A partir deste domingo (14), a região será palco da 1ª Semana da Cultura Caiçara São Vicente, que vai abordar desde suas origens e tradições às experimentações da arte contemporânea. Artistas e pesquisadores da Baixada Santista expõem seus trabalhos através da música, literatura, cinema, dança, contação de histórias, teatro, oficinas.
Em sua primeira edição, a Semana Caiçara homenageará o músico, compositor e escritor vicentino José Miguel Wisnik e as famílias caiçaras representadas por Antonio Lancha e Dona Nenê (Maria Aparecida Nobre), presidente da Colônia de Pescadores Z-4 e bisneta de Firmino Gonçalves do Santos – mais antigo pescador registrado de São Vicente (1912).
José Miguel Soares Wisnik nasceu em 27 de outubro de 1948. Estudou piano clássico e estreou aos 17 anos como solista na Orquestra Municipal de São Paulo. Ingressou no curso de Letras na USP, onde, depois, concluiu o doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada.
Como músico e compositor tem quatro discos gravados e parcerias que vão desde Caetano Veloso e Arthur Nestrowsk, à Elza Soares e Tom Zé. Compôs para cinema (Terra Estrangeira – Walter Salles), teatro (Teatro Oficina) e dança (Grupo Corpo). Escreveu diversos ensaios sobre música e literatura, cuja obra máxima é Veneno Remédio. Ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura em 1978. Apresenta-se no Brasil e no exterior regularmente, onde sempre fala de sua cidade natal: São Vicente.
A abertura oficial da Semana Caiçara ocorrerá no Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, com apresentação de José Miguel Wisnik, e a presença da família Lancha, artistas e autoridades da região.
As comemorações contam com lançamento de livros, exposição fotográfica, shows, batalhas de rap caiçara, oficinas e remada na Baía de São Vicente. As atividades acontecerão no Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, Baía de São Vicente, Paia de Paranapuã e Área Continental.
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