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IMPERATIVO CATEGÓRICO - Emanuel Medeiros Vieira

O título deste texto é um conceito de Immanuel Kant (1724 -1804): há, em todos  nós, um Imperativo Categórico, que é o Bem (mesmo que muitas pessoas não o pratiquem).
Poderia falar também usando  conceitos de Max Weber  (1864-1920) – em “Ética da Convicção  e Ética da Responsabilida”.
Para mim, importa – ontologicamente falando, no sentido da plenitude  do Ser – a Ética da Convicção.
O introito foi feito para meditar sobre algo mais “terreno, do Brasil de hoje. Circula na internet um abaixo assinado, com mais de 300 mil assinaturas até agora, que pede o impeachment dos ministros do STF Gilmar Mendes, Dias Toffoli  e Ricardo Lewandowski.
Pode não dar em nada.
Mas tal postura revela que existe  ainda, entre nós, o que chamo de “alma cidadã”.
O movimento pró-impeachment afirma que os referidos ministros proferiram diversas vezes decisões que contrariaram a lei e a ordem constitucional.
De outro lado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou arguição de impedimento, em  8 de maio, à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, solicitando que o ministro Gilmar Mendes seja declarado impedido de atuar no processo do empresário Elke Batista.
Rodrigo Janot pede a declaração de incompatibilidade de Gilmar Mendes para atuar no processo e a nulidade dos atos praticados por ele, como a concessão de prisão domiciliar do empresário Elke Batista.
O procurador-geral  sustenta que seja declarada a suspeição do ministro porque a esposa de Gilmar, Guiomar Mendes, integra o escritório de advocacia  de Sérgio Bermudes, representante de Eke em vários processos.
De acordo com o pedido, o ministro não poderia atuar como relator do habeas corpus.
O impedimento é previsto no artigo 144, inciso VIIII, dodigo de Processo Civil, cumulado com o artigo Terceiro do Código de Processo Penal.
O procurador-geral Rodrigo Janot solicitou também que o ministro, sua esposa Guiomar Mendes, Elke Batista e Sérgio Bermudes prestem depoimento no STF para tratar sobre o caso.
Qualquer estudante de direito do primeiro ano sabe (ou deveria saber)  que tais supeições são obrigatórias  de uma clareza solar.
A verdade e a ética têm recebido pancadas de todo o gênero em nosso país.
Tal clima, é claro, gera desencanto, amargura, tristeza, desilusão, pessimismo e carência de utopias.
Mas sendo a palavra a nossa arma, não podemos declinar do nosso dever.
Mesmo que pareça que estejamos pregando no deserto, não podemos deixar de pregar.
Os donos do país creem que somos apenas um grão de areia na imensa praia global.
Cada indivíduo, usando a plenitude de SER, sua capacidade que é intrínseca à condição humana (mesmo que finita) nunca desistindo é mais que um grão de areia.
Alguém já disse que o deserto pode ser fértil.


(Brasília, maio de 2017)
postagem enviada pelo autor

Comentários

Estimado Emanuel. Você é o nosso porta-voz dos anseios, medos e alegrias. O tempo está difícil, mas não impossível de ser atravessado. O futuro nos reserva boas possibilidades em relação a crise atual de desgoverno na política e nas finanças do governo seja federal, estadual ou municipal.
Unknown disse…
Congratulando-me com o querido irmão, desejo lembrar que o "impedimento" É RATIONE PERSONAE E NÃO RATIONE MATERIAE. PORTANTO, SE A MULHER DO MINISTRO É PENALISTA, CIVILISTA, ADMINISTRATIVISTA, NÃO VEM AO CASO. VEM AO CASO É O PARENTESCO DA ADVOGADA DO ESCRITÓRIO CONTRATADO E O MINISTERO RELATOR.
D. HELDER CAMARA ESTAVA CERTO: o deserto mé fértil.
Abraço do mano PAULO

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