capa: Roberto Massoni |
A decoração interna totalmente
voltada para o evento continha guarda-chuvas suspensos (alusão ao prêmio de
melhor ator que Greghi conquistou como um dos homens do guarda-chuva na peça
“Fando e Lis, de Arrabal), tecidos brancos e negros formando
aconchegantes abóbadas acima do público que adentrava ao espaço cênico;
inscrições com o nome do homenageado recobriam a parede lateral e cartões em
branco convidavam os presentes a registrarem suas impressões.
Ao iniciar-se o ritual, Pedro
Norato e Carla Lacerda saudaram a memória do ator, diretor teatral, dramaturgo,
professor e homem das artes: Greghi Filho. Foi destacada a importância de
projetos semelhantes para manter viva a memória de um artista que nos precedeu,
abriu caminhos e deixou um legado de realizações que elevou o teatro santista,
da época, a um patamar de prestígio e reconhecimento em todo o país. O escritor
e dramaturgo Roberto Massoni, idealizador do evento, com o essencial apoio do
Tescom, rememorou sua vivência de amizade e trabalho com o homenageado, a
dedicação que este devotava à arte teatral e em meio a emoção visível entre os
presentes, iniciou-se o programa da noite.
O Grupo Tescom, formado por alunos
e professores do Núcleo de Teatro apresentou em performance impecável, um ensaio
de “Fando e Lis”, com Tatiane Libor representando Patrícia Galvão,
onde pudemos avaliar todo o impacto que esse texto, que iniciava o chamado
“teatro do absurdo”, provocou em Santos em 1959. Lá estavam, também, os homens
do guarda-chuva e suas caóticas atitudes interagindo com o casal que se debate
num mundo onde o espanto e a irracionalidade habitam e envolvem seu insano e
fragmentado cotidiano.
Liliane São Paulo e Romar
Zacharias, logo a seguir, promoveram a leitura dramática de trechos de “Como
Deus criou o mundo... e depois se arrependeu” e, ainda, Maria Luiza Paiva
Diniz e Guilherme Zanin, ofertaram ao público os diálogos de “A farsa do
príncipe invisível”. Rodrigo Marcondes, Juliana Vicma e Fábio (?)
completaram o programa com a leitura de trechos de “Xeque-Mate”.
Após as apresentações, durante
coquetel oferecido aos presentes, Roberto Massoni autografou seu livro:
“Greghi Filho: Artista”, confeccionado pela Ed. Costelas Felinas, cuja
venda será revertida para manter e conservar o “Acervo Greghi Filho”.
Para o enriquecimento do acervo, três contribuições temos a destacar: Os
originais datilografados de “Xeque-Mate” oferecidos por Rodrigo
Marcondes, um desenho de Greghi Filho elaborado pelo cartunista Argemiro
Antunes, o Miro, em 2002 e os originais de sete peças datilografadas que se
encontravam em poder de Roberto Massoni.
Temos a salientar, ainda, a
dedicação de todo o pessoal do Tescom, a simpatia e solicitude de Bete
Fernandes, o apoio de Pedro Norato e Carla Lacerda e ao incentivo e primoroso
auxílio de Célia Olga à elaboração do livro dedicado à Greghi
Filho.
Para adquirir o e-book do livro ou
o mesmo impresso entre em contato diretamente com o autor massoni2008@hotmail.com
Veja as fotos do evento em Ritual de Memória
Veja as fotos do evento em Ritual de Memória
Vieira Vivo