a. C. houve um alinhamento dos planetas Júpiter e Saturno mas também não é muito credível, para que se considere esse o ano do nascimento de Jesus. Por outro lado, visita dos Reis Magos é comemorada 12 dias depois do Natal (Epifania) sendo tradicional festejar este acontecimento em pleno Inverno, a 6 de Janeiro. O cálculo mais engenhoso, baseava-se na ideia de que, uma vez que se parte do princípio de que Cristo terá morrido a 25 de Março, deve também ter sido concebido a 25 de Março, porque o seu tempo na Terra tinha de ser um número perfeito de anos. Nove meses depois de 25 de Março, temos 25 de Dezembro, e, desta forma, pode justificar-se a data escolhida oficialmente.
A escolha do dia 25 de Dezembro foi inteligente e nada teve de arbitrário. Ao colocar, de uma vez por todas o nascimento de Cristo a meio das antiquíssimas festividades pagãs do solstício do Inverno, a Igreja Cristã tinha a esperança de as absorver e de as converter. O que aconteceu foi que, por um lado, as festividades pagãs foram vitoriosamente envolvidas pelas fé cristã, eo nascimento de Jesus transformou-se. no espírito das pessoas, no principal ponto de interesse do solstício do Inverno.
Os Apóstolos encarregaram-se de espalhar a palavra de Jesus Cristo e muita gente se converteu ao Cristianismo. Os primeiros cristãos foram perseguidos pelos romanos e apenas no ano de 306 d. C, quando o imperador Constantino se converteu ao Cristianismo, este se difundiu em grande escala.
Esse imperador mandou construir muitas igrejas, entre elas está a igreja da Natividade em Belém, no local onde se julga que Jesus terá nascido.
Embora a celebração do Natal começasse com o nascimento de Jesus, tornou-se verdadeiramente popular há apenas 300 anos.
Os primeiros registos da celebração do Natal têm origem na Turquia, a 25 de Dezembro, em meados do sec II.
No ano 350, o Papa Júlio I levou a efeito uma investigação pormenorizada e proclamou o dia 25 de Dezembro como data oficial e o Imperador Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional.
O período das festas alargou-se até à Epifania, ou seja vai desde 25 de Dezembro até 6 de Janeiro. O dia 6 de Janeiro é o chamado dia dos Reis Magos.
Bom, mas porque celebramos o dia 25 de Dezembro e não outra data se temos tantas dúvidas sobre o nascimento de Jesus? Vejamos a explicação que se segue.
Os dias em Dezembro ficam cada vez mais pequenos, até ao dia 21 do mesmo mês, dia do solstício de Inverno, e, os povos pagãos festejavam os dias que precediam esta data, com o objetivo de apaziguar o Sol e fazer com que este aparecesse de novo, fazendo com que o Inverno fosse mais suave. Após o solstício os dias ficam maiores e mais claros, isto significava para eles luz, alegria e esperança de boas colheitas.
Em Roma festejava-se o triunfo de Saturno sobre Júpiter. Saturno era a idade de ouro de Roma, por isso era associado ao Sol. Os romanos festejavam esta festa próximo do solstício. Nesta altura ninguém trabalhava. Acendiam-se velas e grandes fogueiras para iluminar a noite e havia muita comida.
Outro ritual era a oferta de presentes para apaziguar a deusa das colheitas, sim, os romanos tinham deuses para quase tudo:).
A Igreja não aprovava estas festas pagãs, pelos excessos que se cometiam, compreende-se pois que as tentassem abolir, no entanto, chegou à conclusão que era preferível permitia-las para não privar o povo dos festejos que tanta alegria lhes davam, mas tentando transmitir-lhes a ideia, de que esta cedência era feita para dar honras a Cristo. Assim o seu nascimento seria celebrado com dignidade e teria a sua festa.
Muitos desses costumes ainda hoje existem, mas outros ficaram esquecidos.
Noutras páginas deste site encontrará a sua explicação.
O mais antigo é talvez a comida e a bebida que neste dia existe em abundância em quase todos os lares, É talvez por isso que os não católicos festejam o Natal com grande entusiasmo.
Os maiores festejos da Era romana, realizavam-se em honra do deus Mitra, que nasceu a 25 de Dezembro. por este facto, o Imperador Aureliano declarou este dia o maior feriado em Roma. Passado cerca de um século Imperador Constantino, que se tinha convertido ao cristianismo, manteve muitos dos rituais, pois o deus Mitra representava o sol e a sabedoria.
Cristo representa a vida, a luz e a esperança. Então em vez de se festejar o Sol como antigamente, passar-se-ia a celebrar o nascimento de Jesus Cristo e a festa pagã seria absorvida pela festa cristã.
Durante as invasões bárbaras no século V, os povos Nórdicos e Germânicos conhecem o Cristianismo tomam contacto com o Natal. Saliente-se que estes povos já festejavam o solstício com rituais próprios e mais tarde foram incorporados no Natal.
A religião Cristã foi abraçando toda a Europa, dando a conhecer a outros povos a celebração do Natal.
Em Inglaterra, o primeiro arcebispo de Cantuária foi responsável pela celebração do Natal. Na Alemanha, foi reconhecido em 813, através do sínodo de Mainz. Na Noruega, pelo rei Hakon em meados de 900. Este rei teve a título de curiosidade o cognome de O BOM.
Portanto em finais do séc. IX, o Natal já era celebrado em toda a Europa.
Através dos séculos o carácter pagão destas celebrações foi progressivamente absorvido pela celebração cristã, no entanto alguns dos rituais mantiveram-se.
Em Inglaterra Alfredo, o Grande, declarou 12 dias de festividade. Henrique III celebrava o Natal com a matança de animais e eram oferecidos presentes ao rei, No entanto este, mudou um pouco a tradição e passou também a distribuir comida pelos mais pobres.
Em 1533 o Natal tornou-se um grande acontecimento, e era celebrado com cânticos, danças, teatro e abundância de comida.
O Clero com estes excessos todos colocou alguns entraves à maneira como o Natal era celebrado, isto é para a igreja, faltava o lado espiritual. Surgiu então a questão abolir ou não as festas, antes que estas caíssem em exageros.
Com a reforma Lutero considerou os festejos desnecessários e, na Escócia, o Natal foi abolido em 1583. O povo demonstrava o seu descontentamento com estas leis e foi resistindo ao seu cumprimento, continuando a festejar o Natal. Mas a lei foi mais forte e e o Natal tornou-se de facto ilegal. As igrejas foram fechadas e quem não respeitasse a lei era punido. Note-se que os Puritanos tomaram estas medidas como precaução, pelos excessos pagãos que estes festejos continham e não pela celebração do acontecimento cristão.
O Natal foi novamente legalizado em 1660, quando Carlos II regressou ao poder.
Mas com a revolução industrial o espírito do Natal foi-se perdendo. Era necessário trabalhar o mais possível para fazer dinheiro, e não havia lugar ao descanso, como tal os feriados foram proibidos, incluindo o do Natal. Apenas algumas pessoas continuaram a festejar o Natal em suas casas. Alguns patrões concediam também algumas horas livres aos seus empregados.
Enquanto em Inglaterra a maioria das pessoas andava triste, na Alemanha, as pessoas festejavam alegremente o Natal, que se consolidou com muita tradição.
No século XIX (finais) os americanos, viam esta época com grande ternura, provavelmente devido aos emigrantes germânicos que a celebravam com entusiasmo.
Os germânicos celebravam o Natal com grandes feiras, árvores, luzes e presentes, e a crianças eram o alvo das maiores atenções.
