Completamos em novembro de 2014 exatamente um ano do Concurso Cardápio Poético. Envie o seu poema e participe Grátis desta antologia
***
A Ed. Costelas Felinas e o Clube de Poetas do Litoral em parceria realizam o concurso Cardápio Poético.

NÃO HÁ TAXA DE INSCRIÇÃO -
INSCREVA SEU POEMA PARA O MÊS DE NOVEMBRO/2014
INSCREVA SEU POEMA PARA O MÊS DE NOVEMBRO/2014
maiores informações: cacbvv@gmail.com
COMO FUNCIONA:
O concurso inicia em novembro de 2013 e termina em novembro de 2014 -
SELEÇÃO:
Serão escolhidos 02 poemas por mês - O poeta selecionado poderá participar quantas vezes quiser durante o ano.
PREMIAÇÃO:
COMO PARTICIPAR: ATENÇÃO
TEMA E ESTILO: LIVRES - (não precisa ser inédito)
- cada poeta poderá participar até com 02 poemas
- o poema deverá ter no máximo 15 linhas/versos -
- os poemas enviados para o concurso não serão retirados depois
- NÃO USAR PSEUDÔNIMO - (somente nome verdadeiro ou literário)
- caso contrário será desclassificado pelos jurados.
- deixe seu poema como comentário logo abaixo - inscrição até dia 29/11/2014.
ATENÇÃO: - seu poema não é postado na hora. Confira sua participação olhando mais tarde seu poema no comentário.
PARA VER OS POETAS SELECIONADOS DOS MESES ANTERIORES - clique Aqui
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Comentários
Ele te fode com vontade,
Ele te fode em todos os lugares,
Mas – fudida verdade:
Ele não existe na realidade!
Carlos Brunno Silva Barbosa
– Minha dor é tua dor, Réu Nazareno!
Teu suor e mias lágrimas bem juntos
Gravam-se no sudário dos defuntos
Sonhos de liberdade e amor pleno!
Não se esquecerá Teu rosto sereno
Que nos consola enquanto me pergunto:
Este povo do Rei Santo disjunto
Suas mãos não lavou com vil veneno?
Entre espinhos, és lírio de alta flora!
Ao meio-dia, meu Sol se vai embora
Erguido no poente da esp’rança!
Estrela de Davi, guardo-te um raio
Por te saber subir enquanto caio!
Durma teu corpo e minh’alma descansa!
Edson Amaro
O que levamos?
Perdemos
tanto tempo na vida.
De repente,
perdemos a vida
no tempo.
Nijair Araújo Pinto
No meio do caminho
tinha uma pedra.
Oh Deus, eu era a pedra
no meio do caminho...
[André Foltran]
Vou caminhar
por sobre os trilhos do meu corpo
e esperar o trem passar...
[André Foltran]
Edu Lima.
Papel, lápis, caneta...
escreve mão,
conta tudo, escancara...
abre o coração.
Fala com a escrita...
conte tudo que pensa,
pois a palavra é infinita...
jamais se arrebenta.
Abre suas asas...sem medo,
voa alto cidadão...
com coragem...sem receio,
livre na imensidão.
Edu Lima.
História...
Verdade?
Estória...
Ficção?
No que,
e em quem...
acreditar então?
Se palavras,
podem manipular.
O acontecido,
modificar.
Estamos perdidos...
e agora, vamos confiar?
Será que tudo foi, é...
e será em vão?
Desconhecido amor
Tive a ventura de te amar – que bom!
Amor escuro, refratário e mais:
deveras lindo, tenebroso cais.
Ondas, marés... Meu degredado som.
Sonhar eu sonho. Quero a dor do mar.
Navegar, sim! Temer. Gritar. Lutar.
Somos dois barcos num destino incerto.
Virão tormentas, amargura e alertas.
‘Barco à deriva!’ – irão dizer de nós.
Ilha de amor, nós zombaremos muito.
Caminharemos pela praia a sós...
Contando estrelas, celebrar gratuito.
Vida cadente, de latente ardor.
Quero partir tendo vivido o amor.
Nijair Araújo Pinto
Não quero saber
de poeta fingidor,
muito menos
de poeta gauche
nem de poeta amigo do rei.
Prefiro viver
como Baudelaire:
cercado de mim mesmo,
por minha conta e risco.
*
O poeta segurava sua caneta,
E não escrevia absolutamente nada.
Sua vida fora presa numa sarjeta,
Pois, sob a morte, a poesia era aguada.
Guardara exame e alma numa gaveta e
Tratar do câncer era dura escalada,
Pois a morte era a tinta de sua caneta,
E a poesia, melancólica e acinzentada.
Diante da folha pálida, analfabeta,
Olhou pela janela, viu uma flor colorida,
Indagando-se sobre o que a fazia viver ereta,
Mas, vendo nela pousar uma bela borboleta,
Entendeu que a motivação da flor da vida
Era a beleza que o levara a viver poeta.
Ronaldo Henrique Barbosa Junior
(rhbj10@hotmail.com)
Mesmo ousando
furtar inspirações da
vida,
a Poesia que
sentia
só se fazia
verso
se o único som audível
fosse o silêncio
de seu ecoante Universo
Autor: Ronaldo Henrique Barbosa Junior
RHBJ10@hotmail.com
Sou um abismo silente
Esperando que entes caiam em mim
Não há apanhadores a salvá-los
E eles caem sempre; e pra sempre
E a cada coisa ou ser que cai
Me erijo um tanto a mais
Destarte, sou pedaços de todos
Um buraco engolindo outros
Mas não quero tê-los somente
Ambiciono sê-los
E eles nunca param de cair; nunca
E a cada ente que cai
Percebo o quão vazio sou
Dyego Cortez
(Maurício Rocchi)
Um homem covarde ofendia.
Uma mulher oprimida, ouvia
Olhos postos no chão...
Ofensas sem razão...
Ela, chorava.
Ele, vomitava,
Matava o amor abstrato,
E isso era fato.
De súbito uma pausa!
Ele, caído, no peito, a mão,
Lhe faltava o ar...
Aparentava sentir dor
O que fazer? Pensou a moça...
Nada, apenas olhar...
Ver a morte física do amor.
(Maurício Rocchi)
Foi de rrepente! Tudo envelheceu!
Procurei em teu frio olhar,
Algo que ainda fosse meu,
Mas, não havia o que encontrar!
