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Concurso Cardápio Poético - mês MAIO - Inscrição Aberta

A Ed. Costelas Felinas e o Clube de Poetas do Litoral em parceria realizam o concurso Cardápio Poético.

O concurso é aberto a todos os interessados do Brasil ou do exterior (desde que escritos em língua portuguesa).

NÃO HÁ TAXA DE INSCRIÇÃO - 

INSCREVA SEU POEMA PARA O MÊS DE MAIO/2014




maiores informações: cacbvv@gmail.com


COMO FUNCIONA:  
O concurso inicia em  novembro  de 2013 e termina em novembro de 2014 -

SELEÇÃO: 
Serão escolhidos 02 poemas por mês - O poeta selecionado poderá participar quantas vezes quiser durante o ano.
Ao todo serão selecionados 24 poemas (02 por mês) - o júri será composto pelos integrantes do Clube de Poetas do Litoral (CPL).

INSCRIÇÃO ENCERRADA - 

CONFIRA O RESULTADO  clique


PREMIAÇÃO: 


No fim do ano de 2014, já com todos os poetas participantes selecionados, a ed. Costelas Felinas editará a ANTOLOGIA CARDÁPIO POÉTICO e cada poeta selecionado receberá sem custo nenhum 05 exemplares da antologia.

COMO PARTICIPAR:  ATENÇÃO

TEMA E ESTILO: LIVRES
  • cada poeta poderá participar até com 02 poemas
  • o poema deverá ter no máximo 15 linhas/versos - 
  • NÃO USAR PSEUDÔNIMO - (somente nome verdadeiro ou literário)
  • caso contrário será desclassificado pelos jurados.
  • deixe seu poema como comentário logo abaixo - inscrição até dia 25/05/2014.
ATENÇÃO: - seu poema só será postado depois de aprovado. Confira sua participação olhando mais tarde seu poema no comentário. 

Comentários

André Foltran disse…
MAIO

Nobre dama na janela
me observa de soslaio.
Quem é ela? Quem é ela

na janela? É Maio! é Maio!
Ai, meu Deus, e como é bela!
Dela sou pobre lacaio...

Ai, que boca! a boca dela
mata mais que tiro, raio...
Nesse abismo eu caio, eu caio!

Quero amar somente ela!
Pois que tudo antes de Maio
foi passado, mero ensaio...

(André Foltran)
André Foltran disse…
DOIS ABYSMOS

Um abysmo
dentro de outro
— eu & você

(André Foltran)
Unknown disse…
Autor:Marcelo Luiz de Freitas
Poema: Mundo Cão

Arma na mão
Bala no peito
Dentes no chão
Não há mais jeito?

http://oquintolho.blogspot.com.br
Unknown disse…
Autor:Marcelo Luiz de Freitas
Poema: Conectividade

ipobre
inão pode
ipad
inão dá
ifudeu

http://oquintolho.blogspot.com.br
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
********************

Canguru assim

Pula
Pula
Pula

Mais
Mais
Mais

Deixa a Austrália viver em paz
Deixa o mundo ser liberto novamente
Deixa o tempo aborígene ser demais!

******************************
Panda: protesto pela beleza em vida

Preto no branco
Branco no preto

Bambu em todos os cantos
Canto e encanto com esta beleza rara

Preto no zoo
Branco no zoo

Por que tanto descaso com o natural
Por que somente isto e nada mais é maioral?

Sem caça
Sem dor
Sem panda morto

Cem mil vidas salvas
cem mil vidas preto no branco
Cem mil vidas em paz

China a beleza rara que tem na sua cidade
Um dia pode virar cinzas e namquim sem vida.

Roberth Fabris
Juventude

Que vergonha reconheço
Nos mundo loucuras acontecem,
Jovens atirando palavras
Agredindo sem lamento
Atos de devaneios afrontam
Tudo o que vem de outrora
O que é velho nasceu ontem
O que é bom nasceu agora
Acordo com meus critérios
Para mim modernos e atuais
E vejo que devo ir embora
Virei passado transparente
Orelhas se fecham indiferentes
Mas se abrirão ao passado
Questão de tempo, não demora.
(Valquiria Imperiano)
Unknown disse…
(TEU SILÊNCIO)

Teu silêncio é gritante!
Poderia silenciar, mais baixo?
Tens, um silêncio que grita demais...
Cala teu silêncio, me deixa falar!
Teu silêncio parece o sino da igreja, é alarmante!
Silenciosamente, fala fala, e não diz nada!
Cala teu silêncio de uma vez.
Ah... Meu amor! Teu silêncio fala demais...
Prefiro o som de sua voz zangada.

Autora: (Cléo Alves)
Unknown disse…
(O SONHO E A BORBOLETA)

A borboleta
deu suas asas
ao sonho.

O sonho
deu o sono
a borboleta.

A borboleta
recebeu o sono
e sonhou...

O sonho
recebeu as asas
e voou...

Eu acordei lentamente!

Autora: (Cléo Alves)
geraldo trombin disse…
ROTA DE FUGA

Quando os sentimentos
Falam mais alto,
Fogem-me as palavras;
Quando as palavras
Ganham no grito,
Fogem-me os sentimentos.

Sou rota de fuga!

(geraldo trombin)
geraldo trombin disse…
ENTRESSAFRA

Eu nunca soube entender as entrelinhas,
Valorizar o entre aspas.
Eu nunca soube aproveitar os entrementes,
Digerir os entrenós.
Eu nunca soube por que a vida
Sempre escapa por entre os dedos.

(geraldo trombin)
MACUNAIMAICAI
*
Sacrifício algum,
vale prazer mais intenso
que matar o tempo.
*
Antonio Cabral Filho - Rj
SARRO - POEMA PIADA
*
Meus sonhos de 68
acabaram em 69,
nas areias de Ipanema,
com uma loura bem suada...
*
Antonio Cabral Filho - Rj
Timóteo Pernas disse…
Alma não tens razão!
Porque queres morrer?
Corpo que teimas em dizer a verdade.
E, foges à razão?
Ainda não te enquadraste num destino?
Porque ainda não é chegada a tua hora!
E a saída vais ter que ser tu a esquadrinha-la.

Janelas que vêm do oriente
Trazem com elas a esperança,
Que oriente, Soldado morto,
Numa guerra que não tem paz.
Timóteo Pernas disse…
Mãos cor de terra
Sonhos cor de mar,
Céu que voa no infinito
E pernoita no labirinto,
Onde se esconde o sol?
E lembra a lua...
Porque os céus, dançam no negro da paixão.

Em qual espírito
Onde há respeito pela alma.
Repouso eterno,
Porque a hora é já chegada
E o espírito está maduro.
pesnochão disse…
NOVA SOCIEDADE

Nos braços tem rolex
nas mentes tem estress
trabalha loucamente
esquece os parentes

bebe rivotril
receitado pelo médico
patético

sexta nas festas
diz que pode e que merece
no sábado padece

No domingo vai à igreja
pedir piedade
esse é o roteiro
da nova sociedade!

Rangel Souza
pesnochão disse…
O SUCESSO NA NATUREZA

O sucesso é como uma árvore

Onde...

Os sonhos são as sementes
parados em nossas mentes,
A ação a plantação
Depois a germinação

Vem o desenvolvimento
com lutas para o crescimento

Por fim a colheita,
delicia de frutos
sendo feita. . .

Rangel Souza
Unknown disse…
Intrínseco

Desejo ser uma parte integrante de mim,
Uma espécie de junção daquilo que fui com o que sou,
Ou apenas a integração das migalhas que me restaram
Com os pedaços que foram ficando pelo caminho.
Nostalgia de ser uma, única, inteira...
Esse dispêndio que me carrega, arrasta, habita intrínseco.
Não me sinto em parte alguma, já não sei se me perdi
Não sei o que está aqui...eu sou,
Somente isso que me permito ter conhecimento.
Às vezes me limito à insignificância de existir,
Não sei se a vitalidade do motivo de viver
Foi ficando com os rastros pelo caminho,
Ou se arrasto junto à dor de me ser.

Edinéia Machado
h disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse…
Triste

Triste folha seca
caída ao chão...

Triste alma seca
à mercê dos ventos;
foi-se e não a viste,
nem verde nem triste.

(Aparecida Gianello)
Anônimo disse…
Flor dolente

A singrar por martírios de incertezas,
vivo da espera de uma primavera;
à procura de uma luz, que inda acesa,
sou vento em fuga, sou fúria, quimera...

Minh'alma ruge qual bicho ferino;
quão pesaroso é o domínio de mim!
Sigo sem prumo a somar desatinos,
ora sou anjo ora sou arlequim.

Apáticos se esvaem, tolos planos
de escapar ileso desse meu vício.
De tudo tentei... da fé ao suplício.

Que se abreviem, pois, meus tristes anos!
E do pó, que outrora me detivera,
ecluda, enfim, essa tal primavera.

(Aparecida Gianello)
PARA O MÊS DE MAIO


DEISE

10
Dez
Deis
Deise

Deise
Deis
Dei
Dê!

Deise
ou
Deusa?

Dei-me
Dei-te
Deu-me

Deise
MPadilha disse…
Mitos da Alma

Todos empoeirados
Displicentemente aflitos
Os velhos discos na estante da sala

Um túnel do tempo
Delírios, olhares
Antigos luares no som

Fumaças que trazem cigarros
Meninas, violas, esquinas
Numa só canção

Todos amarelados
Bossa Nova, Beatles
Todos velhos discos na estante da sala


Todos empoeirados
Bem ali, meio aflitos
Todos velhos mitos na estante da alma


Mariângela Padilha (Me Morte)
MPadilha disse…
Subscrevo, Poesia


Eu sou o mar,
O espelho das estrelas
Refletindo um céu azul num verde mar.

Eu sou o ar,
O respiro do universo,
Mero reflexo, tão diverso desse ar.

Sou melodia,
O encanto das sereias
E na areia enfeitiço noite e dia.

Nasci e fui criado
De versos brancos ou metrificados,
Tão discreto e violento, vou calado.


No abstrato, sou humano
Como retrato instantâneo,
Fora do contemporâneo, sou insano.


Eu sou amor,
Já fui paixão, ódio, furor,
Por vezes, ilusão e dor.


Sou amizade,
Fiel no amor e na necessidade,
Num futuro próximo, talvez, saudade.


Sou ventania,
Um marginal, um servo, um guia,
Brisa leve ou vendaval...

E subscrevo,
Poesia.


Mariângela Padilha (Me Morte)
QUARTA-FEIRA, 30 DE ABRIL DE 2014
A BOMBA ORGÍACA
Um dia a bomba sorriu

bem longe, estelar,

e só os pássaros sentiram

a morte que assobiava

no ventre da bomba em bis,

e na mesa X sorria

uma bunda em carne viva

às glórias do Capital

e na mesa Z brandiam

as virtudes, coisa e tal,

e ao longe a bomba vinha

de bico que afunilava

como punhal na farinha,

enquanto

na mesa X se planejava

o lucro com desemprego

e na Y vomitavam

dialões, analões e mensalões,

no dia em que a bomba alada

em seu mergulho caia

para o instante de seu gozo

na fenda da mesa falha,

e nesta se misturaram

bêbados da mesa Y

cantando o hino da Z,

embalando o deixa disso,

e a bomba já nas telhas

ainda não sabia

que logo reuniria

X, Y E Z,

numa só orgia ativa
Anônimo disse…
RECONSTRUÇÃO

Hoje quero me aquecer
Esquentar a alma e permitir
Que a quietude venha
E faça morada em mim

Vou derreter o meu ser
Recomeçar sem pudor
Reconstruir o coração
Com um bom café, por favor!

Lorena Guimarães
Anônimo disse…
Coerência Ilógica

A cor do infinito
Que dos teus olhos sai
Mostra o que nunca tive
O teu amor e minha paz

Lorena Guimarães
Unknown disse…
Quimioterapia

O desembaraço dos teus cabelos Emergira da vaidade aos apelos
À cada fio caído, que se unia entre os espaços dos azulejos

Os lábios secos, o olhar turvo
O enfaro intrínseco,o penar mútuo
Só não mais perverso
Que o amanhã incerto

Mas o âmago não enfraquece
Não resseca, nem se enfurece
Ergue a cabeça se o corpo padece
A beleza da existência
É existir para quem merece

E toda ferida
curada e ainda sentida
é o corpo de delito,
da luta pela vida

Raphael Alves
DOMINGO, 4 DE MAIO DE 2014
AFOGADO DE FINGIR
Ilusão
Me serviram ilusão com muito sal
Pressão alta nas asas
Caí sobre o mar
Mais sal sobre as têmporas
Ilusão
Não caí
Apenas pensei
E quase morri afogado
Ricardo disse…
Faltam-me Leitores.

ao descer o morro...
uma folha verde -
primavera do bambu

Diz no interfone... onde está a sua chave,
já vi o tapete pra limpar meus pés,
álcool gel pras minhas mãos eu limpar,
luz pra subir escada, até você,
um olhar por entre as suas cortinas,
cheiro de comida mineira, e tenho,
apenas, uns quatro bambus às mãos,
uma rede de pesca e um livro,
de artista e ainda faltam-me leitores.

um vento bate,
em meus cabelos...
frio leve de outono

Versos de Ricardo Rutigliano Roque.
Unknown disse…
autor: rosa ramos
Pele

Tenho a pele grossa, dada a muros
e unhas duras, para a defesa,
mas os sentimentos estão todos desaguados
como correnteza.
É esta a contradição que me dana,
penso às vezes que não sou humana.
Unknown disse…
autor: rosa ramos
Mar-cavalo
a Jorge de Lima

'Era um cavalo todo feito em chamas'
a manhã marinha e confundida,
um celacanto vindo do mar
e tornado outro, pelo e crina.