Quando em 1837 a rainha Vitória subiu ao trono de Inglaterra, este país mudou radicalmente a sua posição acerca do Natal. A rainha casou com o príncipe Alberto de descendência alemã, e o príncipe trouxe consigo as tradições, e o espírito do Natal ressurgiu. Esta época era maravilhosa. A família real festejava-a com grande carinho pelas crianças, e fomentava a solidariedade e o amor pelo povo.
A primeira árvore de Natal foi introduzida pelo próprio príncipe Alberto.
A Família real foi a grande responsável pelo impacto que o Natal veio a ter em Inglaterra.
Era uma época de boa vontade e de amor, na qual os mais desprotegidos recebiam algum consolo.
Finalmente no século XX, o feriado continuou e a tradição chegou até nós.
Ainda hoje, em muitas localidades de Portugal, o Natal é assim:
Tudo começa no primeiro Domingo do Avento, ou seja, o período das quatro semanas anteriores ao Natal.
Já é Advento - o Menino Jesus está à porta!
É isto que é dito quase como um pregão, é como uma semente de ternura, de tolerância, de alegria discreta. Nasce a solidariedade em torno do Natal - pois o Menino Jesus está à porta !
Espera-se pela novena, para se começar os cantares, e, nestes dias, começa a azáfama do presépio, com muito musgo e palhinhas para deitar o Menino Jesus. Enfeita-se um pequeno pinheiro (a que chamam "árvore de Natal) com bolinhas brilhantes, fitas de várias cores e uns bonequitos, com uma série de lampadazinhas também de várias cores que piscam durante a noite.
Procura-se o melhor bacalhau para a ceia, como se procura e guarda-se a melhor couve da horta. Já há azeite novo e vai haver bom café. Em alguns casos, também se junta o perú assado no forno, acompanhado por batatas cortadas aos quadrados e muito molho.
Depois, e antes da Missa do Galo, aparecem as guloseimas: o arroz doce (ou aletria), as filhós, as rabanadas, o bolo de rei, etc.
Depois a Missa do Galo, com a igreja enfeitada para a época e muito bem iluminada, numa impressionante interioridade de luzes.
Em algumas localidades, ainda hoje, depois da Missa do Galo, usa-se acender uma enorme fogueira, e quase ninguém regressa a casa sem antes passar o seu bocado em amena cavaqueira com familiares, amigos e vizinhos, à vota da fogueira.
Na manhã do outro dia - o dia de Natal - a festa é dos mais novos, que logo de manhã muito cedo vão à procura dos seus presentes ( uns na chaminé outros junto à árvore), presentes estes que o Pai Natal lhes trouxe.
Natal, tempo de ternura e de solidariedade. O Menino Jesus já nasceu!
Paz na Terra aos Homens de boa Vontade e Glória a DEUS nas alturas
O primeiro Natal começou a ser celebrado nas vésperas do nascimento de Jesus, quando, segundo a Bíblia, os anjos anunciaram a Sua chegada.
Nessa altura o imperador Augusto, determinou o recenseamento de toda a população do Império Romano por causa dos impostos, tendo cada pessoa, para o efeito de se registrar na sua localidade.
O Novo Testamento refere que José partiu de Nazaré para Belém, para se recensear, e, levou com ele a esperava um Filho. Ao longo da viagem, chegou a hora de Maria dar à luz e como a cidade estava com os albergues completamente cheios, tiveram de pernoitar numa gruta. Foi nessa região da Judeia e no tempo do rei Herodes que Jesus nasceu.
Diz a Bíblia que um Anjo desceu sobre os pastores que guardavam os seus rebanhos durante a noite e disse-lhes: “deixai o que estais a fazer e vinde adorar o menino, que se encontra em Belém e é o vosso Redentor". Os pastores foram apressados, procurando o lugar indicado pelo Anjo, e lá encontraram Maria, José e o menino. Ao vê-lo, espalharam a boa nova.
Os Evangelhos, de S. Marcos e S. Mateus relatam a história do nascimento de Jesus e ao contrário do que julgávamos, Jesus não teria nascido no inverno, mas sim na Primavera ou no Verão. Os pastores não guardariam os rebanhos nos montes com o rigor do Inverno.
Em relação à data do nascimento de Jesus, existem também algumas dúvidas. A estrela que guiou os Três reis Magos até à gruta de Belém deu lugar a várias explicações. Alguns cientistas afirmam que deverá ter sido um cometa. No entanto nessa altura não há registo que algum cometa tivesse sido visto. Outros dizem que no ano 6 ou 7 a. C. houve um alinhamento dos planetas Júpiter e Saturno mas também não é muito credível, para que se considere esse o ano do nascimento de Jesus. Por outro lado, visita dos Reis Magos é comemorada 12 dias depois do Natal (Epifania) sendo tradicional festejar este acontecimento em pleno Inverno, a 6 de Janeiro. O cálculo mais engenhoso, baseava-se na ideia de que, uma vez que se parte do princípio de que Cristo terá morrido a 25 de Março, deve também ter sido concebido a 25 de Março, porque o seu tempo na Terra tinha de ser um número perfeito de anos. Nove meses depois de 25 de Março, temos 25 de Dezembro, e, desta forma, pode justificar-se a data escolhida oficialmente.
A escolha do dia 25 de Dezembro foi inteligente e nada teve de arbitrário. Ao colocar, de uma vez por todas o nascimento de Cristo a meio das antiquíssimas festividades pagãs do solstício do Inverno, a Igreja Cristã tinha a esperança de as absorver e de as converter. O que aconteceu foi que, por um lado, as festividades pagãs foram vitoriosamente envolvidas pelas fé cristã, eo nascimento de Jesus transformou-se. no espírito das pessoas, no principal ponto de interesse do solstício do Inverno.
Os Apóstolos encarregaram-se de espalhar a palavra de Jesus Cristo e muita gente se converteu ao Cristianismo. Os primeiros cristãos foram perseguidos pelos romanos e apenas no ano de 306 d. C, quando o imperador Constantino se converteu ao Cristianismo, este se difundiu em grande escala.
Esse imperador mandou construir muitas igrejas, entre elas está a igreja da Natividade em Belém, no local onde se julga que Jesus terá nascido.
Embora a celebração do Natal começasse com o nascimento de Jesus, tornou-se verdadeiramente popular há apenas 300 anos.
Os primeiros registos da celebração do Natal têm origem na Turquia, a 25 de Dezembro, em meados do sec II.
No ano 350, o Papa Júlio I levou a efeito uma investigação pormenorizada e proclamou o dia 25 de Dezembro como data oficial e o Imperador Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional.
O período das festas alargou-se até à Epifania, ou seja vai desde 25 de Dezembro até 6 de Janeiro. O dia 6 de Janeiro é o chamado dia dos Reis Magos.
Bom, mas porque celebramos o dia 25 de Dezembro e não outra data se temos tantas dúvidas sobre o nascimento de Jesus? Vejamos a explicação que se segue.
Os dias em Dezembro ficam cada vez mais pequenos, até ao dia 21 do mesmo mês, dia do solstício de Inverno, e, os povos pagãos festejavam os dias que precediam esta data, com o objetivo de apaziguar o Sol e fazer com que este aparecesse de novo, fazendo com que o Inverno fosse mais suave. Após o solstício os dias ficam maiores e mais claros, isto significava para eles luz, alegria e esperança de boas colheitas.
Em Roma festejava-se o triunfo de Saturno sobre Júpiter. Saturno era a idade de ouro de Roma, por isso era associado ao Sol. Os romanos festejavam esta festa próximo do solstício. Nesta altura ninguém trabalhava. Acendiam-se velas e grandes fogueiras para iluminar a noite e havia muita comida.
Outro ritual era a oferta de presentes para apaziguar a deusa das colheitas, sim, os romanos tinham deuses para quase tudo:).