Uma vida inteira de amor,
De doação, de quereres, findou...
Pereceu a minha única flor,
A que me colheu e acompanhou.
Sabia que a vida era assim.
Que nada aqui é eterno...
Que o sofrimento é provável.
Mas por que fostes antes de mim?
Por que me deixou no inferno?
Por que me destes o inaceitável?
pobre pedestre aparvalhado
com o peito pregado ao piche
um poste púmbleo pulsando
um plotter, um pente, um painel
atropelado e paralítico
em pleno pulso pulmão
plenimpotente espalhado no chão
: pão esparramado na porta da padaria
Vivian de Moraes
********************
Anima
Como são possíveis, duas mentes pensantes,
Unidas, mas em total ambiguidade agonizante?
Que imagens elas abrigam, nessa realidade energizante?
Quanta energia desprende nessa “Terra de migrantes”?
Não devem ser iguais, pois que iguais não são semelhantes!
Nem imagino quanta iluminação desconcertante
Que pula, embriaga e brilha, como o êxtase dos diamantes!
Produzirão, se é puramente pulsante:
Embala nossas mentes e ouvidos em seus nichos próprios
Produz temperatura em “aqua”;
Desprende sensações sem mácula;
Para a cura da anima dos ectrópios!
Não sei explicar, mas sinto cada dia como música “em dupla”,
A encantar meus ouvidos como em colóquios
De milhões de pássaros indo para os trópicos
Márcia B. Pontes
******************
Indicações e Contraindicações da Poesia
Se consumida em excesso não vicia!
Ao ser digerida só delicia;
Produz bem estar e êxtase, que contagia,
E, ao EGO, acaricia!
Mas, seu pior defeito: - Influencia!
O indivíduo flutua e, às vezes, confidencia!
Acaba com o mau humor que o afligia
Deixando-o leve e solto, à revelia!
Mas, às vezes, pode causar nostalgia:
- Nesse caso, vai ao fundo do poço; Não é covardia!
-Chora se preciso for, nesse dia,
Para enfrentar a tudo que o abatia!
- É melhor que enfrentar uma sessão de Psiquiatria
Ou tomar remédios pra causar letargia;
Por isso, declame ou ouça uma poesia!
Márcia B. Pontes
*********************
Fragmentos
Erros
Falhas
Sobras
Refém do tempo
*********************
Vozes
Na noite de Halloweem
Vindas do cemitério
Uivos das matas
Dia das Bruxas
*******************
Realidade x Poesia
Enquanto a tirana realidade
em amarga cólera
me arrasta por terra seca
com a peculiar brutalidade
da sua estupidez caótica
A grata poesia me abraça
em sua doce calma
e me leva a navegar
pelo inesquecível
mar dos sentimentos
Juarez Florintino Dias Filho
Sobre os sonhos proféticos
Queria eu que fossem verdade
Para assim matar a saudade
Do que faz hoje sono horrífico.
Tornar sonho realidade:
Algo que não tenho poder.
Posso apenas assim antever
O falso sabor da falsa verdade.
Os da noite perfeitos delírios
Têm o doce aroma dos lírios
Mas se esvaem no acordar insone
Os sonhos só podem dizer
O que não preciso prever:
Acordo às manhãs sussurrando teu nome.
Marina Fülber
O vazio dessa gente
É um vazio inocente
É um vazio instantâneo
É um vazio em cada esquina
Um vazio sem pé sem rima
Sem pontuação sem refrão
Sem sombra de dor contramão
É alienação consentida
É ilusão dessa (nova) vida
Onde o que se tem é mais do que se é
E só resta do (moderno) coração fé
Antônio Carneiro
As ligações
Entre
O mundo e
A gente
São rápidas
Como esse poema
Por fome d’alma
Ou miséria
De sentimento
Antônio Carneiro
As primeiras folhas secas
crepitavam no fogo baixo
A fumaça, escura e densa
tomava forma de presságios
- o inverno encerrou a trégua -
E as portas tremulam
- reverberam irritadiças
pela iminente violência
Em breve marchará
- o exército do desespero
sobre as ruínas da consciência
Ela veio caminhando
toda acanhada
querendo me contar as boas novas
Aproximou-se de mim
com as mãos fechadas
diante do rosto
assim, como se trouxesse
só pra me mostrar
ao abrir dos dedos
- um vagalume
Com canivete afiado
aponte o lápis,
mire e atire.
Sangre um poema em meu coração.
Leia, pense e re-pencil...
Crave o pendraive
em meu coração
e grave
toda aminha paixão.
Guarde
na memória ambulante
o amor, ainda infante,
deste castigado coração.
Leve distante
o amor rebelde.
Armazene em seu hard core,
guarde-o
e me aguarde.
Antes que algum guarda delete.
Luis Antonio Martins Mendes
2 de novembro de 2014
A loucura me consome!
Quando penso estar passando,
que a razão está voltando,
volta com tudo, não some.
E ardo no frigir das horas,
à espera de um sinal
que nunca vem, é sem final.
O que resta são demoras.
Mas não sei como buscá-lo,
nem como mandar sinais,
nem se ele irá querer mais.
E eu quero tanto encontrá-lo!
Mas eu só posso esperar,
e é bem isso o que mais arde,
toda essa urgência covarde
que eu não posso assoprar.
Quando isto vai terminar?
Este esperar de mãos atadas
e sem poder fazer nada?
Será que ele vai ligar?
--
Júlio B.
juliob612@gmail.com
Não quero a arte da angústia da vida
Nem essa azedura que insiste dentro
Poupem meu olhar do desassossego
Afastem essa ânsia de viver aflita
Eu nego esse temor sobre a felicidade
Ignoro toda a dor que no poema insiste
de querer atenção e me fazer mais triste
Abro mão da lágrima em prol da verdade
Não quero mais senão esse sol queimante
que brilha na janela do meu quarto escuro
que reflete nas paredes feito um diamante
Quero só colher as flores do meu dia
e são perfumes doces os que eu procuro
na arte. Da realidade, só quero a alegria
Pátria torta, torpe e tonta
Tanta obra atrás do tempo
Tanto homem ao relento
Muito falta pra estar pronta
Pátria minha, minha e nossa
Minha nossa! Quanta morte
Quanta vida sem um norte
Muita falta faz a roça
Pátria artista, triste e tola
Qual futuro te espera?
