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Mostrando postagens de junho, 2013

MiniConto - Hilda Curcio

O conto que se segue foi escrito a partir do poema Aves Tristes de Francisco Ferreira. Hoje, amanheci sem-vontade. De tudo. De nada. Olhei a pilha de livros todos com um papel marcando o ponto da leitura interrompida — ausência daquelas linhas prenhas de fatos sem-graça. Sem-propósito. No chão, papéis amassados pela intensa tentativa de escrever, nunca acertando o ponto da história, sem-ânimo. Vontade de andar à toa. Sem-companhia. Desesposada. Sem-música. Sem-sol. Sem-carro. A oficina descumpriu a promessa. Sem-fome. Café me sustenta sempre. Vinho, às vezes. Água? Atravesso todas as ruas por que passo. Ânsia de desaparecer numa multidão que não vislumbro. Sem-pessoas. Desmovimento. Voltar? Sem-intenção. Imaculado-me. Procuro um tronco para me suster. Qualquer árvore me serve. Sem-sono. Sol enfraquecido na cabeça. Assisto as primeiras estrelas. Venta. Sem-frio. Com essa roupa? Sem-dinheiro. Ouço tímida e cúmplice a gaita na boca do Eduardo. Bar principal. Meus ímãs. Ninguém me son

Humor Cego - Vieira Vivo

DITADOS ADITADOS Vontade é coisa que você dá e passa. Nunca diga: nesse prato não cuspirei. Quem canta mal aos seus espanta. Aos barrigudos: O que o olho não vê, ereção não sente. Primeiro o dever! Já o pagar... O mau hálito faz parte do monge. A ocasião faz o cagão. Em política: Amigos, amigos... Negócios repartem. do livro Humor Cego  Vieira Vivo

Lançamento de livro - Cláudia Brino e Vieira Vivo

QUER GANHAR UM LIVRO?

como funciona? envie um poema seu para o  CARDÁPIO POÉTICO,  e se for o mais votado, você ganhará um (01) livro de nosso catálogo. como participar? o poema deve ser enviado para  cacbvv@gmail.com  até o dia 30/06 ASSUNTO:  CARDÁPIO POÉTICO - VOTAÇÃO Os poemas serão postados na primeira semana de  JULHO ATENÇÃO:   Se você deseja participar do CARDÁPIO POÉTICO,  mas não quer  que seu poema seja votado é só comunicar.

Poesia Convergente - Sarau do Nhocuné

Veja o lançamento da antologia Poesia Convergente (Ed. Costelas Felinas) em São Paulo capa brochura - 60 páginas - contato: batalhafam@ig.com.br

Copa das manifestações - Hernany Tafuri

às ruas como às armas das câmeras ao face – curtir, or not curtir that is the what? a Copa nas ruas é o acontecimento religioso da raça. porém há luta na terra de gols & fardas – os colhões nas pontas das chuteiras e dos cassetetes, vivas à pedagogia nascimento: pede pra sair/traz o saco/põe na conta do blatter! macunaíma tomado por uma consciência participante – revolução caraíba pintada no matriarcado de Pindorama! – vamos todos juntos contra quaisquer preconceituosas catequeses contra quaisquer bandeiras cujas cores enferrujaram contra balbúrdias e fanatismos contra pedras e perdas contra contras de boutique boinas máscaras e cartazes em branco selva à seleção.

Manifestação - Vieira Vivo

Aproveitando o embalo, postamos a charge retirada da página 64 do livro Mingau das Almas de Vieira Vivo.

Muitos Pablos um só Neruda - Marcelo Fouquet

Quando começo a verbalizar a escrever versos intensos logo me vem, meu grande poeta menestrel e cantante que um dia, escreveu sua poesia descreveu momentos... instantes de sua vida veio tantas vezes desejos vontades de seu coração sofredor lágrimas invadiram o coração É dele que me lembro... sempre...sempre em cada poema humildemente eu me ajoelho dizendo, declamando meus versos homenageando Neruda... que se chamava Pablo encantando-nos com poemas vertentes de sua pura alma Afinal, todos somos Pablos mas um só é Neruda nas noites, nos dias... tudo pode ser e tudo virará poesia infinita! Marcelo Fouquet Rosembrock