A Igreja não aprovava estas festas pagãs, pelos excessos que se cometiam, compreende-se pois que as tentassem abolir, no entanto, chegou à conclusão que era preferível permitia-las para não privar o povo dos festejos que tanta alegria lhes davam, mas tentando transmitir-lhes a ideia, de que esta cedência era feita para dar honras a Cristo. Assim o seu nascimento seria celebrado com dignidade e teria a sua festa.
Muitos desses costumes ainda hoje existem, mas outros ficaram esquecidos.
Noutras páginas deste site encontrará a sua explicação.
O mais antigo é talvez a comida e a bebida que neste dia existe em abundância em quase todos os lares, É talvez por isso que os não católicos festejam o Natal com grande entusiasmo.
Os maiores festejos da Era romana, realizavam-se em honra do deus Mitra, que nasceu a 25 de Dezembro. por este facto, o Imperador Aureliano declarou este dia o maior feriado em Roma. Passado cerca de um século Imperador Constantino, que se tinha convertido ao cristianismo, manteve muitos dos rituais, pois o deus Mitra representava o sol e a sabedoria.
Cristo representa a vida, a luz e a esperança. Então em vez de se festejar o Sol como antigamente, passar-se-ia a celebrar o nascimento de Jesus Cristo e a festa pagã seria absorvida pela festa cristã.
Durante as invasões bárbaras no século V, os povos Nórdicos e Germânicos conhecem o Cristianismo tomam contacto com o Natal. Saliente-se que estes povos já festejavam o solstício com rituais próprios e mais tarde foram incorporados no Natal.
A religião Cristã foi abraçando toda a Europa, dando a conhecer a outros povos a celebração do Natal.
Em Inglaterra, o primeiro arcebispo de Cantuária foi responsável pela celebração do Natal. Na Alemanha, foi reconhecido em 813, através do sínodo de Mainz. Na Noruega, pelo rei Hakon em meados de 900. Este rei teve a título de curiosidade o cognome de O BOM.
Portanto em finais do séc. IX, o Natal já era celebrado em toda a Europa.
Através dos séculos o carácter pagão destas celebrações foi progressivamente absorvido pela celebração cristã, no entanto alguns dos rituais mantiveram-se.
Em Inglaterra Alfredo, o Grande, declarou 12 dias de festividade. Henrique III celebrava o Natal com a matança de animais e eram oferecidos presentes ao rei, No entanto este, mudou um pouco a tradição e passou também a distribuir comida pelos mais pobres.
Em 1533 o Natal tornou-se um grande acontecimento, e era celebrado com cânticos, danças, teatro e abundância de comida.
O Clero com estes excessos todos colocou alguns entraves à maneira como o Natal era celebrado, isto é para a igreja, faltava o lado espiritual. Surgiu então a questão abolir ou não as festas, antes que estas caíssem em exageros.
Com a reforma Lutero considerou os festejos desnecessários e, na Escócia, o Natal foi abolido em 1583. O povo demonstrava o seu descontentamento com estas leis e foi resistindo ao seu cumprimento, continuando a festejar o Natal. Mas a lei foi mais forte e e o Natal tornou-se de facto ilegal. As igrejas foram fechadas e quem não respeitasse a lei era punido. Note-se que os Puritanos tomaram estas medidas como precaução, pelos excessos pagãos que estes festejos continham e não pela celebração do acontecimento cristão.
O Natal foi novamente legalizado em 1660, quando Carlos II regressou ao poder.
Mas com a revolução industrial o espírito do Natal foi-se perdendo. Era necessário trabalhar o mais possível para fazer dinheiro, e não havia lugar ao descanso, como tal os feriados foram proibidos, incluindo o do Natal. Apenas algumas pessoas continuaram a festejar o Natal em suas casas. Alguns patrões concediam também algumas horas livres aos seus empregados.
Enquanto em Inglaterra a maioria das pessoas andava triste, na Alemanha, as pessoas festejavam alegremente o Natal, que se consolidou com muita tradição.
No século XIX (finais) os americanos, viam esta época com grande ternura, provavelmente devido aos emigrantes germânicos que a celebravam com entusiasmo.
Os germânicos celebravam o Natal com grandes feiras, árvores, luzes e presentes, e a crianças eram o alvo das maiores atenções.
Quando em 1837 a rainha Vitória subiu ao trono de Inglaterra, este país mudou radicalmente a sua posição acerca do Natal. A rainha casou com o príncipe Alberto de descendência alemã, e o príncipe trouxe consigo as tradições, e o espírito do Natal ressurgiu. Esta época era maravilhosa. A família real festejava-a com grande carinho pelas crianças, e fomentava a solidariedade e o amor pelo povo.
A primeira árvore de Natal foi introduzida pelo próprio príncipe Alberto.
A Família real foi a grande responsável pelo impacto que o Natal veio a ter em Inglaterra.
Era uma época de boa vontade e de amor, na qual os mais desprotegidos recebiam algum consolo.
Finalmente no século XX, o feriado continuou e a tradição chegou até nós.
Ainda hoje, em muitas localidades de Portugal, o Natal é assim:
Tudo começa no primeiro Domingo do Avento, ou seja, o período das quatro semanas anteriores ao Natal.
Já é Advento - o Menino Jesus está à porta!
É isto que é dito quase como um pregão, é como uma semente de ternura, de tolerância, de alegria discreta. Nasce a solidariedade em torno do Natal - pois o Menino Jesus está à porta !
Espera-se pela novena, para se começar os cantares, e, nestes dias, começa a azáfama do presépio, com muito musgo e palhinhas para deitar o Menino Jesus. Enfeita-se um pequeno pinheiro (a que chamam "árvore de Natal) com bolinhas brilhantes, fitas de várias cores e uns bonequitos, com uma série de lampadazinhas também de várias cores que piscam durante a noite.
Procura-se o melhor bacalhau para a ceia, como se procura e guarda-se a melhor couve da horta. Já há azeite novo e vai haver bom café. Em alguns casos, também se junta o perú assado no forno, acompanhado por batatas cortadas aos quadrados e muito molho.
Depois, e antes da Missa do Galo, aparecem as guloseimas: o arroz doce (ou aletria), as filhós, as rabanadas, o bolo de rei, etc.
Depois a Missa do Galo, com a igreja enfeitada para a época e muito bem iluminada, numa impressionante interioridade de luzes.
Em algumas localidades, ainda hoje, depois da Missa do Galo, usa-se acender uma enorme fogueira, e quase ninguém regressa a casa sem antes passar o seu bocado em amena cavaqueira com familiares, amigos e vizinhos, à vota da fogueira.
Na manhã do outro dia - o dia de Natal - a festa é dos mais novos, que logo de manhã muito cedo vão à procura dos seus presentes ( uns na chaminé outros junto à árvore), presentes estes que o Pai Natal lhes trouxe.
Natal, tempo de ternura e de solidariedade. O Menino Jesus já nasceu!
Para compreender o NATAL...:
O ano litúrgico divide-se em ciclos: Natal, Páscoa, Tempo Comum. Em cada ciclo tem o seu tempo de preparação e um tempo de repercussão, chamemos-lhe assim, que forma uma unidade com a festa que o motiva, exceto o tempo comum, que não tem preparação nem repercussão. Assim: Advento – Natal – Epifania; Quaresma – Páscoa – Pentecostes; O Tempo comum aparece intercalado entre estes tempos. O Natal, vive-se na expectativa porque o Natal traz consigo coisas, sempre as mesmas e sempre novas: É o Menino que vai nascer, é tudo o que gira à volta do presépio, é a expectativa das crianças (e adultos) frente à possibilidade dos tradicionais presentes de Natal, é a expectativa do bacalhau e das couves que, não se sabe porquê, nesse dia têm outro sabor, é a expectativa de reunir toda a família. Reencontro, solidariedade, partilha, ternura, são valores que se vivem numa festa verdadeira de família. Se Deus fez connosco uma família, porque não fazemos nós famílias entre nós?
