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Momento Musical - por Ivan Pereira

Atualmente um museu, esse local serviu de residência para o compositor alemão Ludwig van Beethoven, entre 1802 e 1803. Nessa casa, localizada em Heiligenstadt, subúrbio de Viena, Beethoven escreveu, entre outras obras, a conhecida Sonata n. 14 em dó sustenido menor, opus 27 n. 2, chamada "Ao Luar"; e, em 06 de outubro de 1802, o famoso "Testamento de Heiligenstadt", documento encontrado somente após sua morte, em que reflete seu desespero acerca de sua crescente surdez e a vontade de superar seus males físicos e emocionais, a fim de cumprir seu ideal artístico. No museu, encontra-se um piano, disponível aos visitantes.
Na foto, Ivan ao piano.


Ivan Pereira Santos Junior, nascido em Santos/SP, em 12 de maio de 1974, é pianista, compositor, professor de música, filósofo, escritor, poeta, advogado e industriário.

De toda a família, apenas ele seguiu os passos do avô paterno, Maurilio Santos, acerca de quem apenas histórias lhe chegaram, pois não o conhecera: Inobstante músico amador, detinha grande talento e habilidade com diversos instrumentos de cordas e sopros, e atuava ora como regente, ora instrumentista do conjunto musical que acompanhava o coro de uma igreja batista, em fins da década de 1940.

Embora não herdara seu pai os dons do avô, Ivan revelou precocemente interesse por música, e assim que se mudara com os pais a São Paulo, em meados de 1980, viu-se crescer em ambiente propício, e no recesso doméstico, somente a boa música de antigos long plays e da estação de rádio Grande ABC FM: As orquestras de Glenn Miller, dos irmãos Dorsey e de Ray Conniff; de jazz e blues; dos standards bossanovistas ao piano de Pedrinho Mattar; de Noel Rosa e Pixinguinha a Antonio Carlos Jobim, João Gilberto e o trio Tamba.

Em paralelo a isso, matriculado no Colégio Santana, sito na Rua Voluntários da Pátria, 2.624, São Paulo, de 1981 a 1984, aí tomou as primeiras aulas de música.

Influenciado por uma amiga que ingressara em um conservatório próximo do colégio, e cada vez mais entusiasmado com a ideia de tornar-se músico, decidiu, aos 10 anos de idade, aprender piano.

De regresso a Santos, em 1985, o divisor de águas para a música erudita se deu ao assistir, em casa de um vizinho, ao premiado filme Amadeus, drama biográfico de 1984, dirigido a partir da homônima peça de Peter Shaffer, de 1979, e livremente inspirado nas vidas dos compositores Wolfgang Amadeus Mozart e Antonio Salieri, que viveram em Viena, Áustria, durante a segunda metade do século XVIII. Tal fato foi determinante, levando-o, diferentemente do que o corre com meninos de sua idade, a freqüentar assiduamente a biblioteca municipal de Santos, compulsar enciclopédias e estudar a vida e a obra dos grandes compositores.

No começo de 1987, sua mãe o matriculara no curso regular de piano do Conservatório Guiomar Novaes, então localizado na Rua Dr. Carvalho de Mendonça, 445, Campo Grande, Santos. Lá, a diretora da escola, Prof. Maria Angélica Sartori, foi a primeira a identificar algum talento no garoto e encorajá-lo a compor, logo ao perceber suas aptidões, perseverança e horas de dedicação ao piano. Dessa época, datam as primeiras composições e apresentações públicas.

O ano de 1990 adveio, e com ele um concurso de piano no qual conquistara o primeiro lugar, na categoria “4º ano”, realizado no auditório do antigo Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (CCBEU), em Santos. Nesse momento, conhecera aquela que, integrante do corpo de jurados do certame, seria sua nova mentora: A pianista Dalva Helena Andrade de Mesquita, então professora do Instituto Musical Lavignac.

Em 1993, já aluno de Dalva, teve, igualmente, na Prof. Ana Maria Monteiro Vicente, ampliados os horizontes tanto da técnica pianística quanto do estudo sistemático de harmonia — nunca, entretanto, de composição, caminho trilhado só, intuitiva e ininterruptamente.

Em 1995, o Instituto Musical Lavignac o diplomou com a conclusão formal do curso; em 27 de outubro de 1997, no mesmo auditório onde conheceu sua mestra Dalva Helena, teve seu recital de formatura.  

Atualmente, em meio a atividades profissionais e literárias, ministra aulas particulares de técnica, teoria, harmonia e história da música, consagrando-se igualmente, à composição de obras tanto de cunho erudito — sonatas, prelúdios, mazurcas, fantasias — quanto de viés popular influenciadas pela música de Tom Jobim e da Bossa Nova; todas, porém, quase que exclusivamente voltadas a seu instrumento: O piano.

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