GANHE ESTE LIVRO

é só dizer EU QUERO - para o e-mail cacbvv@gmail.com  - e enviaremos o nome de um bicho para você concorrer na federal do dia 29/06/2013. E aproveite para conhecer o evento que gerou esta antologia visitando nosso álbum NOITE DAS FLORES CONFIRA O RESULTADO e se seu nome estiver na lista envie seu endereço completo para  cacbvv@gmail.com   para receber na faixa o  livro Noite das Flores

Espetáculo "Caminhos de Ilusão" na Abertura do FESCETE

Lançamento 2ª antologia Casa do Poeta Brasileiro de Praia Grande

A Casa do Poeta Brasileiro de Praia Grande-SP convida a todos para o lançamento de sua 2ª Antologia de Poetas, Escritores e Convidados, esta por sua vez dedicada ao grande poeta Walter Rossi(em memória). O lançamento ocorrerá no Palácio das Artes em Praia Grande no dia 11 de Julho a partir das 19:00h. Local: Palácio das Artes End. Av. Costa e Silva, 1600, Boqueirão - Praia Grande-SP

Diálogos - Israel Diniz

Glayson Carneiro Marcelino

Distraí-me ao longo do tempo, fiz da vida um nada diante do mais nobre do sentimento o amor. Escondi-me da realidade e as coisas que fiz foi apenas para não aceitar que um dia fui flechado por esse sentimento chamado amor, e um dia essa mesma flecha que um dia acertou não apenas cruzou em meu peito, mas perfurou o coração que ainda guarda cicatrizes, passado a gente esquece, mas as marcas não. As palavras que um dia saíram de seus lábios eram como mel, palavras adocicadas, viajei no tempo, cruzei mares e oceanos, passei por tantos lugares e cheguei acreditar que, estava vivendo um sonho, um sonho que parecia tão real que tudo que sentia, que aquelas palavras tão doces, ressoavam em meus ouvidos, quantas palavras divinas, meu coração a cada momento pulsava mais e mais forte tudo por um sentimento chamado amor. Glayson Carneiro Marcelino

XX - Flávio Machado

o homem velho não tem casa perambula pela cidade não é maltrapilho não parece bêbado ou drogado o homem velho não tem casa almoça no mercado dorme na rodoviária carrega um aparelho de telefone celular consulta as horas e com alguma esperança aguarda a  ligação de um possível parente o homem velho não tem casa silente invisível solene perambula pelas ruas da cidade. Flávio Machado

micrologias - icê dias

alegria teu sorriso em meu calendário tiro ao alvo acertar no pivô da ideia segredo todo túmulo um dia será aberto razão uma delícia de opinião intimidade você gostaria de morar em meu pensamento? em briga de marido e mulher nem ele, nem ela metem a colher icê dias poemas do livro renda fria

UM JARDIM DE SAUDADE - Cris Dakinis

O meu olhar divaga distraído... Sequer repara em chuva ou estio, ele contempla em cheio esse vazio onde a saudade tem sobrevivido. Em meu canteiro, antes tão florido secam sementes de todo feitio... Só sempre-vivas de solo sombrio brotam do nada no jardim perdido. Insistem os amigos a dizer: Deixa o passado, vem espairecer! Em meu disfarce, escondo a nostalgia... Mas a saudade em turnos recorrentes vem completando bodas permanentes e faz-me companhia... Todo dia! Cris Dakinis

BORGES - EMANUEL MEDEIROS VIEIRA

É vasta a nossa população de mortos. O mundo, Borges, infinita biblioteca, além – é claro –  de tigres, espelhos, labirintos, punhais, livros, proféticos sonhos, Homero, Camões, outros cegos – você, a sombra enaltecida não é sombra, claridade de alguns labirintos, portas, enigmas decifrados, alta capacidade mnemônica. Somos poucos, somos tão poucos, e parecemos muitos. “Alguém constrói Deus na penumbra”, escreves sobre Spinoza. Amor? É o Espírito Santo que nos escreve? A literatura como sedução/invenção: a vida só não basta.