Reporto-me aos meus tempos de meninice em que passava o Natal na terra de minha família materna, perto de Aveiro. Ali, a Missa do Galo e a fogueira de Natal, tinham lugar importante. Tudo começava no primeiro Domingo do Advento, onde se gritava: “Já é Advento, o Menino está à porta !”. Era dito quase como um pregão, como uma semente de ternura, de tolerância, de alegria discreta. Nasce a solidariedade em torno da espera do Natal. Começa a azáfama do presépio. Musgo e palhinhas para deitar o Menino, fitas de muitas cores e luzinhas. O bacalhau do melhor procura-se para a ceia, como se procura e se guarda a melhor couve da horta. Já há azeite e vai haver café (se for brasileiro é melhor). Que saboroso é aquele café da noite de Natal, feito num púcaro de barro e bebido ao calor da lareira. Era preciso estar acordado durante a Missa do Galo. E a refeição começa, num ambiente de mistério, alumiada pela chama do grosso cepo de azinheiro, já há muito guardado para a “noite da Consoada”. Bacalhau, batatas, a melhor couve, tudo regado com o mais fino azeite. No fim, rabanadas, as filhós e café. Pouco depois começavam a passar as primeiras pessoas para a Missa, muitas embrulhadas em grossos cobertores, já que o frio não se compadece. Depois da Missa começavam os cânticos ao Menino Jesus, cantados com tanto mais ternura, quantas as saudades do Menino. “Era meia-noite / Meia noite em pino, / Cantavam os galos / Chorava o Menino”, com toda a história do Menino, contada e cantada. Melopeia, quase litânica, que data de séculos passados (talvez do séc. XV). No largo principal da localidade, amontoava-se a lenha armazenada durante dias pela “malta” esforçada. Logo a fogueira era acesa. Ninguém vai para casa antes de passar o seu bocado de amena cavaqueira à volta da enorme fogueira. Mas a garotada tinha pressa de chegar a casa para ir pôs os sapatinhos junto à lareira à espera dos presentes que os familiares mais chegados iam lá colocar.
O Natal é uma festa comemorada em todo o mundo.
Não importa o idioma, a raça, a condição económica, a idade ou o clima. Cor, alegria, esperança, amor, presentes, música criam o clima festivo desse evento universal e cada país segue uma tradição, respeitando na linha evolutiva do tempo as lendas e os costumes elaborados pelos antepassados.
Embora a essência da festa de Natal seja a mesma em todo o mundo, cada país mantém uma tradição diferente, que ao longo dos anos vai passando de pais para filhos.
As origens do Natal
A celebração do Natal antecede o nascimento de Cristo em cerca de 2000 anos, na Mesopotâmia, num festival que simbolizava a passagem de um ano para o outro.
Este povo inspirou outros povos e outras culturas, nomeadamente os gregos, que englobaram as raízes do festival, celebrando a luta de Zeus contra o titã Cronos e os romanos, com um festival em homenagem a Saturno, comemorando o solstício do Inverno.
Após a cristianização do Império Romano, o nascimento de Jesus Cristo passou a ser celebrado no dia 25 de Dezembro.
Alguns historiadores afirmam que o primeiro Natal, de acordo com o que conhecemos nos dias de hoje, foi celebrado no ano 336 depois de Cristo. A troca de presentes passou a simbolizar as ofertas feitas pelos três reis magos ao menino Jesus.
A árvore e enfeites de Natal
As primeiras referências à árvore de Natal datam do século XVI na Alemanha. Mas a origem mais antiga é anterior ao nascimento de Jesus Cristo, surgindo entre o segundo e o terceiro milénio, pelos povos indo-europeus. Nessa época era rendido um culto à árvore, sendo o carvalho, considerado a rainha das árvores. No Inverno, quando as suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites para atrair o espírito da natureza, que se pensava que tinha fugido.
Assim, os enfeites que hoje em dia fazem parte da decoração das árvores de Natal, representam as primitivas pedras, maçãs, entre outros. Cada um destes enfeites tem um significado:
· as velas (antes de serem substituídas pelas coloridas luzes de natal) simbolizam a purificação;
· as pinhas como símbolo da imortalidade;
· os sinos como mostra do júbilo natalício;
· as maçãs e as bolas de cores (que no século XVIII foram desenvolvidas pelos sopradores de vidro da Boémia) simbolizam a abundância;
· a estrela que se coloca no cimo da árvore de Natal anuncia o nascimento de Jesus, a estrela de Belém.
A lenda do pai Natal
Pai Natal: homem bonacheirão e gorducho de faces rosadas e barba branca, vestido de fato vermelho, a conduzir um trenó, pelos céus, puxado a oito renas. Que segundo reza a história, desce pela chaminé e deixa presentes na árvore de Natal, no sapatinho e nas peúgas de todas as crianças bem comportadas,. Esta foi a imagem criada pela Coca-Cola em 1931 e que persiste no espírito de todas as crianças.
Mas o pai Natal já existia anteriormente. Foram os holandeses que levaram para os Estados Unidos da América a lenda de Santa Claus (São Nicolau) no século XVII, na Alemanha a partir do século XIX, embora as suas raízes remontem ao século IV.
São Nicolau foi um bispo da Ásia Menor, que viveu no século IV, celebrizou-se pela sua bondade. A ele estão associados milagres e gestos de grande generosidade, sobretudo para com as crianças. Como resultado, foi considerado santo pela Igreja Católica e foram criadas inúmeras lendas folclóricas. A ele está associada a lenda de entregar sacos de ouro pela chaminé.
Por toda a Europa o dia de São Nicolau passou a ser festejado no dia 6 de Dezembro, mas a tradição de presentear as crianças neste dia, foi lentamente transferida para o dia 25 de Dezembro pela Inglaterra e posteriormente por alguns países como o caso de Portugal.
Hoje em dia esta imagem está associada a um consumismo desmedido, esquecendo a verdadeira intenção de São Nicolau: dar amor, carinho e generosidade.
A Missa do Galo
Conhecida também pela Missa da Meia-noite celebra o nascimento de Jesus Cristo. Este costume começou no século V, através dos romanos católicos. A denominação de Missa do Galo provém de uma lenda que diz que o galo foi o primeiro animal a presenciar o nascimento do menino Jesus, ficando encarregue de anunciá-lo ao mundo através do seu canto.
A origem do presépio
Segundo a tradição católica o presépio surgiu no século XIII, pela mão de S. Francisco d’Assis que quis celebrar o Natal da forma mais realista: montou um presépio de palha, com uma imagem do menino Jesus rodeado de animais reais.
O sucesso desta representação na noite de Natal de 1223 foi tal que rapidamente se estendeu por toda a Itália e posteriormente pela Europa e América Latina.
Cartão de Natal
A confecção do primeiro cartão de natal é atribuída ao britânico John Horsley. Mas a novidade surgiu em 1843, graças a Henry Cole, que encomendou a uma gráfica um cartão com a impressão “Feliz Natal e Próspero Ano Novo”, por não ter disponibilidade de escrever pessoalmente a todos os seus amigos.
Rapidamente, o costume de enviar cartões de Boas Festas, estendeu-se por toda a Europa. A partir de 1870 a impressão dos cartões passou a ser cores.