Pois que mudes nesta era
Não te sejas tão à toa
Pátria rica, grande e linda
Linda pátria, vá à guerra
Eis então meu contente estado de espírito pseudônimo
Tal estado de paz poética e de sorrisos constantes
Espírito que as rimas trazem, que trazem rimas abundantes
Sentimento de poeta, que vem de um amor hiperbólico
Permaneço nessa inércia de um coração que ama ardentemente
Que encanta-me e que faz-me colecionadora de sonhos fascinantes
Assumo-me como real escritora e dona de palavras cativantes
Que te instigam e te provocam a essa chama resplendente
Eis então minha secreta identidade de poetisa apaixonada
Entregue a esse universo de amor sem fim
Entregue a infinitos versos feitos à ti
Palavras que você me trás, palavras que se renovam
Palavras que sintetizam tamanho amor vindo de nós
Palavras desse coração de espírito pseudônimo
Letícia Motta
Roupa no varal a dançar
prateada pelo luar
silêncio que invade
escuro...medo
luz que se faz ausente
agora na minha cidade,
mas reluzente nas estrelas que no céu são eternidade
são grilos que cantam
e brisa que chora
por teu corpo
minha saudade
Ressureição
Poetizar é virar a alma ao avesso,
jogar pensamentos ao vento,
mesmo que a dor não pague o preço
desta viagem inusitada
de bordar palavras
e dar vida à morte instalada!
Rosa Helena de Carvalho Teixeira
Roupa no varal a dançar
prateada pelo luar
silêncio que invade
escuro...medo
luz que se faz ausente
agora na minha cidade,
mas reluzente nas estrelas que no céu são eternidade
são grilos que cantam
e brisa que chora
por teu corpo
minha saudade
Ressureição
Poetizar é virar a alma ao avesso,
jogar pensamentos ao vento,
mesmo que a dor não pague o preço
desta viagem inusitada
de bordar palavras
e dar vida à morte instalada!
Rosa Helena de Carvalho Teixeira
Tem achado poético
“se achando”!
Chega,
entra no poema
sem ser convidado,
puxa a cadeira
e vai ficando!
(Geraldo Trombin)
Tem achado poético
“se achando”!
Chega,
entra no poema
sem ser convidado,
puxa a cadeira
e vai ficando!
(Geraldo Trombin)
Nesse desertão dos sonhos
(muitos deles tão intactos),
a vida sangrou meus sonhos
nos espinhos dos seus cactos.
(geraldo trombin)
Há um homem para quem eu escrevo
Poemas de amor
Porém a coisa mais ousada
Que já escrevi
Foi tão subliminar
Que ainda hoje acho
Que ele não me conhece
(Wlange Keindé)
Somos homens
Como homens
Matamos lagartixas
Para mostrar
Que não somos lagartixas
Que somos melhores que lagartixas
O que é ser um homem?
Não sou homem, sou mulher
Talvez meu pênis esteja em Mileto
(Wlange Keindé)
**********
Primitividade não é retrocesso
(Maicon Moreira)
De fato,
Sou desses que precisa de mato.
Numa era que perde-se a visão,
E perde-se no tato.
Semeio as glórias sob o solo,
À toda vida que cresce em pleno colo.
Louvo,
Imploro,
Terra nata a que ruídos soavam serenata.
No império que o homem fez nos polos,
Corta-se a luz clara que na espada assolo.
De fato,
Sou desses que precisa de mato.
*****************
Erudito
(Maicon Moreira)
Erudito,
Por dito.
Era ou digo.
Exilado,
Exumado.
Era exílio enclausurado.
Era o que eras,
E como era!
Era exílio, numa grande era!
Há tempos em que há muito tempo,
Ilusoriamente...
Há tempos em que não temos tempo,
Realmente...
Há muito, não o tenho suficientemente:
O relógio "corre",
O pensamento "voa",
O corpo sente...
Lamentavelmente!
A idade a gente mente.
A cada instante viver o tempo.
Intensamente sempre,
Não temporariamente.
Acreditando às vezes "controlá-lo",
Enganar-se pacientemente.
Debora Cristina Bender
Acho muito difícil pôr a cara na vida.
Sou covarde assumida!
Cansada, ferida, batida.
Minhas canelas roxas já não aguentam mais.
É difícil o andar tateando,
dar com a cara no muro e sorrir,
vomitar as dores pra dentro de si,
e fingir...
Lilly Araujo
-----------------
Altar
Um sábio me disse
certa vez que o amor
se apimenta na variedade.
Choquei ao saber!
E sei em mim mesma,
que desse amor
eu nunca vou viver.
Amar pra mim
é quase que uma religião.
O ser amado é meu deus,
sua vida é meu altar,
e meu corpo pra sua adoração.
Lilly Araújo
(Mario Filipe Cavalcanti)
Sinto uma presença no quarto escuro
Invisível, mas presente
Como se me olhasse
Como se pedisse algo, qualquer coisa
Levanto, ascendo a luz
Leio um poema
A paz retorna, deito, durmo
Torno a sentir uma presença no quarto escuro
Invisível, mas presente – insistente –
Como se quisesse me falar qualquer coisa
que seja, como se receasse, mas pedisse
Ascendo a luz, escrevo o poema que lês
Recito – paz novamente
– e dorme tranquilo o velho poeta já ido, embalado em meu quarto...
(Mario Filipe Cavalcanti)
Não há estrelas no céu
apenas alguns piscas-piscas
em uns prédios perdidos
e as árvores cantam
o silêncio das horas
Se o corpo é o que nos difere,
Nos separa do mundo,
E todos somos corpos...
O corpo não nos difere,
nem nos separa
O corpo nos iguala.
Carolina Rieger
Quanta beleza há no
gorjeio lírico das aves;
Sob o Céu de domingo,
Sobre a melodia do Mar!
Por entre os raios de Sol,
Navegando entre azuis.
_______Alesandra Baptista
Se eu viver
da Poesia sou um Poeta,
Se eu viver
de sonhos sou um sonhador.
Mas,se a Poesia
brotar dos sonhos?
E se o sonho
morar na Poesia?
O que sou?
Um Poeta ou um sonhador,
sou os dois
ao mesmo tempo,
é dom,é talento.
É que a Poesia
precisa do sonho
para fantasiar a realidade,
para dar luz e cor a verdade.
