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Concurso Cardápio Poético - Inscrição Aberta - para o mês de Agosto

A Ed. Costelas Felinas e o Clube de Poetas do Litoral em parceria realizam o concurso Cardápio Poético.

O concurso é aberto a todos os interessados do Brasil ou do exterior (desde que escritos em língua portuguesa).

NÃO HÁ TAXA DE INSCRIÇÃO - 

INSCREVA SEU POEMA PARA O MÊS DE AGOSTO/2014


maiores informações: cacbvv@gmail.com


COMO FUNCIONA:  
O concurso inicia em  novembro de 2013 e termina em novembro de 2014 -

SELEÇÃO: 
Serão escolhidos 02 poemas por mês - O poeta selecionado poderá participar quantas vezes quiser durante o ano.
Ao todo serão selecionados 24 poemas (02 por mês) - o júri será composto pelos integrantes do Clube de Poetas do Litoral (CPL).


PREMIAÇÃO: 


No fim do ano de 2014, já com todos os poetas participantes selecionados, a ed. Costelas Felinas editará a ANTOLOGIA CARDÁPIO POÉTICO e cada poeta selecionado receberá sem custo nenhum 05 exemplares da antologia.

COMO PARTICIPAR:  ATENÇÃO

TEMA E ESTILO: LIVRES  -   
(não precisa ser inédito)
  • cada poeta poderá participar até com 02 poemas 
  • o poema deverá ter no máximo 15 linhas/versos - 
  • os poemas enviados para o concurso não serão retirados depois
  • NÃO USAR PSEUDÔNIMO - (somente nome verdadeiro ou literário)
  • caso contrário será desclassificado pelos jurados.
  • deixe seu poema como comentário logo abaixo - inscrição até dia 26/08/2014.
ATENÇÃO: - seu poema não é postado na hora. Confira sua participação olhando mais tarde seu poema no comentário. 

Comentários

Anônimo disse…
Subi
Subi
Subi
e dentro da alma
Desci
Desci
Desci
o inferno está cá dentro
Subir não adianta
Descer é o meu lar

Marcelo Farias Andrade
Anônimo disse…
Tentei

Eu tentei fazer tudo certo,
Mas infelizmente não deu
Eu tentei lutar pelos meus sonhos,

Mas as dificuldades foram maiores,
E mais uma vez eu perdi.
Eu tentei ser melhor,
Mas não deu.
Fui vencida por mim mesma..

Eu fiz tudo o que eu achava que podia fazer.
Fiz tudo o que deu pra fazer,
Mas não foi o bastante,
E mais uma vez fui derrotada.
A vida cobra caro!
E eu não pude pagar o preço
[...]


Janiele Marinho
edweinels disse…
ALDRAVIA (II)

desiludida:
em
vida,
nenhuma
flor
recebida

(Edweine Loureiro)

Anônimo disse…
LOUCA DA PRAÇA XV

A louca e seu pacote de bala surtida
Ri histérica da própria desgraça.
Não há motivo para risada,
Mas ela faz desenfreada.

Será que descobriu a fórmula da felicidade?
Nunca a vi triste.
Às vezes xinga a todos sem piedade,
Ainda assim, sempre está contente.

A louca e seu vocabulário bélico
Pelas ruas próximas à praça XV
Dispara ao público
Palavras de ofensa e gargalhadas.

Queria ser louco uma vez na vida,
Apenas para descobrir com ela
Onde encontra tanta graça.

Cristiano Vargas dos Santos
Anônimo disse…
QUASE VIDA

Vida é começar o dia livre dos pecados
E ir à farra com eles à noite.

É permitir que o fogo da paixão repentina
Consuma sua alma sem pestanejar.

É não medir esforços para lutar,
Ainda que a causa não seja justa.

É aceitar o perdão
Quando a vontade é vingar.

É acordar no pôr do sol
E dormir no raiar do dia.

É provar por experiência própria
Que errar, além de ser humano, é necessário!

Vida é tudo que nos faz palpitar
O resto não é nada, é quase vida.

Cristiano Vargas dos Santos
.:.
Perscrutando o amor

Ah se você soubesse amar! O que é o amor?
Por que devo amar? Como podemos amar?

O amor é mentiroso... O que seria a falsidade?
Por que devo ser verdadeiro? Como podemos descobri-las?

No amor prevalece o subjetivismo... O que é ser objetivo?
Por que o subjetivo incomoda? Como podemos sentir a realidade?

Mas o amor nos faz sonhar... O que é o sonho?
Por que o amor não é real? Como podemos buscá-los sem temor?

O amor nos encoraja... O que é a força?
Por que não amar sem medo? Como podemos vencer o desamor?

No amor há consequências... O que é ser causa?
Por que temer os efeitos? Como podemos ser causa e efeito?

Ah, mas o amor... O que é? Diz! Ah, mas o amor... Por que é? Fala!

Ah, mas o amor... Como é? Não entendi! Esquece!
Mas o que é esquecimento?

Nijair Araújo Pinto
Crato-CE
Anônimo disse…
Mãos de Deus

Tudo posso nas mãos de Deus.
Ó meu Pai, o Teu amor me guia,
vou muito além do que sonhei.
Hoje posso até cair, mas me ergo
quando sinto Tua força.
Perco tudo, mas não perco Teu amor!
Tua luz ilumina o meu caminho
por onde quer que eu vá.
Confio em ti e, assim, tenho paz.
Sigo em frente, voo para longe.
Sei que estou nas mãos Dele.

