A Ed. Costelas Felinas e o Clube de Poetas do Litoral em
parceria realizam o concurso Cardápio Poético.
O concurso é aberto a todos os interessados do
Brasil ou do exterior (desde que escritos em língua portuguesa).
NÃO HÁ TAXA DE
INSCRIÇÃO
JÁ SAIU O RESULTADO DE NOVEMBRO - CONFIRA
JÁ SAIU O RESULTADO DE NOVEMBRO - CONFIRA
VENCEDORES DE NOVEMBRO:
O GOZO - autor: TONI BARRETO
DAR TEMPO - autor: NIJAIR
maiores informações: cacbvv@gmail.com
COMO FUNCIONA:
O concurso inicia em novembro de 2013 e
termina em novembro de 2014 -
SELEÇÃO:
Serão escolhidos 02 poemas por mês - O
poeta selecionado poderá participar quantas vezes quiser durante o ano.
Ao todo serão selecionados 24 poemas (02 por
mês) - o júri será composto pelos integrantes do Clube de Poetas do Litoral
(CPL).
PREMIAÇÃO:
No fim do ano de 2014, já com todos os poetas
participantes selecionados, a ed. Costelas Felinas editará a ANTOLOGIA CARDÁPIO POÉTICO e
cada poeta selecionado receberá sem custo nenhum 05 exemplares da antologia.
COMO PARTICIPAR:
TEMA E ESTILO: LIVRES
- cada poeta poderá participar apenas uma vez por mês
- o poema deverá ter no máximo 15 linhas/versos
- NÃO USAR PSEUDÔNIMO - (somente nome verdadeiro ou literário)
- NÃO enviar o poema para nosso e-mail (não será aceito), somente postar o poema como comentário... veja abaixo **
** deixe seu poema como comentário logo abaixo -
inscrição até dia 16/11/2013.
INSCREVA SEU POEMA PARA O MÊS DE NOVEMBRO
INSCREVA SEU POEMA PARA O MÊS DE NOVEMBRO
ATENÇÃO: - seu poema só será postado depois de aprovado. Confira sua participação olhando mais tarde seu poema no comentário. O resultado será divulgado no fim do mês, aqui no blog.
Comentários
Vivo na miséria da carne
e na avidez do cio
e na escassez do afeto
e na subalimentação de gozo
encontro ainda à mingua
seu sorriso sobre minha fome
CAROLINA FEIJÓ DOS SANTOS
Você impediu que seu olhar
dissesse tudo o que queria
Mas nada impediu a tristeza do olhar...
Você não manteve a boca fechada
e lágrimas sufocaram seus olhos
fazendo o maior estrago em sua maquiagem
Roberto Alves dos Santos
eu vejo o menino o menino me vê
seria meu o bisavô que não conheci
com roupa de marinheiro montado no velocípede
somos prisioneiros desse impasse
onde eu sou o velho
e meu bisavô um menino.
Flávio Machado
Arma branca
Rasga meu peito cego
Tira o coração que canta em falsete
Sangra uma vida
Reorganiza meus sentimentos
Liberta meus pensamentos
Risca no chão a trilha
Mostra outra luz
E torna a pulsar...
Calmo
Cadente
Ritmado
Amado
Milton Anauate
Os passarinhos fazem pose para o retrato
E a menina grava em preto e branco,
O colorido da vida
Na capela o sino toca blém.. blém...blém
Triste!Anuncia a partida.
Procuro a estrela que chega ao céu de alguém.
Minhas rendas a traça roeu
Enquanto eu contava tostões
Enclausurada numa teia de lendas.
Meu tempo o vento levou
O da menina ela guarda nas fotografias,
Eu!? Teço rendas em ninharias.
Perpétua Amorim
PALAVRA EXIBIDA
Cansaço do excesso de palavra exibida.
Prender conteúdos só como ilusão. Alusão.
Um A para um O. Fusão. Con.
Falo pra que possam não me ouvir
Os cheiros de mofo e placenta.
Lembro-me dos copos...
Embebidos do que provocou sorrisos.
Confinados na umidade de nossa boca.
Implorando o que restava da emoção nos olhos.
Cúmplices dos planos e do amor nu que nos unia,
Das palavras que teciam amizade eterna,
Fidelidade e companheirismo.
E hoje, a boca, os olhos e as mãos
Seguram os mesmos copos,
Divorciados em seus novos bares,
Por palavras destiladas.
Cada um no seu canto e com sua dose de veneno
Que vem das garrafas de ingratidão
Que sempre estiveram nas prateleiras
E a gente não via.
Marcos Gacê
La vão os meninos,correndo atras da bola.
E rola a bola,enrola e rola e chuta a bola.
A cada chute e cabeçada la vai a bola
De pé em pé...
De cada chute o gol,de cada gol a esperança,a inocência.
La vão os meninos correndo atra da bola.
E rola a bola.Enrolam a fome
e vão embora
todos felizes.Atras da bola
O contador conta,
Anota, soma
E eis o resultado:
Um estoque de nada...