E o sonho do Poeta é eternizar
o que sonhou dizer na
Poesia dos sonhos.
O dia passa,
O dia passou,
Nada volta,
Nada voltou.
Quem sonhou,sonhou,viveu,desejou...
O sol e a lua
Passam todo dia pela minha rua,
Passa até a saudade sua.
O dia passa e a noite vem,
O dia passa e vamos passar também,
Até você meu bem!
Saiu de cena assim que soou o apito
Gritos !!!
Com os tímpanos endurecidos
Os olhos vendados e a alma enlutada
Abraça garrafas e bandeiras
Chora a ultima lagrima de tinta vermelha
Sem muros para lamentações
Ouve gritos na escuridão
Enquanto foge de mísseis e de mortos
O corpo já não doe
OS braços abertos para o céu
Procura uma estrela que lhe dê guarida
No gramado encharcado de sangue
Há de nascer uma flor.
(Perpétua Amorim)
Todos os dias um mar de palavras
morrem no céu da minha boca
outras tantas se salvam
Libertas ao vento
fazem estalinhos nos seus ouvidos!!!!
(Perpétua Amorim)
Ah, o vento!
Se soubesses que quando lento
Paz em mim sem tormenta
No mar a onda não arrebenta
E se soubesses que quando forte
Transmuda o sul pelo norte
Faz na pele um corte
Dá à vida cheiro de morte
Dyego Cortez
Louco, o loureiro usa
O viril vento de agosto
Pra mandar beijos pra lua.
Carlos Brunno Silva Barbosa
No período cambriano
Da era paleozoica
Te multiplicava em mim.
Meio bicho, meio pedra
Era a amorgênese de nós.
Eduardo Ozorio
Há pessoas prendadas de Amor.
Expressam a grandeza da alma,
através da delicada arte de bordar
com meadas de linhas coloridas,
Em ponto cruz sobre as feridas,
A graciosa Flor do Perdão.
____________AFB
É sobre dor. Sobre amor. (Sobre a dor do amor).
É sobre juntar cacos. Sobre costurar retalhos.
É sobre aquele pôr-do-sol juntos. Sobre o café dos esquecidos.
É sobre o relógio injusto, a vida. Sobre querer ser suicida.
É sobre cumprimentar o delegado. Sobre abraçar o desabrigado.
É sobre rir com o amigo. Sobre ter um abrigo.
É sobre as sobras do sentir. Sobre dançar e tudo fluir.
É apenas sobre viver. Apenas sobreviver.
Anderson Abade
Autor: Emílio Soares da Costa
Fiz-me apenas um sonhador
Pensando coisas realizar.
Sonhos tenho... tenho sonhos...
Gosto mesmo de sonhar.
A luz brilha no horizonte
É lá... bem lá... quero chegar.
Não quero iludir meus sonhos
Gosto mesmo de sonhar.
Vou navegar oceanos
E meus sonhos irei encontrar.
Tenho encantos... tenho sonhos.
Gosto mesmo de sonhar.
Autor: Emílio Soares da Costa
Eternize segundo...minuto... hora.
Eternize dia... mês... ano...
Um século poucos eternizaram.
A vida é eternizar momentos!
Eternize-os com o seu presente.
Faça-os sempre presente.
Vida é ter passado lembrando
E no presente projetar o futuro
Com a altivez de vê-lo presente
Eternizando presente maduro.
O ar limpo que respirávamos -
de julgamentos inexistentes -,
onde só havia uma ligação
de braços unidos como correntes.
O vento suave que soprávamos;
acalentando o que era uma alma pura.
Encontrei-nos em velhos retratos,
onde estávamos à procura
da vida,
com sentido, que compartilhávamos.
****************
HORAS ESTRANHAS E IMPRECISAS
Horas estranhas de obcessão
Horas fictícias
ante o desencontro perpétuo
da rima
Olhar errante do discurso
Hora imprecisa do sonho
Hora virtual do desejo
Hora controversa da condição
Juz a esse silêncio
Juz a esse erotismo
Imprecisas horas da vida
Inquieto olhar da vida
Arlindo António Chiuiane Nhantumbo
Moçambique,Cidade Maputo.
****************
TÉRREO CHÃO
Certo
o caminho ofusca
via ignota e intemporal
Palmeiras
Mafurreira da nossa afirmação
Nada nos perde o encanto
e muito menos a liberdade
Aqui térreo chão
da nossa insuspeita verdade
marejada sim
gritada pois
Bahul
Nhazingue
Ó meus laivos de amor !
Arlindo António Chiuiane Nhantumbo
Moçambique,Cidade Maputo.
*****************
Sandice
EM SUA COMPLETA ESQUISITISSE
FÉ, LOUCURA OU BABAQUICE
HITLER SAIU QUEIMANDO
QUEBRANDO, CEIFANDO, ARRANCANDO...
ODIAMOS HITLER
ACHAMOS O MONSTRO, UM MONSTRO
PORÉM...
QUE DIREMOS DE NÓS MESMOS
RASGANDO, MUTILANDO, ENTERRANDO
QUEIMANDO, CEIFANDO, ARRANCANDO...
TODAS AS ÁRVORES DO MUNDO!
JURAVA HITLER TER UM IDEAL
QUAL SERIA O NOSSO?!...
(Luiz Alberto dos Santos)
*****************
Manto da covardia
SE PAI DO HOMEM ERA CARPINTEIRO
E MARIA MADALENA UMA... SANTA
UMA SANTA PURA E IMACULADA ...
QUEM SÃO OS SENHORES
PARA BAIXAR O CACETE
OU NOS ATIRAR
A PRIMEIRA RAJADA
QUEM SÃO OS SENHORES
PRA ORDENAR A TORTURA
E ACHAR QUE A NOSSA CURA
É NA BASE DA PORRADA
NÃO,
O PAI DO HOMEM NÃO ERA SANTO
NEM TÃO PURA ERA MARIA
MAS ABOMINAVAM TODO PRANTO
DO MANTO DA COVARDIA
(Luiz Alberto dos Santos)
És-me um deus grego
Um Apolo, Hermes, Ares
E enquanto a lira tocares
Sentirei teu doce aconchego
És-me a perfeita escultura
De um Lísipo, um Policleto
E eu, de coração aberto
Sinto toda tua candura
O meu receio, porém
É que possa surgir alguém
Que à tua alma engana
Dessa forma sobrando a mim
Nem estátua de marfim
Nem mesmo cópia romana!
