Por
los corredores
del "Hospital de las Hermanas de la Caridad"
corren
vuelan
ángeles de cera
diluidos rostros
frágiles
tan frágiles como la alegría
duros
tan duros como los inviernos
líneas azules
palabras fragmentadas
que rozan el silencio
lápices de colores
que
pintan en el aire los aciertos.
Ángeles
sin sueño
descalzos como el agua
vestidos a la usanza de los
cruzados
ángeles
ojos pedernales
para perforar la indolencia
manos
ilesas sobre el fuego
caracoles las orejas
para oír el retorno de la infancia.
Por los corredores
del "Hospital de las Hermanas de la Caridad"
van y vienen
los ángeles de cera
no
necesitan brújula
saben con certeza donde está el Paraíso
no necesitan reloj
saben simplemente que late el corazón.
<><>
ANJOS DE CERA
Pelos corredores
do "Hospital das Irmãs da Caridade"
correm,
voam
anjos de cera
rostos diluídos
frágeis
tão frágeis como a alegria
duros
tão duros quanto invernos
linhas azuis
palavras fragmentadas
que roçam o silêncio
lápis de cor
que colorem o ar nos sucessos.
Anjos
sem sonho
descalços como a água
vestidos no estilo dos cruzados
anjos
olhos pederneiras
para perfurar indolência
mãos ilesas sobre o fogo
as orelhas, caracóis
para ouvir o retorno da infância .
Por corredores
do "Hospital das Irmãs da Caridade"
vêm e vão
os anjos de cera
sem necessitar de bússola
Sabem com certeza onde o Paraíso fica
nem precisam de relógio
simplesmente sabem que bate o
coração
<><>
Postagem e Versão ao Português: Clevane Pessoa –Brasil
Comentários