rimas feitas quando os versos terminam com a mesma palavra,
mas com significado diferente.
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os poemas publicados aqui participaram do concurso Trajes Poéticos
realizado pelo Clube de Poetas do Litoral - salvo os poemas dos autores
cepelistas que são os julgadores do concurso.
PARTICIPE - CONCURSO POÉTICO
e tenha seu poema publicado na antologia Trajes Poéticos na faixa
e tenha seu poema publicado na antologia Trajes Poéticos na faixa
(que poderá aparecer quantas vezes você quiser)
Sessão de fotos
A modelo atua em pleno set
O foco do flash a submete
Em cena, ao cruzar a porta
Incontáveis adornos porta
Incontáveis sorrisos alista
para a capa da revista
A cantora atua em cena
A melodia a deixa plena
Os músicos tocam num canto
Ela, ao centro, trina seu canto
E em caras e bocas se vê
para a capa do CD
Vieira Vivo - cepelista
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Momento fugaz
Ouvindo o som de minha passada
Relembro minha vida passada
Sinto o perfume de flores
Admiro o voo das borboletas
Em um balé belo e harmonioso.
Caminho mais um pouco
Em um momento fugaz
Vivo minha verdadeira paz...
Maria Angela Manzi da Silva
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AMOR QUEBRA
O amor que em todo azul circulas
Te penetra fundo sem firulas.
Quando é um que sente, é feito poste
Que tomba sózinho, embora poste
No correio da alma sua carta
De dissimulado tom que enfarta.
Quando dois o sentem sendo UM,
São dois que o sofrem, sem nenhum
Medo do que assusta, como um cais
Para ancorares quando cais.
...Embora não sintas, amor quebra.
Natan de Alencar
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Caminho de Casa
Peguei o caminho
E, enquanto caminho:
sonho.
Sentia-me livre
Mas que Deus me livre
De meu sonho:
afoito.
Thais Pereira
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Pesquisa no sítio
Como estava inspirado
Logo me vi ali deitado
Ao balançar-me na rede
Acessando a minha rede
Conversando com amigos
Longe de qualquer perigo.
No sítio da vizinhança
Aonde há tanta bonança
Fui beber água na fonte
Antes pesquisei na fonte
Qual era sua origem
Vê se não tinha fuligem.
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Quarto dos fundos
Sereias louras invadem o quarto...
Sou todo mar ou resta-me um quarto?
Acordo e dou com a cara no telhado...
Por que, meu Deus, não morri afogado?
Sereias louras dizem ao pé do ouvido
coisas que eu queria ter olvido.
Minhas verdades, naus submergidas...
O meu baú de orações antigas...
Polvos gigantes, cavalos marinhos...
Serão poemas ou serão golfinhos?
Sereias louras - ah, com elas luto!
Tubarões negros já ensaiam luto.
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HESITAÇÃO
Penso que ainda é cedo,
pois se a este desejo cedo…
Não sei! Tenho medo…
Afinal, no jogo da paixão,
se quero manter-me são,
ímpeto e furor não são
bons motivos de decisão.
Edweine
Loureiro
Operário
Sobre o teto da
construção
Homens labutam sem parar
Carregam aços,
pedras e concretos
Dores e suores,
pesos concretos
Erguem muros
de sonhos etéreos
À noite repousam
o corpo moído
E amanhã
recomeçar
Pão e café de
manhãzinha
Ao meio dia
comem quentinha
Sob a
sombra sempre quentinha
Enganam as
tripas com carne seca, feijão e farinha.
Valquiria Imperiano
Como estava inspirado
Logo me vi ali deitado
Ao balançar-me na rede
Acessando a minha rede
Conversando com amigos
Longe de qualquer perigo.
No sítio da vizinhança
Aonde há tanta bonança
Fui beber água na fonte
Antes pesquisei na fonte
Qual era sua origem
Vê se não tinha fuligem.
Aurineide Alencar
Quarto dos fundos
Sereias louras invadem o quarto...
Sou todo mar ou resta-me um quarto?
Acordo e dou com a cara no telhado...
Por que, meu Deus, não morri afogado?
Sereias louras dizem ao pé do ouvido
coisas que eu queria ter olvido.
Minhas verdades, naus submergidas...
O meu baú de orações antigas...
Polvos gigantes, cavalos marinhos...
Serão poemas ou serão golfinhos?