Marina Fülber
De repente percebi uma verdade,
Crua, como salada de tomate,
Não leve na maldade,
Mas "te amo" ou "saudades",
hoje para mim significa:
"Isso tem validade".
Então perdoe-me
Caso eu não demonstre seriedade
Em palavras sem profundidade
Sim, palavras profundas,
Mas que sem atitudes
Não valem nada!
Desculpe minha frieza
Mas hoje, prefiro salada de tomate,
E um pouco de calabresa!
Obrigada.
Rafaela Machado Longo (Malon)
Assopro para o vento voar,
Esfumaçar-se daqui.
Levar coisas que ele trás
Sem eu saber ou que não pedi
Assopro para tirar
Qualquer ar poluído de mim
Assopro para apagar
Vestígios de fogo sem fim
Assopro para inflar
O ar que falta aqui
Assopro para apagar
O que queima dentro de mim
Assopro para continuar
A respirar, enfim!
Rafaela Machado Longo (Malon)
fazer pó no cafezal
hoje, faço cara feia
pra carpir o meu quintal.
André Ricardo Rogério
Arapongas-PR
que, mal findou o velório,
foi correndo atrás do padre
pra fazer outro casório.
André Ricardo Rogério
Arapongas-PR
Eu te fiz um cardápio poético
uma salada de substantivos abstratos
num molho simbolista, mas seu paladar
adversativo aprecia substantivos concretos e de carne bovina.
Eu fiz Justaposição entre nossos sujeitos, mas ela uma crônica recente: Nossa conjunção sob lenções textuais. Ela queria dar no couro (numa metonímia sexual), ser comida, passiva, subordinada e objeto direto.
Mas não fiz onomatopeias selvagens nem hiatos ofegantes. Meu lirismo não come carne parnasiana. Antropofagia
jamais! Ela hiperboliza a sua fome.
Daniel de Almeida Girão
O homem é um trouxa: se apaixona escreve poesia e morre de amor
A mulher é quem é esperta: dá luz ao mundo, ganha joias e mimos caros
O homem é sexo covarde: Tem medo de chorar, do chifre e do rebaixamento.
A mulher é sexo proativo: Faz pilates esteira e mamografia
O homem é uma besta quadrada: E pensa que faz uma mulher de besta Por dar prazer a outra mulher que dar prazer a outro homem besta. Mas a mulher, que não é besta, ao levar do marido tapa no ouvido, põe veneno no café dele antes de sair ao serviço.
Daniel de Almeida Girão
os gatos do passeio público
flertam com as moças
pelas cercas de ferro
não se importam com o movimento
desordenado do transito
com o noticiário político do pais
quase imóveis se oferecem ao carinho anônimo
não planejam nenhum ataque terrorista ao palácio do governador
não organizarão manifestações pela derrubada do presidente
ocupam as ruas em bando
espalhados
pelos muros da cidade.
Flávio Machado
São Paulo fica mais bonita olhada através dos óculos de leitura
pela janela do ônibus
misturando as luzes filtradas pela chuva
com as manchas em movimento
atravessando a noite das avenidas marginais.
Flavio Machado
A VIDA
A vida é sopro que passa
Breve brisa que esvoaça
Como nuvem que se esvai
A vida voa com o vento
como uma gota que cai
E dura um pensamento
A vida passa fugaz
Dias, anos, instantes
Volúveis e inconstantes
A vida é pena indefesa
De leve e frágil pureza
De mil cuidados carente
A vida é o sopro quente
Chamado alma da gente!
O AMOR
O amor
É pena que flui
Na brisa que passa
É corrente, é mordaça
É doce enlevo
Envolve e abraça
Prende e enlaça
Suspiro da alma
Grito de revolta
Em cavalo à solta
Garra afiada
O tudo e o nada
o sim e o não
Numa alvorada
De doce ilusão!
2 poemas de rosalina coelho vaqueiro
Uma faixa diz nada
Mesmo parecendo tudo
Um anúncio compra fácil; te vende
Uma frase, uma palavra; te define
Vagueando a complexidade humana.
Ter-se nos braços embalado pela autodescoberta
Ajuda a reconhecer aquele reflexo estranho no espelho
Que parece se materializar e ganhar vida própria
Tornando-se dois desconhecidos em comum.
Yanka dos Santos Silva
Pouso Alegre-MG
Uma lágrima rola pela face
Pela vida
Pela Humanidade
Pelo Mundo
Por si só
Mas o sol à ferve, devora
Seca!
Não buscou diretos
Acaba, cala, refugiada.
Adormece!
Sem palavra, voz
Apenas consente e se vai
Por que? Sim.
Yanka dos Santos Silva
Pouso Alegre- MG
De dentro do furacão, o mundo parece sim estar de pernas pro ar.
Queria ter isenção o bastante pra discernir ser seguro algum lugar.
De dentro da solidão, tento demarcar longínquos pontos com meu olhar,
pra quem sabe ter noção dos caminhos a seguir quando este caos acabar.
Eu sempre fui norteado pela bússola cética do instinto animal,
seguindo desenfreado a programação genética, um robô afinal,
que, quando foi arrastado pela força frenética deste vendaval,
vacilou entre dois lados: sua pulsão estética e seu freio moral.
Entre a razão e a libido, o que significa em suma fazer suas escolhas?
Entre o risco desmedido e a segurança de uma vida dentro de bolhas,
há ainda a ser vencido um tufão que desarruma e abduz sapos e folhas.
Não queixávamos sequer da solidão, queixa vã; ela era assunto antigo.
Mil grupos no nosso pé, nos falando do amanhã e advertindo do perigo,
mas nós falávamos é da solidão dos românticos, eu sei, meu amigo.
--
Júlio B.
juliob612@gmail.com
A cabeça na terra
não me incomoda
mas...
quando olho pra baixo
dá medo
de cair no céu.
Levindo Último
A tristeza que chega
é folha seca, apenas.
E permanece um tempo
um mesmo tempo
que a esperança leva
pra tornar-se
vento.
Levindo Último.
Plantei uma árvore
Escrevi um livro
Dei à luz a um menino
E muito agradeço!
Quero provar os abacates
Ouvir ressoarem os versos
Abraçar netos e bisnetos
Até o cair da tarde
Porque plantar é só o começo!
