O poeta não tem zíper na boca, nem algemas em suas mãos...
Ele interpreta as sensações mais loucas, os emblemas da sua inspiração!
Rima a dor com o amor, é o chafariz que banha a flor, no deserto das almas ressequidas.
Rima a dor com o amor, é o chafariz que banha a flor, no deserto das almas ressequidas.
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O poeta é o canto africano, triste, uníssono e profano, da escravidão de suas vidas...
É a humanidade ferida, pelo requinte que insiste, dos tolos desenganos, das acorrentadas partidas!
O poeta é berrante pois, destes afileirados bois, que rumam ao matadouro, de um mundo em aberração.
É a humanidade ferida, pelo requinte que insiste, dos tolos desenganos, das acorrentadas partidas!
O poeta é berrante pois, destes afileirados bois, que rumam ao matadouro, de um mundo em aberração.
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E quando o lastro da última esperança, já gasto pela desconfiança, jaz no peito morredouro, o poeta surge então...
Com o seu derradeiro alento, um carinho feito vento, na poesia balsamizada, no elixir da sua unção!
E canta em coro acompanhado, corta o choro desengonçado, traz de volta o sorriso onde o pranto era a lida.
Com o seu derradeiro alento, um carinho feito vento, na poesia balsamizada, no elixir da sua unção!
E canta em coro acompanhado, corta o choro desengonçado, traz de volta o sorriso onde o pranto era a lida.
Marcelo Shell
Membro da Academia de Letras do Brasil.
Belo Horizonte, 06 de Maio de 2017
postagem enviada pelo autor
Comentários
gostei muito de suas palavras .
Pamela Andrade