Lá vem a patrulha - Valdeck de Jesus

Não posso dizer De cabelo ou de cor De samba, pagode De paz nem de dor De rock, balada Favela ou baião Lá vem a patrulha De arma na mão Cabeças e bocas Vão me atacar Não posso dizer Não posso falar De samba, pagode Cabelo ou de cor De branco, de negro Nem de multicor Se digo ou se calo Um sim ou um não La vem a patrulha De arma na mão Valdeck de Jesus

MARAVILHA!! LUDIMAR GOMES MOLINA - VOVÓ DO RAP

É com muita emoção que vejo o quanto de poder uma pessoa é capaz de ter em seu destino. Parabéns!!! Ludimar Gomes Molina, seu trabalho, sua determinação estão recebendo o que tanto merecem. Todos nós, integrantes do Clube de Poetas do Litoral, a parabenizamos por mais está conquista Veja a reportagem e conheça essa figurinha.... (clique na imagem)

Martins Fontes, nas vozes femininas do Cantigas Praianas.

HUMOR CEGO - Vieira Vivo

   Há tempos empenho-me em respeitar conceitos e determinações que procurem zelar pela boa conduta dos cidadãos. Principalmente no que se refere as tradições seculares da sociedade.         Em vista disso, imbuído no mais alto senso cívico e com a alma lavada diante do bom proceder, torno público o fato de que,  há muitos anos, venho procedendo da seguinte maneira:

CELEBRIDADES - EMANUEL MEDEIROS VIEIRA

(PROSA POÉTICA “VULGAR”) Para os meus amigos, e para todos aqueles que ainda buscam o Humano E para os que já se foram EMANUEL MEDEIROS VIEIRA Uma moça – filha de uma celebridade já morta– corta os pulsos aos quinze anos. As pessoas casam-se para aparecer na revista “Caras”. E as pessoas separam-se para serem vista na revista “Caras”. Tudo é descartável, tudo se dissolve – nada fica. Nada? Somos seres da memória. A tentação facilitária (vulgar) é a de indagar: o que está havendo? Pensamos que estamos bem próximos. Não: estamos ilhados virtualmente. Somos seres falantes. É preciso contar, dizer, imprecar. É preciso deixar falar os nossos mortos. Como um jardim: cultivar os nossos ancestrais.

Zé Carlos Batalhafam e Selmo Vasconcellos

CIRCUITO SESC DE ARTES

SEXTA (7) É DIA DE CIRCUITO SESC DE ARTES NA PRAÇA TOM JOBIM, EM SÃO VICENTE Evento gratuito,  tem apoio da Secretaria da Cultura e terá cinco atrações, a partir das 17h30 São Vicente é uma das 102 cidades paulistas selecionadas para receber o Circuito Sesc de Artes 2013, nesta sexta-feira (7), a partir das 17h30, na Praça Tom Jobim, Praia do Gonzaguinha. O evento é gratuito, conta com o apoio logístico da Secretaria da Cultura e terá no roteiro intervenção teatral, números circenses, música, dança e cinema. Em todo o Estado, o circuito mobiliza 340 artistas em 63 atrações itinerantes, sempre de sexta a domingo, até o dia 23. O objetivo é democratizar o acesso aos bens culturais, promover a circulação de trabalhos artísticos de qualidade nas diferentes linguagens, formar plateias e estreitar as relações com as comunidades onde o Sesc não mantém sede permanente. Programação – O Circuito Sesc trará a São Vicente os seguintes espetáculos:

A formação do leitor literário na escola - Roberto de Queiroz

A escritora Tatiana Belink, falando sobre como estimular o prazer da leitura na escola, disse o seguinte numa entrevista: “Há coisas que não se manda fazer, elas acontecem. E a leitura é uma delas. O leitor é livre. Você lê para você mesmo, para seu divertimento, para sua emoção, não tem obrigação de coisa nenhuma. Você começa a ler e vai logo perceber que é bom. Uma história bem contada pode fazer alguém chorar ou rir, isto é, pode prender o leitor” ( Na Ponta do Lápis , nº 12, dez. 2009). Mas como fica a liberdade do leitor iniciante? Como é que alguém pode escolher o que não conhece?  

