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Ainda sou o mesmo
Pelo silêncio das mãos grito o meu cansaço.
Na fala, uma areia fina envelhece a voz.
Nos olhos, uma cortina ressentida.
A alma muda de cor, mas não se acaba.
Ainda sou o mesmo, e sempre serei.
Sou o mesmo de ontem, e agora!
No bolso da memória repousam poemas.
Na gaveta, folhas amarelam em branco,
Aguardando a chegada das palavras.
Ainda sou aquele menino que escrevia cartas,
O mesmo poeta que antes desenhava rimas.
E nas mãos, a caneta, o papel e o coração.
Luciano Marques
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