CinePoesia
da literatura para o cinema e de volta
às letras em formato de poesia
TEMPESTADE
O negror da noite amedronta.
Os raios insistentes
iluminam momento a momento
a imensidão.
Caem pesadas as águas nervosas
e no alto mar, o barco balança.
Sai do equilíbrio e do rumo.
Tripulantes estão irreconhecíveis
pela expressão de pavor
diante da possibilidade da morte.
Homens fortes, brilhantes de suor
e de olhares desesperados,
agarram-se à amurada
buscando salvação.
Suas roupas sujas, farrapos,
grudam-lhes nas peles.
Encharcam-se as carnes, as almas,
a vida e o futuro.
As velas, já rasgadas
pela força do vento impetuoso
fogem do prumo
e a quilha, já danificada,
sobrevive à onda que invade.
Todos lutam a favor da vida,
Finalmente, na chagada do amanhecer,
chega a calmaria, o alívio
e renasce a esperança.
poema de Deise Domingues
Giannini
Amor no Mar
Inúmeras vezes, o navio enfrentou as
ondas
Balançando, balançando, balançando,
balançando.
O capitão era perigoso como as ondas do
mar
Socorro! Socorro! Socorro! Socorro!
Foi o que berrou uma das vítimas
Um casal se conheceu no navio,
Tornou-se cada vez mais íntimo
O amor foi se construindo
O navio ficou vazio
Mas os corações ficaram cheios de
amor.
poema de Valéria Rodrigues
Florenzano