PRA SEMPRE NUNCA
Só me deixe saber que não ardo sozinho,
que meu fogo não queima sem oxigênio,
minha taça de vinho nem exala cheiro
e meus olhos não nadam num nada sem fim...
Saberei não deixar que o saber me domine,
guardarei o silêncio sobre a flor dos lábios,
pra manter os espinhos do corpo grelhado
entre sábios contornos deste sentimento...
Sempre fui prisioneiro do segredo exposto
ao seu rosto, seus olhos, ninguém, nada mais,
em discretas paisagens do mapa inseguro...
Nem lhe peço esse filme, somente umas cenas,
umas pontas amenas, remotas e vagas,
uma vaga no sonho do pra sempre nunca...
DO CÉU
Caiu suave;
ave que plana;
pousa macio;
sem pressa nem
cio;
no rio, no mar...
Caiu tão bem,
tão nem te
ligo,
tão livre; ao
léu...
tão mão e
luva...
essa chuva
"caiu do
céu".
Costelas Felinas - livros e revistas artesanais
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