'Éguas vieram, à tarde, perseguidas'
fêmeas inspirações de deitar as camas
um canto subindo da garganta
e tornadas outras palavras tantas.
Unknown disse…
A VIDA

Segue a vida
Num turbilhão de emoções
Que vêm e vão
Como lindas e tristes canções
Sem uma razão definida.

Mas que graça teria
A vida da gente
Se fosse constante calmaria?
(Laila de Mauro)
Anônimo disse…
horário de verão


não se recupera
o tempo perdido
atrasando-se os relógios


Flávio Machado
Anônimo disse…
anotações


o nevoeiro espalha pelo passeio público
acendem-se
os faróis dos automóveis
e as luzes de mercúrio
a estátua acena para a multidão.

Flávio Machado
Cristina Cacossi disse…
MENTE
Não vazia, sombria
nem parada, sem nada

Não tumultuosa, medrosa
nem indisciplinada ou atordoada

Tampouco frustrada, desencontrada
nem desiludida, sem vida

Menos ignorante, distante
nem poluída ou retraída

Talvez anuviada,não acabrunhada
nunca analfabeta, sem meta

Mais ativa, criativa
aberta, alerta

Somente boa mente
que entende mente de gente.
Basilina disse…
SEM DEFINIÇÃO

Agora deram pra definir poesia!
Assim mesmo: como se define o outro lado da luz.
Ou por outra:
tem muita gente querendo descascar a flor
para dizer o que a poesia não é.
Confesso a vocês que não sei
e nem quero desapontar o vaga-lume
que faz a corte a uma estrela.
Se o galo cantar na minha memória
e a sua quina me levar até a infância,
saberei que qualquer tempo é hoje
e nenhum lugar é longe,
se for possível chegar até lá.

Basilina Pereira
Basilina disse…
BENESSE
Estas /poucas /palavras /e a chave do mar. Fernando Moreira Salles.

Um dia encontrei a chave do mar.
Assim,
como um legado embutido em palavras,
numa embalagem translúcida e bela
que beirava o pó do cristal.
Desde então,
esqueço de que todo instante é uma miragem
e acredito em milagres:
aqueles que invento nos meus sonhos.

Basilina Pereira

Unknown disse…
Poema animal

Não tenho gato, tenho problemas,
Não sou afetiva, sou estranha, esquiva.
Não tenho cão, tenho problemas:
Ser não afetivo, não morro, vivo.
Não tenho gato, nem cachorro,
Não tenho quintal.
O gato foge, o cão fiel, fica.

Não sou fiel, vou embora
Deixo gato, deixo cachorro que não tenho.
Na madrugada, olhos brilhantes me arrepiam. Os sons da noite me sufocam,
Os latidos me assustam.
Tenho medo
Não sei se me escondo ou se corro.
Tenho problema:
Não tenho gato, nem cachorro.

Lucimar Rodrigues



Paixão

Te gosto tanto
que às vezes chega a ser pranto
este canto meu!
Te quero tanto
que meu desencanto
se encanta nos braços teus.
Te sublimo tanto,
que num instante tudo se perde,
e, um tanto desencontrado
este poema tão irreal
se torna fantasia.
Só.
Simples desabafo de uma paixão,
paixão tão arredia.

Lucimar Rodrigues











J.R. Lima disse…
PLENO

atravesso este sertão,
solitude inevitável,
em busca do não ser tão
nem tanto

apenas ser

a penas, ser

a pé, nascer.

(J.R. Lima)
J.R. Lima disse…
SOMENTE

Eu não minto,
apenas invento
o que sinto.

ah este vento
só na mente
sopra o momento.

não, eu não minto!
o que invento
é o que sinto.

(J.R. Lima)
O TEMPO DAS FORMIGAS
O Tempo.

Suas formigas fazem a dança das folhas.

Um dia tu, Mulher,
Dançarás no fogo
Com a pele fresca?

E as formigas ainda farão
As danças das folhas.

Por que eu quero abrir-te os olhos
Se recendes a charuto e burca?

Por que, por que,
Se estás feliz assim
E as formigas não param de marcar?
h disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse…
Fôlego

Ás...
...vezes
é preciso retomar o fôlego
o gozo, o zelo em seu profundo âmago...
Será possível? Será...?

As palavras...
Ficam
presas no coração
e o peso nos abate...
Falta fôlego.
Falta...
...ar.

(Rafaella Bomfim)
Victor disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Victor disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Saulo Costa disse…

O que lhe inspira e que eu sei




A arte é viva, tudo é música, é um poema, é uma magia
É a conversão de uma tristeza em alegria

As estrelas surgem e derramam sua ira, a noite invade e lhe oferece a dor que inspira

O estranhar é transformar em fotografia, a simplicidade que esconde o dia-a-dia

A harmonia, das tuas mãos com um violão faz poesia. É cortesia, um ser humano produzir melancolia

A tua alma já sofria, e absorve o saber que te desvia, é trilhar enquanto faz sabedoria

Somos todos vítimas de um grande mal, o mal que aflora esse teu dom espiritual
Escrever e fotografar é um sinal, que imortaliza o sentimento que outrora foi banal

Uma produção irracional, não sou quem faz, eu sou um meio e um final



Saulo Costa
Cláudio Bento disse…
PINDORAMA

Precisamos
Descobrir o Brasil

Ouvir Pixinguinha
Escutar Villa-Lobos

Falar tupi
E arrotar guarani

Cláudio Bento

GRUPO ESCOLAR

Bebia a sombra gorda da mangueira
Naquelas tardes de sol e preguiça

A rua ardia de calor
Andorinhas vinham
Pousar no fio do poste

Ao longe
O rio ruminava águas e mágoas

Na sala de aula a professora
Versejava
A matemática mormente dos números

E eu longe
Mastigando as palavras dos poemas

Cláudio Bento
Anônimo disse…
águas do rio
de janeiro
águas do rio
são as águas
do braço
de mar
ço abril

(Isi de Paula)
Anônimo disse…
Essa mulher no espelho,
não sei de onde ela veio.
Mas me olha assim, ao inverso,
com esse olhar de reflexo
- reflito enquanto me penteio.

(Isi de Paula)
crist disse…
Sou...


Sou,

Mas não fui

Antes de ser...

Deveras,

Fui sonhado!


Cristiano Vieira
crist disse…
Quer entrar na minha vida?
Caminho livre.
Quer sair da minha vida?
Caminho livre.

Não quer entrar...
Não quer sair...
Por favor,
Não fique no caminho!

Cristiano Vieira
Diego Santana disse…
Diego de Souza Santana
São José dos Campos SP

A Cigana e a Lua

Esta é a história de uma cigana
Que chorando fez um pedido à lua crescente.
Que encontrasse um cigano que dissesse que a ama.
Fiel, honesto e obediente.

"Você terá o seu homem de seu modo exigente"
Disse a lua crescente em seu firmamento
"Mas em troca eu quero o primeiro filho de presente
Como uma forma de pagamento.
Porque aquela que sacrifica sua própria semente
Para que não fique sem casamento
Não parece amá-lo verdadeiramente”

A lua, uma boa mãe quer ser.
Mas não encontra um amor verdadeiro.
Diga-me lua de prata o que pretende fazer,
Com uma criança de outro herdeiro?

De um pai com a pele da cor de canela
Nasceu um menino.
Branco como uma vela.
Olhos cinzentos e couro albino.

"Maldita a sua aparência
Esse não é um filho de um cigano,
Ele não é de minha condescendência
Só pode ser um engano"

Pensando ter sido desonrado
O cigano foi até sua esposa, armado.
:
"Quem é o pai deste menino?
Você me enganou!"
E ele a feriu cerrando este destino.
E então ele foi até o bosque e o pequenino abandonou.

E nas noites em que a lua está cheia brilhante,
É porque a criança está de bom humor.
E quando a criança chora a lua se faz minguante,
Para fazer um berço ao seu pequeno amor.
Diego Santana disse…
Diego de Souza Santana
São José dos Campos SP

Lembranças Do Subconsciente

Liberte sua mente.
Cure as cicatrizes.
Levante-se e siga em frente.
Desprenda-se de suas raízes.

Nada ficará perdido para sempre.
Memórias ficarão
E encontrarão seu próprio caminho.
O que foi, voltará.
Mesmo estando sozinho.

Faça esquecer e perdoar.
Seja a mudança que você quer
Que aconteça.
Arrisque-se sem pensar.
Não espere que o dia amanheça.

Nada ficará esquecido para sempre.
Suas atitudes viverão
E assim viverás eternamente.
O que foi não voltará.
Mas ficará guardado no subconsciente.

Unknown disse…
É hora de...

Viajar, resolver aquele velho problema
Tocar, dormir de conchinha
Recomeçar, sentir
Estudar
Comer chocolate sem arrependimento
Doar aquelas tralhas e roupas que você não usa para alguém que precisa
Arriscar mais - dar risada de uma bobagem
Aprender algo novo - não necessariamente útil
Adotar mais um gato
Descer mais uma gelada
Dobrar a próxima esquina...
E talvez dar de cara com a consciência de que a felicidade não é uma constância pacífica, mas sim, uma sensação breve - porém inesquecível - contida em todos esses pequenos atos que às vezes parecem banais.

Marcela Gonçalves Chiapina
Gesiane Dias Dourado disse…
Acostumei a viver das migalhas alheias as minhas próprias teias
Mariana são as migalhas dos meus sonhos irreais,
Francisca são as migalhas virtuais de uma amizade cotidiana
Meu trabalho são as migalhas da profissão das minhas mãos.
De caco em caco catei parte de mim numa mala de recordações
e destas migalhas formei um mosaico da minha alma,
não sei se isto sou eu ou se é apenas uma migalha de mim,
pouco sei do original das minhas projeções,
me transformei no que sou e o resultado talvez seja o esperado,
o inteiro por inteiro não degusta dos fragmentos,
os pedaços de mim saboreiam as partilhas da vida
e respira todos os ares disponiveis ou descartados por ai,
as minhas ilhas são continentes de mim,
lugares de exploração contínua em busca do que possa ser o meu eu.
Gesiane Dias Dourado disse…
Roda

Roda a saia, rodeia lá,
Balança a dança quero brincar,
Com bolhas de sabão, que diversão,
Entra no ritmo da canção.

Chuvas de bençãos caia sobre nós
Águas de Oxum perfume nossas almas
De um cheiro suave com a brisa leve,
De sensualidade , sensivel casualidade;

O quadril que desenha o infinito,
É bonito de ver , é gostoso fazer,
Um pouquinho de charme sem alarme,
Jogue o echarpe nos ombros e vá dançar.

Gesiane Dias Dourado
Unknown disse…
Explosão

Caindo num mar de estrelas
Posso me sentir confortável.
Meus membros não mais doem
Junto com minhas insatisfações,
Pois só me sinto caindo,
No infinito,
No horizonte,
Só eu me acordo
E escondo vários lápis por troncos de árvores,
Eles podem desenhar um mago
Podem desenhar uma trapezista
Podem permanecer lá,
Mas, eu sigo com essas palavras
Me achando, achando este x no meio desta areia
Milhões de grãos.
Vejo os planetas
Me libertando.

Karoline Rabelo de Andrade
Unknown disse…
Gaveta

Algo que lembre árvore,
Que lembre nuvem,
Que lembre raio,
Que lembre humanos,
Que lembre:?,
Que lembre escritores;
Que lembre quarto fechado de onde saem bichos, gaitas, periquitos;
Que lembre o indizível.

Karoline Rabelo de Andrade
Hoje, quando despertei,
vesti o meu corpo do avesso.
O Astro-Rei, sorridente,
pôs os óculos escuros
e continuou a ler:
Metáforas.ponto.come
Da coleção Fecho Éclair.