“As Origens do Natal” – Autora
(A celebração do Natal e algumas tradições são muito anteriores ao nascimento de Cristo)
As festividades natalícias antecedem o cristianismo em cerca de 02 mil anos e remontam à época em que as culturas antigas celebravam a mudança das estações. Já na Mesopotâmia (Norte de África) se realizavam festividades pagãs que simbolizavam a passagem de um ano para o outro. Este costume foi transmitido aos gregos e, posteriormente, aos romanos, que o assimilaram a um outro festival realizado em homenagem a Saturno. A festa realizava-se de 17 de Dezembro a 01 de Janeiro. Para os gregos o dia 25 de Dezembro era o dia mais curto do ano e era seguido de uma nova fase de crescimento que resultava na regeneração da natureza. Assim, no dia 25 de Dezembro comemorava-se a diminuição da dureza do Inverno e o aumento dos dias.
A celebração desta data, conhecida por «Dia do Nascimento do Sol Invicto», apresenta já muitas semelhanças com o Natal, tal como o vivemos hoje. Não se trabalha, realizam-se festas na rua, ofereciam-se grandes jantares aos amigos e colocavam-se grandes árvores verdes iluminadas com muitas velas nas salas para espantar os espíritos. Com a cristianização do Império Romano estas festas pagãs passaram a ser proibidas até aproximadamente ao século lV, altura em que o Papa Júlio l, para acabar com as confusões relacionadas com a data exata do nascimento de Jesus Cristo adotou o feriado. Assim, ficou estipulado que a data oficial do nascimento de Jesus passaria a ser o 25 de Dezembro.
A Tradição das prendas:
Segundo a doutrina cristã, um anjo visitou Maria dizendo-lhe que ela iria conceber o filho de Deus que se chamaria Jesus. Quando estava prestes a dar à luz, Maria, e o seu marido José, viajaram de Nazaré para Belém, onde o único local que encontraram para dormir foi um estábulo. Ali nasceu Jesus que foi visitado pelos pastores e por três Reis Magos que lhe entregaram oferendas. A tradição de oferecer prendas, realizada desde à dez mil anos entre os povos agricultores, que ofereciam excedentes alimentares no solstício do Inverno, foi reintegrada pelos cristãos depois de, sem êxito, tentarem acabar com ela. A oferta de presentes passou a simbolizar a entrega de oferendas ao Menino Jesus pelos Reis Magos.
“Árvores de Natal, velas e outros símbolos pagãos” – Marta Pires
(Sabia que a árvore de Natal tem a sua origem numa tradição antiga?
Ela é apenas um dos muitos símbolos pagãos)
Hoje em dia não há Natal que não tenha Pai Natal, velinhas ou árvore de Natal, e todos que festejam esta data estão habituados à presença destes símbolos durante a quadra das luzinhas. A sua origem, porém, situa-se em tradições alheias ao cristianismo, e mesmo pagãs. Algumas delas foram mesmo transmitidas e adotadas através da divulgação publicitária, como o Pai Natal (através de uma campanha da Coca-Cola).
A árvore de Natal tem a sua origem numa tradição antiga e também pagã. No antigo Egipto, na China e na Europa, cedros e pinheiros eram considerados símbolos da eternidade, porque permaneciam verdes todo o ano. No século XVl, no Norte da Europa, nomeadamente na Alemanha, as pessoas começaram a levar as árvores para casa e a decorá-las durante os dias do Natal. Mais uma vez a divulgação é feita pelos norte-americanos, depois de os alemães levarem o costume para os EUA. Durante o século XlX, as famílias mais abastardas adquiriram o hábito de pôr velas acesas sobre suas janelas na época do Natal, indicando, através da sua luz e calor, que aquela casa estava aberta para oferecer abrigo a quem não tivesse como fugir do frio do Inverno. Esta tradição é muito antiga e certamente alheia ao Natal que celebramos.
Os romanos acendiam velas para pedir que o sol brilhasse na altura do solstício de Inverno, altura do ano em que os dias são curtos e faz mais frio.
Nesse tempo as velas forneciam luz e também algum calor. O cristianismo adotou esta tradição e velas eram colocadas de modo a guiar a luz de Cristo para as casa das pessoas. As velas eram também colocadas muitas vezes nos pinheiros de Natal.
Os frutos secos associados à quadra natalícia têm também origem romana. Para este povo as avelãs evitavam a fome, as nozes prometiam abundância e prosperidade, as amêndoas protegiam as pessoas dos efeitos do álcool.
“Velhoses” – (Ou as célebres filhoses portuguesas) – Álvaro Calado
Ingredientes: 1,5 Kg de abóbora; um cálice de aguardente; 10 gr. de fermento de padeiro; 2 dl de sumo de laranja; Raspa de 3 laranjas; 3 ovos; sal; 400 gr. De farinha:
Confeção: Descasca-se e coze-se a abóbora em água e sal. Escorre-se muito bem e esmaga-se com a mão. Desfaz-se o fermento no sumo de laranja e junta-se ao puré de abóbora. Juntam-se também os ovos inteiros, a aguardente e a raspa das cascas das laranjas. Finalmente, liga-se tudo com a farinha e amassa-se bem. Tapa-se o alguidar com um pano e embrulha-se num cobertor. Deixa-se ficar a levedar em local temperado. Levedada a massa, frita-se às colheradas em azeite quente. Escorrem-se sobre papel absorvente e envolvem-se em pó de açúcar e canela.
O “espírito do natal” impregna o ar. Ele está nos lares e nas almas bondosas que habitam este planeta. Através da TV e da Internet irradia imagens e mensagens que, como um imperativo categórico, apoderam-se das nossas mentes. Ele está nas ruas, nas lojas, em shopping center e nas calçadas onde se ofertam tudo o que o materializa.
O Natal é uma das datas onde, no mundo ocidental, mais se dá e se recebe presentes no ano. Aliás, não importa se a pessoa é ou não cristã - ela entra em listas de presentes onde trabalha, estuda ou em família e amigos. Geralmente instituições governamentais ou não fazem decorações de Natal, sempre com muitas luzes, assim como em algumas residências pelo exterior e quase todas em seu interior há decorações de Natal. Tudo isto é celebrado com muita comida, bebida, música e outras atracões que tentam colocar em nós o famoso "Espírito de Natal". Isto algumas vezes pode ser para aliviar a consciência de uma vida egocêntrica, e aí se doa alimentos, roupas ou outros objetos para instituições filantrópicas. Enquanto se celebra o Natal de Jesus, a dificuldade é saber, querer e viver com Jesus no Natal e na vida.
Por outro lado, muitas pessoas fazem as pazes, reatam antigos relacionamentos que estavam quase destruídos, festejam, bebem, comem, dançam, ajudam os necessitados, distribuem comida, roupas, agasalhos, se abraçam, se amam como verdadeiros irmãos, vão para a casa dos parentes que moram longe, trocam presentes e tudo isso é muito prazeroso e bonito… É o espírito do Natal. Mas não é o bastante.
Quem dera tivéssemos Natal os 365 dias do ano, para podermos dançar, festejar e ajudar os nossos semelhantes que tanto sofrem. A mídia nos convence de que o Natal é o dia para todas essas formas de alegria e ternura, mas essa é uma verdade que poderia existir todos os dias de nossas vidas. Por que esperar o dia 25 de Dezembro para fazer o bem, se existem pessoas sofrendo todos os dias do ano? Não seria uma hipocrisia de nossa parte fecharmos os olhos durante 363 dias do ano e fazer o bem somente nos dias 24 e 25 de Dezembro?
Por mais cuidadosa que seja, a pessoa acaba envolvida pelo espírito natalino. E, então, por mais sovina que seja, a pessoa acaba abrindo o coração e, o que é pior, em certas circunstâncias, o bolso. Depois que se dissolve a névoa natalina, bate o arrependimento. Tardiamente, claro.
