enviado pelo autor
Vagueando
Só quero e busco, claro, ó Deus, é tenra paz.
Ter sede, sendo a sede única deste amor;
e dar de tudo sempre e sempre... Sempre amor!
Vendo a vida, tão linda, a me dar só o que apraz.
Desejo a luz da cruz e sou pó – santo mundo.
Doar sem medo e pejo – ousar e desnudar-me;
Ver-te e verter o pranto – amor sutil, fecundo:
o crível, terno e amor constante do desarme.
Credo! Creio, mas temo estar deveras frágil...
Se dó eu sinto, velo; e, penitente ao Sul,
no descaminho ébrio, eu findo ao polo Norte.
Sou vida, quero a paz repleta de amor, sorte;
e fujo da frieza insípida do azul,
enquanto sobrevivo aqui, findando o estágio.
Nijair Araújo Pinto
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