Máris Cilene Miranda Nicodemos Ramos
maris_cmnr@hotmail.com
Cristina Cacossi disse…
Quero lágrimas

Quero lágrimas que caiam e fecundem
a porção do bem que está por vir
lágrimas que caiam e lavem
as mentiras, as falcatruas
que caiam e purifiquem
a intenção guardada
caiam e eternizem
rios de amor
e divulguem
a verdade
mostrem
o rumo
vicem
a vida
Anônimo disse…
Meu amor

ontem o calendário
se rendeu
e apagou um dia
de suas páginas
só para não me ver
chorar de tanto saudade.

Camila Soares
Flauto disse…
Ausência

Sinto sim, uma falta estranha agora:
Hora essa, que bruta, me fere o peito.
Deito, penso e não descanso. Fora
De mim, a Realidade vazia de meu leito.

Não, não me queiram dizer amores!
-Dores são como plantas sem água-
Mágoa infinda por não haver flores:
Dissabores brotam sem trégua

Ausência: falta de haver presença;
Crença tola em se ter Esperança;
Dança lenta, solitária e tensa.
Penso eu: "-Que tristonha Dança..."

Antonio Flauto
Flauto disse…
Quando na praia...

Quando na praia pela noite ando
Canto invenções de quem vê espaço;
Cada passo que canto dura dez bancos,
Em cada banco que sento deixo dez passos.

Quando na praia pela noite ando
Me sinto como o mar desrespeitando a areia:
Toda palavra que eu penso, vai...
Toda palavra que eu falo, volta.

Quando na praia pela noite ando
Não quero saber de nada a não ser o que quero saber!
Na simplicidade do mesmo me faço,
Como tudo na praia sempre deita na mesmice.

Quando na praia pela noite ando
Só sei da luz que a Lua usurpa do Sol
Só sei das ondas que o mar usurpa do vento
Só sei do espaço que eu usurpo da areia

Flauto
Raoní Telles disse…
-----------------------------------------------------------------------
Paz em Gaza
------------------------------------------------------------------------
Eu acordei pensando em ti
Mas parei e refleti
Por quê o mundo está assim?
Não posso olhar apenas para mim
------------------------------------------------------------------------
Eu quero a paz em casa
E na Faixa de Gaza
Em Israel e na Palestina
Mais esperança no olhar da menina
-------------------------------------------------------------------------
E do menino jogando bola
Correndo tranquilo na escola
Sem ouvir as bombas caindo do avião
Nem o rugir do fuzil, nem do canhão
--------------------------------------------------------------------------
Estes são versos em vão?
Tenho a pretensão
De chamar sua atenção
E pedir apenas 1 minuto de oração.
------------------------------------------------------------------------
Anônimo disse…
poema português

a minha cara
no retrato tirado no aeroporto de Lisboa
a fila de carros (aqui chamados de carrinhas)
os anúncios de Almada

penso na carta de Pero Vaz Caminha:
... dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!

sorrimos envolvidos pelas lentes fotográficas
percebo as cores do céu
como se as adivinhasse
e meio incrédulo
dou os primeiros passos em terra firme.

Flavio Machado
Anônimo disse…
poemas portugueses 1


gosto de livros de poemas
e separo poema de poesia
teorizo:
...a poesia está em tudo a volta, o poema registra a aventura de ser.

o melhor dos livros de poemas que leio
são os espaços em branco que invado
como se fosse uma pichação em rascunho
de algo que um dia poderá ser transformado
e virar um livro de poemas.

Almada 24.07.2014

Flávio Machado
Zenaide Abati disse…
Balanço da Escola

Com mãos pequeninas e firmes
Voando ao vento os seus poucos cabelos
Segura a criança ao balanço da praça
Vive o sonho, não mais pesadelos.
Nesse embalo inocente ilumina
O seu sonho de mundo encantado
Não pensa no medo da noite, lágrima sofrida.
Lembra colo de mãe, tão querida.
No balanço espanta os sustos, vai voar não apenar cair.
Em busca do rosto seguro que lhe espera alegre a sorrir
O balanço é da escola e da vida
Uma sombra da felicidade
Antes que soe o sinal da saída
E ela caia na realidade.
Lucy Coelho disse…
Sou ébrio-ansioso
:::::::::::::
Me lembro meu poeta
Meu artista
De um dia maravilhoso
Que o sol entrava pela janela
E você coloria uma tela
Eu poderia pintá-lo
Nessa cena
cinematográfica
HA! mas te registrei no meu celular.
Quem pinta a cor da vida?
Quem dá asas a nossa imaginação?
O nosso sonhar de cada dia!!!
Você sorriu
Com seu rosto manchado de tinta
Não sei o que era mais branco
Não sei o que estava mais radiante
A luz do sol
Que entrava pela janela
Ou o brilho de seu olhar
Só sei que há magia
Por que eu me encantei!
Ai meu amado!
A loucura é ébrio
E o desejo é ansioso
Sou ébrio-ansioso!!!
Há encantamento em sua arte
Asas nascem em meio as folhas
Laços se criam em meio as flores
Sabores no céu da boca em meio as frutas
Encantos e magias em meio aos pinceis
Sorrisos em meio as tintas.
Existe carinho e amor
Nos pequenos gestos de doçuras.
Sou loucamente doce por você!
Onomatopeia das emoções Valquiria Imperiano

Tumtum
grita o sopro do vento!
Não é tum tum !
É sssouuuuu....
Tum tum
É o meu coração
batendo lento a porta do teu sentimento.
Dum dum
quando respondes seco!
Estou ausente.
Aiiiiiii!
É a voz do lamento!!!
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
*********************

Poema amoroso

Com carinho,

Teso como em linho, todo o sentimento
Que concentro em meu peito:
O amor, que recebemos com louvor.