Francisco Correia
Roger Flores Ceccon disse…
Alma Negra

O olhar da negra-mulher-mestiça
à deus implora e suplica
remói a dor clandestina
no ventre ensanguentado
do filho amaldiçoado
pela exclusão racial.
As mãos da negra-mulher-mestiça
seus seios, útero e vida
sofrem impiedosamente
os açoites da matilha.
Seu sexo negro escrachado
estuprado pelo branco capacho
rei da sociedade servil.
Sinto essa dor e desejo
pra lutar pelo povo negro
da parte mais funda d’alma
Eu queria ter nascido preto!
COMUNHÃO


Corri solto, Ah… de encontro ao mar
Fui recebido de peito aberto
Às ondas em saltos a festejar
Entreguei meu coração liberto.

Não sei se é amor mas seja o que for
É tão intenso… sabe a verdade…
Até rimam as carnes com furor
Parece não haver gravidade!

As palavras são reinventadas
Pelo allegro marulhar das marés
As emoções são redesenhadas

Pelo debrum da maresia, porfia
De sinestesia de lés a lés!
Amar-só-pela-vida… poesia.


Francisco Correia
Roger Flores Ceccon disse…
A janela do meu quarto

É muda insensata
Verborrágica
Nua desbocada
É uma puta santa.
É rezadeira, esquizofrênica, insana
É tudo do nada
É realidade abstrata
É só mendicância.
A janela do meu quarto
Vive na ditadura da alma
Como tantos
Que andarilham pelos cantos
Do inferno mundo.
A janela do meu quarto, de madeira
Apodreceu.
Anônimo disse…
Ápice

Espero perdão de seus olhos incendiários
Desejo a morte nas lacunas sombrias
Pecados e crimes imaginários
Cobrem a culpa ao longo dos dias

Gotas escarlates, fôlego eterno
Folhas caídas, cerne fraterno
Cascata de seus lábios, a imensidão vazia
Maldita seja tua pária, tua cria!

Cânticos inanimados de bordéis
Revelam os desejos de almas infiéis
O sangue que explora as veias contidas
É nobre, é escória, vidas requeridas

(Edilson Junior)
SEPARAR A SEMENTE.

Caminhar faz parte
sonhar é arte.

Lutar é preciso
Vivemos por isso.

Sorrir faz bem
Amar também.

Perdoar liberta
O que a alma aperta.

A vida é bela
Se gostarmos dela.

Deus nos mostra tudo
Até o absurdo.

Só resta a gente
Separar a semente.

(Alice F.de Morais)
O CHORO DA ALMA.

Só ando depressa
Mas que vida é essa.

Eu deito e levanto
Tem choro e tem pranto.

Está triste meu peito
O que ele tem feito.

A luz eu procuro
Tropeço no escuro.

A noite entristece
Meu olhar padece.

Eu sigo cantando
Minh'alma chorando.

(Alice F.de Morais)
Angelo Colesel disse…
Morador soturno

casa de treva,
raiava o nada

na calçada, uma cova rasa-
tentativa de poço,
vida parada

suicídio anunciado:
- permaneceu no nada


Angelo Colesel disse…
saudade tamanha
ponte estranha-
meu coração

atravesso ao outro lado
chego ao espaço
vazio...

abando-me à sombra pouca,
colho a maçã e da polpa
delicio-me:

recordo sua boca
Anônimo disse…
TITULO: NÃO QUERO PERECER CALADO

NÃO QUERO PERECER CALADO ESPERANDO A MORTE CHEGAR
NUM CORREDOR OU FILA DE HOSPITAL
NAS RUAS SEM SEGURANÇA DOMINADAS POR TRAFICANTES
NOS SEQUESTROS RELAMPAGOS
NAS MÃOS DE POLICIAIS DESPREPARADOS
NO ALIMENTO CONTAMINADO E SEM FICALIZAÇÃO
NOS MEDICAMENTOS ABOLIDOS NO RESTO DO MUNDO
NAS ESCOLAS PUBLICAS E PRIVADAS SEM PROTEÇÃO
NOS TRANSPORTES PUBLICOS ESMAGADO
NUMA ESQUINA QUALQUER ASSALTADO A TODO MOMENTO
POSSO LUTAR PRA VIVER ASSIM TEM SIDO
AGORA O COMPROMISSO É VIVER NAS RUAS DO BRASIL
DE VANDALIZADOS COMO EU PELO SISTEMA CORRUPTO E CRUEL
VIVER INTENSAMENTE CADA METRO PERCORRIDO
CADA GRITO ENTALADO NA GARGANTA
VIVER EM VITORIA POR TER LUTADO.

JOSÉ MANSI JUNIOR



TITULO: CENTELHA IMORTAL

Por essa centelha imortal.
Instalada em meu coração.
Desde os primórdios tempos.
Refletindo a luz sagrada.
Vivendo em fontes áureas.
Filosofias propostas.
Auxiliando a humanidade.
Desvendando mistérios.
Nivelando as consciencias.
Processualmente.
Gnoses fundamentais.
Para espiritos.
Imortais.

JOSE MANSI JUNIOR

DA CORTINA

A cortina balançou com o vento agora
e me trouxe, além de um refresco,
lembranças do teu rosto.
Parecia com teus cabelos voando...

A cortina balançou com o vento, agora
e me trouxe, além de um sorriso,
lembranças do teu rosto.
Parecia com meus sonhos planando...

A cortina balançou com o vento, agora
e me trouxe, além poeira,
lembranças do teu rosto,
alergia e espirros...

(Atormentos Singulares)
SOBRE O DIA E A NOITE

O dia
se você não sabe
é a noite
vestida de claro
Quando se cansa
tira sua bata
cerúleo
para esconder-se
no escuro
E veste uma camisola
de estrelas
para ser noite
inteira

(Atormentos Singulares)
Thaís Ribeiro disse…
A bagunça do quarto,quieta
não me percebe
como eu a percebo
me incomoda a bagunça do quarto
enquanto o quarto nem sabe
da minha bagunça
tento alcançar meias sujas, travesseiros, pentes
calcinhas, relógio,
prendedores de cabelo
páginas amassadas
e me perco entre tudo isso
porque esqueço do avesso.






Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail

Cedo & Tarde

Demais
Para desistir
Tarde
Para começar

Cedo
É tudo
Tarde
É nada

Marcelo Ignácio
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Hora

Estou cansado delas
Tão chatas
Ingratas
Disfarça

Faz
Graça
Ri... Da própria
Desgraça

Marcelo Ignácio
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Visão

Luz e escuridão não se dão
numa vida tão obscura
visão assim deixa na mão
uma vida com desventura.

Enxergar sempre é preciso
Com a visão do coração.
Seu sentido tem aviso
visão por consolidação.

Olhar de cego é sublime
pela grande sua percepção
seu olhar apenas exprime
grande visão do coração.


Emilio Soares da Costa Costa
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

À deriva
Estou à deriva,
Não sei o que sou, o que faço,
Nem tampouco o que quero.
Dirijo minha consciência
Para outras esferas, outros planos,
Em busca de um potencial mais elevado,
Mais puro, mais refinado.
Quero deixar de lado
Pensamentos mais pesados
Que drenam a alegria
E sugam minha energia.
Estou à procura de um lugar
Onde tudo seja justo e perfeito.
Um refúgio para me esconder,
E em plena paz viver...

Maria Angela Manzi da Silva
Prazer em te conhecer

Que momento foi aquele

Onde fomos apresentados

Derrepente algo em mim foi despertado

De uma forma que cada vez que te via

Minha vida transbordava em alegria

Mas em um momento você se foi

Então me perguntei se suportaria

A saudade de cada dia que na esperança

De pode ver você de novo

Com um sorriso no rosto e um brilho no olha

Que toda vez que vejo me traz alegria.

(MARCOS NASCIMENTO)
Paixão

Sem esperar você chegou

Sem avisar me encontrou

Com um lindo sorriso me encantou

E eu agora fico aqui sonhando

A cada dia a todo o momento

Encontrar um jeito de falar

Que seu sorriso , seu olhar

E seu jeito misterioso de ser

Me fez sem perceber

Inteiramente por você me apaixonar.

(MARCOS NASCIMENTO)
edweinels disse…
ESCOLAS

Nas de samba,
todo mundo é bamba.

(Edweine Loureiro
Saitama – Japão)
Renan Caíque disse…
A Beleza

A beleza está na simplicidade!
Muito pouco há de mais encantador
Que a suave ternura de uma flor...
Dizei-me se o que digo é inverdade!

Porém, qual é da flor a utilidade?
A beleza é repleta de esplendor,
Que belamente adorna em derredor,
Mas ela é não mais que uma vaidade!

É tão-só um ornato de ilusão,
Que só não embelece o coração,
E nalgum dia apaga-se o fulgor...

No entanto, nem toda beleza é vaga
E com o passar do tempo se apaga...
Há aquela que não morre: a interior!

Renan Tempest
Renan Caíque disse…
Lânguida Donzela

Ó solitário anjo adornado d'encanto,
Que outrora estiveras nas mãos da ventura,
Por que choras tão bela, lânguida e pura,
Se a ti a tristura desfalece tanto?

Perdoa, amor, quem pranteia por teu pranto!
Mas viveras toda risos e ternura,
Ora jazes qual a Lua em noite escura,
Tristíssima e assaz pálida de quebranto!

Ah, donzela, que meus sonhos embelece,
Por ti a minha alma deveras fenece
E semelha à lúgubre rosa a murchar...

Oh! Eu morro por tua doce melancolia,
Morro de amor por tua beleza sombria,
Morro por ti... por apenas um olhar!...

Renan Tempest
Unknown disse…
AGONIA DE POETA

Sempre quis ser sozinho
Ser a imagem do refluxo estomacal
Ser do nada... ser uma gastrite, sei lá
Ser fruto de um dia de azar... andarilho faminto!
Sempre quis ser o romântico infiel namorado da princesa morta.
Sempre quis ser a trava da porta
Que leva para a luz, para o caminho santo de Jesus.

Sempre quis ser um monte de coisas legais, anormais...
Mas fazer o que se nasci poeta.
Morrerei sozinho e, só então, serei alguém.

(Raimundo Costa Lira Filho)
Unknown disse…
Um tiro no tempo

A fim de que não fosse embora flor
deixando florido meu foco,
pintei no quadro dos olhos poucos,
que fossem mais atentos a medir palmos
entre um abraço e outro.


Quando me afogo num lábio
passível de um sorriso largo,
é quase um afago aos olhos
por teus possíveis dados
beijos fatalmente afetivos.


Se é que me cabe
jazi um desejo que encaixe
antes que me queixe
da situação desproposita,
me feche ou me abra a porta,
me mostre ou me cale a boca.


O que se tem a dar do tempo
no que já é de fato obsoleto?
como a vontade atrasada
degustando cada ato do
teu elemento, divagando seu
movimento a cada estado da tua palavra.


Se eu não posso revolver
já me envolve em ter platônico
o que já tenho a outro ser presente,
e exceder paralelo a outro ser anônimo,
entender que é teso cometer o imenso
mensurando os meios.

Edmarcos Félix
Unknown disse…
E O AMOR, O QUE SERIA?

É assim o amor: como a flor
Que irradia, perfuma e morre.
É como a chama que se apaga e finda
É como a fonte que seca
E mesmo assim, é poesia ainda!

O amor é um poeta que peca
É um copo de caldo de cana caiana
É a cachaça que arde no céu da boca
É a forma mais louca que se tem de viver
É encadear-se com um vaga-lume, é a festa, é o cume...
É o arame farpado rasgando o coração de um poeta safado.

(Raimundo Costa Lira Filho)
Unknown disse…
As virgens


Canta a carnificina da dança dos urubus,
que voam sobre as meninas que sangram,
o sangue e pus, que escorrem das suas vidas,
varridas a nuas dormidas, comendo seu pão e sua cruz,
que a fome faca da seca, cega cortando a luz, não fere,
não passa manteiga no órgão que lhe introduz, a luz!
E a quem dar mais dor, mais falta de amor?
E como é que fica se um dia eu for, e não o que penso que sou?

É o resto batido no peito
que bate em efeito da cocaína,
é o prego batido no pulso
da esperança morta há tantos anos
que brilha no crepúsculo
da salvação dessas criaturas,
morrendo no chão moribundas,
subindo ao céu tão imundas,
vagabundas! cantem essa ruína,
que a carnificina cantam as prostitutas.


Lambam! Lambam!
esse prato cuspido,
esse Cristo esculpido
despido de culpa,
pecando nas camas
por suas semeias,
buscando as alheias,
mulheres sem lei,
porém, ó rei!
Salve as santas
e os filhos da puta,
amém!