O espírito de Natal é como um gás incolor e inodoro, que entra pelo nariz do incauto e anula as suas resistências, muda as suas vontades e o impele a fazer coisas que ele, em outras ocasiões, absolutamente não faria e nem nelas pensaria.
O verbo dar, que pode significar entregar a alguém, alguma coisa, não é conjugado por muita gente, em qualquer tempo, modo ou pessoa. Aliás, é conjugado, sim, na primeira pessoa: “eu me dou ao luxo de... eu me dou ao prazer de...” e por aí vai.
Autor: Rupert Sheldrake
Existe um conceito muito interessante definido na biologia com base em experiências no campo da física por Sheldrake, conceito esse que, embora seja muito criticado por uns e já aceito por muitos outros poderá muito bem explicar muitos fenómenos que tomam conta do mundo. Sheldrake postulou um conceito que define “campos morfológicos” que influenciam o comportamento das espécies. Esse tipo de campo é dotado de muito pouca energia própria, mas é capaz de moldar energia de outra fonte. Assim sendo, segundo ele, os campos morfológicos, são construídos por meio de capacidades que se acumulam à medida que os membros de uma mesma espécie aprenderam um determinado tipo de comportamento. Por exemplo, um determinado grupo de indivíduos aprendeu a andar de bicicleta, os componentes da mesma espécie ou grupo, cada vez mais aprenderão mais facilmente a andar de bicicleta. Segundo Sheldrake o comportamento fica gravado no campo morfogenético e, quando a energia de um indivíduo se combina com ele, o campo padroniza o comportamento desse indivíduo.
Bem sabemos que é impossível ver um campo morfogenético ou qualquer outro, todavia é muito fácil perceber a sua influência apenas examinando o comportamento das pessoas como um todo. E, para saber o que está contido neste campo basta observar o que as pessoas estão fazendo, ao captarem as mensagens e discernirem o que está sendo realmente valorizado elas conseguem moldar o seu comportamento a partir disto. E tanto esses campos têm ações altamente enriquecedoras, como podem atuar destrutivamente, pois quando só perturbações estão presentes o comportamento dos indivíduos contidos nesse campo também serão perturbados. Não tem nada de “espiritual” ou “espiritualização” com esse conceito, apenas são situações que estão regidas por leis físicas e, como era de se esperar, evidentemente, invisíveis.
Portanto, voltando ao “espírito de Natal” percebemos que ele se dissemina no mundo inteiro porque os pensamentos são praticamente os mesmos e expressos nas mais diferentes línguas e tradições: o respeito ao outro, o desejo da tão sonhada paz universal, o sentimento de que se cada um fizer a sua parte poderemos realmente fazer uma grande diferença no mundo em que vivemos.
Reporto-me aos meus tempos de meninice em que passava o Natal na terra de minha família materna, perto de Aveiro. Ali, a Missa do Galo e a fogueira de Natal, tinham lugar importante. Tudo começava no primeiro Domingo do Advento, onde se gritava: “Já é Advento, o Menino está à porta !”. Era dito quase como um pregão, como uma semente de ternura, de tolerância, de alegria discreta. Nasce a solidariedade em torno da espera do Natal. Começa a azáfama do presépio. Musgo e palhinhas para deitar o Menino, fitas de muitas cores e luzinhas. O bacalhau do melhor procura-se para a ceia, como se procura e se guarda a melhor couve da horta. Já há azeite e vai haver café (se for brasileiro é melhor). Que saboroso é aquele café da noite de Natal, feito num púcaro de barro e bebido ao calor da lareira. Era preciso estar acordado durante a Missa do Galo. E a refeição começa, num ambiente de mistério, alumiada pela chama do grosso cepo de azinheiro, já há muito guardado para a “noite da Consoada”. Bacalhau, batatas, a melhor couve, tudo regado com o mais fino azeite. No fim, rabanadas, as filhós e café. Pouco depois começavam a passar as primeiras pessoas para a Missa, muitas embrulhadas em grossos cobertores, já que o frio não se compadece. Depois da Missa começavam os cânticos ao Menino Jesus, cantados com tanto mais ternura, quantas as saudades do Menino. “Era meia-noite / Meia noite em pino, / Cantavam os galos / Chorava o Menino”, com toda a história do Menino, contada e cantada. Melopeia, quase litânica, que data de séculos passados (talvez do séc. XV). No largo principal da localidade, amontoava-se a lenha armazenada durante dias pela “malta” esforçada. Logo a fogueira era acesa. Ninguém vai para casa antes de passar o seu bocado de amena cavaqueira à volta da enorme fogueira. Mas a garotada tinha pressa de chegar a casa para ir pôs os sapatinhos junto à lareira à espera dos presentes que os familiares mais chegados iam lá colocar.
O Natal é uma festa comemorada em todo o mundo.
Não importa o idioma, a raça, a condição económica, a idade ou o clima. Cor, alegria, esperança, amor, presentes, música criam o clima festivo desse evento universal e cada país segue uma tradição, respeitando na linha evolutiva do tempo as lendas e os costumes elaborados pelos antepassados.
Embora a essência da festa de Natal seja a mesma em todo o mundo, cada país mantém uma tradição diferente, que ao longo dos anos vai passando de pais para filhos.
As origens do Natal
A celebração do Natal antecede o nascimento de Cristo em cerca de 2000 anos, na Mesopotâmia, num festival que simbolizava a passagem de um ano para o outro.
Este povo inspirou outros povos e outras culturas, nomeadamente os gregos, que englobaram as raízes do festival, celebrando a luta de Zeus contra o titã Cronos e os romanos, com um festival em homenagem a Saturno, comemorando o solstício do Inverno.
Após a cristianização do Império Romano, o nascimento de Jesus Cristo passou a ser celebrado no dia 25 de Dezembro.
Alguns historiadores afirmam que o primeiro Natal, de acordo com o que conhecemos nos dias de hoje, foi celebrado no ano 336 depois de Cristo. A troca de presentes passou a simbolizar as ofertas feitas pelos três reis magos ao menino Jesus.
A árvore e enfeites de Natal
As primeiras referências à árvore de Natal datam do século XVI na Alemanha. Mas a origem mais antiga é anterior ao nascimento de Jesus Cristo, surgindo entre o segundo e o terceiro milénio, pelos povos indo-europeus. Nessa época era rendido um culto à árvore, sendo o carvalho, considerado a rainha das árvores. No Inverno, quando as suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites para atrair o espírito da natureza, que se pensava que tinha fugido.
Assim, os enfeites que hoje em dia fazem parte da decoração das árvores de Natal, representam as primitivas pedras, maçãs, entre outros. Cada um destes enfeites tem um significado:
· as velas (antes de serem substituídas pelas coloridas luzes de natal) simbolizam a purificação;
· as pinhas como símbolo da imortalidade;
· os sinos como mostra do júbilo natalício;
· as maçãs e as bolas de cores (que no século XVIII foram desenvolvidas pelos sopradores de vidro da Boémia) simbolizam a abundância;
· a estrela que se coloca no cimo da árvore de Natal anuncia o nascimento de Jesus, a estrela de Belém.
A lenda do pai Natal
Pai Natal: homem bonacheirão e gorducho de faces rosadas e barba branca, vestido de fato vermelho, a conduzir um trenó, pelos céus, puxado a oito renas. Que segundo reza a história, desce pela chaminé e deixa presentes na árvore de Natal, no sapatinho e nas peúgas de todas as crianças bem comportadas,. Esta foi a imagem criada pela Coca-Cola em 1931 e que persiste no espírito de todas as crianças.
Mas o pai Natal já existia anteriormente. Foram os holandeses que levaram para os Estados Unidos da América a lenda de Santa Claus (São Nicolau) no século XVII, na Alemanha a partir do século XIX, embora as suas raízes remontem ao século IV.