Tanto tempo se espera,
E a vida acelera,
Saímos empurrando os dias
Cometendo crimes infelizes.
Somos vis até que sejamos abençoados.

Agora vivo, e a existência tem valor,
Meu amor não tem limites, nunca mais serei triste,
E o mal escorre para longe...
Hoje existe uma fonte em mim...
Uma ponte que o amor cruzou e não pretende voltar.

Gabriela Claudino
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
******************

Aplausos

Onde estão os aplausos

Para essa vida tão efêmera, fugaz
E linda,
Que dura o suficiente
E muda o mundo?
A carne vive os prazeres,
A alma chora dores,
E ambas partem após sua jornada.
Restam pertences,
Talvez lembranças, algumas marcas;
E onde estão os aplausos
Para o maior espetáculo do mundo?

Gabriela Claudino
Costelas Felinas disse…
ENVIADO POR E-MAIL
*******************

Não vejo a hora...

Estou ansioso... quero-te tanto
sonho... viajo por você
meus pensamentos
desejam teus lábios sedentos
ele me saciam de prazer
Anseio-te colada a mim
quero que arranhes a pele
seduzas a minh'alma
tornando meus sonhos
um ato real de sublimação
Não vejo a hora...
quero sentir teu corpo
em total erupção
Loucas sensações
desejo cúmplices e carnais!

(DiCello Fouquet, 02/08/2014)
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
*****************

Apenas sentei lá
...bem diante do oceano
vi o sol lentamente
mergulhando nas entranhas
nas águas revoltas
daquele imenso mar
O som das ondas
o barulho do vento
me fizeram sutilmente voar
viajar nos pensamentos
permitindo-me fantasiar
Imaginei outros lugares
quis que estivestes aqui
pra me beijar
só me resta sonhar
nada...nada mais...

(DiCello Fouquet 02/08/2014)
Unknown disse…
Panorâmica

Cheiro de mãe na minha casa,
trincheira de almofada, cabana de cobertor,
reclama da brincadeira,
joga lama da escavadeira no ventilador,
cheiro de mãe na cabeça,
não tem quem esqueça de noite,
notei que aquece, quando faltou.

Cheiro de mãe na minha casa,
tolha molhada na cama, distorção de guitarra,
reclama da zoeira,
da zuada do amplificador,
cheiro na mão de madrugada,
amor de cão farejador.

Cheiro de mãe na minha casa
alaga a sala de pudor,
reclama do alargador, da barba,
sinto cheiro de mãe na calçada
amor, farejador na alma,
a falta, amplificador.
.:.
Nosso poeminha

Pô, é minha!
É?
É minha, pô!
É?
Põe em mim... – Ah!
Minha nossa!
Pô, é minha!
É nossa...
Ah! Pô – é minha.
Nossa!

Nijair Araújo Pinto
Crato-CE
.:.
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
**********

Alma lavada

Calco meus pés
no regaço do regato.

E o colorido quente
do colo da natureza
aquece o gelo
que cobre o calor
do meu coração.

Descongela e...
Derretido
percorre meu ser

E...

Sem rumo e sem medida
escorre pelos olhos.

Jussára C Godinho
Anônimo disse…
Das despedidas

Cada despedida
reparte esse pobre coração
Num retalho de nostalgia
E noutro de ilusão.

O céu será mais celeste,
pra roubar sua atenção.
Já, o daqui, entardece
de vergonha, de emoção.

Alberto Hora
Anônimo disse…
DIA DE POESIA

AH, ESSA PALAVRA ESCRITA
HORA EM PROSA, HORA EM RIMA
QUE ESPELHA A NOSSA EMOÇÃO.

DESVENDA OS MISTÉRIOS DA ALMA
HORA SE AGITA, HORA SE ACALMA
VEM FALAR AO CORAÇÃO.

CAMINHA POR TODO O UNIVERSO
HORA UMA PALAVRA, HORA VÁRIAS - UM VERSO
RETRATA A VIDA EM SOLIDÃO.

MAS VERSA TAMBÉM AO COLETIVO
HORA CÉTICO, HORA INTUITIVO
NA LÓGICA DE CADA CONSTRUÇÃO.

POR TANTO ABUSAR, QUE ME PERDOE A SIMETRIA
POR HORA ME VALHO DA POESIA
POIS A PALAVRA DO DIA - COMEMORAÇÃO.

ANA BARBALHO
Anônimo disse…
DERREPENTE

CAMINHANDO...
PARECIA-ME UM PÁSSARO CANTANDO.
ERA O VENTO DIZENDO:
SOU LIVRE!

ANA BARBALHO
Lucy Coelho disse…
MUDANÇAS
::::::::::::::::::::
Queria me quebrar
E tirar as piores partes
Jogar fora certos sentimentos
Arrancar as raízes
Que amargam o peito
Conservar o melhor de mim
Ou que julgo ser
Desejo de ajudar o próximo
Conservar o amor
Sonhos que almejo
E versos que escrevo.

Lucy Coelho
...

Escorre por entre meus dedos
Como sangue viscoso
Vermelho vivo

Da ferida aberta
Do meu peito exposto
Coração à vista
Já não pulsa mais

Era uma vez...
Jamais.

LEANDRO MARTINS DE JESUS
A poesia...

A poesia vive em mim...
Parece às vezes morta...
Mas, de repente, bate à porta
E adentra meu pensar!