(Edmarcos Félix)
Ghost Bike - André Miranda

Pelas artérias da metrópole...
Pedais soltos
Entre rodas de totens
Refrescam psiques
Suadas de prazer
Até o escuso para-choque...
Frágeis ciclos de rua
Postam pálidas mortes
Misturadas ao vento:
Almas livres na roca jazida,
Cheiro de asfalto,
Óleo e sangue
Na catraca da vida.
Alana Regina disse…
Adocê

Um beijo coberto à glacê
Desmanchando num palito-prêmio de picolé
Manteiga com biscoito misturam pavê
E comem-se as bocas envoltas no canapé

Mergulham num cesto de granulado
E saem redondos brigadeiros
Surgem consortes no par do bem-casado
E furtam ventos de um país inteiro!

Que gracejo, desejo, senhor cozinheiro
Um pedaço de seu laço enrolado
Me desfaço na cordura do teu traço
E me encaixo como grão no açucareiro!
Gritos Sussurrados de Adeus


Seu rosto, pétalas de outrora
Olhar-te os olhos me faz temer
Por saber o que irá se suceder
Eu não quero que se vá embora

Se foi como folhas caídas ao chão
Partiu ao vento, seca, sem vida
Tragada para a escuridão
Eu vi a dor, essa sua, sentida

Com suaves palavras proferidas
Eu vi, sua energia se esvair

E minhas emoções, abaladas
Por no abismo de minha alma,
Ficarem cicios do seu partir.
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
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A força de um sentimento

Você chegou e como a força e um vendo
Penetrou minha alma e me fez sentir
Algo em uma tão grande intensidade que

Mexeu profundo em meu sentimento

Me deixou atordoado, me deixou abalado
Me deixou encantado e com seu jeito de ser
Com seu modo de olhar que só me resta te amar
E declarar que te desejo que te quero
E não importa o tempo e nem a distancia
Para sempre te espero porque você
É o que eu sempre quis por eu não nego
Que sou teu e sempre te espero.

Jorge Vilker
Roberto Caroli disse…
É Preciso

É preciso construir muros,
Outro não...

É preciso desconfiar,
Outrora não...

É preciso amarrar a cara,
Outrora não...

É preciso blindar-se,
Outrora não...

É preciso...
Oh! Meu Deus,que lástima!
É preciso desalmar...

Roberto Caroli
Nates_MS disse…
Atrás da linha

O que se esconde atras do horizonte?
A linha imaginária, imóvel, impossível, idivisivel, indiscutivel, interminável, incansável, indiscreta, infinita..........................
Linha que nos engana, finge que separa o céu do mar e da estrada, mas separa nada, nem existir ela existe, só ilude, inventa, intenta...........................
E eu aqui inoscente...............
Espero que o horizonte se reinvente, e que as pessoas enfim consigam ver que correr atras do horizonte é vão, mas que infelicidade não contemplar a beleza do céu e suas linhas imaginárias, difusas, e terrivelmente duvidosas!

Natália Martins Silva

www.atrasdalinha.blogspot.com.br
Nates_MS disse…
Em busca do horizonte

As vezes os caminhos se separam, as vezes os caminhos se cruzam
Umas vezes é pra sempre, outras é pra nunca mais...
Me parece que alguns caminhos possuem imãs de pólos opostos, estão sempre se atraindo
Até formarem uma ponte, que não muda nenhum dos dois mas os complementa
E dá ao caminhante a possibilidade de ficar entre eles e descobrir que juntos formaram um caminho maior, e quanto maior o caminho mais belo o horizonte...

Natália Martins Silva

www.atrasdalinha.blogspot.com.br
Unknown disse…
O MEU ENCONTRO COM ÁLVARO DE CAMPOS

E lá estava eu
Acenando para ele
Sem saber que esse simples gesto
Acabaria com a sua longa ilusão de versos
O devolvendo para a sua mais irreal realidade
Do seu quarto de tabaco sem janelas metafísicas.

Perdão, Álvaro
Eu não sabia...

(Lucas Esteves)
Unknown disse…
O HOMEM TRISTE

Ontem eu vi um homem triste
Não era dor, tampouco sofrimento
Apenas tristeza, na sua forma mais bonita e suja
Como a barba de um mendigo velho

Ontem eu vi um homem triste
Mas antes sentir pena, senti inveja
Inveja daquele semblante egoísta
Que reunia toda tristeza do mundo para si

Ontem eu vi um homem triste, tão triste
Triste demais para que fosse um homem de verdade
Ontem...eu vi um homem no espelho
Ainda bem que foi ontem.

(Lucas Esteves)
Anônimo disse…
Cláudio da Cruz Francisco

ALTERNATIVAS

Tento desvincular-me das exigências alheias
que tentam impor-me outra identidade

Tentam fotografar minh'alma
E alterar seus padrões

Tentam desenhar minha sombra
Com outras dimensões
Simplesmente para assombrar-me

Tento sob a tutela da esperança
não deixar que minha essencia fuja
e entregue-se a paranóia mundana


******************


CONFIDÊNCIAS

Queria que o mundo virasse do avesso
Enganasse meus olhos
Para que eu pudesse sorrir

De imediato o mundo não atende
Não se vira
Sabe-se lá, nem se interessa
Talvez nem precisa de mudanças

Sinto que o mundo desafia-me
Atira sobre mim os meus próprios desejos
Capto a mensagem e aceito
Quem sabe eu me vire do avesso?


(Cláudio da Cruz Francisco)
Eni Ilis disse…




Escrevo



Explodo



Existo



O que fazer disso?



Eis a questão que não é mais shakespeariana mas tão somente cotidiana...

Eni Ilis
POR ESSE PREÇO

Por esse preço, eu fico com a fome
Por esse preço, eu fico com a sede
Por esse preço, eu fico com a rua
Por esse preço, eu fico com a chuva
Por esse preço, eu fico com o medo
Por esse preço, deixe o meu nome apodrecendo
Na boca do sapo, que na verdade é uma Rã
E os dentes apodrecendo em minha boca,
Que a vontade de sorrir vai ser a mesma
E apesar de minha alma estar à venda,
Por esse preço, meu amigo, nada feito
Pois ela vale muito mais do que você
E satanás ofereceram.

Guilherme Pedlowski
POR ESSE PREÇO

Por esse preço, eu fico com a fome
Por esse preço, eu fico com a sede
Por esse preço, eu fico com a rua
Por esse preço, eu fico com a chuva
Por esse preço, eu fico com o medo
Por esse preço, deixe o meu nome apodrecendo
Na boca do sapo, que na verdade é uma Rã
E os dentes apodrecendo em minha boca,
Que a vontade de sorrir vai ser a mesma
E apesar de minha alma estar à venda,
Por esse preço, meu amigo, nada feito
Pois ela vale muito mais do que você
E satanás ofereceram.

Guilherme Pedlowski
ASTRONAUTA

Amo os teus cabelos de sol nascendo
Amo tua alma iluminada com brilho de lua cheia
Amo teus olhos de estrelas
Amo tuas curvas de sol se pondo
Amo cada átomo apaixonado que se abraça ao outro e te dá forma
Sou astronauta, que se perde, na volta
do que não há, do que não foi, do que talvez nunca será.

Guilherme Pedlowski
ASTRONAUTA

Amo os teus cabelos de sol nascendo
Amo tua alma iluminada com brilho de lua cheia
Amo teus olhos de estrelas
Amo tuas curvas de sol se pondo
Amo cada átomo apaixonado que se abraça ao outro e te dá forma
Sou astronauta, que se perde, na volta
do que não há, do que não foi, do que talvez nunca será.

Guilherme Pedlowski
Unknown disse…
Paráfrase

Nascem cândidos olhos d’águas
para correrem riachos como crianças,
guardando histórias antigas, batismos santos e
máculas indeléveis.
Alargam-se vazões nas jornadas corridas e
afastam-se margens irretratáveis,
enquanto em espelhos perenes omitem-se profundidades
sob pontes de matérias frias.
Ao longo de caminhos
sinuosos e acidentados passam a jorrar águas salinas, irônicas.
Areias movediças posam como lamas curativas
quando são apenas desumanidades.
E desagua em fenda, idiossincrasia tectônica:
Mar,
morto!
Unknown disse…
Rio

Nadei no rio,
não no mar.
Do mar eu não sei se brota água do chão,
mas do rio sim.
É mina, dizia papai.

Pesquei no rio,
no mar não.
Não sei se no mar se pega girino com a mão,
mas no rio sim.
São águas idas.

No rio, tem correnteza forte e
papai me segurava.
No mar sei que tem onda, mas papai não nadou no mar.
Nadei no rio,
não no mar.
Costelas Felinas disse…
por email-
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

ESTILO DE VIDA

Há vida depois da morte:
conceituado bom irmão.
Leve vida, cumpra sorte,
ame todos, leve perdão.

Vida mansa e tranquila
nunca trás os dissabores.
Mente fraca só aniquila
suas forças trazendo dores.

Da face tenha sorrisos
por manter-se em alto astral.
Tristeza só deixa aviso
de que sua face não é ideal.

Tranqüilidade é seu abrigo:
consolida vida e viver.
Seu coração corre perigo
por malfadado entristecer.

Autor: Emílio Soares da Costa
Vita Brevis disse…
Perdido

Eu queria que o teu amor
Por mim morresse e
não voltasse
Pros meus braços de saudade

Eu queria que o teu coração
Em um surto de loucura
Rasgasse este sentir
E nos desse um triste, mas rápido
Fim

Eu queria tuas mãos longe
Deste corpo que deseja,
Ilimitadamente o teu

Eu queria te perder sem medo,
Para combater a guerra
Do meu amar, que se perdeu

Autora: Rafaela Damasceno
Vita Brevis disse…
Sem perdão

Eu queria apagar estas lágrimas
Que salgam meu rosto fechado
Queria uma válvula que fechasse
As derrotas frias, de gosto amargo

As derrotas desenhadas
na minha mente incoerente,
As perdas que se encaixam
Na minha alma inocente,

Insucessos multiplicados
No meu corpo doente
Medos que nunca acabam
Nestes versos dementes

Envolvida em fumaça negra
Nas fantasias dos meus pesadelos
A tristeza que dança no coração
Embriaga-se com meus medos

Esta cabeça pensante que vos fala
Funciona sozinha, sem comandar
Caminha solitária, sem direção
E se perde na estrada, começa a
Gritar

Autora: Rafaela Damasceno
Paulo Gracino disse…
"ETERNO" AMOR
O amor é uma sensação interna,
Que interna.
Às vezes eterna.
Talvez lanterna,
Pois acende e apaga
Ao mesmo tempo.
Que tempo?
Tempo de amar.
Porque amar fora do tempo
É uma arma.
Então desa(r)ma para amar.
Enfim,
O amor mata,
Mas também morre.
Ou não(!)?
Paulo Gracino disse…
A BELEZA DE UM PRECIPÍCIO

Vou transformar o meu mundo
Em uma bela cachoeira.
Usando as minhas lágrimas
Como essência
Darei vida aos abismos,
Maquiando os obstáculos cotidianos.
Solidão

Luto pela felicidade sonhada
Luta sofrida mesmo nas paradas
Luto negro dentro da alma
Acolhida pelas partidas...

Luto que encobre a verdade
Luta fria em mente enclausurada
Luto derramado de lágrimas
Acostumadas com as despedidas...

Luto instrumentado com o desejo
Luta perdida por pérfidas mentiras
Luto muito sofrido na mente
Embaralhada pela solidão demente...

Guacira Maffra
AINDA

o começo de uma dor
personagem do trágico
insatisfação em destaque:
êxtase da memória
ao querer esperança
se ainda impera o trânsito de desejo
mas a desgraça trai o simples
então estamos no buraco
sem desejo do retorno
e da irritação da luz...
Ricardo Pocinho disse…
Poema: Quantos lugares cabem dentro de mim (quantos Cantos
Vazios)

Autor: Ricardo Pocinho


Perdi os tempos tentando conquistar Espaços
Limítrofes desafiadores
Agarrando silêncios que eles transportavam Sós
Assim seja Sim.

Quantos lugares cabem dentro de mim quantos Cantos
Vazios sem os defuntos olhos negros ainda me resistem?

Destecem-se as margens antes impossíveis Impenetráveis desanexados
Sejam vulcões vivos nascidos dos Mares Vida
Ressoando trovões despidos de Raios
Apenas desabafos repetidos dizias Tu correndo pelas
Tulipas que um dia brotaram das nuvens acinzentadas
Cobrindo marés recém-abertas

Afinal ainda procuro

Perduro


[Por fim].

solfirmino disse…
Geometria de Ícaro

O céu côncavo
abarca o voo.

O sol oblíquo
derrete a cera
e o sonho.

O mar convexo
recebe a queda.

Solange Firmino

........................................