Capitalismo é capitalizar
E como capitalizar-se
Com nada ?...
Mas a concorrência não perdoa,
Cai de pau no despossuído
E obriga-o a concorrer:
- Pode me dá uma moeda,
Uma moedinha qualquer,
Aquela que não dá pra nada?...
E finda na pista
Com as mãos cheias de nada
Antonio Cabral Filho - Rio de Janeiro - RJ.
Quis te inventar, te inventei!
Quis te fecundar, te fecundei!
Quis te escrever, te escrevi!
Quando te inventei,
Em febre caí.
Quando te fecundei
Eras óvulo no ventre inspiração.
Quando te escrevi,
Em êxtase defectivo, adoeci.
Do corpo da seminal ignorância
Que me entorpecia a mente
Tirei uma costela e te esculpi;
Assim te dei forma:
“oh meu delírio criativo!”
Marco Aurélio de Oliveira Almeida
Pajelança cura tamém
Pajelando vai Pajelando vem
Pajelança cura tamém
Cura com água
Cura com folha
Cura cantando, cuspindo, chorando
Pajelando vai Pajelando vem
Pajelança cura tamém
Caldo quente bem fervido
Dá na boca com total atenção
Com precisão
Pedra quente na barriga
Sumo verde esprimido
E conexão profunda com o esquecido
Pajelando vai Pajelando vem
Pajelança cura tamém
Marise Paxecu
Somos todos nessa vida
pescadores de ilusão
dedicando a nossa lida
aos anzóis de uma paixão.
Dorme coração enfraquecido
Já que do amor não és morada
Esquece o sol vindo matutino
Aproveita a brisa dessa madrugada
Procura no horizonte escondido
A resposta pra curar tua alma
Vê, no céu claro refletido
O remédio do amor que acalma
Procura nos vagalhões distantes
Os delírios que te façam crer
Na ardente alma dos amantes...
E antes que o sol se mostre e te faça do amor descrer,
Comunga de todos os instantes
É isso que te faz viver!
Somos árvores na tempestade...
Precisamos ser flexíveis para resistir aos temporais...
Somos árvores na tempestade...
Podemos até perder algumas folhas
Deixar cair alguns frutos...
Somos árvores na tempestade...
Se nossas raízes forem profundas e bem fincadas
Não é qualquer vento que nos derrubará...
Lady Val
Neste momento de encantamento,
Instantes finais do ano velho,
Cessa definitivamente a tua chama.
Retorno a praia que tanto te deslumbrou,
Admiro os braços de água,
As montanhas com suas nuvens agrárias.
Ao invés de triste,
A natureza se faz ainda mais bela.
Quem sabe para saudar o teu canto,
Que agora se cala.
Preces e saudações enchem os lares,
Anseios de um porvir mais generoso,
Como os que brotaram outrora
De tua criação imortal.
Como fogo
Queimo a língua
Constantemente
Sidclei Nagasawa Costa
Dar tempo
Devo pensar na minha dor sem fim.
Sonhar que posso ambicionar teu sim,
não quero... Vai! E que esta vida dê,
na dose certa, a solidão do ser.
Quem tem certeza já desiste, foge...
Havendo dúvidas e medo, nossa!
Por que esperar. Sofrendo escárnio, glosa?
Se a vida deve sobejar – sim! – hoje?
Queres mais tempo? Dar-te-ei tempo, então,
a vida inteira. Reflexão, torpor.
Terás de mim tudo e meu nada, mas...
Que seja breve meu sofrer o não.
Que brote, forte, o renovar, sem dor.
Ao renascer, da cicatriz, a paz.
, em pausa ,
agapanto floresce
em meu portão
Rosana Banharoli
O beijo que faz arrepiar
É aquele que acorda a alma
E fala para ela: levanta vai
Acorda desta vida pacata
E dança, e samba e rodopia
O beijo que faz arrepiar
É aquele que faz levitar
Sem sair do mesmo lugar
Flutua a vontade e o desejo
De mãos dadas com o querer
O beijo que faz arrepiar
É o tesouro descoberto
Pelos piratas dos sonhos
No oceano da mulher que sabe amar
Sil Crusco (Silvia Crusco)
Lembro-me do triste adeus
Das palavras sem sentido
Das lágrimas vertidas
Do teu olhar perdido.
Nem ao menos te ouvi
Não entendia teu jeito
Por orgulho desprezei
O que era tão perfeito.
Eu não soube entender
Aquele amor sincero
Que me tirava a calma.
Não posso dizer mais nada
Aprisionei meus sonhos
E guardei-os dentro d’alma.
Maria Angela Manzi da Silva
A carta, já amarelada, volta à memória.
A velha história, que estava guardada.
Na carta rasgada.
A letra tremida pede um beijo
Como te desejo!
O meu peito arde, aquela saudade!
E dizer que te amo sei que não é tarde!