Preenche meu ser
Com idéias e imagens
Com pessoas e passagens
Com caminhos e bagagens

Voa por ai, ao sabor do vento
Por vezes sem alento...
Outras a contento...

Quem sabe o que pensar?
Poesia é frasear...
Escrever sem fim.
IMINÊNCIA


No céu silente
a lua
me espiona...
por isso,
está cada vez mais cheia
de meus segredos.

Tomara que não exploda
revelações
pois não saberei
me advogar.


Maurício Cavalheiro
Pindamonhangaba – SP
mc.pindamonhangaba@gmail.com
Victor disse…
Um quase distante

Vim de tão longe para... Chegar tão perto!
Pena que apenas cheguei perto.

João Victor Martins Ruyz
Unknown disse…
(VERSOS BIVITELINOS)

No ventre do pensamento
Jorra o sêmen poético
O sentimento goza
Fecunda a poesia
Gera palavras gêmeas
Filhas da inspiração
Na placenta lírica
Aos poucos gerando
A pele digitada
Os olhos gramaticais
A sintaxe do feto
Literalmente livre
Versos bivitelinos
Paridos sem métrica.

AUTORA: (Poetisa Cléo Alves)
Orlândia - SP
Unknown disse…
(RECOMEÇO)

INTERROGUEI: Qual o sentido do fim?
Em cada VIRGULA EXCLAMEI, Deus!!!
Meditei nas RETICÊNCIAS da vida e entendi...
A resposta está entre PARÊNTESES
Depois do PONTO FINAL.

AUTORA: Poetisa Cléo Alves
Orlândia - SP

Anônimo disse…
Ao somo de um violino,
a alma incontida chora
através de diversas notas
formando a mágica divina,
que chamamos de música.

Alberto Hora
André Foltran disse…
CONSELHO PARA GABRIELA

Gabriela, não te prives
das delícias do pecado...
O bom filho é querido
mas só o pródigo é amado.

[André Foltran]
André Foltran disse…
GENEALOGIA

Tua carne não é só tua carne
é antes disto a carne
dos teus antepassados.

Por isto, não reclames
das dores nas costas

— é tua trisavó
moendo café (ou ossos),
queimando lenha (ou corpos)
pra se aquecer do frio...

o frio de agora: o frio
dos séculos passados.

[André Foltran]
Mãe



Tu não dás muito…

Dás-te toda,

De cada vez.



Vela que arde

De fio a pavio,

Até ao fim.



Nunca perdes a chama,

Mas apagas-te

Para que todos brilhem.

João Alberto Roque
Decantação

Deixei repousar
As palavras
Agitadas
Misturadas

Soprei a espuma dos dias

Verti com cuidado

No fundo ficou só
Puro
O amor.

João Alberto Roque
Anônimo disse…
confundindo horizontes sem fins


completamente ébrio ando vagarosamente pelas ruas da tua boca que saliva o gosto do lodo do esgoto que vejo nos meios-fios. atravesso consciente o abismo e saio do meu lugar, transmudando horizontes sem fins, em busca da verdade e da razão, perante os desafios da vida. o pássaro que provou do meu vinho agora anda bêbado batendo nas árvores e caindo ao chão, totalmente confuso, perdido no próprio caminho que foi traçado para mim.


Antonio Félix da Silva Neto
União-PI
a.felix_neto@outlook.com
Anônimo disse…
Borboletas de papel


Numa sublime admiração
fico a contemplar o céu.
Uma pureza em mãos,
borboletas de papel.

Que imaginação incrível!
Fico a me perguntar:
o que foi isto?
um clarão surgia do mar.

Borboletas de papel
surgem do céu
atrás das púrpuras rosas do Cairo...
e voam entre os jardins de mel
entre as flores da vida.
Surgem entre as mais queridas flores
as borboletas de papel.


Antonio Félix da Silva Neto
União-PI
a.felix_neto@outlook.com
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
************



Faz tempo, que não se declaramos
Que não te escuto falar: Eu te amo
Engraçado quando nosso amor era platônico
Tudo era mais fácil

Me alegrava com um simples olhar
Agora é pegada com força de uma paixão
Fazer tolices
Ouvir coisas toscas

Me apressar aos encontros
Como um colegial
Já pensei se vale a pena levar esse amor proibido?
Esse amor pervertido!!!

Menina e manhoso

Marcelo Ignácio
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
*************

Eu de bike
E um casal de cães
Me seguindo
E só pararam, quando parei para uma festinha com eles

A cadelinha tinha carinha de Menina
O cão jeitão de Manhoso
Muito doceis e carinhosos
Logo se cansaram de mim

Foram alegrar outras pessoas
Já que não tem nomes
Os batizei de Menina e Manhoso
Meus novos amigos

Marcelo Ignácio
Lucy Coelho disse…
Amor e ódio
Se fundem
Aonde o ciúme predomina
A razão se perde
E não existe perdão
Passa na hora
Mais o ciúme está ali
Mais forte que o amor
É o desejo de ser único
Faço do meu amado o meu sol
E giro ao redor dele
Mas o meu sol
Gira em torno do seu próprio eixo
Brilha do outro lado do mundo
Nunca brilhou para mim.
Ladeira Saint Roman
*
A histórica Ladeira Saint Roman
Quer mostrar o brilho da sua glória
Mas, pobre da Ladeira Saint Roman,
Não quer censuras em sua história.
*
A mal-quista Ladeira Saint Roman
Procura por algum herói que diga
O caso Pasquim, tantim sem tantan,
Mas quer que o faça sem fugir da briga.
*
A mal-vista Ladeira Saint Roman
Não quer deixar o prazer dessa história
Ser degustado depois que morrer.
*
A “rabuda” Ladeira Saint Roman,
Que festejou muita gente ao subir,
Diz que não viu tanta gente descer.
*
Antonio Cabral Filho - Rj
Carolina Rieger disse…
Minha outra parte

E essa noite
Você faz parte
De mim...
E em parte
Dentro...
Dentro,
Quase me parte
Irrompendo...
E sentindo chegar a hora que parte
Antes de partir
Em mim derrama suas líquidas partes...