São Nicolau foi um bispo da Ásia Menor, que viveu no século IV, celebrizou-se pela sua bondade. A ele estão associados milagres e gestos de grande generosidade, sobretudo para com as crianças. Como resultado, foi considerado santo pela Igreja Católica e foram criadas inúmeras lendas folclóricas. A ele está associada a lenda de entregar sacos de ouro pela chaminé.
Por toda a Europa o dia de São Nicolau passou a ser festejado no dia 6 de Dezembro, mas a tradição de presentear as crianças neste dia, foi lentamente transferida para o dia 25 de Dezembro pela Inglaterra e posteriormente por alguns países como o caso de Portugal.
Hoje em dia esta imagem está associada a um consumismo desmedido, esquecendo a verdadeira intenção de São Nicolau: dar amor, carinho e generosidade.
A Missa do Galo
Conhecida também pela Missa da Meia-noite celebra o nascimento de Jesus Cristo. Este costume começou no século V, através dos romanos católicos. A denominação de Missa do Galo provém de uma lenda que diz que o galo foi o primeiro animal a presenciar o nascimento do menino Jesus, ficando encarregue de anunciá-lo ao mundo através do seu canto.
A origem do presépio
Segundo a tradição católica o presépio surgiu no século XIII, pela mão de S. Francisco d’Assis que quis celebrar o Natal da forma mais realista: montou um presépio de palha, com uma imagem do menino Jesus rodeado de animais reais.
O sucesso desta representação na noite de Natal de 1223 foi tal que rapidamente se estendeu por toda a Itália e posteriormente pela Europa e América Latina.
Cartão de Natal
A confecção do primeiro cartão de natal é atribuída ao britânico John Horsley. Mas a novidade surgiu em 1843, graças a Henry Cole, que encomendou a uma gráfica um cartão com a impressão “Feliz Natal e Próspero Ano Novo”, por não ter disponibilidade de escrever pessoalmente a todos os seus amigos.
Rapidamente, o costume de enviar cartões de Boas Festas, estendeu-se por toda a Europa. A partir de 1870 a impressão dos cartões passou a ser cores.
“As Origens do Natal” – Autora
(A celebração do Natal e algumas tradições são muito anteriores ao nascimento de Cristo)
As festividades natalícias antecedem o cristianismo em cerca de 02 mil anos e remontam à época em que as culturas antigas celebravam a mudança das estações. Já na Mesopotâmia (Norte de África) se realizavam festividades pagãs que simbolizavam a passagem de um ano para o outro. Este costume foi transmitido aos gregos e, posteriormente, aos romanos, que o assimilaram a um outro festival realizado em homenagem a Saturno. A festa realizava-se de 17 de Dezembro a 01 de Janeiro. Para os gregos o dia 25 de Dezembro era o dia mais curto do ano e era seguido de uma nova fase de crescimento que resultava na regeneração da natureza. Assim, no dia 25 de Dezembro comemorava-se a diminuição da dureza do Inverno e o aumento dos dias.
A celebração desta data, conhecida por «Dia do Nascimento do Sol Invicto», apresenta já muitas semelhanças com o Natal, tal como o vivemos hoje. Não se trabalha, realizam-se festas na rua, ofereciam-se grandes jantares aos amigos e colocavam-se grandes árvores verdes iluminadas com muitas velas nas salas para espantar os espíritos. Com a cristianização do Império Romano estas festas pagãs passaram a ser proibidas até aproximadamente ao século lV, altura em que o Papa Júlio l, para acabar com as confusões relacionadas com a data exata do nascimento de Jesus Cristo adotou o feriado. Assim, ficou estipulado que a data oficial do nascimento de Jesus passaria a ser o 25 de Dezembro.
A Tradição das prendas:
Segundo a doutrina cristã, um anjo visitou Maria dizendo-lhe que ela iria conceber o filho de Deus que se chamaria Jesus. Quando estava prestes a dar à luz, Maria, e o seu marido José, viajaram de Nazaré para Belém, onde o único local que encontraram para dormir foi um estábulo. Ali nasceu Jesus que foi visitado pelos pastores e por três Reis Magos que lhe entregaram oferendas. A tradição de oferecer prendas, realizada desde à dez mil anos entre os povos agricultores, que ofereciam excedentes alimentares no solstício do Inverno, foi reintegrada pelos cristãos depois de, sem êxito, tentarem acabar com ela. A oferta de presentes passou a simbolizar a entrega de oferendas ao Menino Jesus pelos Reis Magos.
“Árvores de Natal, velas e outros símbolos pagãos” – Marta Pires
(Sabia que a árvore de Natal tem a sua origem numa tradição antiga?
Ela é apenas um dos muitos símbolos pagãos)
Hoje em dia não há Natal que não tenha Pai Natal, velinhas ou árvore de Natal, e todos que festejam esta data estão habituados à presença destes símbolos durante a quadra das luzinhas. A sua origem, porém, situa-se em tradições alheias ao cristianismo, e mesmo pagãs. Algumas delas foram mesmo transmitidas e adotadas através da divulgação publicitária, como o Pai Natal (através de uma campanha da Coca-Cola).
A árvore de Natal tem a sua origem numa tradição antiga e também pagã. No antigo Egipto, na China e na Europa, cedros e pinheiros eram considerados símbolos da eternidade, porque permaneciam verdes todo o ano. No século XVl, no Norte da Europa, nomeadamente na Alemanha, as pessoas começaram a levar as árvores para casa e a decorá-las durante os dias do Natal. Mais uma vez a divulgação é feita pelos norte-americanos, depois de os alemães levarem o costume para os EUA. Durante o século XlX, as famílias mais abastardas adquiriram o hábito de pôr velas acesas sobre suas janelas na época do Natal, indicando, através da sua luz e calor, que aquela casa estava aberta para oferecer abrigo a quem não tivesse como fugir do frio do Inverno. Esta tradição é muito antiga e certamente alheia ao Natal que celebramos.
Os romanos acendiam velas para pedir que o sol brilhasse na altura do solstício de Inverno, altura do ano em que os dias são curtos e faz mais frio.
Nesse tempo as velas forneciam luz e também algum calor. O cristianismo adotou esta tradição e velas eram colocadas de modo a guiar a luz de Cristo para as casa das pessoas. As velas eram também colocadas muitas vezes nos pinheiros de Natal.
Os frutos secos associados à quadra natalícia têm também origem romana. Para este povo as avelãs evitavam a fome, as nozes prometiam abundância e prosperidade, as amêndoas protegiam as pessoas dos efeitos do álcool.
“Velhoses” – (Ou as célebres filhoses portuguesas) – Álvaro Calado
Ingredientes: 1,5 Kg de abóbora; um cálice de aguardente; 10 gr. de fermento de padeiro; 2 dl de sumo de laranja; Raspa de 3 laranjas; 3 ovos; sal; 400 gr. De farinha:
Confeção: Descasca-se e coze-se a abóbora em água e sal. Escorre-se muito bem e esmaga-se com a mão. Desfaz-se o fermento no sumo de laranja e junta-se ao puré de abóbora. Juntam-se também os ovos inteiros, a aguardente e a raspa das cascas das laranjas. Finalmente, liga-se tudo com a farinha e amassa-se bem. Tapa-se o alguidar com um pano e embrulha-se num cobertor. Deixa-se ficar a levedar em local temperado. Levedada a massa, frita-se às colheradas em azeite quente. Escorrem-se sobre papel absorvente e envolvem-se em pó de açúcar e canela.
O “espírito do natal” impregna o ar. Ele está nos lares e nas almas bondosas que habitam este planeta. Através da TV e da Internet irradia imagens e mensagens que, como um imperativo categórico, apoderam-se das nossas mentes. Ele está nas ruas, nas lojas, em shopping center e nas calçadas onde se ofertam tudo o que o materializa.
