quando repete a mesma
palavra ou expressão no começo e no fim do mesmo verso.
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O presente é um presente
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os poemas publicados aqui participaram do concurso Trajes Poéticos
realizado pelo Clube de Poetas do Litoral - salvo os poemas dos autores
cepelistas que foram os julgadores do concurso.
Passos
Os passos duelam seus sons
num ritmar constante
Tons buscando outros tons
num compasso estanque
tempo e contratempo
em uma pauta constante
Vieira Vivo - cepelista
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Menina moça
Menina moça
moça menina,
saltitante a
borboletear.
Menina vira
moça,
moça deixa
de ser menina,
e aprende a
lutar.
Deixa a
inocência
da infância
menina.
Cresce e
aparece
vai procriar
Cria
crianças:
meninos e
meninas.
A vida
retorna
ao mesmo recomeçar.
Valquiria Imperiano
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TEÇA E NÃO RENDA
Prenda e/ou Renda
Na porta surge o portador.
Arreda, é um Predador.
Ou o Prendedor aportou?
Importa a Renda?
- Sim: IM-POR-TA
Renda tecida gera a renda
Não renda!
acon-TEÇA.
Onã Silva
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EXÉRCITOS
Cercados por soldados
que gritam a lei sem razão,
estamos lado a lado
na luta pelo pão:
escravos livrarão a escravos
se todos dermos as mãos.
Edweine Loureiro – Saitama/ Japão (Vencedor do concurso
Trajes Poéticos)
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DESCASO
Eu de caso com ninguém,
Refém do "tudo sempre aquém",
Vaso quebrado que não vale um vintém,
Eu ao simples acaso de alguém,
Perdido na estação do atraso do meu trem,
À espera do ocaso que nunca vem.
Soldado raso, sem parnaso, sem amém!
Sem alcançar a noite que já vai muito além.
Sem ter a quem chamar de meu bem.
Descaso, que descaso!
Quanto desdém!
Não extravaso, eu me arraso:
João-ninguém!
Geraldo Trombin
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AMAR, SEMPRE!
Cercados por soldados
que gritam a lei sem razão,
estamos lado a lado
na luta pelo pão:
escravos livrarão a escravos
se todos dermos as mãos.
Edweine Loureiro – Saitama/ Japão (Vencedor do concurso
Trajes Poéticos)
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DESCASO
Eu de caso com ninguém,
Refém do "tudo sempre aquém",
Vaso quebrado que não vale um vintém,
Eu ao simples acaso de alguém,
Perdido na estação do atraso do meu trem,
À espera do ocaso que nunca vem.
Soldado raso, sem parnaso, sem amém!
Sem alcançar a noite que já vai muito além.
Sem ter a quem chamar de meu bem.
Descaso, que descaso!
Quanto desdém!
Não extravaso, eu me arraso:
João-ninguém!
Geraldo Trombin
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AMAR, SEMPRE!
Ano, após ano,
amo, amo...
E quando percebo
que me engano,
não reclamo.
Esqueço o dano.
Parto para um
outro plano,
sano.
José Romeu Cerioni Neto
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Amei o seu sorriso, amei
sua língua em minha boca.
Mas de tanto amor
não percebi que seus olhos
para mim não olhavam.
E o tempo passou... e agora
Choro o tempo perdido, choro.
Sem saber que você
fez uma piscina com
minhas lágrimas tristes.
Morgana Sampaio Souza
amo, amo...
E quando percebo
que me engano,
não reclamo.
Esqueço o dano.
Parto para um
outro plano,
sano.
José Romeu Cerioni Neto
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Amei o seu sorriso, amei
sua língua em minha boca.
Mas de tanto amor
não percebi que seus olhos
para mim não olhavam.
E o tempo passou... e agora
Choro o tempo perdido, choro.
Sem saber que você
fez uma piscina com
minhas lágrimas tristes.
Morgana Sampaio Souza
O presente é um presente
O ontem já se desfez.
O amanhã quem saberá?
Só hoje busco ser feliz.
Viver, eterno risco de viver.
Não admite perdedor...
Clara Sznifer - cepelista
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JACARANDÁ
Saudade, que triste saudade
do meu velho jacarandá.
Não há nada que mais me agrade
que pensar que eu te vejo lá
trazendo-me a sombra que invade:
metade aqui, lá outra metade.
Deise Domingues Giannini - cepelista
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ALIENAÇÃO
Novelas,quantas novelas
Vão entrando pelos lares
Só mostrando as mazelas
Percorrendo todos mares
Oo olhos fanatizados
Na telinha ou no telão
Ficam muito amargurados
Pelo mocinho ou vilão
O vazio, se canaliza
carregado de intriga,
crimes, ódios, desavensas,
E, o sexo, se banaliza.
Da realidade existente,
Afastam-se sem demora
Do seu povo, sua gente,
Do mundo louco, lá fora.
Até ignoram os roubos,
Dos seus próprios governantes
Que dão impostos com arroubos
Nos seus consumos...ausentes.
Mas o povo acorrentado
Nem sabe que está freado,
Na tal da alienação
Da maldita, alienação!
Edite R. Capelo - cepelista
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Mudança de estação
Folhas caem mansinho
Uma a uma
Amarelando a calçada
Alegrando o coração
Outonando a vida
Kedma O’liver - cepelista
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Navega,
meu barco, navega
por esses mares sem fim.
Vai em busca do seu destino.
Solte as asas do menino
que tão bem lhe conduz.
Ao enfrentar tempestades
meu barco, seja um forte.
Tenha cuidado com a Morte
pois ela é traiçoeira.
Vai carregando esperança.
Vai ao encontro da bonança.
Volte,
meu barco , volte!
Traga tudo de melhor
que o mar lhe proporcionou.
Por que toda minha saudade
aqui, no cais estacionou.
Ludimar Gomes Molina - cepelista
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Espero
Espero por você, sempre espero por você,
Onde quer que eu vá, onde quer que eu esteja...
Com paciência, sem pressa, com paciência.
Será que terei mesmo paciência, será?
Só o tempo dirá... Só o tempo dirá...
Que Deus me ajude o céu encontrar!
Marly Barduco Palma - cepelista
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Tudo misturado
Choro e nego que choro
parto e nego que parto
volto sem dizer que volto
fico e digo que não fico
explico e nada explico
conflito gera conflito.
Olímpio Coelho de Araújo - cepelista
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Insensatez
Por que carregas contigo a insensatez do amor, por quê?
Do amor e da dor fazes o teu dia,
Se teu dia fosse pleno de harmonia
De harmonia tu serias mais feliz.
A dor tu não mais terias... não mais teria a dor
Se não carregastes contigo a insensatez do amor!
Thereza Ramalho Figueiredo - cepelista