A Ed. Costelas Felinas e o Clube de Poetas do Litoral em parceria realizam o concurso Cardápio Poético.

NÃO HÁ TAXA DE INSCRIÇÃO -
INSCREVA SEU POEMA PARA O MÊS DE FEVEREIRO/2014
INSCREVA SEU POEMA PARA O MÊS DE FEVEREIRO/2014
maiores informações: cacbvv@gmail.com
COMO FUNCIONA:
O concurso inicia em novembro de 2013 e termina em novembro de 2014 -
SELEÇÃO:
Serão escolhidos 02 poemas por mês - O poeta selecionado poderá participar quantas vezes quiser durante o ano.
Ao todo serão selecionados 24 poemas (02 por mês) - o júri será composto pelos integrantes do Clube de Poetas do Litoral (CPL).
PREMIAÇÃO:
No fim do ano de 2014, já com todos os poetas participantes selecionados, a ed. Costelas Felinas editará a ANTOLOGIA CARDÁPIO POÉTICO e cada poeta selecionado receberá sem custo nenhum 05 exemplares da antologia.
CONFIRA O RESULTADO E DESCUBRA O NOME DOS DOIS POETAS SELECIONADOS DESTE MÊS.
Poetas selecionados:
Dora Oliveira - Pai de família (?)
Edweine Loureiro - Aldravia
********************
COMO PARTICIPAR:
TEMA E ESTILO: LIVRES
- cada poeta poderá participar até com 02 poemas
- o poema deverá ter no máximo 15 linhas/versos - caso contrário será desclassificado.
- NÃO USAR PSEUDÔNIMO - (somente nome verdadeiro ou literário)
- deixe seu poema como comentário logo abaixo - inscrição até dia 27/02/2014.
ATENÇÃO: - seu poema só será postado depois de aprovado. Confira sua participação olhando mais tarde seu poema no comentário.
Comentários
Vendo
a
queimada,
Curupira
chora
brasas.
Edweine Loureiro
(Saitama – Japão)
"Uma vez que o soneto é imortal",
meu ser respira em estado de graça,
Baco chega sem cerimonial
exibindo-me sequioso a taça.
Vem chegando Safo e suas meninas
deixando meu tonel todo assustado
perante o fogo e a sanha fesceninas,
mas com ou sem dor, será esgotado.
Neste momento Lesbos jáz vazia,
e, mesmo sem estar cheios de uca,
rolamos pela areia de alegria.
Por mais que alguém tenha medo da Cuca,
não entrego o que aconteceu depois,
a menos que possa ser só nós dois...
o caminho do cão solitário
sol espalhado pelo pasto vazio
cercas verde e amarelas
no arame farpado pousa um pássaro
protestos fecham estradas e quebram aeroportos
o líder morto idolatrado na vitrine do museu
acena para o povo explorado.
Flávio Machado
vejo no olhar da irmã de Vinicius
a fotografia de 1919
os irmãos em fila fazendo pose
estamos unidos por tênues cordéis
podemos ver no olhar da velha senhora
o mesmo da menina de mãos dadas com o irmão poeta
passado dez ou cem anos
não importa a distancia construída
não importa a variação de corpo
esculpir o rosto mais velho
a alma se mantém intacta dentro e fora
retirando - lhe as camadas
sobrevive a poesia de Vinicius.
Flávio Machado
vejo no olhar da irmã de Vinicius
a fotografia de 1919
os irmãos em fila fazendo pose
estamos unidos por tênue cordéis
podemos ver no olhar da velha senhora
o mesmo da menina de mãos dadas com o irmão poeta
passados dez ou cem anos
não importa a distancia construída
não importa a variação de corpo
esculpir o rosto mais velho
a alma se mantém intacta dentro e fora
retirando - lhe as camadas
sobrevive a poesia de Vinicius.
Flávio Machado
Luz alumia a lua, Lumiar...