O Natal é uma das datas onde, no mundo ocidental, mais se dá e se recebe presentes no ano. Aliás, não importa se a pessoa é ou não cristã - ela entra em listas de presentes onde trabalha, estuda ou em família e amigos. Geralmente instituições governamentais ou não fazem decorações de Natal, sempre com muitas luzes, assim como em algumas residências pelo exterior e quase todas em seu interior há decorações de Natal. Tudo isto é celebrado com muita comida, bebida, música e outras atracões que tentam colocar em nós o famoso "Espírito de Natal". Isto algumas vezes pode ser para aliviar a consciência de uma vida egocêntrica, e aí se doa alimentos, roupas ou outros objetos para instituições filantrópicas. Enquanto se celebra o Natal de Jesus, a dificuldade é saber, querer e viver com Jesus no Natal e na vida.
Por outro lado, muitas pessoas fazem as pazes, reatam antigos relacionamentos que estavam quase destruídos, festejam, bebem, comem, dançam, ajudam os necessitados, distribuem comida, roupas, agasalhos, se abraçam, se amam como verdadeiros irmãos, vão para a casa dos parentes que moram longe, trocam presentes e tudo isso é muito prazeroso e bonito… É o espírito do Natal. Mas não é o bastante.
Quem dera tivéssemos Natal os 365 dias do ano, para podermos dançar, festejar e ajudar os nossos semelhantes que tanto sofrem. A mídia nos convence de que o Natal é o dia para todas essas formas de alegria e ternura, mas essa é uma verdade que poderia existir todos os dias de nossas vidas. Por que esperar o dia 25 de Dezembro para fazer o bem, se existem pessoas sofrendo todos os dias do ano? Não seria uma hipocrisia de nossa parte fecharmos os olhos durante 363 dias do ano e fazer o bem somente nos dias 24 e 25 de Dezembro?
Por mais cuidadosa que seja, a pessoa acaba envolvida pelo espírito natalino. E, então, por mais sovina que seja, a pessoa acaba abrindo o coração e, o que é pior, em certas circunstâncias, o bolso. Depois que se dissolve a névoa natalina, bate o arrependimento. Tardiamente, claro.
O espírito de Natal é como um gás incolor e inodoro, que entra pelo nariz do incauto e anula as suas resistências, muda as suas vontades e o impele a fazer coisas que ele, em outras ocasiões, absolutamente não faria e nem nelas pensaria.
O verbo dar, que pode significar entregar a alguém, alguma coisa, não é conjugado por muita gente, em qualquer tempo, modo ou pessoa. Aliás, é conjugado, sim, na primeira pessoa: “eu me dou ao luxo de... eu me dou ao prazer de...” e por aí vai.
Autor: Rupert Sheldrake
Existe um conceito muito interessante definido na biologia com base em experiências no campo da física por Sheldrake, conceito esse que, embora seja muito criticado por uns e já aceito por muitos outros poderá muito bem explicar muitos fenómenos que tomam conta do mundo. Sheldrake postulou um conceito que define “campos morfológicos” que influenciam o comportamento das espécies. Esse tipo de campo é dotado de muito pouca energia própria, mas é capaz de moldar energia de outra fonte. Assim sendo, segundo ele, os campos morfológicos, são construídos por meio de capacidades que se acumulam à medida que os membros de uma mesma espécie aprenderam um determinado tipo de comportamento. Por exemplo, um determinado grupo de indivíduos aprendeu a andar de bicicleta, os componentes da mesma espécie ou grupo, cada vez mais aprenderão mais facilmente a andar de bicicleta. Segundo Sheldrake o comportamento fica gravado no campo morfogenético e, quando a energia de um indivíduo se combina com ele, o campo padroniza o comportamento desse indivíduo.
Bem sabemos que é impossível ver um campo morfogenético ou qualquer outro, todavia é muito fácil perceber a sua influência apenas examinando o comportamento das pessoas como um todo. E, para saber o que está contido neste campo basta observar o que as pessoas estão fazendo, ao captarem as mensagens e discernirem o que está sendo realmente valorizado elas conseguem moldar o seu comportamento a partir disto. E tanto esses campos têm ações altamente enriquecedoras, como podem atuar destrutivamente, pois quando só perturbações estão presentes o comportamento dos indivíduos contidos nesse campo também serão perturbados. Não tem nada de “espiritual” ou “espiritualização” com esse conceito, apenas são situações que estão regidas por leis físicas e, como era de se esperar, evidentemente, invisíveis.
Portanto, voltando ao “espírito de Natal” percebemos que ele se dissemina no mundo inteiro porque os pensamentos são praticamente os mesmos e expressos nas mais diferentes línguas e tradições: o respeito ao outro, o desejo da tão sonhada paz universal, o sentimento de que se cada um fizer a sua parte poderemos realmente fazer uma grande diferença no mundo em que vivemos.
"Feliz Natal" em várias línguas:
Alemanha: Fröhliche Weihnachten - * Argentina: Felices Pasquas y Feliz Año Nuevo - * Bulgária: Tchestita Koleda Tchestito Rojdestvo Hristovo -* Coreia: Sung Tan Chuk Ha - * Croácia: Sretan Bozic I Nova Godina - * Dinamarca: Glaedelig Jul -* Eslováquia: Sretan Bozic or Vesele vianoce -* Espanha: Feliz Navidad - * Esperanto: Gajan Kristnaskon -* Estónia: Ruumsaid juulup|hi - * França: Joyeux Noël -* Grécia: Kala Christouyenna - * Hawai: Mele Kalikimaka - * Inglaterra: Merry Christmas - * Indonésia: Selamat Hari Natal - * Iraque: Idah Saidan Wa Sanah Jadidah - * Itália: Buon Natale - * Japão: Shinnen Omedeto. Kurisumasu Omedeto -* Jugoslávia: Cestitamo Bozic - * Latim: Natale hilare et Annum Faustum! - * Noruega: God Jul - * Roménia: Sarbatori Fericite - *Rússia: Pozdrevlyayu s Prazdnikom Rozhdestva Is Novim Godom - * Turquia: Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun - * Ucrânia: Srozhdestvom Kristovym - * Vietname: Chung Mung Giang Sinh - * etc.
Alemanha: Fröhliche Weihnachten - * Argentina: Felices Pasquas y Feliz Año Nuevo - * Bulgária: Tchestita Koleda Tchestito Rojdestvo Hristovo -* Coreia: Sung Tan Chuk Ha - * Croácia: Sretan Bozic I Nova Godina - * Dinamarca: Glaedelig Jul -* Eslováquia: Sretan Bozic or Vesele vianoce -* Espanha: Feliz Navidad - * Esperanto: Gajan Kristnaskon -* Estónia: Ruumsaid juulup|hi - * França: Joyeux Noël -* Grécia: Kala Christouyenna - * Hawai: Mele Kalikimaka - * Inglaterra: Merry Christmas - * Indonésia: Selamat Hari Natal - * Iraque: Idah Saidan Wa Sanah Jadidah - * Itália: Buon Natale - * Japão: Shinnen Omedeto. Kurisumasu Omedeto -* Jugoslávia: Cestitamo Bozic - * Latim: Natale hilare et Annum Faustum! - * Noruega: God Jul - * Roménia: Sarbatori Fericite - *Rússia: Pozdrevlyayu s Prazdnikom Rozhdestva Is Novim Godom - * Turquia: Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun - * Ucrânia: Srozhdestvom Kristovym - * Vietname: Chung Mung Giang Sinh - * etc.
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro - Marinha Grande - Portugal
postagem enviada por Carlos Leite
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