Circular

Labirinto
é para se perder
no meio das rotas
tortas ou retas

Bom é achar abrigos, caminhos
portas, destinos

Ideal é transcendê-lo
em voo, como Dédalo
Não tão perto do sol, como Ícaro

Labirinto é para achar
o caminho
do meio

Solange Firmino
Égide Cultural disse…
Contrastes

Sinto tantas coisas estranhas e que me perpassam
Pela mente até às entranhas onde meus pensamentos
Vagam por todos esses cantos complexos e desconhecidos
Do meu corpo, pois não os vejo não os toco
A célula multiplicada, os ossos e sangue,
matérias revestindo todo o imaterial.
O gelo queima, e pergunto-me sobre esta ambiguidade.
Sobre o ilusório e as disparidades.
Quanto mais tu adentras no conhecer, tu enxergas
Ainda mais que a vida é dupla, multiplicada,
De facetas incontáveis.
Milena Mourão disse…
Contrastes

Sinto tantas coisas estranhas e que me perpassam
Pela mente até às entranhas onde meus pensamentos
Vagam por todos esses cantos complexos e desconhecidos
Do meu corpo, pois não os vejo não os toco.
A célula multiplicada, os ossos e sangue,
Matérias revestindo todo o imaterial.
O gelo queima, e pergunto-me sobre esta ambiguidade.
Sobre o ilusório e as disparidades.
Quanto mais tu adentras no conhecer, tu enxergas.
Ainda mais que a vida é dupla, multiplicada,
De facetas incontáveis.


Milena Mourão
Anônimo disse…
É como bolhas,
Explodindo na pele

Agulhas na mente,
Lobotomia

É caos interno,
Cegueira
É poesia

É como a dor
O torpor
Um tiro
E prazer

É como poesia

Autor: Anna Miranda
Anônimo disse…
Logo eu
Maria qualquer
Cheguei até a pensar,
em pensar um pouco mais
Mas então a sós
Sangue nos lençóis
Arranhões e rispidez

Logo eu
Maria qualquer

Num sonho A sós

Autor: Anna Miranda
Anônimo disse…
Cálculo

Desejei tudo
E com tanta força que deu em nada
Sonhei tanto
E com tanta volúpia que acabei em pesadelos
Quando nada queria
Veio tudo...Tudo ao contrário
E sem sonhar
Tive sonhos que não eram sonhos
Era a própria vida....

Erinaldo Barbosa da Silva
Costelas Felinas disse…
por e-mail
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O Suor

Labiríntico no rosto desliza o suor,
Como rio bravo, traz consigo o desejo.
O sal logo concentra e na pele vira licor
Que chega a inebriar-me no beijo.

Este mesmo rio salobro vai além,
Descendo os contornos lapidar dos seios
E por hora não bastasse o passeio
Vai a boceta, onde meus lábios vão também.

Por que homens não são pássaros
A liberdade traz a solidão,
A solidão traz o silêncio,
Mas os pássaros cantam ao voar...

Raphael Mahatma
Costelas Felinas disse…
por e-mail
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O Suor

Labiríntico no rosto desliza o suor,
Como rio bravo, traz consigo o desejo.
O sal logo concentra e na pele vira licor
Que chega a inebriar-me no beijo.

Este mesmo rio salobro vai além,
Descendo os contornos lapidar dos seios
E por hora não bastasse o passeio
Vai a boceta, onde meus lábios vão também.

Por que homens não são pássaros
A liberdade traz a solidão,
A solidão traz o silêncio,
Mas os pássaros cantam ao voar...

Raphael Mahatma
Raquel Alves disse…
Francisca Raquel Queiroz Alves Rocha
1ª Poesia
A era de aquário

Tudo se transforma em pó em suas mãos
A tristeza assola e destrói seu coração
Como condenar você
Como apontar seus erros
Como te deixar sozinha
Assim como eu


Por linhas tortas você quis seguir
Andou nos trilhos e se permitiu
Bem-aventurado seja o sonho
De alguém a mim
Nós juntos vamos trazer o sol
As trevas vão recuar por hoje
Você se erguerá em mim
Te dou amor, eu sou amor

Adorado seja suas lágrimas
A tristeza implora, perdoa-me
Eu não sei lutar sozinha
Como apostar em seu erro
É fácil julgar quando se olha de longe
Mas viva em mim!

Por linhas tortas você quis seguir
Mostrou ao mundo seu pesadelo
E no receio do mar vermelho
Eu vou te afogar
Nós juntos vamos trazer o sol
Destruiremos o mundo velho
A era de aquário passou
Mas eu te dou amor, eu sou o puro amor...
__________________

2ªPoesia
Não é o bastante

Todos os meus esforços estão queimados nesse fogo imortal
As chamas dançam à convite da morte que me ama
Nesse embalo cativante meus receios delirantes brindam
Ao fardo que por anos carreguei sozinha

Na esperança repousa o resto de minhas forças obscuras
Que distante da luz que reina em meu mundo
Nessa despedida da vida que me deixou sempre a deriva
Eu vou num caminho que não posso regressar

Não é o bastante, meu sofrimento
nem esse amor que arde
No peito de quem ainda o alimenta
e esta ausência ainda não é o bastante

Todos os meus esforços me condenaram a solidão
As chamas ainda ferem meu corpo nu e sem alma
Nesse embalo do cancioneiro da escuridão eu durmo
E contemplo o fardo que me obrigastes a carregar

Não foi o bastante, o quanto
rezei e chorei também
No peito está a promessa
que me alimenta
e esta ausência ainda não é o bastante?
João Alberto de Faria e Araújo disse…
Descabida franqueza

Disseste-me todas as verdades como se elas a ti pertencessem.
Atiraste-me contra os muros de minhas revelações irreveladas.
Faltaste-me com a bondade ao menosprezar meu espanto diante de tamanha absurdez.
Gritei-te: – Eu não sou assim!
Não me respondeste.
Permaneceste impassível até que, tomado de fúria, avancei sobre ti e despejei minha injúria.
Quedaste!
Chorei!
Ajoelhei-me tentando recompor-te.
Era tarde!
E na tua agonia observei-te ainda a me mostrar, com mais fidúcia, meus reflexos em cada caco.
João Alberto de Faria e Araújo disse…
Tipo assim

Não sou chegado em cidade grande.
Tem pra mim sabor amargo de remédio ruim.
Me cheira a baralhada, embrulhada, quem nem praia em feriadão.
Sou mais propenso a me apaixonar pelo vento, beijar borboleta, prosear com as flores, aceitar o conselho da chuva e me molhar de nuvem, de céu, de estrela, de fruta no pé, de orvalho, de passarinho cantando.
Sou bicho do mato mais que caçador urbano.
Decompositor disse…

vida bela dessas seria

...

por vezes cabeça repousada

nos braços de Morfeu

por hora, alma extravasada

nos delírios de Dionísio

e a libido estraçalhada

no calor de Afrodite


....

( Jack)
Roberta disse…
Quimeras da velhice

Sentado
na solidão e dores,
ele risca o seu caderno
e chora pensamentos nascidos na juventude
mata razões de seus poemas
quais fizeram
todas suas quimeras.

Fadigado
da vida, da morte,
ele suplica ao seu ser
e questiona memórias mortas em páginas
ressuscita amores de seus poemas
quais fizeram
ridículas suas quimeras.

Roberta Melo
Anônimo disse…
Renascer

Você sabia que o amor pode nascer de dentro de um coração partido?
Porque mesmo os corações partidos possuem a essência do amor.
A flor de lótus nasce mais bela num poço de lama.
O cisne, quando nasce, é um patinho feio.
A linda rosa não é nada sem os seus espinhos.
O amor não chega pronto.
É preciso cuidar, cultivar, ter paciência,
e esperar que o tempo cumpra o seu papel.
Mas no final das contas, o amor vale à pena.
Porque o amor, quando cultivado em corações puros e sinceros,
vale mais do que a mais preciosa joia deste mundo.

Você sabia que o amor pode nascer da dor?
O amor é o curativo, a cicatriz e a recompensa.
E, na verdade, o amor não é um ponto de chegada.
É um ponto de partida.

Nancy Keiko
Unknown disse…
Quero Teu Calor

Hoje é domingo e estou com frio
diferente dos outros, dos maiores domingos
e melhores também
não tenho teus braços sobre mim
não tenho teus olhos mastigando-me enquanto durmo
não terei o teu rosto
quando acordar minhas forças de uma noite bem dormida
não terei aquele teu mimo tão gostoso de viver
não palpitarei sem a tua voz de sono
despertar meus sentidos
sussurrar aos meus ouvidos:
bom dia, meu amor!

Hoje é domingo e estou com frio
diferente dos outros, nem dormi e já amanheceu.
Ah, mas que frio cáustico!

Roberta Melo
Jonatan Magella disse…
A fronteira

Para os homens, há dois universos:
O do lado de fora, no céu,
infinito!
E o do lado de dentro, o da imaginação
(e dos olhos fechados
com luzes e pontos coloridos
dançando na nossa frente),
infinito!
No meio deles
Um muro:
A nossa pequenez
Disfarçada de corpo.

Jonatan Magella

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Abismo

O amor não nasce do costume
Ele é produzido pelo costume
E entre uma vida e um produto
Há um abismo insuperável.

Jonatan Magella
Paulo Gomes. disse…
Ondas Poéticas

Minha cabeça é um mar de palavras,
e as Poesias são as ondas,
que se movimentam intensamente e
não saem da minha mente.
E nesse mar ainda tem o céu estrelado,
que são as reticências,
três pontinhos de consequências,infinitas,
fazendo pensar onde vai ou não acabar.
E no movimento das ondas Poéticas,
num vai e vem incessante,
que determina aos versos seguir adiante,
e rimar amor com doce amante,
eu sigo a me inspirar por tanto te amar,
à espera que chegue o dia que no meu mar
de amor e Poesia você resolva mergulhar.
Paulo Gomes. disse…
Não se apaga

Se escrever algo que não gostar
é só apagar,e o sentimento?
como se apaga?
O que se escreve vem do que se
está sentindo.
O papel se joga fora,e o sentimento
alguém sabe como jogar fora?
Se sabe,não me ensine,
eu não quero saber.
Eu valorizo todos os meus
sentimentos,tanto que até
registro alguns.
Costelas Felinas disse…
por e-mail
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Saída sen senso

"Saída sem senso
Amor suspenso
Por acontecimento maior
Saída sem motivo
Amor traído
Por mulher sem nada maior
Saída perdida
Mulher desiludida
Por paixão com dor
Saída sem dó
De um mundo maior
Que a solidão cuidou"

Carla Milene Tetamante

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Pobre de marré
"Chegar aqui e estar a pé
Isto por que sou pobre de marre
Quantas coisas conquistei na vida
Mas só as que ficaram foram as desmedidas.
A vida se foi
E eu fiquei
E agora pude voltar
Voltar para o lugar que me apaixonei
Tudo tem começo, meio e fim
O importante é seguir, buscando sempre o melhor de mim."


Carla Milene Tetamante
Inês Guimarães disse…
À procura

Vivo pelos cantos
À procura de mim.
E quanto ainda terei de andar até reconhecer-me em prantos vívidos, em sorrisos soturnos, em olhares que se contradizem por perceberem caminhos diferentes?
Parto. E, mesmo assim,
Permaneço à procura de mim.
Trocando passos em sorrisos diferentes, rezando minha incompreensão por caminhos vívidos, renunciando os prantos soturnos que insistem em me acompanhar.
Sigo adiante
Em meio a tropeços
À procura de mim.
Vejo-me ao sol, trilhando caminhos soturnos, refletindo sorrisos vívidos. E encontro-me ao virar cada esquina, incompleta, sob expressivos olhares, acalentando prantos diferentes.

(Inês Guimarães)
Unknown disse…
o materialismo da poesia

um poema só é escrito
quando
não poderia
não sê-lo

pregnante
brande até que o poeta
aceite
espacializá-lo

em pauta
ou em pixel

(Icaro Ferraz Vidal Junior)
Rita Lopes disse…
MARIA E O MAR

Maria ia ao mar todo dia!
Parecia que o mar ria
e o mar ia
mar
ia
ria
Todo dia
Maria...
E o mar manso batia nas pedras
Molhando a areia, parecia cantar
um canto suave, encantado, continuado,
Ia e vinha a marolar...

(Rita Lopes)
Cris Dakinis disse…
VELA

V
ê
-la
Vela
Chama
Acesapagadavela))
Derretederramada))
Choroveladovela)))
Soproesobrapinga!
Respingavelacesa!
Ceraderretidardida!
Chamaderretecera!
Cessaopaviocurto)))
Veladormecidapaga)))

(Cris Dakinis)
Cris Dakinis disse…
RESGATE

Trago de um continente legendário,
o tilintar das harpas naufragadas...
E o abalone de arcas marchetadas
espelha o céu marinho em Sagitário

Há gargalhadas de um jovem corsário,
o simular cortante das espadas...
Ouve-se o riso que o encanto das fadas
doaram à voz de um bardo solitário

As margens do oceano são espumas
que rugem seus mistérios pelas brumas
e adornam a minha versificação...

