“NAVEGAR É
PRECISO”
Por maior
que seja o talento inato de um homem . A arte de
escrever não se aprende repentinamente
J. J. Rousseau
Não é de hoje que Iracema
M. Régis vem singrando os mares procelosos da literatura no ABC paulista. (Nada
mais nada menos do que 39 anos de atividades). Na maioria das vezes, animada,
vibrante, recebendo rasgados elogios e prêmios valiosos, estimulantes, em
retribuição aos esforços na difícil arte de escrever. Não é freqüente, mas de
vez em quando, ao ver o seu barco em avaria, promete queimar as velas no
primeiro porto e abandonar a embarcação para sempre. Ainda bem que esses
momentos são passageiros e a escritora, após se refazer do cansaço, refletir,
volta a segurar o leme com mais força, concentrando-se em um ponto fixo,
definido pela bússola e prossegue a viagem, sempre a navegar, navegar, como
queriam os lusos das embarcações portuguesas – brava gente, de onde provem a
nossa Iracema M. Régis, crendo que “navegar é preciso!...”. E com forças
redobradas, parte de peito aberto, desafiando os ventos e as intempéries, em
busca de novas aventuras literárias: ora armando um ensaio, ora arquitetando um
conto, um artigo para jornal, um poema, um prefácio, posfácio e orelhas para
livros de autores da região e até mesmo este diário (seu 23º título),
estimulada que fora, na virada do século XX (1999 a 2000), pelo velho capitão
de longo curso, Antonio Possidonio Sampaio, um desses homens raros, que gastou
boa parte de sua longa vida fazendo o bem sem olhar a quem. Estimulando os
aspirantes a escritor a mergulhar na profundeza dos mares, à procura de pérolas
em forma de letras e outras ambições artísticas.
A autora em
epígrafe foi uma das seduzidas pelo velho mestre e embarcou, junto a outros
aspirantes, a fim de produzirem um diário. Neste “Diarizando” - (I) (de
7/8/1999 a 20/1/2000) encontramos uma literatura sintética, bem urdida, onde
registrou a cada dia seus pensamentos, suas observações, impressões de
leituras, diálogos colhidos nas ruas entre o povão e mesmo as experiências
culinárias junto à fervura nas panelas em ebulição, a depurar a sopa para o
jantar e otas cositas mas, que ocuparam o seu “cotidiário”, durante esse
período cheio de expectativas e deleites, do qual a "diarizadora" diz
ter vivas saudades.
Iracema M.
Régis talvez, seja uma das escritoras mais produtivas da nossa região, com um
rol de mais de 21 títulos publicados e
outros tantos inéditos em quase todas as modalidades literárias, tais como a
poesia, o conto, biografia, ensaio literário, cordel, literatura
infanto-juvenil, etc. Vários desses títulos foram bem aceitos e comentados
por escritores e críticos de valor instalados em suas bancadas, a exemplo de
Samuel Duarte, Manoel Onofre Jr., o escritor e jornalista Fernando Jorge, e o
também abalizado crítico literário, Dimas Macedo. Portanto, uma dessas artistas
que veio para ficar no mundo das letras pátrias. - por Aristides Theodoro
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