Carolina Rieger Massetti
Carla Luz disse…
Pena do urubu

Pássaro com coração doendo
Ninguém perguntou pro urubu
Se ele era torcedor do Bangu
Acabou mascote do Flamengo

Carla Pompeu de Souza (Carla Luz - nome artístico)
Unknown disse…
Ante o Depressivo

Não quero mais.
Não vou.
Livros vãos, noites vazias.
Onde estão os meus amigos?

Não vejo o espelho
Há tanto tempo...
A lâmina das horas
Rasga tempo e veias.
Onde anda meu sorriso?

Hoje eu não vou cantar.
Vou castrar os meus poemas.
Vou queimar pétalas, sépalas,
Violão e demais botânicas...
Onde guardei meu Rivotril?

Cícero Christino
Lola disse…
Ca...

É sempre assim,
meias palavras,
chá de alecrim

No fim,
um copo de café
...e vai embora

e a vida vira água
líquida, insípida e inodora
master chief disse…
deixei de ter medo da morte
a mim tanto me faz se hoje ou amanha
deixe me de orientar a sul ou a norte
a mim tanto faz se seguir o vento que tráz
deixe me de seguir o rasto ou peugada
a mim tanto faz se foi nodoa ou eu o capataz
deixei de ouvir a sirene ou a alertância
a mim tanto faz se morreu frio ou lilaz
deixei de ver tanta bagunça que fez no meu coração
a mim tanto faz se foi amor ou a prisão de alcatraz
deixei de olhar o mar e a lua
a mim tanto faz se se estava nua ou morta voraz
deixei de ouvir e ler seus conselhos
a mim tanto faz se foram uteís ou me deram gaz
deixei enfim escapar a esperança
de um dia terminar minha vida, talvezum dia em paz
Unknown disse…
Itinerário

Desço o morro da angustia
Chego no asfalto da dor
Ladeira de raiva contida
Não tem esquina de amor
Procuro na rua Milagres
Saudades de alguma estação
Que leve ao metro da Esperança
O Lamento na baldeação
Unknown disse…


Nunca é sempre não
Inteiras palavras
Mel e Limão

No início
uma dose de vicio
...fica um pouco mais

No inverso começo
o encontro do fim
um copo de café
chá de alecrim

Jota Amaral
Jakson R. Xavier disse…
solipso

a solidão é um bicho
tenebroso como o diabo
caçando almas pagãs

solidão: insônia dilatada
que me enche de agonia
e alucinações espinhentas,
substantivo nebuloso emoldurado
em fotografias embriagadas no asfalto

não me curo! não me guardo!

a dor da solidão nasce na alma,
cresce na carne inflamada
e padece no poema.

Jackson Ramos Xavier
Anônimo disse…
Estava andando nas praias de Ilhéus,
quando parei para pensar....
Se Deus fez tão bela a natureza;
Porque não aproveitar !
Esse imenso litoral ,
me faz refletir....
Deus Te agradeço por estar vivendo aqui !
Logo cedo acordei e comecei a pensar....
Amar não é difícil, tem que por mim começar !
Nessa vida aprendi que se quero receber amor
Tenho que primeiro fornecer, para depois
O receber !
Amar não é difícil !
depende de como você ver !
Adri Lima disse…
Tempo ao tempo

Tudo tem seu tempo
seja intensidade, que perdura
a vida
se apresenta sempre nua
gosto único : fruta in natura
-nós os tolos
tantas vezes
a colhemos verde
e guardamos
essa nódoa
de amargura
o tempo
pede fogo lento
para o adocicado

- insight da felicidade




Adriane Lima



Adri Lima disse…
Poema indefinido

Tem dias que sou o conto
n'outro a própria fada

cheia de tudo
tudo de nada

tem dias que sou comboio
n'outro a própria estrada

Adriane Lima
master chief disse…
naõ corroas a minha mente
pra ela não ser valente
não corroas a minha corrente
pra ela não ser tridente
não corroas a minha luta
pra ela nao ser passe quente
não corroas as minhas manhas
pra elas não serem carentes
não corroas as minhas maças
pra elas não serem podres sementes
não corroas as minhas irmãs
pra elas não serem jurisprudentes
não corroas a minhas pisadas
pra elas não serem rastos vigentes

carlos a.c. liberal
Anônimo disse…
Entardecer

E o cair da chuva
Faz-me pensar, pensar
Que tudo é mais leve,
Quando tudo o que ouço
É o barulho das gotas d’água ao tocar o chão.

Nada mais belo,
Nada mais sincero, nada mais real,
Nada mais singelo, nada mais!
Nada mais é tão comovente e simples.

Ah! A chuva, o cair da tarde,
O céu a escurecer.
Começo a pensar, pensar em como tudo é tão perfeito.
Como nós somos imperfeitos,
Quando não reparamos num belo entardecer chuvoso
A real perfeição, o real segredo para ser feliz.


