HUMBERTO DEL MAESTRO nasceu em Vitória-ES, em 27 de março, onde concluiu seus principais estudos e iniciou sua carreira de poeta e escritor. Sua obra é versátil, uma vez que foi buscar argumentos em mananciais clássicos, de autores universais, fator que veio enriquecer sua lírica. Possui, no momento, cinquenta livros publicados e outros em preparo, tanto em verso como prosa. É detentor de inúmeros prêmios e participa de dezenas de entidades literárias, Brasil afora. Mantém intercâmbio permanente com poetas e prosadores, dentro e fora do país, e sua bibliografia é extensa, citado já pelos mais expressivos críticos literários do momento. É responsável pela crônica literária LITERATURA & ARTE, onde divulga autores e livros. É imortal da Academia Espírito-santense de Letras, cadeira 20.
** postagem enviada pelo autor
Tornou-se
o poeta insensível Seu
desejo não retarde,
para
cantar sua dor, cumpra
já sua missão.
na
tela baça e intangível Quem
num pomar chega tarde
de
um frio computador. só
cata os frutos do chão.
Saudade
é um termo sagrado, Quero
morar num cantinho
possui
magia e altivez, em
que a paz me seja amiga
por
isso é o mais decantado e
onde a Morte, com carinho,
no
idioma português. me
leve numa cantiga.
Mar
adentro, vela panda, Amo
a minha biblioteca,
pescadores
vão em paz. doce
nave da ilusão,
Nossa
Senhora é quem manda pois
nela sigo até Meca
e
Jesus Cristo é quem traz. e
molho os pés no Jordão.
Não
seja como uma gruta, A
chuva é gelada e fina,
sombria,
sem um farol, a
madrugada flutua...
procure
ser como a fruta, Chora
um trompete em surdina
que
cresce aos beijos do Sol. no
bar da esquina da rua.
Vejo
a velha mendigando Eu
nasci à beira-mar,
em
trapos, junto da esquina, conheço
o mar como poucos,
e
fico até duvidando por
isso é que o meu cantar
se
um dia já foi menina. traz
a inocência dos loucos.
O
céu é feito de amoras, Quando
foste dos meus braços
se
esconde o Sol no platô. restaram,
dos sonhos meus,
Badala
o sino às seis horas uma
saudade em pedaços
com
acordes de Gounod. e
um triste aroma de adeus.
A
poesia é doce e leve, Meus
versos falam de flores,
não faz festas ao nascer de
luzes e melodia,
e o poeta é aquele que escreve por
isso é que existem cores
e nem sabe quem vai ler. em
toda a minha poesia.
Desprezei
fuzil e espada, Eu
gosto da madrugada
brilha a
fé nos olhos meus. cheia
de trevas e medos,
Quanto
mais subo esta escada porque
nesta hora sagrada
mais
caminho para Deus. estrelas
cantam segredos.
As brisas
passam em bando, Começa
a lua num traço,
a noite é
fria e calada. vai
crescendo e nos seduz...
Cai sobre
mim soluçando Como
é bonito no espaço
o pranto
da madrugada. essa
pepita de luz.
Pelas
manhãs em bonanças, Lá
fora geme a procela,
junto à
brisa que flutua, o
inverno treme gelado.
borboletas
são crianças O
vento força a janela
brincando
alegres na rua. como
um coiote assustado.
Brilha
o céu como turquesa, Saudade
é dor muito estranha,
o
nascente é de romã... toca
no peito tão fundo,
Nunca
vi tanta beleza que
sinto que a minha entranha
surgir assim, na manhã. abriga as dores do
mundo.
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