Quando estou ao teu lado
Meu mundo! Meu eu!
Fica a ansiedade!
Teus lábios balbuciam meu nome
E os meus?Te amo,te quero,te adoro!
O tempo passou!Só o amor ficou!
Eternamente em nós dois.
Driblando a vigilância,
irrompe uma criança
para pedir ao Santo Padre,
antes que seja tarde
e a outro inocente se fira,
que cesse logo a mentira
do Voto de Castidade.
***
Edweine Loureiro
(Saitama – Japão)
Como em um sonho lindo de amor
Fui me entregando aos desejos dos teus olhos
Fui me deixando abraçar pelo teu corpo
Fui descobrindo muitos sentimentos
Que eu pensava não existir.
Há um poema em teu olhar...
Há uma canção em tua alma...
Que por mais que eu tente desvendar
Tudo o que eu quero é ficar ao teu lado
Quando estou longe tenho medo de te perder
E me pergunto como pode acontecer
Se até agora eu nem sei o que fazer
Eu nem sei o que dizer pra ganhar o teu amor.
Não deixe que as dificuldades da vida
Possam um dia nos separar
Afinal o que ainda me faz acreditar
É a enorme capacidade que tu tens
De correr atrás dos teus sonhos
E a esperança de um dia Poder fazer parte deles.
Chorei, chorei.
Sequei minhas lágrimas
Com papel branco.
O papel virou lixo,
Queimado junto com outros tantos.
Incinerado o papel,
As lágrimas continuam a brotar.
A fonte é abundante !
Um poço sem fim !
Tão profundo !
Cheio de dores e desgostos prestes a atacar,
Mas no fundo do desgosto
A felicidade também costuma brotar,
Molhar lágrimas de papel
Que viram cinzas
E voam no ar.
Valquiria Imperiano - 06/11/2013
(Scripto en pseudo luso latino: solo per divertere)
Poema inventado est
Nihil sensus perfazere...
Stultum poema scrito
Poema insanus, ridele...
Oratoria qui entendere?
Per ille luso brinqueto
Troçandus ad varietates
Ex libro eximi versates
Erudito fama troçandus
Pseudo honor ad artes!
(Cris Dakinis)
Na mente...
Adejam novas ideias.
Livre, embalado pela alva rede.
Avisto o incógnito.
O ignoto surge tranquilo.
Ao fundo...
A imensidão do mar.
As baleias...
Sim! Há algo imenso navegando ao redor.
Não sou mais o pirata de ontem.
A busca de um tesouro perdido.
Encontrei minha ilha de paz.
Meus dedos apontam o horizonte.
Enxergo com nitidez o sol.
A face com barba, sem bens.
Não sou mais escravo da procura.
Arbitrei o amanhã!
Sem o veneno do outrora.
Espero a liturgia.
O rito! O amor a doce dona.
O bardo reluz su’alma e sorri.
Claudio Carmo
Uma nota, sustenida pela ponta
dos dedos d'alma
alinhava inusitada melodia
Voz que vai
polinizando notas diacrônicas....
sentidas
Voz, cujo mais grave agudo
chora um gozo incandescente
da improvável,fugidia, infinitesimal
felicidade
Adoro o sabor,
Aprecio a cor,
Azedoceclaro,
Alimento-me
Em teus seios,
Ela dorme.
Sorris.
Não se importa em dividir
A fonte que sacia sua fome
E parte da minha.
pontos de luz
retratando
um passado distante
e não obstante
olhamos para o alto
e buscamos
no escuro
vislumbrar
o futuro
Helenice Priedols
"em vai sobre vem sob"
Guimarães Rosa
eu vou vontade
pra ir mesmo volvo
não sei se me tendo
assim eu me resolvo
eu vai vento só-
lamente algum lamento
somos puro momento
preso por um nó
a coisa sai questã
e sobra. Volta vã
pronde acabrunharão
as veredas sob rosas
que manchasfossas
será fim, será serão?
Samuel Malentacchi Marques
Fui, voltei e estavas lá.
Dobrei a esquina como uma roupa a guardar no armário.
Com passos que riscavam o céu
No etéreo do pensamento.
Na linha do tempo,
Não deu para costurar acertos.
Os erros fizeram buracos na proa
E o barco batia nas encostas.
No silêncio calado,
O vômito preso na garganta,
O estômago revirado,
O corpo inerte e cansado.
No fim, um sonho sem pesadelos,
Claro, brando, disforme.
E foi como surgiu.
EUNICE TOMÉ
Volta passarinho,
pro meu botequim.
Volta, volta, volta:
volta para mim!
Inda levo a marca
mesma de Caim.
Não, não sou poeta
nem falo latim...
mas per omnia saecula
— até os confins —
beberei poesia
em copos de gim.
ANDRÉ FOLTRAN
O GOZO - autor: TONI BARRETO
DAR TEMPO - autor: NIJAIR
******
LEIA OS POEMAS NO COMENTÁRIO