Vou cavalgo todo o seu corpo
num cavalgar aprendizado lento
mas volto tartarugando por nosso cansaço de amor sexo
bom demais tanto desejo atrasado esculpido ainda no passado
cupido
açoito seu desejo meu tão de mim a tartamudear nossos
lábios...
À busca de força para apenas trotar
descobrir seus segredos à chave
enfim, desnudar qualquer mistério desse seu amor de antes
despi-lo com minhas mãos sôfregas desatadas equinas em seu
peito nu
a mutilar seus pés que permaneçam em nosso leito de amor.
Calar? O amor não é silente, mas táctil.
Com sofreguidão casta carinho-me em suas pernas totalmente
permissivas
num pulguear infindo após
jazo estremecida e louca fuçando suas partes impudicas
do amor repleto de mil desejos — mostra para o amor maior.
Entrega. Oferta de.
Cão sem dono lambo suas pernas pés
focinho suas orelhas nariz boca rosto todo.
Fomos entaramelar nossos corpos sob a ducha ainda fazendo
sexo.
Também fizemos amor?
Hilda Curcio
do livro Poemas Eróticos de Usina de Letras, 2010
do livro Poemas Eróticos de Usina de Letras, 2010
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Adalberto