Encontro Poético - Participe

RESULTADO - concurso literário PRÊMIO NARCISO DE ANDRADE

A Ed. Costelas Felinas (livros artesanais) em comemoração aos seus 15 anos de atividades promoveu o 2º PRÊMIO LITERÁRIO NARCISO DE ANDRADE - encerrado no dia 15 de maio de 2013. O poeta selecionado receberá 50 exemplares de seu livro publicado gratuitamente. Agradecemos a todos os participantes de vários lugares do Brasil e do exterior, totalizando um montante de 137 poetas que enviaram seus trabalhos (25 poemas de cada). Agradecemos aos companheiros que divulgaram o concurso em seus blogs, sites, face, que compartilharam, curtiram e fizeram a tradicional divulgação boca à boca e aos jurados que tiveram a árdua tarefa de escolher apenas um entre tantos. Parabéns ao vencedor  Veja o resultado clicando abaixo

1º Encontro "Amigos do Planeta"

maiores informações com Rossidê Rodrigues rossi.rodrigues6996@ig.com.br

Celebridade é o caralho! - Marah Mends.

Não agiria bem com holofotes  e flashes pipocando em minha cútis de dá lia. Não abro mão da minha liberdad e explícita, por um punhado de felicidade c analha. Terceiro decanato de Peixes é  bem assim: Dá pé na bunda das parafernáli as. Não sirvo para ser experimento  de perguntas públicas no que diz respeito a particul aridades minhas: O que faço, como vivo, o que sigo ou quem está ou deixa de estar  na cama comigo. Virtude mesmo é saber ser simp les... ... sem passar despercebido.           Marah Mends.

CONSTRUÇÃO - Luiz Otávio Oliani

  A Lara de Lemos a palavra é adaga a cortar os pulsos contra ela milícias bombas são inúteis canhões não têm vez sequer mordaças a palavra não se cala grita ejacula goza a palavra é adaga fere, mata mas também é espera: seu tempo é todo o tempo   Luiz Otávio Oliani In: A eternidade dos dias, RJ, Multifoco, 2012.  

Ariano Suassuna em Santo André

a poeta do ABC Rosana Banharoli comporá a mesa de escritores-convidados que o recepcionarão.  É necessário retirar o convite gratuito com uma hora de antecedência.

CLIQUE POÉTICO

Tarde - Marcelo Ignácio

Já é tarde Se faz tarde Tarde pra que Somente uma tarde Que se disfarça Em um lindo dia De outono Logo chegara o previsível inverno De dias curtos De noite longas Por aproveite as tardes Os fins de tarde O sol morrendo A lua nascendo Em meio a opostos Aposto na tarde Marcelo Ignácio

ENCANTO - Thaís Pereira

DIAS DE LIMO - Leonardo Só

No lugar mais úmido do mundo E em meio à obscuridade Do tempo e à paz definitiva: Sabe Deus quantas lágrimas Choram os poetas e os pastores das noites Desses tempos de limo? Mas, as seletas músicas dos poetas E os cânticos dos mitos encantados Celebram as núpcias dos rios e dos mares À noite que já se vai alta E a chuva que apagou as altas estrelas. Só os poetas e suas inspirações Me guiam nas densas trevas E me lembram que a vida continua! Leonardo Só poeta clandestino

NO PORTÃO - Hilda Curcio

Rente ao portão, verdades esconsas — a aranha quase me violentou (aos pulos menos rápidos que os meus ágeis de esperteza impudica também saltos). Seria um mulo? Salva por outra aranha — puxada por dois cavalos — Mantive-me gloriosa simplex . Agora, estou uma égua velha prestes a alimentar as feras nesse meu circo total. Eu. (este classificou-se no XXX conc. Lit. internacional em 2010) Hilda Curcio

HAICAIS - Clara Sznifer

Tarde de primavera – Chuva suave goteja  no hibisco branco.              Vales verdejantes               Berço eterno de nuvens –             Serra de primavera. Clara Sznifer do livro Pétala Dispersas

Labirinto - Vieira Vivo

            Muitos são caminhantes por carência             de movimentos, andanças e passagens             Outros andam pela rota da inocência             atrelados, sempre, às mesmas paragens             Uns se movem pela força da ganância             Quedam-se, outros, vítimas do acaso             Anônimos, perdidos, sem importância             Tristonhas flores fenecendo em vaso             Sabem todos que tornarão a ser nada             Legando à estrada só marcas e atitudes             ao exaurir-se finalmente tal caminho             Sejam, santos, loucos, maus ou rudes             em dado momento sob a rota fechada             um por um se sentirá frio e sozinho    Vieira Vivo do livro Mingau das Almas