E desses versos escorrem variedade
Eu canto o mito, a lenda, a divindade
que habitam o porto da imaginação...

(Cris Dakinis)
Sábado

Na permissividade, esbarrando no lícito;
o proibido, corrupto e inverossímil álibi,
esconde da senhora propósito implícito:
o tenuirrostro bico e vão pedido: cale-se!

É tarde... Deslumbrante e promissor é o sábado,
ao desmistificar o memorável Sêneca...
De saudosa ebriedade, embalada em minha ágora,
cambaleante no tempo, ao ser cravada, trêfega.

Sábado. Seja leve e me levite, sábado!
Sou porto, vil viandante, aportando em alfândegas...
Esquivando-me, sim, de acolhimento trôpego.

E que a senhora tola e cúmplice, sem fôlego;
frívola em sua volúpia e rosto tenso e pálido,
aflore e se proclame assim: poupando escândalos.

Nijair Araújo Pinto
Serenata

Ah, noite soberana e que esconde a donzela!
À noite, quando dorme o homem e o seu sonho
brota, nasço, cantando e, somente pra ela,
meu canto que é sereno e de apelo tristonho.

Se surgir na janela, esgueirada e sorrindo,
e minha indócil alma esforçar-se num grito,
não tema – é o violão gemendo e se esvaindo...
É a resposta da ária, ao meu brado que arbitro.

Sente o justo compasso? E são dois para lá,
dois para cá... Se a valsa é minha, solitária,
levito, a cada acorde, imbuído de emoção.

Proclamo: serenata é visitar o lar.
Serenata, porém, na doce voz binária,
é o som do coração, sangrando ao violão.

Nijair Araújo Pinto
Anônimo disse…
o último encontro

a doce menina que me esperava na porta
teve lá seus desassossegos da idade
abriu um sorriso - como quem não se importa -
disfarçou nos olhos uma futura saudade

então segurei seus ombros de um jeito delicado,
e ela recolheu as incertezas que sentia
todo o apreço mais puro que ali havia resguardado
era só dela, só dela - e ela sabia.

Michele Caroline Azevedo
Anônimo disse…
Fugacidade

Acordo com o rosto marcado,
retiro as horas do travesseiro.
E quem nunca chega atrasado
com esse tempo tão passageiro?

Mas esse tempo no ponteiro
- entre tantos pontos de vista -
não poderia ser só passageiro:
esse tempo é motorista.

Michele Caroline Azevedo
David Ehrlich disse…
INFÂNCIA

Ele visitou a casa
em que morou quando criança.
Que grande decepção:
O portão diminuiu,
o gramado encolheu,
o olho-vivo dava para olhar,
a árvore dava para escalar.
O senhor com um monte de remédios
agora é dono de farmácia;
o homem que dava pão à sua mãe
agora é padeiro e cobra;
e o fantasma que abria portas
virou vento entrando pela janela.
A casa mudou tanto!

(David Ehrlich)
Anônimo disse…
“AMO”

TE AMO COM MEU OLHAR
TE AMO COM OS MEUS BEIJOS
TE AMO COM ESTAS LETRAS
TE AMO COM O DESEJO

TE MO ASSIM SEM PENSAR
TE AMO MESMOSE ADORMEÇO
TE AMO EM CADA TEMPO
E TE AMO SEM SEGREDOS

TE AMO TAMBÉM NA DOR
TE AMO EM DUETO
TE AMO NA SOLIDÃO
TE AMO JUBILAR
E TE AMO SE TE VEJO

AMAR-TE NÃO É CAPRICHO
É DE QUANTOS PORQUÊS AFEITOS
EXALTO O AMOR SENTIMENTO
O AMOR ESCONDIDO E SEDENTO
QUE AOS ANJOS FEZ PERFEITOS

POIS O AMOR É COMO UM SOLAR
É UM BEM QUE SE DÁ SEM PREÇO
É MESMO QUAL UM SOL ERRANTE
E É SAGRADO AQUI NO PEITO

DE LUIS MAGNO ALENCAR


“ALMA”

UMA ALMA É UM MUNDO
LABUTANDO A ESSÊNCIA
QUE AO SAGRADO PERTENCE
NA MAGIA REAL

HABITAT QUE OSTENTA
AS PORÇÕES DO AMOR
EM TODA ALMA HÁ O FULGOR
QUE AOS ANJOS ALENTA



DE LUIS MAGNO ALENCAR


ESPELHOS D’ÁGUA

Imagem esparsa
Água de muitos moinhos
E que nunca aponta sua nascente
Por medo da chegada de seu fim.

E como serpenteia estas margens!
Plenas de borbulhas em flores,
Matas bravias,
Ribeirinhos amores.

Apreciando sua ciranda
Vejo as curvas de sua senhora.
Água doce e rica
De ouro, bronze , avencas e alfazemas.

E no abismo de seus beijos
Mãe Oxum oferece seu leito
Para aqueles que despejam suas esperanças.

Ana Fátima dos Santos

PROFUNDIDADE

E como em uma novela com sua trama louca
Incendiamos o teto deste labirinto; Absinto no ar.
Depois do olhar fuzilante penetro a mão no seu colan,
Peitos ao céu.
Puxo a camisa e o ar do universo.
Tensão no zíper da calça, Tesão entre as pernas da preta.
O enredo se enfeita de saliva e prazer.
As línguas que se encontram ou os lábios que se acariciam:
Superiores, internos, duplos...
Aprofundo o toque e sinto o céu que arranha meu mel,
Atinge sua febre, treme minha inconsciência,
Mergulha gozos e extravasa alas carnavalescas em orgasmos.
Pasmo e vivo espasmos.
Abro o coração dos olhos e vejo nossas almas,
Mulheres aladas nesse romance Corujão.

Ana Fátima dos Santos
Costelas Felinas disse…
por e-mail
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Poema Rejeitado

Escrever não é suficiente
O amor é exigente
Então o poeta precisa ser paciente
Se quiser conquistar um coração pela emoção.

Varar noites acordado ou pensar desesperado
Nunca funciona,
A ideia vem,
A rima desenrola
E o poema se desdobra
Através das mãos.

Depois de selá-lo com um beijo
É preciso bem mais que um desejo,
O destinatário deve ser encantado
Para que o poema não seja rejeitado.

Gabriela Claudino
Costelas Felinas disse…
por e-mail

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Amigos

Dou-te minha mão,
Meu coração,
E se preciso arrisco-me,
Mas não te abandono.

Esse sentimento que cresce em meu peito,
Faz admirar-te, e alertar-te
Aos erros, aos perigos
Aqueles prejuízos dos dias.

Às vezes necessito dizer palavras,
Às vezes preciso ouvir-te,
O importante é compartilhar
O sorriso, o choro, os agouros,
Porque somos amigos.

Gabriela Claudino
Natureza

Toda noite quando olho para o céu
E avisto a bela lua e seu luar
Enfeitando minha noite com seu véu,
Muitas vezes eu nem quero acreditar
Deus é mesmo onipotente e nos mostra
Como amar.

Parece mais um belo quadro
Na parede da vida,
Juntamente com a brisa,
Que Suaviza meu rosto, meu corpo
Que há pouco ardia em brasas
Deixando-me quase louco.

E o tapete da grande sala que é o céu!
Colorido, iluminado por estrelas,
Imensas, pequenas e radiantes...
Como é bela Natureza que com sua
Grandeza nos faz feliz!
Por Rosana Souza Escritora.




Unknown disse…
Autor: Leonardo Triandopolis Vieira
Poema: Retenção Incólume

A boca regurgitou
o verbo que não foi
vestígio do local, ou
valeiro de bois
que
em
incólume vivência
de abrir valas
valeu-se da retenção
eterna
pútrida
no furjoco do charco
Sorriu o regurgito da boca.
Anônimo disse…
sobre o espaço
entre o tempo
oxigênio, vontade
nossas almas
no infinito, seu, meu
nossa boca
seu gosto, no seu tempo
em algum lugar
cabe, minha paz
nosso espaço
livre...

Pedro de Carvalho Trotta
Anônimo disse…
meu passo se enche
na noite, em pouco
no pouco que resta
da gente......

Pedro de Carvalho Trotta
Anônimo disse…
Autor: Rafael Magalhães

gosto azinhavre no ar
palavra vermelha
rarefeita pendendo
no horizonte noir

com a força bruta
de cem mil vozes
gritando nas ruas
as múltiplas agruras
de um país inteiro

não têm jeito

há que se ganhar
a copa do mundo

em um segundo
rarefeito

ver a felicidade rodopiar
nos braços da catarse
fundamental
Anônimo disse…
Autor: Rafael Magalhães

mistério: de onde nascem os filhos?

parece que nascem
do amor de camas
lençóis lutas
de travesseiros

já ouvi dizer
que nascem
de cobras cascavéis
a borbulhar
os sinos das caudas
amedrontadas

muitos vão dizer
que nascem
da burocracia estatal
da demora dos papéis
da memória
de fotografias
velhas
esmaecidas

mas outros ainda insistem
na possibilidade de nascerem
da terra
cuidados e talhados
na lei natural
dos encontros
Unknown disse…
Um Católico Solitário
ou Paulo

Sinto o incenso embebedar-me os ares
Subindo nas suas tão belas espirais
Levando e limpando pedidos de milagres
E orações destes que são tanto desiguais.

Os meus joelhos dobram em calos tão felizes
Nestas finíssimas catedrais, capelas,
Em simplórios oratórios e nas matrizes
Em que o Santíssimo Sacramento se vela.

"Oh senhores, quão gozosa é essa alegria,
Reunir-me convosco e com vossas mulheres,
Nesta Adoração quão gloriosa e quão pia:

Quisera eu ter tais momentos tão alegres
Também junto a todos da minha família!"
- Gritou a uma imagem, sua única égide.

de Rogério Saraiva Jr.
David Ehrlich disse…
O FAQUIR

O faquir jurou que iria
meditar um ano inteiro.

A guerra chegou
A bomba explodiu
O povo morreu
A fome espalhou
A peste matou
O mundo acabou.

O faquir cumpriu seu juramento
mas sem ninguém para comprovar.

(David Ehrlich)
Costelas Felinas disse…
por e-mail
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Cereja

A cereja do bolo
Na confecção da essência do belo
Os olhos da menina
Das diversas meninas
A menina dos olhos

Isabella Marinuzzi
Costelas Felinas disse…
por e-mail
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Ecologia

Ecologia, pensamento holístico
Verde, mas também vermelho, azul, amarelo
Todas as cores num círculo místico
Corrente da natureza, cada elemento um elo.

Sendas do livre arbítrio individual
Cada um fazendo a sua parte
Todos convidados a integrar o ritual
Respeito, consciência, atitude e arte

O tempo para a reação está se esgotando
A crise ambiental é premente
Ou deixaremos o pranto estéril para as próximas gerações
Ou cuidamos, agora, do mundo da gente

Isabella Marinuzzi

Costelas Felinas disse…
por e-mail
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Vento intrépido

Vento intrépido
Que leva o que é leve,
Mas que eleva o que é livre,
Faz voar.

Vento que é imagem invisível
De um tempo que existe,
Mas não se vê;
Sente-se.

Vento de quatro estações,
Que desenha as nuvens
E que traz a chuva,
E que traz a vida.

Luciano Marques
Unknown disse…
UM PEDIDO
Seja meu amigo
Companheiro tempo
Segure firme a minha mão!
E permita-me:
Andar por muitos caminhos,
Permita-me encontrar a sabedoria!
Pois, há em mim
Um coração tolo e vaidoso.
Como, todo bom amigo,
Peço-te ainda:
Não me abandones no meio do percurso
Há muita vida lá fora!
Mas, seja sempre
O ombro em que eu possa repousar tranquila (o).
Unknown disse…
Esperança
Eu tenho esperança...
No vento que balança a folha,
Na semente que germina,
Na água que cai do céu e molha a terra.
Eu tenho esperança...
Na música que toca,
Na palavra que transforma,
No passar dos anos,
Nas ações dos homens.
Eu tenho esperança...
Na fé que me sustenta,
No pão que me alimenta,
No sorriso da criança,
No amanhã, no hoje e no agora.
Eu tenho esperança!
AMOR DE CORAÇÃO

Às vezes me bate uma nostalgia tão grande no peito
Que penso que é defeito
Fagulhas de amor

Coração acelerado
Sentimento íntimo
Sempre bem guardado

Como se possível fosse
Conter o incontível...

Teu olhar sempre incrível
Irradiando emoção...