Janiele Marinho
João Alberto de Faria e Araújo disse…
Aldravia

diante
da
lua
o
poente
enrubesce
João Alberto de Faria e Araújo disse…
Haicai

pela claraboia
o clarão dos relâmpagos –
na mesa uma vela
geraldo trombin disse…
SINGRANDO, SANGRANDO

Singrando nesse desamar imenso,
Que machuca fundo de tão intenso,
Velejando vou entre rocha, pedra,
Procela e tanto sonho que desmedra.

Sangrando nesse cortejar extenso,
Profundo corte que não cicatriza,
Apanhando vou desse meu bom senso,
Crônica dor que jamais ameniza.

É aquele vasto mar, um clamar sem fim,
Um árduo, dolente navegar, enfim,
Balançando, tirando o centro de mim.

É como sangria doida, doentia,
Que mexe por dentro, que me esvazia,
Manchas vermelhas no meu dia a dia.

(geraldo trombin)
geraldo trombin disse…
SEM TI.TULO

Sem ti,
Nascente sem água,
Choro e mágoa,
Nordeste sem buriti.

Clipe sem papel,
Mel com gosto de fel,
Rio de Janeiro sem Paraty,
Beijo sem frenesi.

Sem ti, vermículo.
Versos sem rima,
Poeta sem clima,
Poesia sem título.

(geraldo trombin)
Wlange Keindé disse…
Lamúrias

Fui menos do que desejei
Até mesmo do que achava merecer
Na noite em que agora vago
Tento parar de pensar nisso
Acontece que estou morto demais para ser otimista
Sem estar morto demais para continuar vivendo
Minhas últimas palavras não disseram o que eu queria dizer
Agora perdi isso também

Wlange Keindé
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
***********

A busca

Busco no olhar do outro,

Alegria e compaixão.

Só encontro tristeza

E desilusão.

Busco no olhar do outro,

Verdade e cumplicidade.

Só encontro vaidade

E falsidade.

Busco no olhar do outro,

Amor e dedicação.

Só encontro desrespeito

E banalização.

Busco no olhar do outro...

Não me canso de procurar,

Sei que um dia ei de encontrar...

Ilma Alves
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail

*********

O desejável

Leveza da alma,

Sonhos e tranqüilidade.

Leveza da alma,

Natureza boa e meiguice.

Leveza da alma,

Paz e felicidade.

Leveza da alma,

Voar feito um pássaro

No horizonte.

Leveza da alma,

A chuva correndo

Molhando a plantação.

Leveza da alma,

É abraçar um irmão.

Ilma Alves
Costelas Felinas disse…
enviada por e-mail
*****************

Amante

Quando olho a fundura
Do abismo
E eu à beira
Temendo o sismo
Me escoro
Eu descoro
Eu cismo
Eu escapo de tombar
No meu próprio abismo
Amando outra e outra
Noite inteira...


Carolina Rieger

Unknown disse…
Queda livre
Uma descida em velocidade
Bicicleta sem freio
Assim é a vida

Wallace Nunes
Cris Dakinis disse…
AREIA NO VENTO
A areia varre o céu de meu quintal,
unhas de gato arranhando o vento.
A mesma areia que demarca o tempo
faz-me perder as horas afinal...
Pegou-me a vista e arde feito sal...
Ronrona à minha orelha: que tormento!
Desfaço a rede, rumo casa adentro
Deixo à areia o cetro triunfal.
Seus grãos são meu tapete pela praia
formam pequenas dunas de marfim,
vestindo o horizonte de cambraia...
Mas quando venta, ela troça de mim,
A areia arranha meu momento maia,
e ofusca a tarde, o sossego enfim...

Cris Dakinis
Cris Dakinis disse…
SONETO DO AMOR SINCERO
De amor se fala com facilidade,
mas jura falsa é algo frequente.
Toda paixão finge ser para sempre,
ilude sonhos com realidade.
Porém os que se amam de verdade,
são um do outro o melhor presente,
dispensam joias, flores e somente
guardam riquezas na felicidade.
Amor sincero é pote de ouro.
É ser fiel e cuidar com esmero.
É dar abrigo, ser ancoradouro...
Que me desculpem se eu exagero...
O bem-querer em busca do tesouro
sabe reconhecer o amor sincero.

Cris Dakinis
Anônimo disse…
"Ser inútil"

Em meio a noite escura,
aquela alma impura;
caminha sem rumo...sem direção.

Feito eterno peregrino;
vaga o ser sem destino;
levando sua vida em vão.

Não vê esperança em nada;
pobre alma desgraçada;
da vida perdeu toda a noção.

Quem é este ser tão diferente;
que de forma inconveniente;
recolhe migalhas ao chão?

Quem sabe não seria esta alma,
Um mendigo,um outro indigente;
que nós,de maneira insistente;
jamais o aceitamos como irmão.

José Carlos Tavares=(Zecarlinho)=17/08/2014
Anônimo disse…
"Frustração"

O meu pensamento voa,
O meu pássaro voa,
Meu coração voa...
Voa longe em seu sonhar.

O meu poema voa,
O meu verso voa,
Minha inspiração voa...
Voa longe em seu vagar.

A minha vida voa,
O meu tempo voa,
E no entanto,eu permaneço...
Permaneço sempre...sempre no mesmo lugar.

José Carlos Tavares***(Zecarlinho)*** 17/08/2014
Infância
Eu não o abandonei,
Não abandonei minha criança.
Tiraram de mim.
Parte por parte, foram me levando.
Toda a inocência solta e onírica,
Como passageiros de um ônibus,
Foram se despedindo dessa morada
Em cada ponto dessa sinuosa parada.
Enterradas em colinas desse trajeto,
Nos obstáculos de minha imaginação.
Não me lembro de ter escolhido nada,
Mas não pude guardá-las.
Agora o que me resta sou eu mesmo,
Na aridez dessa realidade.
Dentro de um rio de desconfiança
Onde nadam peixes de barriga para cima.
Com um sopro curto de boa vontade
Penso que devo ir,
Pois eu não abandonei minha criança.
Roubaram de mim.

