12 bandas independentes de Belo Horizonte se reúnem a 16 artistas gráficos para dar origem ao festival Traço – música e desenhos ao vivo . A iniciativa é um trabalho experimental, em que os grupos tocam enquanto os desenhistas criam ilustrações ao vivo, projetadas no telão da casa que recebe os shows, o Stonehenge. Composto por quatro edições, com três apresentações por noite, o festival estreia no dia 8 de agosto, às 21h, e tem encerramento marcado para junho do ano que vem. A curadoria musical abrange estilos, formações e propostas diversas. Rock, dub, ska, afrobeat, música instrumental, eletrônica, punk, grunge e “stoner barroco” são ritmos apresentados por bandas que variam de trios a septetos. Os objetivos vão desde apresentar simplicidade por meio de um som direto ou refletir sobre a sociedade contemporânea até “detonar uma experiência sonora alimentada pela cultura negra e urbana, que faça mexer músculos e cérebros”. Provocar a imaginação é também o intuito da c...
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Vivo correndo
Imaginando a natureza
que floresce por onde passo
Até que percebo que as vezes
Estou dentro de um porta retrato
parado sem se mexer
no meio da sala
Mas tudo faz sentido
é a vida que anda
Um cavalo correndo
Sem medo
Não importa onde esteja
Sua aparência e força
Quebra todo desconforto
Até um quadro velho e morfo.
chamado de Figueiredo
preferir o cheiro mesmo
dos cavalos ao do povo.
Talvez por achá-lo burro...
Talvez até por certeza...
Mas mereceria um coice?
Só se o povo compreendesse
o sentido da expressão,
poderia conceder-lhe
um coice forte na fuça,
para ele acordar pra vida.
Mas escrevi num repente
estes versos tão somente
para o presente labor
das grãs Costelas Felinas!
Deixo aqui meu relinchar
e um abraço em sete sílabas:
abraço, caros colegas!
Oliveira Caruso (Niterói - RJ)
Sigo trotando
Montado em mim mesmo
Minhas ferraduras abandono
Solo fofo, proteção dispensável
Meu afã arredio
Pede passagem, calmamente
Abandonei a viseira, vejo horizonte
Defino caminhos, sem pensar, só sentindo
(Luiz Vaillant)
O ar, me lembra que fui Pégaso
A água que cai, Hipocampo nas águas
O fogo por dentro, Pesadelo de mim me torno
A terra, fofa, fértil, me chama à realidade, nua
Sou cavalo
de ar,
de água,
de fogo
Mas caminho sobre a terra
Cavalo Guerreiro
Batalhas terrenas
Pasto, gosto, relincho
A vida se vive aqui
No prado, os sonhos elementais
São guias, para quem tem os cascos
Firmes na relva doce
Não à sela, à cocheira,
À ferradura.
Quer trotar livre pelas campinas,
Quer liberdade.
Deixar as crinas voarem ao vento...
E ao cair da tarde
Rolar na terra, refestelar-se.
No cavalgar dos sonhos
Com as pálpebras caídas,
Saudade é o sentimento.
Então, alado, galopar sem destino
Em direção ao etéreo
E só parar quando o corpo cansado
Pedir arrego -
Aguerrido alazão.
Cida Micossi
Beijo, Cida Micossi