Laço de vaqueiro abraçando o dia,
suando o suor que a noite transpira. Verde, sêde teu imperador que a lua é tua maior concubina!Pasmo a cada voador que vejo cantar, canto a cada voador que vejo pasmar...
Liberta, libélula louca, aquela nuvem rouca, que olha altiva, nós efêmeros mortais.
Reverencia o córrego do macuco,
e dessa vênus,espreme todo o suco.
De pés juntos, serei sempre escravo da tua luz...Lumiar!
Marcelo Fontes
Estatua crua...
Suada pedra nua.
Labirinto de mistérios
em um corpo felino
com estampa de mulher...
Sombra de dúvida
na sombra do noite.
Clareza leviana
no claro do dia.
Guardiã de segredos
na frieza escaldante,
que encerra desejos,
do Nilo...
Ás crateras na lua!
Marcelo Fontes
Alguns desejos no céu...
Pés no chão é um bom conselho
Pois um sonho tão ousado
Pode virar pesadelo!
Zenaide Alós Guimarães Abati
Ausência
Qual folha de outono
Vaga triste meu pensamento
Perdida fico dentro desta ausência
Pego a carona do vento
Aqueço-me aos raios do sol,
A lua se esconde por fim...
E fico dentro da vida,
Sem vida dentro de mim.
Zenaide Alós Guimarães\Abati
Se te amo e fico calado
é porque espero o momento
se te quero e não sei dizer
é porque as palavras me fogem do pensamento
E se as vezes te pareço distante
te amo muito mais nesse instante
E se calado me perco em profunda imaginação
Calado também me encontro
te amando com o coração.
Tony Caroll
Na penumbra desta noite
em que te vejo de branco,
cabelos caídos nos ombros
a admirar estrelas,
eu te chamo de princesa
e quero ser o teu príncipe;
para então dançar contigo
ao som desta brisa leve
sentindo o teu perfume
essência de tua alma,
depois beijar os teus lábios
e embebedar-me de mel;
ah!Com você eu quero tudo
passear por entre as nuvens
tomar banho de luar
e dormir no azul do céu.
Tony Caroll
Ser poeta... É escrever...
Ler, reler e reescrever...
o manuscrito, escrito e reescrito,
em rascunhos, folhas soltas...
e, finalmente, livros.
Ser poeta... É também
quem nunca tem o sonho de além
de escrever, ler, reler
e reescrever,
para si sozinho,
sem dizer ao vizinho
do seu gostinho de poetizar.
Ruth Hellmann
O cão vira a lata de lixo.
A lua tira as trevas das alamedas
na cidade de olhos cerrados.
O rapaz tira da carteira
as notas do amor comprado.
A moça vira as costas e adormece.
O bêbado vira a esquina
e tropeça na solidão da madrugada.
O ladrão não tira os olhos da calçada.
O poeta vira o resto de café.
A insônia tira a saudade
acolhida nas tristes rimas.
A inspiração tira o alvorecer
dos braços da noite e vira poesia,
plena em melo(dia)!
Dora Oliveira
Bêbado
de cachaça e raiva,
ele foi até o berço
e tapou a boca do filho,
abafando os ecos da fome
que martelavam
em sua consciência.
Dora Oliveira.
Sonhos exterminados
necessitam de misericórdia:
que se enterrem as recordações!
Cris Dakinis
(São Pedro da Aldeia - RJ)
Acordes da alvorada
compassos da manhã,
allegro da tarde,
adágio noturno
e réquiem na madrugada.
Cris Dakinis
(São Pedro da Aldeia - RJ)
com um par de meia velhas
e trilhou as pegadas
dos antepassados.
Marcelo Duarte
QUEDA SINISTRA
O mundo caiu
na boca do povo
O povo caiu
na boca do fogo.
O mundo caiu
na boca do fogo
o povo caiu
na boca do povo
e a situação
não poderia ficar
PIOR!!!!!
