tipo de poema estrófico
constituído por uma série de tercetos onde: o 1º e o 3º versos rimam entre
si, a rima do 2º verso fará par com o
1º e o 3º versos da estrofe seguinte, no último terceto é acrescentada
uma linha cuja rima se faz com o 2º verso da mesma estrofe.
Aos mestres santistas
O mar dos poetas inebria
Confunde mente e coração,
Ora é tempestade, ora calmaria
Vicente, cantou o mar-chorão!
Narciso, a alma do Porto
E Ribeiro Couto, o mar-solidão!
Santos, em tuas praias absorto
Admiro tua costa brejeira,
E a maresia traz conforto.
Humilde herdeira
De tantos admiradores.
Num passe de alcoviteira
Denuncio todos seus amores.
Clara Sznifer - cepelista
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Ou quem desapareceu?
Tudo se tornou escuro,
Sombras suando no breu.
Depois de brincar no muro,
Berram velas pelo chão.
Acendi olhos no escuro,
Luzes fiz na escuridão
E o amor dentro me alarga,
Acendendo a imensidão,
Natan de Alencar
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E se...
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Água, farinha e sal
Corte ao meio esse pão
e mate toda sua fome
usando manteiga de ilusão.
Corte ao meio seu nome
e deixe no prato vazio
o sinal que ainda está com fome.
Corte ao meio esse cio
e deixe cair da língua
a saliva imunda do estio
deixando a vida à míngua.
André Carrancas
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VOLTA
Chegas
qual pássaro voltando ao ninho,
descrente
da vida que fez assim
tão
só, tão sem amor, tão sem carinho.
Vagavas:
botequim em botequim;
bebendo
a mágoa, esquecido e tristonho,
nem
mais vias as flores do jardim.
Agora
o futuro será risonho,
pois
sempre estive aqui a te esperar
alegre,
qual dia te vi em sonho.
Verás
toda a beleza deste mar
nas
noites que serão cheias de ardor
e
o Sol somente por ti vai brilhar
levando
para ti o meu grande amor.
Deise Domingues Giannini - cepelista
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APAGÃO
O apagão apontou,
A casa se encolheu.
Será que sou quem restou?
Será que sou quem restou?
Ou quem desapareceu?
Tudo se tornou escuro,
Sombras suando no breu.
Depois de brincar no muro,
Berram velas pelo chão.
Acendi olhos no escuro,
Luzes fiz na escuridão
E o amor dentro me alarga,
Acendendo a imensidão,
Enquanto a saudade amarga
Natan de Alencar
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E se...
E ele gritou:
- A poesia morreu!
Depois, sentou e chorou.
Havia de ser Irineu!
A vizinha balbuciou:
E, então, se escondeu.
Hei, você que contou!
O que procedeu,
O que o afrouxou?
- A poesia morreu!
Ele revelou.
E ali ninguém viveu.
Já ela, bateu asas e voou.
Thais Pereira
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Sensações
Olho para
o mar,
a natureza
sorri para mim,
sinto o
meu mau humor acabar.
Uma flor
que me atrai é o jasmim,
de alegria
fico cheia,
quero
continuar sempre assim.
Será que
alguém já viu uma sereia?
Vale a
pena acreditar nos mistérios,
pois a
vida é uma grande teia.
Quero viver
sem muitos critérios,
mas quero
desvendar segredos
para ter
pensamentos sérios
sem ter no
cérebro rochedos.
Valéria Rodrigues Florenzano
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ERA, UM POBRE COITADO!
Era um homem comilão
Tinha um estomago
Grande , do tamanho d’um garrafão
Tinha por nome Tiago
E vivia angustiado
Por ser um homem gago
Na aldeia, não era rejeitado
Por apenas ser,diferente
Era, um pobre coitado!
No seu dia-a-dia era diligente
Nas suas tarefas de empresário
Ele até gostava da gente
Fosse lá qual fosse o cenário.
Ilda Pinto Almeida
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Desespero
Como a
aurora que surge bela,
e se
transforma nas manhãs serenas,
assim te
vejo pálida gazela.
Sigo teus
passos para ver apenas,
Teu vulto
lânguido que me dilacera,
nas manhãs
tão brancas, tão alvenas!
Sinto-me
morto, isso me desespera...
Já não
agüento, meiga criatura,
essa demora,
de ficar à espera.
Já estou
louco, cheio de amargura,
e peço a
Deus que me dê boa sorte,
porque
viver assim nessa tortura,
vai me
levar depressa para a morte.
Marly Barduco Palma - cepelista
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A JUSANTE
Na proa, de
madrugada,
fumo um cigarro
e penso na amada...
Sim: ao passado
me agarro
nas horas de
solidão.
Frágil que sou:
feito de barro.
Abaixo, o rio
corre. Em vão:
para morrer de
encontro ao mar;
afogando-me na recordação
de não ter onde
aportar.
Edweine Loureiro
Onde cantam as cotovias
- II
Onde cantam as cotovias
cantam outros passarinhos
canções de todos os dias...
Quando acordo no meu ninho
já cansado de morrer
não há sangue, nem vizinho
a quem possa recorrer.
- E esse silêncio lá fora
que não me deixa escrever!
Como eu queria ir embora,
voltar pras minhas orgias,
e me esquecer da aurora
onde cantam as cotovias...
André Foltran
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Na noite escura e sombria
Repousa uma pessoa
da caminhada do dia.
Na árvore, o morcego voa
procurando por sua presa
que está por perto, à toa.
O morcego, com certeza,
ao encontrá-la, porém,
abusa de sua esperteza
e ataca a pessoa também
Ludimar Gomes Molina - cepelista
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RUA SEM SAÍDA
Tenho observado as rugas no espelho do tempo,
os sulcos deixados no rosto pelos arados da vida
(mais nas colheitas do contratempo do que nas do
passatempo).
A partida já está, pelo destino, muito bem definida:
chegando em qualquer posição (em último ou em primeiro),
não tem choro nem dúvida: uma hora vai ter despedida.
Já passou janeiro, fevereiro, novembro... ih, mais um
ano inteiro!
O relógio tem pressa, não cessa a frenética corrida
do seu ponteiro, que é muito mais do que ligeiro.
Ah! Viver é fuga desesperada por uma rua sem saída.
Geraldo Trombin
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Poesia Azul
Sou o convite ao passo itinerante
Sou o convite ao passo itinerante
e no vagar purpúreo, o passarinho
sobrevoando a aurora caminhante
Acolho a rosa, ignoro o espinho,
que o meu sereno faz chorar cristais
deitando orvalho morno de carinho
E teço rimas algo marginais
neste compasso de poeta amante
que devaneia versos irreais
Um Cavaleiro Andante ao Rocinante...
Douro a jornada livre de moinho,
trilho o percurso
largo do errante,
sou poesia azul... Sou o caminho...
Cris Dakinis (vencedora do concurso: Trajes Poéticos)
Comentários
"Grande , do tamanho d’um garrafão"' Adorei!
Parabéns!
Parabéns ao amigo Gera tb! :)
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