enviado por Roberto de Queiroz O autorretrato de Luciano Marinho Roberto de Queiroz* Na interpretação que faz de seus próprios romances, em sua página no Facebook , Luciano Marinho define-se como romancista recifense. No ensejo, o termo “recifense” funciona como adjetivo pátrio. Assim, a expressão “romancista recifense” não se refere a temáticas oriundas do Recife e suas mesorregiões geográficas. No caso em tela, o “recifense” é o autor, e não a temática de sua obra. Aquele, seguramente, pode ir além de suas fronteiras, enquanto essa, por sua vez, caminha ao lado de seu criador. Nesse sentido, ambos podem ultrapassar facilmente as fronteiras das temáticas regionalistas (“a pobreza do nordestino, a figura do retirante, as intempéries da natureza, a consequente falta de perspectiva de vida”, etc.). Por esse prisma, nota-se que Marinho aborda em seus romances temas urbanos (iniquidade, egoísmo, luta pela sobrevivência, etc.), ou seja, o existencia...