CAPFINIDA - poema que em certo momentos
repete no começo algumas palavras do fim
da estrofe anterior, numa espécie de anadiplose, como no caso deste poema de
Rosália Castro - Cantares Gallegos
Cada estrela, o
seu diamante;
cada nube,
branca pruma;
trist'a a lua marcha diante
Diante marcha crarexando
veigas, rados,
montes, rios,
dond' o dia vai faltando
Falta o dia, a noite escura
baixa, baixa
pouco a pouco
por montanãs de verdura...
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Vivo a vida a sonhar
Vivo a vida a sorrir
Vivo a vida a poetar
A poetar vou seguindo
Seguindo vou meu caminho
Caminho meu que acho lindo
Assim pretendo viver
Viver pretendo feliz
Ver a vida acontecer
Cida Micossi
A chuva cai mansamente
e apressa meu coração
num compasso atormentado.
Atormentado compasso que me enlouquece.
A chuva desaparece.
E o sol volta a brilhar.
Mas o meu coração louco
vai se calando, sofrendo.
Sofrendo, calando começa a chorar
Ludimar Gomes Molina
Já não posso te esquecer
Esquecer-te já não posso
Sem esse corpo pra me aquecer.
É tão grande o meu amor
Que já não sei mais me recompor
De tantas delícias de puro sabor
Que senti por ti, meu Senhor!
Senhor meu, és minha alma: - Estou a teu dispor
Pra sentir eternamente o teu calor!
Márcia Brabo
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CAPFINIDA
MEU FIM
A chuva cai mansamente
E apressa meu coração
Num compasso atormentado
Atormentado compasso que me enlouquece
A chuva desaparece
E o sol volta a brilhar
Mas meu coração louco
Vai se calando, sofrendo
Sofrendo,calando, começa a parar
LUDIMAR GOMES MOLINA
Céu de estrelas reluzentes
Brilhando como diamantes
Enfeitam o caminho lindo
Lindo caminho de pedras
Onde namorados se encontram
Fazendo juras eternas
Eternas juras que acabam
Quando termina a noite
É tempo de novas quimeras
Kedma O’liver
CANTARES
Aquele mar tão distante
Que pisca, pisca e rebrilha
Reluz igual diamante!
Diamante misterioso
Cheio de histórias e lendas
Naveguei nele, ansioso!
Ansioso nele ouvia
Os cantares das sereias
Que se banhavam ao dia!
edite capelo
Cada corda o seu acorde
cada acorde a melodia.
Vai chorando minha viola,
minha viola me arrepia,
me arrepia na canção,
faz fibrilar meu coração.
Está no som da viola,
em cada verso que eu canto.
Eu canto e os males espanto.
Olímpio Coelho de Araújo. (Oca)
poema de Deise Domingues Giannini
IMAGENS
No espelho sua imagem
sua imagem do passado,
mas louvando sua coragem,
deixa o passado de lado.
De lado, o passado é funesto
agora "Venha futuro"!
o passado tão funesto,
mas hoje é só bom auguro.