SILVÉRIO DA COSTA escreve sobre o livro Os Guerreiros Medievais têm medo de Automóvel e Liquidificador de Eduardo Waack
SILVÉRIO DA COSTA escreve sobre o livro
Os Guerreiros Medievais têm medo
de Automóvel e Liquidificador
de Eduardo Waack
Li
e reli, para melhor entender, o livro “Os Guerreiros Medievais têm medo de
Automóvel e Liquidificador”, de Eduardo Waack. Um título extenso assim, é capaz
de afugentar, logo à primeira vista, mas não é nada disso, pois trata-se de um
texto, dividido em diversos textos, vocacionados para as coisas boas da vida,
ressaltando-se a consistência temática e a originalidade, no que tange à relação
que estabelece entre a luz e as trevas, mostrando o mundo subliminar que se
esconde por detrás de toda e qualquer epifania.
Trata-se
de uma narrativa linear, realista e encadeada, que mostra a fronteira entre o
bem e o mal, indicando, ou sugerindo, o caminho a seguir. É um livro que
procura ser um catalisador de contradições, um congregador, mostrando os males
que afetam a existencialidade. Há nele, portanto, um certo pendor
sócio-cultural, formulando ensinamentos e convidando o leitor para o exercício
das boas maneiras, da convivência pacífica e da tolerância, levando-o a rever
atitudes dentro de uma ótica sadia e civilizada.
A
linguagem é despojada, bem alicerçada, às vezes até mordaz, e aureolada pela
vivacidade poética que o Eduardo carrega no seu íntimo, fazendo associações e
diversificando as relações narrativas, graças aos jogos verbais que emprega com
muita propriedade, e a sequência temporal por ele encontrada, dentro de uma
visão que, para muitos, pode ser utópica, mas que tem grande relevância, dados
os aspectos tanscendentais que enfoca, como por exemplo, os mistérios que
envolvem a vida e a morte, fazendo um
inventário digno de ficar como marco para a posteridade, já que reflete,
também, sobre a inevitabilidade do fim e a melhor maneira de encará-lo,
enquanto se está vivo.
Ressalte-se,
ainda, tudo aquilo que compõe e pode afetar o roteiro existencial do ser
humano, bem como as representações e as imagens de tirar o fôlego, ao longo do
livro. Eduardo Waack deixa com este trabalho um legado educacional maravilhoso,
que contempla, também, o lado artístico-espiritual. É de fazer inveja aos
grandes autores do ramo!... Parabéns
Silvério da Costa
Coluna Fronte Cultural
Jornal SulBrasil –
Edição 6200
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