Ilumina minha vida
Com amor
De coração.

Leandro Martins de Jesus

Erros do Acaso

A alegria de outrora
Agora se torna agonia
Por saber, e sempre saber da impossibilidade

Não existe quem sabe
Não existe talvez
Não existe um dia
É a força de um desejo que é fantasia

Tristeza é o que resta...
Procure o caminho do esquecimento
É a opinião

Dor na alma
Profunda constatação
Amar que não te ama
É erro sem perdão

Porém não se escolhe a quem amar
De quem será o erro então?


Erros do acaso!
Falhas da ocasião!

Leandro Martins de Jesus

Autor: Leonardo Leal
Poema: Magnânimo

Em noites em que inquieto,
Um coração chora, pouco após ver sua alegria...Agora está novamente morto. Ali parado, talvez esperando seu velório,para quem sabe um dia apodrecer em paz...
Ser enterrado, ter os vermes...
comendo seu corpo,em um alto grau de putrefação. Nada mais justo para quem hoje perdeu o seu amor,
alguém que desacreditado
para o fundo caminhou...
seu recanto sombrio onde a alegria é a dor.Calmamente parado...
Seu coração ele enterra.
Unknown disse…
Marinaldo Leal

AMOR

Sempre ali parado...
sem nada esperar
sem nada sonhar
sem nenhuma certeza
sem nenhuma alegria
sem nenhuma tristeza
sem nada sentir
sem nunca mentir
ou verdade falar...
sempre ali parado
sem nada encontrar
mesmo sem procurar
calmamente respira
revirando sua mente...Some
ao perceber que nunca existiu
Windows

Luzes do amanhecer,
Gotas do orvalho,
Neblinas suaves,
Ventos gelados,
Sombras ao longe,
Paisagem idílica.

Janelas deleite das lembranças...
Olhares perdidos na memória...
Sentimentos enclausurados no peito...
Toques impressos na pele...
O dia traçando meus caminhos!

Vozes me chamando
Eu não posso mais aguentar!
Abra a minha janela!
Liberte minha alma!
Abrace-me forte!
Leve-me para novos dias!

(Catarina Cervelleira)
O sorrir de um olhar

Específicos
Verdes de um verde incomum
Arredondados
A perfeita simetria
Inquietos
Atentos
Atenciosos


Um céu estrelado
Um belo amanhecer
Todas as cores do mundo
Ávidos carregam o mundo!

A fúria
A calma
O alento
Um sorriso!

*Catarina Cervelleira)
Autor:Leonardo Leal
Poema: Saudade

Saudade, saudade...Saudade!
por que vive a me perturbar
conta-me o porque disso
por que vem me aperriar

Saudade, saudade..Saudade!
que aqui grita em meu coração
fazei que teu grito ecoe
bem mais alto nessa canção

E andai pela cidade
seja onde for
com carinho e lealdade

Todo sentimento transpor
pois bem maior que essa saudade
somente o meu amor.

Unknown disse…
Nexo Vital

Perdoa-me por esse amor que sustento
Insubjugável verso, decifra rima insana
Carrega os ares azuis de um leve vento
Provisionado fica, doçura tamanha...

Nunca foi paixão, quiçá teve começo
Perdura por vidas ansiando a chama
Sem substantivos ternos, emoção sem acentos
Um dilúvio claro, luzes que emana

Perdoa-me então, esse amor que socorre
Primordial latejo, respiração precisa
Alimento meu, impulsão que me move
És nome, ninho vital, minha vida...


Ka Santos
Unknown disse…
Vidros e Borboletas
De: Ka Santos

Por trás daquele vidro, onde meu olhar é fixo, há tantas cores... E observo que a as nuvens passam, o vento acaricia e pessoas carregam sorrisos. E num horizonte tão azul, por vezes não me encaixo, ficando equilibrada na linha tênue que separa o sonho do cotidiano... Minhas verdades descansam sobre as árvores e meus pensamentos brotam nos vãos de cercas vivas e verdes. E naquele cenário não sou eu, não fui eu, e me procuro em cada semelhante, o qual passeia nas calçadas enquanto eu vago pelas estrelas. Onde será que estive que não percebi as folhas caírem? Fiquei debruçada na janela, me esperando, e eu passei, nem vi, me sucumbi, atravessei, sumi... Vivo pegando carona em borboletas e sorrisos, nem sempre francos... Mas, enquanto isso, na antessala de meus sonhos, continuo plantando minhas flores, declarando meus versos e nutrindo esse amor imenso bordado em meu peito. E isso não há de ser um tributo à tristeza... É apenas um relato de solidão... Da multidão que existe em mim mesma! Ou será por detrás daquele vidro?

Ka Santos

Jorge Santos disse…
Autor: Jorge Nogueira

A casinha

Da estrada vejo ao longe
a casinha no meio do mato
com uma antena no telhado
talvez um casal e três filhos
morem lá
talvez dois velhinhos
que passam o dia vendo TV
o verde que a tudo rodeia
aos poucos encobre a casinha
e um pequenino lago se mostra
numa sucessão de imagens
mas a casinha permanece, a casinha...
Jorge Santos disse…
Autor: Jorge Nogueira

Posto de observação

No posto de observação
Olhos indiscretos os observam
Sabem de todos os seus passos
Veem tudo o que fazem
A visita secreta
O pichador
O amasso trocado às escuras
Tudo sabem
A tudo controlam
E não há como passar despercebido
Os olhos ubíquos
Observam
Do posto de observação
A todo instante.
Lis Aiperi disse…
Autora: Lis Aiperi

PASSAGEM

Um ponto.
É do que preciso.
A linha do sonho invisível.
Eu paro agora!
Ponto “.”

E a louca vontade de não dar um “basta”!
Passa...A hora, o medo e a coragem...
...Passa...Eu sei que isso passa.
Mas, mesmo após tanta decepção,
Neste pobre coração ainda resta a vontade

De esperar,
De deixar passar...
E continuar.
Lis Aiperi disse…
Autora: Lis Aiperi

OLHOS DO VAZIO

Grandes são os olhos que me veem.
Olhos grandes a me ver serão.
Ver o que de longe nos rodeia
Pela fantasia de que grandes são.

Ver a vista, o alto da conquista,
O crescer do ser, o ponto de vista,
Ver a paz e a imensidão, ser vista.

E depois chegar ao fim, ao nada.
Perceber que o retorno é a estrada
Que conduz a graça entressonhada.
Anônimo disse…
Boneca azul
A boneca era azul
E não cor-de-rosa, com jeito de dondoca.
Brincava de carrinho... fazia travessuras.
Dava a língua quando podia.
Quem é essa menina?
Julgavam-na não ser boneca.
Mas não queria ser donzela.
Resolveu não se importar.
Trocou o salto pelo pé descalço...
O vestido de babados pelo de farrapos.
Encheu-se de liberdade...
Foi mais feliz.
Por Brenda Carvalho
Anderson de Souza disse…
Saudade:
esta palavra, no tremeluzir de meu inconsciente,
tem cheiro, cor, sabor, música, sonhos, ilusões, e dor.

Tenho saudade dos sorrisos que se despetalaram
antes das pétalas dos girassóis de hoje
terem dado um aperto de mão nas Rosas de ontem.

Há uma sinfonia nostálgica
bailando nos quintais de minha consciência. Elas
estão trajando olhares de pálpebras cerradas. Sim,
aquelas pálpebras que nunca mais regarão as raízes do meu jardim infantil.

Onde está o sorriso puro e vitalício de minha infância?
Onde estão os acordes que me acordavam para a realidade?...
Pois é, estou com saudades daquelas horas recheadas
de momentos tão sublimes, mais tão sublimes ... que a palavra saudade (neste momento)
não passa de uma metáfora perdida num espaço que terminou com o tempo.

Anderson de Souza
Anderson de Souza disse…
Poesia

A sinfonia do tempo orquestrou
os versos de meus sentidos.
Por isso, tudo que agora sinto
– tem chamas poéticas.

Chamo a vida de Poesia!
Ela é linda! Tem olhos brilhantes
e pele aromatizada por pétalas de amor.
Ela tem voz de donzela e aroma de Rosas.

E mesmo que o mundo não abra seus olhos
para a harmonia de seus versos, a poesia – filha
do alfabeto do tempo, continuará regando
os corações dos filhos das letras da VIDA.

Anderson de Souza
master chief disse…
poema ciber nético

proxis? malwares da tela visando
o apanhar na solidão
convidando para os slide shares
no sequestro de dados
no oracle, no orkut no notebook
falésias? deixando o de apetite
pelo terrorismo das teclas
sob um "poisoning attack"
de um hacker inflamar de paixão o seu software
convidado nas trevas do black ware
as vendas de senhas do wifi?
fogem a mil ventos dos scanners
na urna eletronica que se chama
internête;pcs da magoã, de desesperos
de spams, enchem os sofás de cookies"

autor; carlos a.c liberal
master chief disse…
Poema do inferno

está chovendo fora os rios; me arrepio de ilusões e agonias, cafagestes e abutres nesse dia; não posso fervilhar meu tacho
nem misturar o meu molho, é tudo agreste de susto
ela se dedicou a religião khrisna ,no cume de um castelo negro, gritou solarengos vexames ,estridentes ventanias e robots descalços, infámias beatas perdidas na torre; desalentados padres da mentira ,flechas aguçadas de sangue no podre inferno das trevas
não sobravam migalhas, nem pão; ferroados ganchos fechavam portôes; cabestres pintavam o solário e nesgas flores murchas derramavam no chão ,no subúrbio da cidade do nunca transportados porões eram o agasalho ,empurrados cordões, a moléstia
o desasossego bravo nas lascivas tumbas ornavam ritmos
nas nuvens cinzentas laceravam raios ,na urbe não havia etiquetas; inquietante silêncio armavam as ruas ,no lugar hediondo , quais vestes trouxe para este lugar;"um castelo negro, o meu altar"

autor; carlos a.c. liberal
Leandro Leit disse…

Amor Presidencial

É uma revolução
Quem sabe uma ilusão?
Quando você vem a mim
E me diz
Que não me quer mais

É uma rebeldia
Um tipo de euforia
Quando você faz um protesto
No nosso quarto de hotel
Me fazendo ser o seu reu

Você precisa entender
Que eu elegi seu amor
Nas eleições do coração

********************

Minuto final

Você sabe o que falam por aí?
Falam que quando a gente tem que partir
A vida passa sob nossos olhos
Todas as memórias caem como meteoros

Eu quero ser o ator principal
Do seu trama infernal
Quando você estiver no seu minuto final

Meu amor, mal temos tempo de viver
E enquanto escrevemos nossos próprios roteiros
A vida passa em um instante ligeiro

Leandro Augusto
poeta jardim disse…
os ritos do teu corpo
sabem de tuas necessidades,
sabem os caminhos da tua fome,
da tua sede, do teu cio.

te dou minha seiva,
hóstia, rio de palavras,
torrente, água revolta
envolta em silêncio de cristal.


me dedico a escrever com o corpo
o que meu corpo deseja e sente, confunde e mente, teus erros
são cúmplices dos meus erros.

Jardim
poeta jardim disse…
da entrada às entranhas
de tua interminável morada,
de tua sorte diária,
molhada,
adentro,
faço do tempo
o que não se acaba.

dos lábios às profundezas,
o cor de rosa da mucosa
que abro e me envolve.
é onde cabe
o meu membro.
faço do tempo
o que não se consome.

Jardim
Angela Magos disse…
antes de dormir
à luz de vela
o texto reclama
nas linhas do sonho
uma lanterna

(Angela Magos)
http://tropeceinapedradedrummond.blogspot.com.br/
Jouvana disse…
Jouvana Coluci


De quem é a culpa?


Menino de rua
Menino descalço
Dorme ao relento
Enfrenta o vento
Quando pode come
Quando não pode passa fome
Divide com outros
O pão e o troco
Carinho nunca tem
Nem roupa também
Às vezes nem ninguém
Faz pirueta
Malabarismo com paus
Em frente ao sinal
Laranjas e bolas
E pede esmola

Fuma o proibido
Cai no abismo
Perde o valor
Perde a noção
Perde o amor
O sorriso inocente
Vira um delinquente
De vida vazia
Sem expectativa
Sem tentativas...
E fica a pergunta:
De quem é a culpa?
Unknown disse…
Vidrado

Olhar à janela -
O reflexo do sol
É espelho do dia

Miguel Lima da Silva
Unknown disse…
Nada(r)

Vou pensativo
Caminhando sobre o rio
Seco de ideias

Miguel Lima da Silva
Intimidade

Procurar teus lábios
com meus dedos
e teus dedos achar
com os lábios meus.

Bárbara Sanco
Sedução

Estou armada de um lápis bem apontado.
Se este papel desalinhado me provocar novamente,
com meu traço arranco-lhe a brancura plena
e deixo-o manchado com o gozo de minhas palavras.