José Dantas
Olhos do meu professor bolinha pura geometria
nem sempre harmonia nem sempre simetria
Em rodopios por linhas abertas montanhas-russas
...aos pulos pela escada caracol-trilobita
Natural centri-fuga do plano
E então fazem todas crescerem
Depois
Já arrependido
Vem em vento nostálgico
Acariciá-los velhos
a Plabo Neruda
Chove amarelo no cume dos montes
Por entre as violetas
Nuvens de algodão doce
Quando a imensidão do céu
Cabe num pedacinho de papel.
ARISTIDES PEREIRA
A poesia me libertou do se achar livre.
ARISTIDES PEREIRA
Fanatismo póstumo ou fãs necrófilos?
ARISTIDES PEREIRA
O menino espalha,
Assoprando na palha
Bolhas coloridas
Depois recolhidas
Na sua pequena mão.
Bolhas feitas de sabão.
A bola da bolha
Que estoura uma rolha
Na mão do palhaço
Que está na ilha do Aço
Ri e alegria emparelha
E na bolha se espelha.
Ruth Hellmann
Era uma vez um menino que começou a contar as estrelas...
ARISTIDES PEREIRA
De vez em quando Deus dá um decidinha a canto qualquer do inferno
Não se preocupem
É só para ascender o cigarro.
ARISTIDES PEREIRA
A estrela de Bandeira
A Pedra de Drummond
O que resta para mim
Os restos mortais de Augusto dos Anjos?
Deus me livre!
Fico com os grilos de Quintana...
ARISTIDES PEREIRA
Cada escolha é como uma folha que cai,
da árvore extrai uma parte sua, da vida exime uma possibilidade.
O entrave entre o proibido e permitido mas necessário.
E assim continua, a árvore se regenera, a vida se recupera e pondera sobre o resultado de cada escolha, revelando assim o nostálgico embate da vivência humana.
Rogério Silveira
(Porto Velho - RO).
E no limiar da esperança,
repousa em meus braços o anseio por
desvendar as surpresas e os mistérios, que encontrarei pelo
caminho...
ROGÉRIO SILVEIRA
(PORTO VELHO - RO)
Eu lamento tanto, tanto
– lamento devagarinho –
que o rolar de cada pranto
vira nota de um Chorinho!
Geraldo Trombin (Americana/SP)
Meu coração
É uma ruela de periferia,
Sem asfalto, sem luz
E cheia de buracos,
Onde quase ninguém passa,
A não ser uns gatos pingados
E a enxurrada dos meus olhos.
Geraldo Trombin (Americana/SP)
Ah, se pudesses
levar à Humanidade
a Paz e a Igualdade
na mesma velocidade.
(Edweine Loureiro – Saitama/ Japão)
DO GOLEIRO FUR ELISE
O falso molhou
a alma no dinheiro.
Sem comer bola
Beethoven vai até
o fim.
Um jardim
de pus colorido
no seu quintal.
Comeu macarrão?
Um exemplo de massa.
Um amoroso.
Como entender o medo,
cujos ossos
de molho e sangue
flutuam
nas línguas
Vou caminhar
por sobre os trilhos do meu corpo
e esperar o trem passar...
[André Foltran]
No meio do caminho
tinha uma pedra.
Oh Deus, eu era a pedra
no meio do caminho...
[André Foltran]
Há 16 anos uma boneca.
Tão frágil e pequenina.
Hoje cresceu mas a boneca
continua na minha menina.
Seu sorriso nos encanta
seu jeito ainda de menina
nos mostra e nos espanta
na proporção que nos anima.
Quero respirar
o ar da beira do mar.
Quero cantar
Quero te amar
numa noite de luar.
Vou a Deus implorar
para nunca chorar
pois contigo quero estar
em todo lugar.
Se for amor que semeastes,
Tua cesta é farta.
Tua alegria tanta.
(Luciano Marques)- enviado por e-mail
Ser feliz é, por um momento, cegar-se
E enxergar apenas o essencial.
Feliz mesmo é quem tem o dom de ver bonito,
Sabe transformar a arte em par de asas,
Fazendo a gente voar...
Felicidade é o semear do amor na lida do dia a dia.