Carolina Rieger Massetti
homem de barro
a vida, num sopro
...e do barro se fez o homem...
a + t = b
b + D = h
h + D = V
...e o homem se fez do barro...
num sopro, a vida
barro de homem
terra e água
Destino mórbido
existência frágil
incessante vida
ciclo vital
frágil vida
mórbido vil
destino cíclico
existência incessante
roda viva
roda vida
roda amor.
O poema precisa ser bem lapidado
Pra ser exposto em todas as vias,
Tem que ser apaziguador, equilibrado...
O poema precisa ser bem temperado,
Um pouco molhado, ensolarado...,
Mas não pode provocar escassez...
Sabendo reger pra todos os seus feitores,
Deitará em berço esplêndido e
Deleitar-se-á em vales verdejantes!!!
1.11.14
SURGINDO UM NOVO POEMA!?
Depois de inúmeros questionamentos e reivindicações,
Começa a ser (re) preparado pra atender as expectativas
Apesar de poucas as saídas encontradas,
Tenta-se novas alternativas, novas idéias,
Porém a mesmice e o marasmo de sempre
Infelizmente talvez continue!?...
1.11.14
Jean Carlos Gomes - Volta Redonda - RJ
O poema precisa ser bem lapidado
Pra ser exposto em todas as vias,
Tem que ser apaziguador, equilibrado...
O poema precisa ser bem temperado,
Um pouco molhado, ensolarado...,
Mas não pode provocar escassez...
Sabendo reger pra todos os seus feitores,
Deitará em berço esplêndido e
Deleitar-se-á em vales verdejantes!!!
1.11.14
SURGINDO UM NOVO POEMA!?
Depois de inúmeros questionamentos e reivindicações,
Começa a ser (re) preparado pra atender as expectativas
Apesar de poucas as saídas encontradas,
Tenta-se novas alternativas, novas idéias,
Porém a mesmice e o marasmo de sempre
Infelizmente talvez continue!?...
1.11.14
Jean Carlos Gomes - Volta Redonda - RJ
Quem sabe um dia além da morte,
eu te encontre em outra sorte.
Que a beleza do teu corpo que beijei
e amei tanto e tanto, teu amado beija-flor,
não vá florescer em jardim tão distante,
que teus encantos sejam só para mim
e o amor tão sonhado, desejado,
não seja desse jeito, incomum e sofrido.
Eu vou ficar aqui cantando,
pintado esse quadro que eu quero viver,
guardando no meu peito a flor que continuarei a amar,
mesmo depois que nesta vida eu morrer.
Mario Rezende - Rio de Janeiro - RJ
Você voltou, enfim!
Por que a ausência tão longa? Por veneta?
Deixar de vê-la linda desse jeito foi tão ruim!
Marca logo, de novo, na cama, minha silhueta.
Se eu abria, ansioso, a minha janela
e você, minha rainha da noite,
não entrava, graciosa, por ela,
a solidão me abatia em sofrido açoite.
Desculpe o que eu fiz.
Nem sei o que foi, mas, enfim,
faça-me bem feliz.
Não me deixes mais, assim.
Mario Rezende - Rio de Janeiro - RJ
Maldita assassina de sonhos
Adestradora da liberdade
Detentora dos passos sem rumo
Sempre lapidando o medo defronte ao rosto em chamas
Mantendo arregalados os olhos foscos
Arrancaste até o brilho dos olhares?
Difamadora do desejo, ó, funesta mãe da ansiedade
Ladra da vontade de se molhar na chuva
Todos ali, quietinhos na caixa fechada chamada casa
Engavetados, um a um no padrão do perfeito
Espiã das humanidades
Inescrupulosa crítica dos risos sem motivo
Apontadora de dedos para o ócio que cria
Feitora do sempre igual
Há dias, o coração
andava inquieto
como uma ave
que se revolta,
ele se debatia
contra as grades da gaiola.
Feriu-se,
sangrou,
mas, aquietou-se,
já não havia pra onde fugir.
Há dias, o coração
andava enlutado
como uma ave
que se acomoda
ele se acomodou
no fundo do peito,
emudeceu,
entristeceu,
mas, se conformou,
já não havia porque existir.
Há dias, o coração
parou de lutar
como uma ave
que se acostuma
ele se entregou
enfim...
Lin Quintino
"O Anel Naquele Dedo Já Nao Tinha Mais Valor...
Naquele momento de Dor...
Estava Longe De Casa Nao Seria Fácil..
Onde Esta A Rainha De Seu Palácio?.
Cansado Da Viagem Sentia Fome...
Por Faze la Sofrer ,Já Nao Se Sentia Um Homem...
Deitou Debaixo De Uma Arvore Estava Sozinho...
Mas Ficar Parado Nao Ajudaria Em Seu Caminho...
Precisava Planejar Uma Meta...
Talvez A Felicidade, Esteja Naquela Reta...
Encontra uma Cabana Daria Um Telefonema?.
Atender Lhe Agora Seria O Maior Dilema..
Telefone Chama Tres Vezes...
Coração Começa a Palpitar...
Ansioso Pela Resposta Se Poderia Voltar...
Ao Ouvir A Afirmativa Seus Olhos Ficaram Úmidos...
Como Uma Poça Rasa...
Enfim Voltaria Pra Casa...
Aliviado Admira As Paisagens,Praças e Seus Bancos..
Sonhando Com Sua Menina De Cabelos Brancos...
Chegando Em Casa, Ela Lhe Espera Na Porta Em Pé...
Com Um Bolo E Um Café...
Ela Lhe Dá Um Beijo Doce Suas Noites Nao Serão Mais Frias...
A Promessa ??...
Até Nossos Últimos Dias..."
Jeu Naama Da Silva.
"Um Dia Ele Acordará E Verá Que Seus Olhos Ja Estao Cansados...
Os Cabelos Embranquecidos, Irá Lembrar De Tudo Que Tinham Vivido..
E Os Poemas Que Tinha Escrevido..
Lembrará Também De Quando Ela Estava Partindo...
Olhando Nos Seus Olhos E Sorrindo...
Lembrará Também Do Seu Aniversário De 35 Anos..
E Seus Planos..
Lembrará Também De Seu Casamento , Ela Sorrindo..
E Ele Se Escondendo..