Bárbara Sanco
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

RECONCEITO
PRECONCEITO É SINÔNIMO DE BURRICE,
PRECONCEITO É JUÍZO PRÉ CONCEBIDO, DISCRIMINATÓRIO.
PRECONCEITO É UM ERRO.
PRECONCEITO SENTIMENTO NEGATIVO.

PRECONCEITO UMA ATITUDE HOSTIL, NEGATIVA E AGRESSIVA.
É PRECISO COMBATER O PRECONCEITO, SABER VIVER COM AS DIFERENÇAS, RESPEITANDO O OUTRO.

O PRECONCEITO ABRE CAMINHOS PARA AS DISCRIMINAÇÕES DE ETNIA, IDADE ORIGEM, GÊNERO E CLASSE.

O PRECONCEITO DEVE SER COMBATIDO, ATRAVÉS DE ATITUDES DE GENEROSIDADE, COMPREENSÃO E SENSIBILIDADE.

COMBATER O PRECONCEITO É RESPEITAR AS ESCOLHAS, AS DIVERSIDADES, É SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO.

Ilma da S. X Alves
Costelas Felinas disse…
por e-mail
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

CRIANÇA
CRIANÇA É ALEGRIA, ESPERANÇA E AMOR.
CRIANÇA É INTELIGÊNCIA, É SABEDORIA E CARINHO.
CRIANÇA É VIDA, ARTE E CURIOSIDADE.
CRIANÇA É CORRER, PULAR, CANTAR E VIVER.
CRIANÇA É SONHAR, BUSCAR E SOCIALIZAR.
CRIANÇA É CUIDADO, AFETO E GENEROSIDADE.
CRIANÇA É CURIOSIDADE, PAIXÃO E RESPONSABILIDADE.
CRIANÇA É MEIGUICE, SAÚDE E LIBERDADE.
CRIANÇA É ESPERANÇA DE MUNDO MELHOR.
CRIANÇA É ESTUDAR, CONHECER, SE DIVERTIR E ERRAR.
CRIANÇA NÃO É TRABALHO, É SAÚDE E ESCOLA.
CRIANÇA É DISCIPLINA, RESPEITO E AMBIÇÃO.
CRIANÇA É COMPARTILHAR, AMIZADE E ALEGRIA.
CRIANÇA NÃO É TRISTEZA, NEM DECEPÇÃO.
CRIANÇA É TRANQUILIDADE, TRANSFORMAÇÃO, CAIR E LEVANTAR.
CRIANÇA É EMOÇÃO, FELICIDADE E SONHAR.


Ilma Xavier Alves
Costelas Felinas disse…
por e-mail
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

CRIANÇA
CRIANÇA É ALEGRIA, ESPERANÇA E AMOR.
CRIANÇA É INTELIGÊNCIA, É SABEDORIA E CARINHO.
CRIANÇA É VIDA, ARTE E CURIOSIDADE.
CRIANÇA É CORRER, PULAR, CANTAR E VIVER.
CRIANÇA É SONHAR, BUSCAR E SOCIALIZAR.
CRIANÇA É CUIDADO, AFETO E GENEROSIDADE.
CRIANÇA É CURIOSIDADE, PAIXÃO E RESPONSABILIDADE.
CRIANÇA É MEIGUICE, SAÚDE E LIBERDADE.
CRIANÇA É ESPERANÇA DE MUNDO MELHOR.
CRIANÇA É ESTUDAR, CONHECER, SE DIVERTIR E ERRAR.
CRIANÇA NÃO É TRABALHO, É SAÚDE E ESCOLA.
CRIANÇA É DISCIPLINA, RESPEITO E AMBIÇÃO.
CRIANÇA É COMPARTILHAR, AMIZADE E ALEGRIA.
CRIANÇA NÃO É TRISTEZA, NEM DECEPÇÃO.
CRIANÇA É TRANQUILIDADE, TRANSFORMAÇÃO, CAIR E LEVANTAR.
CRIANÇA É EMOÇÃO, FELICIDADE E SONHAR.

Ilma Xavier
Costelas Felinas disse…
por e-mail
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx

De quem é a culpa?

Jouvana / 2011

Menino de rua, menino descalço
Dorme ao relento, enfrenta o vento
Quando pode come, quando não pode, passa fome
Divide com outros, o pão e o troco
Carinho nunca tem, nem roupa também
Às vezes nem ninguém
Faz pirueta, malabarismo com paus
Em frente ao sinal
Laranjas e bolas e pede esmola

Fuma o proibido, cai no abismo
Perde o valor, perde a noção
Perde o amor, sorriso inocente
Vira um delinquente
De vida vazia, sem expectativa, sem tentativas...
E fica a pergunta: De quem é a culpa?

jouvana whitaker
Unknown disse…
PASSOS (ELIANE FERREIRA)

O chão era tateado pela bengala
Tac, tac, tac...
Passos que se ouviam ao longe.
Passos curtos, arrastados,
Mas passos de quem foi um errante.

Passos que marcaram o chão de lembranças.
Tac, tac, tac...
Passos que já andaram bastante.
Já não são passos de esperança.
Mas passos de quem um dia já foi um bom andante.

ELIANE FERREIRA
Atenção Valquiria imperiano

Olhai os ninhos nos galhos,
Olhai!
Os galhos são dedos cruzados
Mãos que clamam piedade aos céus
Árvores sustentam vidas
Serenas
Jamais espalham maldade
Tranquilas lançam folhas ao léu.

Atenção Valquiria imperiano

Olhai os ninhos nos galhos,
Olhai!
Os galhos são dedos cruzados
Mãos que clamam piedade aos céus
Árvores sustentam vidas
Serenas
Jamais espalham maldade
Tranquilas lançam folhas ao léu.
Fabiano Sorbara disse…
Poetrix

Cego

Anjo branco
Deusa negra
O amor não vê cor
Fabiano Sorbara disse…
Poetrix

Flor Bruta

Colhe elogios na rua
Bom homem! Uma flor!
Em casa espanca a amada
Unknown disse…
Inspiração

Inspiração
Brota na fonte branca
Agua de palavras
Rio de tinta azul
No leito do papel.

Desenho o nosso sentir
Pinto com a voz
As palavras desenhadas
Escrevo gestos
Soletro ternura e carinho.

Inspiração
Rasga a noite escura
Céu de estrelas
Mar de pontos brilhantes
No oceano da folha.

António Branco
Unknown disse…
Autor: Jaime Moreno Alves
Titulo poema: Em paz.

Hoje eu quero morrer!
Quero me afogar nas ondas quentes
do seu corpo impávido,
e não sair jamais...
Quero sucumbir em seus braços envolventes
e gorgulhar num fio de vida
o gozo deleitoso da sua doce guarida
e dormir em paz.
…………………….
Hoje eu quero morrer
…………………….
Hoje eu quero morrer
……………………
Hoje eu
Quero
Morrer…
Unknown disse…
Autor: Jaime Moreno Alves
Poema: DESEJO

Quando eu morrer,
me enterrem numa cova rasa,
para que nas noites de solidão e frio,
eu possa em fugaz delírio,
me aquecer lá em casa.
...................................................

E não venha com desculpas,
nem invente fantasias,
pois no meu leito florido,
longe de você, do seu carinho,
minhas noites são tão vazias...
Nessa Noite

Nesse instante,
Sei que você dorme tranquilamente,
Quente em sua cama.
Quando fecho os olhos
Desejo fortemente que esteja
Sonhando comigo

Não importa quanto tempo
Ainda fiquemos separados,
Pois minha paixão é forte
E vou esperar.

Mas nessa noite,
Declaro todo o meu amor a você:

Prometo que lutarei
Contra todas as barreiras,
Escalarei todas as montanhas,
Enfrentando a chuva e o sol,
As trevas e os perigos,
Para poder olhar em seus olhos,
Contemplar seu sorriso,
Beijar sua boca
E dizer...

Que mesmo que o tempo pare,
Mesmo que o céu caia
Ou o sol nunca mais surgir no horizonte,
É você minha vida.
É com você que quero viver
Até o fim dos dias.

E você, que quero acordar todas as manhãs,
E ver ainda dormindo.
E enquanto ainda dorme,
Uma flor colocar ao teu lado.

Que é com você que minha vida começa
E onde ela nunca termina.

Prometo-te um lar,
Prometo-te conforto.
Mas nessa noite,
Prometo à você todo o meu amor.
Todo meu coração.
Prometo minha vida à você!

Estar com você quando
O vento soprar em todas as direções,
Estar com você em toda felicidade
E em toda dor.
Estar com você, ouvindo
O primeiro choro de nosso filho.
Estar com você no momento
Da nossa morte,
E após ela, na nossa eternidade.

Completar-te,
Ser aquilo que lhe falta,
Estar pronto para quando você precisar.

Abraçarei-te forte,
Progerei-te de toda escuridão,
Pois o que eu sinto
É algo impossível de explicar.
É algo puro como o cristal,
Que enche meu ser,
Como água flui num riacho
E vibra como o som
Do canto de um pássaro.

Desejo estar aí, nessa noite,
Para tocar em seu rosto,
Acariciar seus cabelos
E sussurrar o quanto
Te amo,
Em seus ouvidos.

Como você não há mulher que
Que exista.
Você é a mais linda de todas.
É a mais pura e perfeita,
A garota por quem todos
Os outros rapazes desejam ter como esposa.
Tua alma é radiante,
Ilumina o mundo por onde passa.
Você é como o Sol,
Que me aquece o coração.
A mais linda e doce flor da roseira.

Quero estar do teu lado,
Nessa noite,
Para pegar em sua mão,
Beijá-la,
E simplesmente lhe dizer baixinho,
Te amo,
Boa noite, até amanhã...


Anderson Gorgone
gorgone.anderson@gmail.com
Anônimo disse…
Taça vazia

Em tempo de veraneio vi tuas angústias,
Serpentes a correrem as mãos,
Tempo de escuridão,
Arcabouço de desconjuro de incontestável missão, talvez de cão...
Textos descontextualizados, envazados, sem sinceras contemplações...
Cordilheiras, talvez do Himalaia descrevessem as engraçadas e duvidosas situações de transitória estrada....

Cotovias aos encalços sobrevoam os miolos de Andina,
Caminham teus pés sem separar as vírgulas de tua trajetória,
Sinais de sua lascívia pela vida?
Quem sabe? Podem ser apenas resquícios de sua ardente vitória...
Aos goles de sinceros vinhos,
A tona os espinhos,
A cortejar a mente em seda fina de perfeitinha menina,
De saia francesa de seda fina....
Embevecida, taça de farsa,
Apenas, uma taça vazia...







Silviane Lílian
silvianereis@yahoo.com.br
Anônimo disse…
Autor :Horacio Daniel Sequeira
Vermelho
A cor escarlate que ruboriza a tez,
Enrubesce as bochechas dos adolescentes,
Cora a vergonha da ingênua timidez,
Bota fogo nos cabelos ruivos inocentes.
Destaca o lado rubro da camisa no Rio
E o colorado no outro Rio, o Grande do Sul,
É a cor da paixão que torce com brio,
Que sofre e grita com o coração a mil.
São os vermelhos agindo em nossas vidas,
Como o do sangue que corre em nossas veias,
Como pimenta que arde nas feridas.
Como a lava que o vulcão incendeia.

Anônimo disse…
Autor:Horacio Daniel Sequeira
O SENHOR DO DESERTO

O senhor do deserto
Sobre um camelo cavalgava,
E aos quatro ventos gritava:
O deserto é meu!
As imensas dunas
Percorria noite e dia
E ele a todos dizia:
Esta areia é minha!
Mas o que ninguém sabia
É que nessa fortaleza
Própria de toda realeza
Habitava um solitário.
Sem rainha nem princesa,
Sem criados nem lacaios.
Valleska Cabral disse…
AMOR À SOLTA

O feitiço foi lançado!
Solto, desvairado no meio da multidão
E se espalhou por todos os cantos,
Na busca segura de te encontrar.
Um toque... Borbulhas enferveciam
Preenchendo todo o ar com gotículas de paixão.
Não temas!
Não te oferecerei uma maçã,
Não te oferecerei nenhuma poção,
Não te transformarei em sapo,
Nem pedirei seu dedo pela janela
E jamais gargalharei provocando-te medo e desequilíbrio.
Não.. Não é feitiço!
É que me entregaste seu coração
E nele, como em uma bola de cristal,
Consigo ver abrigo, verdade, sonhos...
É nele que colho hoje os frutos adocicados
Trazidos por bruxas, duendes e fadas
Em cestas mágicas tramadas
Com fios de felicidade produzidos pelo sorriso
De uma mulher amada!

(Valeska Cabral)

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