De 17 de setembro a 8 de outubro o projeto DOCE POESIA DOCE estará distribuindo gratuitamente nada menos que 10 mil “poesias doces” (poesias impressas embalando balas doces) em praças, escolas, hospitais e postos de atendimento em Salvador.
DOCE POESIA DOCE é um fruto simbólico e também literal do projeto PÉ DE POESIA, que em 2016 decorou as árvores de Salvador com 500 poesias de mais de 200 poetas de todo o Brasil. Os idealizadores de ambos os projetos, o escritor e músico Fabio Shiva e a fotógrafa Fabíola Campos, buscam sensibilizar as pessoas para o poder da Poesia de trazer doçura e beleza, para a vida, gerando transformações positivas.
Metade das 10.000 “poesias doces” celebrará a obra de poetas consagrados da língua portuguesa, como Castro Alves, Fernando Pessoa, Gregório de Mattos, Álvares de Azevedo, Florbela Espanca, Gonçalves Dias e muitos outros. Já a outra metade das poesias será selecionada a partir da Convocatória Doce Poesia Doce, que possibilita que poetas de todo o Brasil participem do projeto. Os interessados devem enviar um poema de sua autoria (com no máximo 14 versos) e uma foto com boa resolução para o e-mail poesianasarvores@gmail.com até o dia 31/08/17. Os melhores poemas enviados serão impressos e distribuídos junto com balas doces em diversos pontos de Salvador, com direito também a publicação no blog (poesianasarvores.blogspot.com .br) e na página do projeto no Facebook (facebook.com/poesianasarvores ). Todos os poetas participantes receberão por e-mail a arte digital de seus poemas incluídos no projeto.
Inaugurando e encerrando a distribuição das “poesias doces”, serão realizados dois saraus poéticos com recital em praça pública: na Praça da Sé (17/09) e noCampo Grande (08/10). Já está confirmada a participação dos poetas Adão Cunha, Edgar Velame, Ivan de Almeida, Lucas Ferreira, Marly Ramos eVanessa Cardoso no recital de poesias.
E a meta agora, com DOCE POESIA DOCE, é ir além: fazer a Poesia sair de seu espaço estático de contemplação nas árvores e ganhar mobilidade, indo até onde as pessoas estão nas ruas e em espaços coletivos como escolas, UPAs e outras instituições. E a Poesia, que no ano passado foi apresentada como fruta colorida, dependurada nas árvores, agora se associa ao doce sabor da infância, através das balas que acompanham os poemas, em um lúdico e amoroso convite para que as pessoas vejam o mundo com o olhar da Poesia, que requer olhos de criança, capazes de se surpreender e de se encantar e, assim, vislumbrar a essência das coisas. Viva a Poesia!
“A Poesia é necessária e vital como o ar que respiramos. Para muitos, que não percebem isso, tal afirmação pode parecer um completo desvario, no mínimo um grande exagero. Quem dera fosse assim. Mas a Poesia é tão fundamental para a sobrevivência humana no planeta como são as abelhas. Se a Poesia sumisse do mundo hoje, a humanidade não tardaria a se transformar em um imenso deserto de árvores ressequidas. Pois é a Poesia que mantém vivo o espírito humano. (...) Não deveria ser preciso afirmar aqui coisas tão óbvias. Mas não se iludam: é certo que a Poesia corre perigo. Submetidos ao constante dilúvio da superficialidade, trazemos o espírito cada vez mais embotado para o mergulho profundo exigido pelo olhar poético. No mundo inteiro, trezentos e cinquenta milhões de pessoas atualmente diagnosticadas como depressivas confirmam essa triste perspectiva: a Poesia está minguando, e com ela o sentido da vida.”
Fabio Shiva, no prefácio para o livro “Os Céus de Van Gogh”, de Thiago Prada (Caligo Editora, 2014)
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DOCE POESIA DOCE é um projeto selecionado pelo Edital Arte Todo Dia – Ano III, da Fundação Gregório de Mattos (Prefeitura de Salvador), com apoio de Artgraphic, Cogito Editora, Caligo Editora, Athelier PHNX, Servdonto e R & P Som e Iluminação.
Indicação Leandro Martins de Jesus
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