Por Cláudia Brino A literatura árabe é rodeada de sabedoria, imaginação e espiritualidade. Entre os árabes a eloqüência sempre foi valorizada, era inclusive, uma condição exigida para se poder exercer a chefia da tribo e, com certeza essas tribos primitivas eram imbatíveis na poesia. Havia feiras anuais e gravava-se em ouro, sobre folha de palmeira, as peças vitoriosas que eram dependuras. Desde a infância, aprendia-se a refletir e a descrever o camelo, o vento, as montanhas, o deserto... Dois componentes determinam a sabedoria: o dom natural e o tempo, que sazona o homem, e essas características tornam a literatura árabe privilegiada. A sabedoria, que não é repartida entre todos os homens e todos os povos, se expressa em livros como os Prolegômenos , de Ibn-Alkhaldun, Libertação do Erro , de Al-Ghazzali, A Epístola do Perdão , de Al-Maarri, O Profeta de Gibran, entre tantos outros. A sabedoria se manifesta em anedot...