Lembrará Também Do Dia Que Ela Fechou Os Olhos..;
Para Nunca Mais Acordar...
Lembrará Que O Caminho Mais Fácil, Era Desabafar...
As Vezes ELe Queria Gritar ,Por Todas As Ruas...
E Até De Cima Dos Telhados, Na Esperança Que Talvez..
Ela O Escutasse...
Porém Ele Optou, Por Deixar Os Pombos Dormir Em Paz..
Enfim...
O Tempo Passou E Ele A Amou Baixinho."
Jeú Naamã Da Silva
Em meio a festas, badalos
Ao grito impuro da babilônia
Corpos nus, anjos safados
A única divindade são os corpos deturpados
Sobre as cinzas
Dançam corpos
Movidos por bebidas
Que se enroscam, sem ar
Apenas para satisfazer o vulgar
Sao réus de demônios internos
Que se escondem em seus sorrisos ternos
Com corpos coabitados pelo mal
Esses pobres coitados, mal sabem
Que estão a caminho do final
Rodrigo Noronha Silva
rodrigonoronhasilva@hotmail.com
Num quarto florido
Com um cobertor colorido
Deitada na cama
Com seu pai que a ama
Sorria e dizia logo no fim
-olha papai
a lua sorrindo pra mim
Espada na mão
Montando um dragão
Olhava pra rua
São Jorge e a lua
Sorria e dizia logo no fim
-olha São Jorge
a pequena sorrindo pra mim
Rodrigo Noronha Silva
rodrigonoronhasilva@hotmail.com
*******************
Dentro De Um Poema
Dentro de um poema
Existe um mar de emoções
Molhando uma folha qualquer
Meu poema é meu coração
Conforme ele palpita
De caneta na mão
********************************
O Romantismo
Montei-me no meu alazão
Terno e gravata
O Buquê na mão
Sim,é naquela janela onde se encontra minha paixão
Vou recitar meu poema
Conquistar seu coração
Wesley Jose Rodrigues Pio
Não que eu seja exigente,
Não que eu seja simples.
Não que eu seja aberto,
Não que eu seja fechado.
Não que eu seja omisso,
Não que eu seja presente.
Mas me diga ai:
tens certeza de duvidar,
ou vai escurecer para clarear?
Então é esperar para adiantar
e abrir para fechar.
Resumindo, com certeza
Sei lá, entende?
Mateus Araujo
Todas as manhãs
Os raios de sol
Parindo alegria,
Abrem as entranhas,
Dão à luz ao novo dia!
(Poetisa Cléo Alves)
Orlândia - SP
Para achar felicidade,
o mais seguro caminho
não possui facilidade
e se percorre sozinho.
(Edweine Loureiro - Saitama/JP)
Era tempo de Natal
E ele chegou.
Entrou de mansinho
Cheio de ternura.
Envolveu todo meu ser
E me presenteou
Com sua intensa presença.
Pelos cantos da casa
Alegria espalhou
Gostoso cheiro de amor exalou
E não mais voltou.
(Laila de Mauro)
No coração do Brasil
Todo ano é igual
Queima por todo lado
O cerrado da capital.
Com fauna e flora
Na seca a padecer
Grita por socorro
Muita gente a sofrer.
(Laila de Mauro)
A verdade nas lágrimas de cristal
da madrugada
Tua alma despida
nas folhas caídas
teu olhar
o cinzento que antecipa o novo dia
Teus lábios gelados e gretados
Silenciosos já sem vida
Fecho os olhos e o vento atravessa a minha alma
Como uma lança de morfina
Penetra nos meus poros
Percorre a minha espinha
O adeus inevitável
Breve despedida
Zeca Castro
Quarenta anos passaram E o velho ainda chorava
Seu choro já não tinha lágrimas
Mas sua alma gritava
Pela sua adorada mulher Tão nova
Que a Morte Também amara
O velho era mais que velho
Depois de tanta amargura
Já nem se veem seus olhos E mal se segura
Sua força Na revolta Que já ninguém atura
Da janela do seu quarto Ainda brama aos céus Por justiça
Que sua mulher lhe seja Devolvida
e que a Morte não lhe roube mais
o que era seu em vida
Zeca Castro
Não havia gaivotas,
Nem mesmo o som do mar,
Só a cidade barulhenta
E nós dois a caminhar.
Sempre sonhei com essa cena:
Mar, sol, beijos apaixonados.
Depois a despedida, nem tão triste,
Dos já sabidos ex-namorados.
Explico: Ex-namorados de praia,
Daqueles que nos tiram os pés da terra.
Mas deixamos, sem remorsos, por fim
Depois que subimos a serra.
Depois de deixar a adolescência para trás
- Ah, quantos anos isso faz... -
Eis que uma noite quente se ilumina
Numa paixão sem medo, mas fugaz.
Queria tanto te ver outra vez...
Beber a água da paixão,
Mergulhar no mar dos seus olhos
E morrer na eternidade daquele provisório amor de verão.
(Juliana Maria Luccas Duarte Eigenheer)
Eu, Andorinha Sinhá
Volúvel
Inquieta
Ele, Gato Malhado
Malandro
Danado
Gato bandido
Roubou meu sossego
Num dia ronrona
(Me deixa tão boba!)
No outro se esconde
(Saberá Deus onde?)
Tão próprio dos gatos
O sumiço na noite...
Meu amado Jorge
Estava bem certo
Ao dar fim ao romance
Dos dois animais
Porém nossa história
Não é ficção
O fim não se sabe
A vida é tão breve
O mundo é tão grande
(E só por hoje um sorriso felino
preenche meu coração de passarinho)
Juliana Maria Luccas Duarte Eigenheer
O mundo é um poema
Escrito com uma pena
De um pássaro chamado amor
Que rima em cada verso
Escrito no universo
Pelas mãos do criador
Poesia que não se aquieta
Na alma fazendo festa
É Deus o grande poeta
(Poetisa Cléo Alves)
Orlândia - SP
O Encontro
(Marlin Balbuena Bremm)
Desejando me conhecer
marquei um encontro comigo.
Fiz uma viagem surpreendente
por dentro do meu ambiente.
Com a boca escancarada
fiz da língua a minha estrada,
um tanto silenciosa...
Passei pelo portal da garganta
levando a maleta dos sonhos.
Mergulhei em meu interior,
e em cada parte do meu eu
procurei me compreender.
