“Nesse país da
noite/Meu Tormento/Como um cavalo em chamas,/Como um potro/Lacerado de
espinhos, Nesse país do escuro,/Nossa pátria/De fúrias rodilhadas, /Meu
silêncio/Como no beijo dos mortos,/Como o frio/Roçar do lábio ausente”.
(Myriam Fraga)
Fica restaurada a
escravidão. Revoguem-se as disposições
em contrário. Os idosos dão muitas despesas à Previdência: devem ser
eliminados. Como as crianças que nascerem com deficiência. É preciso endurecer. O país será dirigido por
banqueiros– que mais entendem do “negócio”, ajudados por assessores, nas
agências financeiras ou na mídia – onde muitos já escrevem com penas alugadas
(e bem pagas).
A democracia não dá certo nesse hemisfério. As raças se
misturaram e tudo ficou feio, sujo, onde todos só querem saber de direitos. Nem
todos poderão votar. Como ocorreu em certa época, só votarão os donos das
maiores fortunas . O chicote poderá ser
novamente usado. Quem resistir, será
eliminado.
CLT? É uma idiotice.
Ela será expurgada, como a Justiça do Trabalho. A melhor solução é a
terceirização total. Como a derrubada de todos os direitos trabalhistas.
Todos terão que
sorrir – pelo menos três vezes por dia. Não serão permitidos (o Grande Irmão
será o censor) a tristeza, a amargura e o desencanto.
O pior é que aqui nasce muita gente. Só será permitido o
primeiro casamento. Ame-o- ou deixe-o. Nenhuma oposição será permitida, nem a
mais moderada.
Desejamos um “Grande Irmão”, que fiscalize a todos – até os
seus pensamentos.
Queremos rebanhos – para que todos pensem a mesma coisa e
tenham os mesmos valores.
Serão criadas milícias armadas, vestidas de preto, contra a
subversão da ordem, com a autoridade de atirar para matar.
Por enquanto é só
isso. Os cérebros que ousarem pensar, serão exilados (ou mortos antes do degredo). Já há
uma boa experiência no período em que o Brasil viveu, segundo a Oposição, uma
ditadura. E em todas as escolas, serão lidas diariamente as palavras abaixo
citadas:
“Abaixo a
inteligência, viva a morte”!
Foi a proclamação é do general fascista
(falangista) , Millan Astray, em 1936,
durante a Guerra Civil espanhola, ao invadir a Universidade de
Salamanca, na Espanha. O reitor era o
grande filósofo e pensador
humanista Miguel de Unamuno
(Salvador, maio de 2017)
postagem enviada pelo autor
Comentários
"Caía a tarde feito um viuaduto..."
Pois é, já aconteceu antes e vai-se repetindo a história nefasta de que retirar direitos e terceirizar criam progresso. Uma doidice, não é mesmo? Será que se retornássemos ao tempo dos primórdios da Revolução Industrial, digamos, os ingleses estariam felizes por ter tão somente "trabalho"? Trabalho não é prêmio. Herdeiros e rentistas que respondam. Emprego com direitos, sim. Porque trabalhar sem garantias para sustentar luxo de poucos é regime de escravidão, e sem perspectivas. É o interminável império da ignorância, concordo.