Na xícara de café eu vi teu rosto,
Que me sorriu com certa caridade
E me mostrou que aquela mocidade
Nada mais se tornou do que desgosto.
Na xícara de café teu rosto eu vi
E ele me sorriu com mocidade,
E eu, na minha pobre caridade,
Não fiz nada mais senão sorrir.
O sorriso cobriu-me de tristeza
E de tristeza fez-se o fim de tudo:
Da velha vontade de em ti rever
O que de ti em mim já foi beleza,
Que negra e cabisbaixa desse luto,
Hoje vive enfim a fenecer.
Sergio Santos
Comentários
parece que o poema dançou uma valsa.
Adalberto