Abri a maleta dos sonhos
e deixei tudo de bom
acontecer.
**************
Kielce
Expectativa do encontro,
na cidade de Henryk Sienkiewicz.
Igrejas antigas
e belos parques
criaram uma atmosfera serena.
Pouco a pouco,
a conversa com Grzegorz,
foi criando uma sensação de proximidade.
Detalhes de cordialidade sutis.
A empatia nascida espontaneamente
Não, não era apenas a biologia
que nos unia.
Fui à Kielce para conhecer meu primo
e voltei para Varsóvia,
convicto de nossa amizade
Rodrigo Lychowski
*************
João Pessoa
Conhecemos os milhares de paraibanos que trabalham no Rio
Mas nas férias para o Nordeste,
João Pessoa é pouca procurada.
Com poucas horas livres,
caminhei rapidamente ao centro histórico.
Almejava, avidamente,
sentir a sua atmosfera
Ao avistar as igrejas,
o deslumbramento foi imediato
Senti-me como se estivesse,
no Brasil de séculos atrás
Voltei para o Rio,
com aquela indagação sem resposta,
Mas também com a certeza
de que retornaria àquela pérola nordestina
Rodrigo Lychowski
Do nada, se de teu olhar cair uma lágrima
E molhar a tua linda face:
Não busques entender!
E, se porventura, sem você se aperceber,
Lágrimas caírem em enxurrada,
E salgarem o teu sorriso,
Numa triste madrugada:
Não busques compreender!
Acredites, ó tristeza:
É o teu saudoso coração,
Choroso de solidão,
Com desejos de me ver!
De: Raniery Dantas de Abrantes
ranieryabrantes@yahoo.com.br
Taí porque sempre preferí ser antiquado. Melhor ter um ataque cardíaco de avidez a desfalecer de frigidez.
Não dá para deixar tudo nas mãos do destino. Ele é eterno, nós não. Meu tempo é curto, é agora. Nâo dá pra esperar.
Ele baralha as cartas, corta e distribui, mas é a gente quem joga.
E se as minhas cartas não forem boas, blefo mesmo. Espero que você peça truco; peço seis.
Posso perder o jogo, mas arrisco toda vez.
Victor de Castro Teixeira Bemfica
vctbem@gmail.com
(Marlin Balbuena Bremm)
Tenho em mim
um sonho atleta
que de madrugada
corre apressado
um tanto ávido
e vai ao sonho de encontro...
juntos fazem treinamento
correndo nus pelo tempo.
E vão curtir o arrebol...
lendo leminski
durmo drummond
acordo pessoa
de boa
Com meu velho par de chinelos
sigo envolto pelas joias mais caras,
nem assim tão raras,
mas com todos os brilhos,
pois levo comigo
os abraços dos filhos
e uma mulher cheirando a camomila
no café da manhã.
Denivaldo Piaia
lendo leminski
durmo drummond
acordo pessoa
de boa
Denivaldo Piaia
************
Quando se apaixona
Velar os olhos
de quem ama
e emudecer
no instante
que observa,
o brilho latente
que ainda preserva,
quando
ao encontro dos seus
se revela.
Signos
Épocas difíceis,
Tempos intermitentes,
Vozes vazias,
Inocentes.
No espaço ambíguo
Equivalente,
Deponho pensamentos sinuosos,
Incoerentes.
Vida pluralmente singular,
Onipresente,
Daquela incessante nostalgia
Adormecente,
Que faz do lixo mental
Arte inconfidente.
ambos poemas de Magda Duarte
As emoções vem e vão
Às vezes quero voar
Mas tenho os pés no chão
Às vezes quero sumir
Estar em outra dimensão
Às vezes não quero falar
Mas tudo é uma relação
Vou sorrir e calar
Aguardar o furacão
Toda a tempestade passa
Nem sempre vem redenção
A vida não é perfeita
Por isso a lição
Equilíbrio só às vezes
O bom mesmo é emoção
Sabrina Dalbelo
Intrigante memória
Que dos traços de eras
Deu a luz ao que o homem vê
Assombroso!
Minha imagem curvada
A respiração amarrada: cordas duras
Os traços de rugas: folhas secas
Articulações rangendo: portas frias
Nasci velha
Antiga, sábia e vivida
Ao trair o transe, abri os olhos
Percebi-me nova
Não renovada
Sou eu: as lembranças do mundo
...que o mundo não vê
Sabrina Dalbelo
A poesia do dia
Amanhece cedo
Ergue as cortinas e
Toma sol na calçada
Acorda numa revoada
De sanhaços ao vento
Porque a poesia é sonora
Ela nasce en-cantada
Só os incautos ouvem
A poesia do dia...
Distraídos que estão
Do seu diário ganha pão
Cris Dakinis
E os eletrônicos desnecessários?
Esses que se hospedam
no espaço nosso de cada dia...
Eu me distraio,
lembrando o passado
e ignorando o futuro
E que o presente seja
reincidir a poesia
enquanto não anoitece
E por isso, todos os hojes são meus
E por isso, eu morro todo dia...
Cris Dakinis
nos olhos
nada de mim:
apenas sonho(s)
Valquíria Cardarelli
email: kika.cardarelli@yahoo.com.br
eu espero
o dia
tensa
observando a aranha
toda negra
deslizando
eterna
na teia
Valquíria Cardarelli
kika.cardarelli@yahoo.com.br
******************
Tempo
Existirá um momento
Em que nada será como antes,
O passado belo e fértil
Será um presente estéril
E o momento vivido
Talvez deixe confusão
E seguiremos num futuro sem emoção.
Mas assim que despontar a alegria
É preciso acenar
Para ela não escapar da vida,
Dando sentido ao tempo pulsante.
Razão e Emoção
A mente e as mãos
Têm o poder das revoluções
Que são tão técnicas, práticas
E cheias de guerras;
E o corpo comporta a glória
Ou discórdia popular por tanta razão.
E quanto ao coração?
Este produz matéria nobre:
A paz e soluções já esquecidas...
Tudo por vezes longe...
Mas e se construíssem uma ponte
De união entre a razão e a emoção?
Ah! Aí sim seria possível amar a vida.
ambos poemas de Gabriela Claudino
--INSCRIÇÃO ENCERRADA --
NÃO HÁ COMO DEIXAR POEMAS NO COMENTÁRIO