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Para Sarah
uma saudade de flor
brota
de um noturno de
Chopin
alguma sede malsã e o
engano
com a cor azul nas
águas de lago
dos teus olhos verdes
e então em degredo
escrevo
baixinho palavras
barulhentas em segredos
de barco, de conchas,
de aves marinhas e de mar
adernando espera
suavemente no cais
e nem rompe o dia
e uma poesia vadia
de cisne peregrino
pequenina alicia
fescenina e sem fim
o horizonte defronte
ao teu olhar desde
sempre
desde o ar, desde a
invenção
da eternidade dentro
de mim
enquanto acordo
pontualmente teu
às mais tenras horas
da manhã
ERNANI FRAGA
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