Os pássaros - Rosália R. Burba

O sabiá solitário Toda a tarde vem cantar Em cima do meu telhado Para minha vida alegrar. Às vezes, fico pensando O porquê de viver tão sozinho Mas não consigo entender O viver do passarinho. Eu amo os Sabiás E também os Colibris Estou sempre pensando No lugar onde nasci. E sempre no entardecer Os Bem-te-vis voltam a cantar Meu amor, até parece Que eles querem te ninar. Rosália Rosa Burba do livro Ipê Amarelo

MEIAS PALAVRAS - Ludimar G. Molina

Ah! Quanta dúvida! Há dúvidas! Dúvidas? Perguntas são feitas... Ficam sem respostas. As dúvidas endoidecem. Na loucura se aquecem. Queimam-se na chama que arde. No silêncio do mundo tornam-se verdades. Ludimar Gomes Molina do livro Entre Pedras e Gavetas

HAICAIS - Jaíra Presa

Alto da janela – A lua de primavera Traz suave lembrança.                             Tempo de infância –                         Mãe enfeita a sala                         Com flores de pessegueiro.  Avisa O mensageiro do vento – Aragem chegou. Jaíra Presa

ME ACHO - Geraldo José Sant'Anna

comigo me descubro me aconteço me surpreendo e me desisto me encontro e reencontro tantas e tantas vezes que pareço contracenar com inúmeras pessoas me redescubro entre máscaras encenações e desvarios me beijo e me afasto me entrego e me acho distraído me esqueço e passo nas nuances de um romance mágico Geraldo José Sant'Anna do livro A Caminho do Umbigo

Fragilidades - Francisco Ferreira

Desenho de giz sob a goteira do tempo. Coando-se em mim a morte constrói castelos e estalactites... Dente de leão que o destino bafeja a deriva dos ventos ... e tufões! Nos tentáculos do deserto o sol/criança gulosa lambe-me, escultura de gelo. Impetuosa corrente de vida arremessa-se em meu peito fraco/flácido papel de seda. Na mesa de deuses famintos o desjejum. Sou boneco de açúcar!  Francisco Ferreira

SONHO LILÁS - Kedma O’liver

Enquanto ouço palavras sussurradas ao vento... Mergulho em pensamentos Borbulho cores Sobrevoo amores Desperto sonhos Desfaço rancores Coloro espaços Enfeito saudades Retenho abraços... Metamorfoseando vida. Kedma O’liver    

VENCEREMOS - Natanael de Alencar

Enfrentarei os teus anjos negros com pedaços de aurora e nuvens de maçã. Nos países cobertos de tempestades, semearei as terras com bons sentimentos, cheios de cor e um pouco de fúria, por ti. De dentro do caixão escaparei para percorrer teus infernos doces, colocarei sonhos na tua boca e tua cabeça deitarei em nuvens leves. Quando acordares, haverá um língua nova, feita da infinita variação de quatro letras: A M O R. Depois, iremos às ilhas, às sete ilhas do arquipélago aceso de febre, da boa febre dos encantados, da boa febre da pele dos casais. Aprenderemos a tecer relâmpagos diretamente do c oração e venceremos a morte  com algodão doce. Natanael Gomes de Alencar

CONFISSÕES DE UM DAIMON - Natanael de Alencar

Sento-me na calçada, a olhar insone o que ela deixou pra que eu olhasse. Ela sentou ontem aqui para relaxar e pensar em tudo que aconteceu e que deixou de acontecer. Passo as mãos pela calçada e toco num alfinete. Sangro. Queria sentir o cheiro de cada dia em que ela andou aqui. Me ponho a perguntar sobre sentidos de coisas que jamais aconteceram. Me ponho a perguntar sobre conceitos que ela tinha da vida e da morte. Me ponho a perguntar do amor que a deixou sempre na mão.

Devaneios - Heloisa Crosio

Noite densa de outono! Um desassossego invade A longa madrugada...   Pela fresta da janela Claridade ilumina o rosto, O corpo, os sonhos!   Mãos buscam o nada!   No silêncio noturno, um lamento triste. Sinfonia da alma!   La fora a lua, a rua vazia. Sombras passeiam, Assombram, Vagam ao acaso, Sem rumo!   No quarto , mergulhada em devaneios, Nua, viaja em teus desejos, Em teu prazer!   O resto, é solidão!   Heloisa Crosio