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ORDEM ENTREVISTA POETA VIEIRA VIVO

ORDEM ENTREVISTA
POETA VIEIRA VIVO
ESCREVER É UM ATO DE AMOR E INTELIGÊNCIA

TIVE A OPORTUNIDADE DE CONHECER O CASAL CLAUDIA BRINO E VIEIRA VIVO EM UM EVENTO NO GUARUJÁ , DA ORDEM, QUE ELES GENTILMENTE PARTICIPARAM. FALTAM PALAVRAS PARA DESCREVER O ENCANTAMENTO QUE OS DOIS PROVOCAM. O NOSSO ENTREVISTADO É UM EXÍMIO ESCRITOR, QUE MESCLA A VERVE E A INTELIGÊNCIA NOS TEXTOS COM MUITA PERSONALIDADE E ORIGINALIDADE. LITERATURAS DE QUALIDADE A PARTE, AMBOS TAMBÉM FAZEM UM TRABALHO BELÍSSIMO NA AREA DE PALESTRAS E DIVULGAÇÃO DO LIVRO ARTESANAL. FRENTE A TANTAS PESSOAS DA POESIA, EIS UM POETA DE QUEM ME TORNEI FÃ E ADMIRADOR. PARABÉNS POETA E ESCRITOR VIEIRA VIVO, MEMBRO HONORÁRIO DA OPB.
ENTREVISTA CONCEDIDA AO POETA MAURICIO DE AZEVEDO
1- Quem é o poeta Vieira Vivo?

RESP - Ainda não consegui descobrir. Mas, passo o meu tempo como co-editor e encadernador da Ed. Costelas Felinas, pesquisador e editor da revista Cabeça Ativa e, também, tenho lançado alguns livros de poemas, crônicas e humor.
2- Como vê o atual momento do livro no Brasil?
RESP - Como escritor vejo um abismo enorme entre quem produz e quem edita. Tudo é voltado para a massificação segmentada. Então, compete a nós buscarmos alternativas, nesse imenso espaço vazio, para nos movimentarmos.
3- O Plano Nacional do Livro vem desde 2006 elaborando estratégias, acredita que podemos ter esperança no trabalho do Ministério da Educação?
RESP - Eu não tenho esperança, pois todas as estratégias são somente comerciais e corporativas. Sempre o Ministério terá que gastar milhões de reais para adquirir ou editar livros seculares e distribuí-los para que ninguém os leia.
4- Acredita que o livro voltará um dia a desfrutar o mesmo prestígio de décadas passadas?
RESP - O livro é, apenas, o invólucro atual da literatura. Ela já esteve enrolada em papiro, prensada em capas de madeira no tempo do pergaminho e, daqui pra frente, seguirá nos aparelhos eletrônicos. Não importa o meio, a literatura continuará o seu caminho.
5- O que falta à poesia e à literatura em geral para atrair o público?
RESP - Essa pergunta me fez lembrar um poema do Eduardo Alves da Costa, “Tentativa para salvar a poesia”, onde a coitadinha agoniza, passa pela UTI, depois fica toda encolhida, moribunda até que o poeta chega empurrando todo mundo, dá-lhe um tapa na bunda e grita: Levanta morena, que essa frescura te mata!
6- Você e Cláudia Brino fazem um trabalho maravilhoso na edição de livros, fale-nos sobre ele:.
RESP - É um trabalho ideológico, todo artesanal, no intuito de diminuir o abismo entre o escritor e seus leitores. Em pequenas tiragens temos lançado um livro novo a cada semana em algum lugar do Brasil. E, assim, vamos criando, documentando e divulgando um acervo literário alternativo, já com mais de 200 títulos, dentro de uma visão não mercantilista, mas documental e curricular, para que cada escritor independente possa expandir seu círculo de atuação.
7- Que conselho daria a um poeta ou escritor iniciante em relação à edição de um livro?
RESP - Se for através da literatura independente, editar pequenas quantidades de cada vez e com o auxílio das redes sociais promover vários “re-lançamentos” em eventos literários e reuniões artísticas, procurando marcar o nome, atuando sempre de forma diversificada e, também, criar o hábito de enviar seus livros para colunas literárias, revistas culturais, jornais alternativos... e ampliar continuamente seu círculo de amizades literárias.
8- Fale-nos sobre a sua poesia e literatura em geral:
RESP - Me espelhei nos poetas marginais da década de 70, mimeógrafo, hippies, artesanato, viagens, ideologia libertária... Essa é minha vivência e a espinha dorsal do meu trabalho. Mas, acima de tudo sou fruto do amor pela literatura. E assim procuro marcar minha trajetória.
9- Fale-nos tudo o que desejar sobre a poesia:
RESP - A poesia é o gênero literário que mais promove eventos, saraus, encontros e lançamentos de livros no Brasil. No entanto, ocorrem dois extremos: ou são enfadonhamente elitistas com discursos quilométricos ou são totalmente amadores e sempre com discursos intermináveis. A apresentação de poemas deve buscar um formato próprio, rápido, bem feito, bem ensaiado, com os autores passando de forma prática, compreensível e clara os seus trabalhos. Devemos lembrar, sempre, que na poesia falada o importante é o poema e não o poeta. E no mais, é ler muito e produzir sempre.
AGRADECEMOS AO POETA VIEIRA VIVO A ENTREVISTA. RECOMENDAMOS UMA VISITA A PÁGINA DO AUTOR PARA QUE CONHEÇAM A ED. COSTELAS FELINAS, ESPECIALIZADA EM LIVROS ARTESANAIS.

Comentários

Unknown disse…
Bravo Vieira Vivo, uma entrevista de um artista que conhece seus metier, que tem coragem e sabedoria no que fala e cria. Tenho enorme carinho pelo Vivo e pela Cláudia Brino, pelo esforço e determinação com que levam seus projetos, entre eles a Ed. Costelas Felinas, que com mais de 200 títulos demonstra que a literatura está viva, em combate, e disposta a continuar a encantar e cantar esta Terra.
Costelas Felinas disse…
ENVIADO POR E-MAIL

Leandro Martins de Jesus
10 de out (Há 2 dias)

para mim
E ai Vieira? VIVO a poesia!
!!!!! :)
Leandro
Costelas Felinas disse…
enviado por e-mail

9 de out (Há 3 dias)

para mim
Vieira: O que você disse,é mais do que correto,é necessário. Feldman

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