Alexandre Sawaguchi
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
**************

“Versalgias”

Dizem que “rir é o melhor remédio”!
Mas, como rir em meio a uma forte algia?
Daquele tipo que acaba com o tédio
No entanto, qualquer compromisso, adia?

Dependendo do local, causa até litígio,
De tal modo que contagia
Fazendo tremer todo um prédio,
Que até a vizinhança, a ela, se alia;

Quando não passa, torna-se um caso sério,
Mas, como distingui-la sem um guia?
Ainda mais, quando a causa é um mistério:

-Aí, o PS e a Farmácia têm o seu dia!
Por isso, procure um médico para seu alívio:
-Verá que o tratamento funciona, sem efeito contrário!

Márcia Brabo
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
***************

“Cruzamentos”

Na vida há tanto cruzamento,
Atalho, lombada e ultrapassagem,
Que duvido estarmos aqui só de passagem:
- São lições para o nosso enriquecimento!

Cada uma delas serve de ensinamento:
- Aprendizado para que nossa viagem
Não seja apenas de êxtase, mas de coragem,
Para enfrentar todo tipo de sofrimento;

Mesmo assim, não desespere nesse momento:
-Procure manter-se firme em Deus, com bagagem,
Nestes tempos em que só se fala “bobagem”;

Vá em frente sem arrependimento:
- Fale ao mundo como chegar a Deus, “com a cara e a coragem”,
Verá que sua vida só crescerá como fermento!

Márcia Brabo
Lucy Coelho disse…
Sementes

Se houvesse sementes que eu pudesse jogar
Nas correntes que descem do teu olhar
Plantaria sorrisos em meio as tuas lágrimas
E palavras de paz em meio as tuas confusas
Se houvesse sementes.
Te quero bem.

Teu coração é terra, nunca o deixes secar, pois não haverá sementes...
Tudo simplesmente morrerá.

LUCY COELHO
poeta jardim disse…
o leito agora vazio
onde o teu corpo eu recebia
e com fúria possuía,
enigma que tentei decifrar
como podia.
teu vulto em mim se dilui
como a onda que acaba em espuma,
como se amar
fosse mais do que a bruma.

poeta jardim disse…
foi nas tuas pernas
o enlace fatal
dos meus erros.

foi nos teus peitos
o doce veneno
dos meus equívocos.

foi nas tuas mãos
o ilusório conforto
do meu abrigo.

foi nos teus lábios
o definitivo silêncio
da minha voz.

JARDIM

Alex Xela Lima disse…
O que resta

Na terra dos homens esquecida,
Quase tudo na vida passa.
Pode ser a pessoa mais querida,
De repente, só fumaça...

Passa o ligeiro tempo,
Voa pra longe o vento,
Passa até a dor!
Muda-se o sentimento,
Só não passa o lamento
Da perda dum grande amor.

(Alexsandro de Lima Pereira)
Alex Xela Lima disse…
Ilíada


É sim... “Tudo vale a pena!”
Pessoa, por Atena.
Herói Heitor, Tróia o crema.
Vênus inveja Helena.

N’áurea Grécia, Aurora trema;
Aquiles a flecha esprema —
Crepúsculo d’uma cena...
Troianos, que lindo lema!...

Epope’a fiel — dilema,
Romance atual — cinema:
Augusta face e a pequena.

Composta então oira novena...
Hora noturna, e amena.
Soneto: arcaico poema!

(Alexsandro de Lima Pereira)
Anônimo disse…
O mar

O mar guarda segredos secos e molhados
Sabe da vida dos peixes e dos afogados.
O mar une o céu ao inferno
Gela a alma da ave e rancor ao inverno.

O mar sente estrelas, sol, lua
e a bela pele da menina nua.
O mar conta segredos aos poetas
e os poetas confessam tudo ao papel.

Quando crescer quero ser poeta
Quando morrer quero ser mar.
Se não quiser buscar tesouros
Vou saber por onde pisar.

Márcio Torres
ESTOU ILHADO

Estou ilhado
Barco afundado,
Não posso ir
Nem você vir.

Sou vira lata
Que a fome mata,
Estou aqui
Mais tarde ali.

Ando apressada
Agoniada,
Procuro tudo
Não encontro nada.

Alice F Morais
Mauro Bartolomeu disse…
O problema do Brasil
vem a ser seu próprio povo
que o hino diz varonil
mas que pra ter carro novo
aceita uma vida vil
de comer só pão com ovo.

(Mauro Bartolomeu)
Mauro Bartolomeu disse…
Jornal

Civis estão na linha de frente
do conflito entre Israel e Palestina.
O país está quebrado e doente
diz a presidente da Argentina.
No oeste africano, o ebola
está fora de controle, diz analista.
Enquanto a moça charmosa rebola
passeando na avenida paulista...

(Mauro Bartolomeu)
Unknown disse…
DOS MARTELOS QUE NÃO CRIEI

Estou trabalhando em personagens
Indiscretos, indecentes , mórbidos
E analfabetos intelectuais.
Gente suja por dentro e por fora.

Vivem martelando em minha cabeça
Sentenciando as minhas ações
Julgam que vou sair por aí
A imitá-los.

