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Trajes Poéticos - EPIZEUXE

figura de linguagem que resulta na repetição da mesma palavra, sem intervalo, no mesmo verso.

Veja os poemas

Percorro os lugares conhecidos
Releio versos antigos
Paro...fito o mar
Olhando o nada
Pensamento viaja...
Voa... voa... voa...
O quebrar das ondas
Espalhar das espumas
Dispersando as andorinhas
Que em bando festivo
Voa até o infinito
Sumindo...sumindo... 

 Kedma O'liver - cepelista
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Numa terra árida, pobre de recursos
Um oásis, se destaca  no meio da secura,
Árvores majestosas, abrigo de  pássaros
Ideal para o alimento e a procriação.

São as veredas do nosso sertão!
Ó buriti! ó buriti! ó buriti!  ó buriti!

 Todo ele se doa para o nosso sertão!
Sublime! Sublime! Sublime! Sublime!
 
Os indígenas assim nomearam
A rainha das veredas, a árvore da vida.
Como o sertanejo que lá nasce,
Sobrevive ao torrão inóspito
Não se verga, nem se abate.

Clara Sznifer - cepelista
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SONOLENTA

Estava quase dormindo

Gol...Gol...Gol...Gol...Gol...
Sonolenta, balbuciei
Deve ser gol do Neymar.
               Estoram fogos no ar
               Não , Não, Não, Não, Não
               No condomínio a gritaria
               Santo, Santos, Santos, Santos, Santos.
Morfeu, espera por mim
Comecei entrar em alfa...
O interfone tocou.
Ah! desculpe foi engano.
Droga! Droga! Droga! Droga! Droga.

Edite Capelo - cepelista
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Em todas as partes do mundo:
Mundo! mundo! mundo! mundo! mundo!
O amor é sempre o amor,
Só mudam as personagens.
A história é sempre a mesma:
Mesma! mesma! mesma! mesma! mesma!
Não muda nem uma vírgula,
Isso não se pode negar.

Amores impossíveis, desencontros,
Amores frustrados, proibidos,
Até amores bandido, que fazer?
Amores não se controlam;
Vivem-se ou morrem.

Marly Barduco Palma - cepelista
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Ritual Poético

Versos encantados
alimentam corpos
imaginários
e invisíveis.
Corpos de sonhos,
desejos, desejos, desejos, desejos...
Corpos de prazer,
fantasias,  fantasias, fantasias, fantasias, fantasias,
Veros são desejos
criados com palavras,
que alimentam corpos
nos rituais de amor
e de dor.

José Vieira de Almeida - cepelista
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O mar acalenta a suave brisa
lisa, lisa, lisa lisa, lisa
É a leve areia da bonita praia
que de mansinho a bela pisa.
E uma canção a tua boca entoa!
Como distante teu pensamento voa!
E segues agora pela vida afora,
Adora, adora, adora, adora, adora!
O brilhante sol que tua alma aquece,
Nem nada, nem o medo te entristece
Pois fazes de tua vida ... uma prece

Thereza Ramalho Figueiredo - cepelista
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GUERRA

Mil bombas, gritos, explosões,
corpos sem alma vão à terra.
Miseráveis das legiões!
Ah guerra, guerra, guerra, guerra!

Ouço gritos, tristes lamentos
e as vidas se tornam fragmentos.

Em farrapos ficou a história
no dever de uma luta inglória.

Poder! Ah! O poder de ter
nas mãos, por meio combativo,
o mundo de modo coercivo.
Morte! Não vou enlouquecer:
eu vivo! Vivo! Vivo! Vivo!

Deise Domingues Giannini - cepelista
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INSISTÊNCIA

Ao longo das nossas vidas.
Sofridas! Sofridas! Sofridas!
Buscamos sucessos e glórias.
Vitórias! Vitórias! Vitórias! Vitórias

É preciso calma e paciência ou peça
Clemência! clemência! clemência! Clemência!

O sucesso exige entrega de corpo e alma
E calma! E calma! E calma! E calma!

Mesmo que tudo pareça distante
Avante! Avante! Avante! Avante!
A vida é feita de desafio
E brio! E brio! E brio!
Acredite que pode ser indestrutível                    
Invencível! Invencível! Invencível!

Olímpio Coelho  - cepelista
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Ao entrar no quarto e ver o espelho
cheio de riscos de batom, assustadores.
Neles, uma mensagem em vermelho
enche meu pobre coração de dores.
É como se ouvisse o eco sair dos lábios teus:
Adeus! Adeus! Adeus! Adeus! Adeus!
Quero acreditar que seja  uma miragem.
Tento em vão apagar tal  mensagem.
No entanto, ela permanece nítida.
Não se apaga, não se defaz.
 Na dor do meu sonho desfeito
meu coração explodindo de amor grita:
Odeio-te! Odeio-te! Odeio-te!Odeio-te!

Ludimar Gomes Molina - cepelista

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