O propósito da autora é propagar seus conhecimentos de forma
menos técnica, com mais humor e amor à humanidade, de modo a alcançar todas as
faixas etárias e profissões, divulgando-os em rimas e pequenas histórias
poéticas, para mostrar como o corpo humano funciona. Para isso, dividiu a obra
em Órgãos Externos e Internos, como se eles próprios falassem de si,
solicitando cuidados, doações e fazendo campanhas, a fim de sensibilizar o ser
humano a olhar para o próximo e si próprio.
A Face
É com “Ela”, que me deparo
com reverência
Diariamente, quando cada
ruga, conto.
E mesmo sem espelho,
diz nossa infalível
impaciência:
- A maquiagem, retoco!
Na verdade, e de
preferência
Muitas vezes, reboco,
Para esconder novas rugas,
em sua vã inconveniência!
Mas, no pescoço
dificilmente remoço,
Pois aí, a flacidez está
“uma indecência”,
Necessitando da cirurgia
com urgência!
Por isso, lá vem o botox em
sequencia
Para garantir em meses,
o que já não tinha em anos!
Já que qualquer trauma se
mostra com frequência,
E a cicatriz não fica
“debaixo dos panos”!
O botox não dá a mesma
permanência
Que a cirurgia, mas traz
menos danos
Sem o peso na consciência
De como ficaria, ao longo
dos anos!
No entanto, enfim, noto uma
inconsequência,
Em toda essa transformação,
humana ou desumana?
- Minha despersonificação,
na essência!
Não estava nos meus planos!
Então rosto, não seja
objeto de experiência:
- Volte a ser Humano!
- Peça clemência!
- Sorria, e mostre suas
rugas e vincos,
em todos os ângulos!
Mas, primeiro confira: -
Seu plano tinha carência?
As Mamas
Mais conhecidas como seios,
Quando grávidas, drenam o
alimento
do bebê herdeiro
Mas, aos homens, causam
“tesão e desnorteio”,
Pois são bonitos, mesmo
quando em exagero!
Se pequenos demais... Próteses
substituem-nas, com esmero.
Conforme apontam, ao sul ou
ao norte,
são mensageiras
Se, precisarão do sutiã,
como aliado e esteio,
Para mantê-las firmes e
sempre inteiras.
Surgem aos pares, para seu
galanteio,
Prontas ao afago, e ao
aconchego certeiro.
Por isso, cuidem delas,
“mulheres fagueiras”,
Para, se possível, nunca
perdê-las!
São o símbolo do sexo
feminino faceiro
Que numa competição, chegam
primeiro.
Invadem a mente dos homens
“sem rodeios”,
Sem perceberem, o quanto
“elas” são traiçoeiras.
Os homens merecem vê-las?
Só quando seguirem o
conselho derradeiro:
- Em vez de palavrões, usem
as palavras com zelo,
Ao elogiarem esses “seios
feiticeiros”!
Sejam falsos ou
verdadeiros,
Ainda assim, são os
principais modelos
De como a natureza foi
pródiga em fazê-los
Nem que seja, só para olhar
ou mordê-los!
Mesmo assim, experimente
entretê-los:
- Verá que são felizes
ponteiros
Sem nenhum farol
desordeiro,
Para deter seu suave
balançar arteiro!
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