Eu digo para largarem os martelos
Pois eu os criei de mãos vazias
Eles retrucam:
Será?

Eles julgam em mim
O que julguei
Esquecer.
Lucas Esteves
Unknown disse…
A TRILOGIA DE UMA NOITE MAL DORMIDA (ATO III)

Em algum momento irá amanhecer
Dizem que o sol nasce pra todos
Então esperamos
Girando como porcos no rolete.

Eu visto cordas.


Lucas Esteves
Unknown disse…
For ego

El Rofs
Para, quem para.
Aquele que para, quem para.
O quem,que ninguém para.
Continua...
Sentimento
Sentimento
EL ROFS

A dor corrompe
O silencio,grita.
O sentimento, se multiplica.
Aquilo que tivera vida
A dor tirou um pedaço,
E transformou em destino.
Sabrina Dalbelo disse…
O ANDARILHO

Andarilho errante
Não se deu conta dos limites da estrada
Saiu dos trilhos
Perdeu sua rota
Mas não o seu caminho
Tudo porque sua bússola está
Guardada, conectada
No plug do seu coração

Sabrina Dalbelo
Sabrina Dalbelo disse…
NO ESCURO

No escuro
Nem tão negro
Nem tão denso
Lâminas de desilusão
Circulam lado a lado
Aos feixes da saudade

Apenas a luz
Aquela luz da memória,
Não da verdadeira lembrança lembrada,
Mas a memória do que parece lembrança guardada,
Ilumina
E com isso salva
Daquilo com potencial de se tornar um pesadelo

Sabrina Dalbelo
Quando chega a noite
o mar adula a duna
beijando-lhe os pés,
vestindo-a de marés,
de estrelas, de sais.

Quando a noite chega
a duna recebe o mar
em movimentos úmidos
a encharcar seus poros,
desejos profundos, finais.

Quando a noite se vai
levando consigo segredos
a luz separa os pares
que se unem então só por olhares
paralelos, litorais.

Carlos Leser
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
****************

Celebrar (Por: Fabio Rabelo)

Hoje eu quero celebrar
porque sobrevivi.
Ultrapassei o limite, que nem limite era
e voltei à superfície.
Reescrevi a palavra travessia no chão por onde piso.
Onde havia chanto resguardado
agora há sorrisos livres.
Lá, onde estive,
ao final, era passagem.
De longe... convidou-me o amanhã,
pois meu lugar é o adiante.
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
*****************

Campo Minado (Por: Fabio Rabelo)

Eu te ataco.
Você me ataca.
Ambos atacamos aos demais
e estes atacam aos outros.
Os outros, juntos nos atacam.

E assim
vamos nos bombardeando.
E nesses contra-ataques
expandindo nossos próprios campos minados,
em cujos enxertos de fúrias e desumanidades
somos nós
os detonadores de nossas existências
e exterminadores
de dias que não nascerão.
Rafaela Manicka disse…
PESADELO

Você tenta.
E continua tentando.

Mas parece que a cada tentativa,
algo
lhe
escapa.
E a vida segue.
E passa.

E você vê tudo de um jeito estranho,
diferente.

É como se os seus olhos não estivessem mais habituados a luz.

É tudo escuridão.
É tudo suposição.

Abro os olhos.

É o fim.

Rafaela Manicka
Rafaela Manicka disse…
Queria abraços sinceros e beijos singelos.
Queria paz, queria esperança.
Queria a alegria e o companheirismo.
Queria o tudo e o nada.

A amizade, a bondade.
A simplicidade.
Queria de novo.

Conquistar-te eu queria.
Conquistar-te iria.

Queria o belo.
Amor belo.
Talvez cego.

Não nego.

Rafaela Manicka
Anônimo disse…
"Mar Morto"

na banal filosofia humana
plantamos em cada dia
sementes de eternidade

no mar morto, somos ilhas
prestes a serem engolidas

tempo onda, vida areia.

Felipe Magnus (22/09/2013)
Caroline Policarpo Veloso disse…
Linguística

Nenhuma palavra basta
E também qualquer palavra é excessiva
O silêncio diz mais,
Sem dizer nada, no entanto.
Dizer é um conflito
Pois é sempre menos que o preciso
Na incompletude da linguagem;
Caroline Policarpo Veloso disse…
Gelo

O gelo derrete
Esquenta
Perde tudo o que lhe é intrínseco
Até deixar de ser gelo.

Um coração de pedra que nunca pulsou
Às vezes escorre
Em forma de água
Em forma de sangue
Em forma de uma antiga solidez não existente
Porque o gelo sempre será frio e duro,
Não pode deixar de sê-lo
-Embora possa deixar de ser gelo.
Costelas Felinas disse…
poema enviado por e-mail

Uma torneira que chora
Pode estar muito triste
Precisando de um abraço

Uma torneira que cho
O
O
O
ra

Quer ser ouvida amada ou substituída

Roberta Munhoz
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mai
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Dialógica temporal

O tempo? Segue voraz... O trânsito? Não mais!
As horas? Passam ligeiro... Os problemas? Chegam ligeiro
O mês? Passa rapidinho... O salário do mês? Cadê? Já foi!
Quando eu era jovem? Ah! Já faz tanto tempo!
Quando eu ficar velho?Ih já era!
Uns com tanto tempo ainda, outros ainda sem tempo pra nada!
O tempo, o tempo, o tempo
De ir e de voltar
De rir e de chorar
Tempo de filosofar
De amar
Dormir e sonhar
Tempo de acordar
O tempo, o tempo, o tempo

Roberta Munhoz

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