Às margens da cidade perdida
O sofrimento do Menino inocente
Ao lado a mãe padecida
Que não bate, educa
Tendo que esconder a vergonha da
fome.
Tendo que se esconder do
preconceito.
Pobre Menino abandonado!
Sonha apenas com amor e alegria
Os mesmos desejos que um dia
Serão sepultados pelo dinheiro.
Afinal, tudo é cômodo:
Tem político na assembleia
Fazendo sacanagem
E madame na janela
Criticando o Menino colhendo
reciclagem.
E nós, como todos, o que fazemos!
Ele não precisa de esmolas da
sociedade
Apenas que sejamos solidários
Na busca por um mundo de igualdade.
Adroaldo Borba
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