Nós, os navegantes
da contra maré,
aos olhos da massa
andamos em ré.
Em ré seguem eles
as linhas traçadas.
Não cabem nos mapas
ilhas inventadas...
Na praia de ossos
encontram a paz.
São livros fechados
na beira do cais...
Tão jovens infantes
seguimos de pé,
nós, os navegantes
da contra maré.
Nós, os fabricantes
da contra razão,
negamos cantar
a mesma canção.
Nós, os navegantes
da contra maré,
trazemos no passo
um novo balé.
Nós, os navegantes
- ou vou eu sozinho?
buscando, já louco,
alguém no caminho...
André Foltran
Comentários
Adalberto
Eu amo o mar e escrever poemas ao mar, inclusive, enviei para esta edição um poema sobre o mar, mas a Cláudia acabou por publicar um outro soneto. Ficou para outra oportunidade, e agora entendi: a sua Canção Marítima é destaque! Parabéns:)