Sereias louras - ah, com elas luto!
Tubarões negros já ensaiam luto.
André Foltran
SALADA DE FRUTA
Caiu na minha cabeça uma goiaba
me deixando assim meio goiaba.
Era uma segunda-feira
e me vi ali, de bobeira, fazendo a feira
dessa vida assim tão atrevida:
com a maçã
do rosto tão vermelha quanto a maçã
do amor,
buscava a metade da minha laranja,
descascava os meus abacaxis,
escorregando sempre em cascas de banana.
Como não sou nenhum laranja muito menos um banana,
vou acabar de vez com essa salada de fruta de problema,
resolvendo logo o pepino de equívoca rima
e fazendo o que tanto me anima: escrevendo mais um
poema.
Geraldo Trombin
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Assim é a vida!
Gosto de ti , porque gosto
Mesmo quando não tens o mesmo gosto
Afinal o meu caminho
Nem sempre é seguro quando caminho
Vale a pena aprender
E sempre atender
À voz que vem d’alguém
Ilda Pinto Almeida
Agosto, 20/2013
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Purificação
Se pudesse
a sujeira interna tirar,
Como
costuma a sujeira da roupa lavar,
seria mais
feliz,
seria mais
completa,
seria mais
pacífica,
seria mais
humana.
Porém, é
como se estivesse suja de terra,
suja da
terra do planeta Terra.
Não
consegue sorrir;
não
consegue brincar;
não
consegue a bons lugares ir;
não
consegue, por nenhum lugar deste mundo, caminhar.
Valéria Rodrigues Florenzano
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Rotina
Como a rotina do teu dia anda?
Você que pela vida anda...
Nas calçadas coloridas do jardim?
Nas festas alegres que tem dança
A vida na rotina também dança?
Thereza Ramalho Figueiredo - cepelista
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Tímidos abraços
os olhos contém o choro
no entanto o pranto que choro
é por sentir a partida
tento manter o decoro
então seu nome decoro.
Tento controlar o passo
sentindo do tempo o passar.
Vejo a juventude passar
omito a tristeza que passo
há esperança em cada canto
em cada verso que canto.
Olímpio Coelho de Araújo - cepelista
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Casamento
Pessoas
andam depressa na rua,
Para ver a
noiva que se casa,
Só depois
que ela entrar em sua casa
Receberá
do marido uma surpresa.
Então que
o padre seja breve
E não
demore muito a cerimônia.
Andorinhas
do beiral da igreja
São as
primeiras a ver a noiva
Sair do
carro com singeleza
E seu pai
orgulhoso leva
A bela
noiva pela longa nave,
Ante os olhos de uma leva de convidados
Marly Barduco Palma - cepelista
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Nasci e cresci na selva.
Não sinto falta de gente.
Se, um dia, perder meu mato,
juro por Deus que me mato.
Para não perdê-lo eu luto.
E assim evito esse luto.
Ludimar Gomes Molina - cepelista
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VERSO EM CHAMA
No
calor daquela vela
amarela,
ardendo em chama,
na
prece alguém ele chama
que
lhe parece a mais bela
E
vai queimando essa chama
e
ele só, vigia e vela.
Então
ele faz um verso
perfeito
na rima, na forma.
No
papel o verso se forma
bem
mais lindo que o Universo.
Essa
é a mais linda forma:
dar
amor pelo seu verso.
Deise Domingues Giannini - cepelista
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A ESPERA
Para ouvir tão lindo canto
Muito andou por todo canto
Ansioso ele espera
Que levantem as cortinas!
Lindos e tão concentrados
Estão muito bem orquestrados
Com a bata cor coral
Inicia-se o coral.
Logo na primeira nota
O gentil amante nota
Que a doce voz esperada
Tem lindos sons da alvorada!
Edite Rocha Capelo - cepelista
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Cenas de guerra
Ferido ou não, consolo e
abraço...
Por todo lado, horror e iniqüidade.
Nos campos, desolação,
Nas cidades, destruição.
Paira silencio aterrador...
Sofridos recrutas chegam aos
montes,
Cambaleantes de todos os
montes.
Os mais combalidos, em sono
profundo
Em sangue se esvaindo...
Ao longe, um solitário a rogar
Por clemência e paz.
Clara Sznifer - cepelista
Comentários
Bonito "operário" - poema merecedor :)