Metamórfico,
o poeta abre as asas esburacadas.
O lago está seco.
O lobo brinca com o leão
do outro lado.
Pelos buracos das asas
sóis desconhecidos
pontilham os caminhos.
Há sangue na roupa do mundo.
Há velocidade demais para a fome.
O poeta não dorme.
Ensopado da chuva temporã.
o poeta abre as asas esburacadas.
O lago está seco.
O lobo brinca com o leão
do outro lado.
Pelos buracos das asas
sóis desconhecidos
pontilham os caminhos.
Há sangue na roupa do mundo.
Há velocidade demais para a fome.
O poeta não dorme.
Ensopado da chuva temporã.
Natanael Gomes de Alencar
Comentários
Parabéns, ótimo poema.
Adorei :)