É plantar as certezas e esperar na Fé
A colheita farta das alegrias.
(Luciano Marques) - enviado por e-mail
Não quero mais buscar o amor perfeito
pra camuflar o sentimento em chama
e amortecer o que me dói no peito,
a mesma dor de todo ser que ama.
Que amar assim, eu sei, não é direito,
pois todo peito preso nesta trama
adoecido faz do olhar um leito
pra adormecer a fonte deste drama.
Vou procurar amar só o instante
um amor maior, porém um passageiro
tão transeunte quanto o amante
que tenha amores pelo mundo inteiro
e ao invés da dor o peito sempre cante
o imperfeito amor que é o verdadeiro.
Paulo Franco
TER OU NÃO TER
Crer
que de Deus protege
e a grana manda
Crer no que?
que sempre ganha
e pisa forte
porque tem banha?
Qual quer você
ganhar ou morrer
assim sem ter?
Ter para que
se vai morrer
sem já querer
torresmo será
TER OU NÃO TER
Crer
que de Deus protege
e a grana manda
Crer no que?
que sempre ganha
e pisa forte
porque tem banha?
Qual quer você
ganhar ou morrer
assim sem ter?
Ter para que
se vai morrer
sem já querer
torresmo será
MUITO QUERER
Hoje, quero que o mar esteja azul
que sopre um gélido vento sul
que a areia solta não fuja dos meus pés
que a criança não perca a pazinha
que surja uma sombra somente minha
que passe logo o vendedor de picolés
que nuvem alguma tampe o sol
que não me voe o guarda-sol
que a onda banhe meu corpo inteiro
que não passe um vizinho interesseiro
que ao voltar encontre a casa arrumada
e, finalmente, que me sinta amada.
************
CAMINHO INCERTO
Sociedade suja, podre, fétida
Lixos (corpo e alma)
Povo faminto, ouvindo com calma,
Palavras, promessas, menos juras
Até quando? Para quantos?
Haverá Liberdade?
"Se é que temos este
direito adquirido ao nascer."
(Selmo Vasconcellos)
****************
Apenas volte
Porque eu preciso de você.
Com isso,as estrelas não brilham.
Tampouco o sol me aparece.
Meus rabiscos certos fazem curvas.
Vejo todo dia como se fosse chuva.
Destino cortado?
E nós caminhamos separados.
Se te olhar é gratificante.
Beijar-te seria apaixonante.
Claudio Gomes
No branco, no alvo,
Um pouco de paz.
No azul do celeste,
Um ponto fugaz.
E você no caminho,
Uma luz no luar.
Como ronco das ondas,
Na areia a brincar.
Eunice Tomé
O RESULTADO ESTÁ NA POSTAGEM - LOGO ACIMA.
O unitário se move,
A razão aconchega,
O vazio contradiz,
E a repetição se faz necessária.
O Campo das idéias decide,
O coletivo faz o comum,
O relativismo fere,
E O diferente se apaga.
A fuga transcorre o egoísmo,
A liberdade uma pseudo-prisão,
já a emoção! Uma tempestade sem lógica,
E o amor, -certamente uma abstração
Daí me espanta O "ser",
Fadado a ser imenso, -é confuso e natural
Desigual por ousadia, padece em distúrbios,
sublinhado em paredes, debate-se no próximo instante.
Joseli Santos
Minha vida, e o destino,
Descobertas, e ingenuidade,
Saudades, e felicidade.
Doce veneno que me esbaldo no encanto,
Doce fantasia que não paro de viver,
Doce melodia que curva em meus ouvidos,
Doce instante que complementa meus dias.
Doce menina que se expressa sem saber,
Doce mãe que me guarda em teu seio,
Doce sentido que norteia meus instintos,
Doce caminho que adocida meu experimentar.
E quando acabar, nem verei o mar,
Minha recompensa já me deu um sorvete,
Já Levei uma lambida dos seus doces atrativos,
Vou ficar aqui no meu adocicado canto, cantanto a vida.
Joseli Santos